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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A LEI DE CAUSA E EFEITO NO PROCESSO EVOLUTIVO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O PRINCÍPIO DA REENCARNAÇÃO explica o motivo dos Espíritos periodicamente ressurgirem na Dimensão Existencial em que nos encontramos: reabilitarmo-nos perante a LEI DE DEUS liberando a individualidade para avançar na LEI DO PROGRESSO. A mediunidade, através de várias comunicações e mensagens escritas a familiares que remanescem ao fenômeno da morte, oferece inúmeros exemplos para nossas reflexões. Nas últimas décadas de sua tarefa mediúnica, Chico Xavier canalizou casos muito interessantes, elucidando os porquês de fatalidades que envolveram milhares de famílias que foram buscaram as atividades públicas do médium a procura de conforto e compreensão dos porquês. Um desses casos envolve um Espírito que em sua recente existência recebeu o nome José Fortunato A história nos faz recuar a 04 de dezembro de 1961, na zona rural da cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. Naquele dia, o casal Alberto e Angélica Fortunato e seus três filhos foram convidados para passarem o fim de semana na Fazenda Bela Vista, de propriedade do amigo José, um japonês que arrendava as terras daquela propriedade para produção de hortaliças.  Era um dia ensolarado e os três rapazes, Jair (de 13 anos), Osmar (de 15) e José (com 16), além de um menininho filho do anfitrião resolveram se divertir na piscina da Fazenda. Não havia nenhum adulto por perto e, Jair, aniversariante do dia, o primeiro a entrar na piscina, começou a se afogar, o que levou os outros irmãos a mergulharem para salvá-lo; debateram-se na água e morreram juntos, apesar da tentativa de salvamento do japonesinho, com uma vara de bambu. O choque emocional para as duas famílias foi muito grande, transformando em poucos minutos um fim de semana feliz e festivo numa dolorosa tragédia. Vinte e um anos depois, em 19 de fevereiro de 1982, o casal Fortunato compareceu à reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG, onde manteve rápido diálogo com Chico. O médium, para surpresa e alegria de ambos, visualizou ao lado deles as entidades espirituais Maria Justina, avó do Sr. Alberto; Angelina, avó da Sra. Angélica e um senhor japonês, velho amigo do casal. Horas mais tarde, no desenrolar da reunião, Chico psicografou elucidativa carta de José, um dos três filhos do casal Fortunato, revelando as razões profundas do acidente coletivo que colocou os três irmãos no caminho da redenção. Na carta escrita ao familiares, José revela as memórias do sucedido durante e após o infausto acontecimento. Relembra ele: -“... Comovo-me ao recordar a despedida tríplice. Quando caímos nas águas da grande piscina, o Osmar, o Jair e eu estávamos sendo conduzidos pelos Desígnios do Senhor a resgatar o passado que nos incomodava. Nada posso detalhar quanto ao fim do corpo de que nos desvencilhamos, como quem se vê na contingência de trocar a veste estragada e de reajuste impossível. O sono compulsivo que nos empolgou os três foi algo inexplicável de que voltamos à forma da consciência, dias após o estranho desenlace. Estávamos os três alarmados e infelizes no hospital a que fomos transportados, quando duas senhoras se destacaram dos serviços de enfermagem para nos endereçarem a palavra... No fundo, queríamos apenas regressar à casa e retornar ao cotidiano, porque aquele debate com as águas fora para nós, naquele despertar, uma espécie de brincadeira de mau gosto, na qual supúnhamos haver desmaiado... Aquele instituto devia ser uma casa de pronto socorro como tantas... Entretanto, as duas senhoras se declararam nossas avós Maria Justina e Angélica, e nos informaram, com naturalidade e sem qualquer inflexão de voz agressiva, que havíamos voltado ao Lar, ao Grande Lar de nossa família na Vida Espiritual. Os irmãos e eu choramos, como não podia deixar de acontecer... Fomos conduzidos à nossa casa e vimos os pais amargurados... Soubemos que o amigo José japonês havia recebido um choque tão grande com a nossa desencarnação que fora também desligado do corpo; soubemos que outros parentes haviam sofrido muito... Nosso pranto se misturou ao da Mamãe Angélica e do Papai, do Antônio e do Carlos Alberto, e muitos dias e meses correram nessa situação de incompreensão e de dor... Dois anos passados, fomos visitados por um amigo de nossa família que se deu a conhecer por Miguel Pereira Landim, respeitado e admirado por nossos familiares da Espiritualidade. Nossa avó Maria Justina nos permitiu endereçar-lhe perguntas e todos os três indagamos dele a causa do sucedido em nossa ida a Mogi. Ele sorriu e marcou o dia em que nos facultaria o conhecimento do acontecido em suas causas primordiais. Voltando a nós, na ocasião prevista, conduziu-nos, os três, à Matriz do Senhor Bom Jesus, em Ibitinga. Entramos curiosos e inquietos. A igreja estava repleta de militares desencarnados. Muitos traziam as medalhas conquistadas, outros ostentavam bandeiras. Em meu coração passou a surgir a recordação que eu não estava conseguindo esconder. De repente, vi-me na farda de que não me lembrava, junto dos irmãos igualmente transformados em homens de guerra e o nosso olhar se voltou inexplicavelmente para as cenas que se nos desenrolavam diante dos olhos. Envergonho-me de confessar, mas a consciência não me permite recuos. Vi-me com os dois irmãos numa batalha naval, que peço permissão para não mencionar pelo nome, quando nós, na condição de brasileiros, lutávamos com os irmãos de república vizinha... Afundávamos criaturas sem nenhuma ligação com as ordens belicistas nas águas do grande rio, criaturas que, em vão, nos pediam misericórdia e vida... Replicávamos que em guerra tudo resulta em guerra... Foi então que o chefe Landim apontou para uma antiga imagem de Jesus, do Senhor Bom Jesus, e falou em voz alta que aquela figura do Cristo viera do forte Itapura com destino à nossa cidade e que, perante Jesus, havíamos os três resgatado uma dívida que nos atormentava, desde muito tempo. Aqueles companheiros presentes passaram a nos felicitar, explicando-nos que se haviam transformado em servidores das legiões de Jesus Cristo. O que choramos, num misto de alegria e sofrimento, não sabemos contar. Fique, porém, esta informação para os queridos pais e para os irmãos queridos, a fim de que todos saibamos que a injustiça não é de Deus e que os nossos sofrimentos e provas se efetuam a pedido de nós mesmos, para que a nossa vida espiritual, a única verdadeira, se torne mais aceitável e mais ajustada às Leis Divinas que a todos nos regem. Queridos pais, aqui estamos com a nossa avó Maria Justina, que nos abençoa”...



-  Eu acho o perdão uma coisa maravilhosa. Já li vários livros espíritas e fiquei comovida com isso. Mas, na prática, não estou sabendo como fazer. Tinha uma amiga que, na hora “H” falhou comigo. Num momento difícil de minha vida, se ela falasse uma palavra, me livraria de um grande problema. Mas ela se calou e, a partir daí se afastou. Nunca pude entender sua atitude. Não falamos mais. Acho que foi uma covardia da parte dela, e que ela ficou com vergonha de me encarar. Nunca deveria ter feito isso comigo. Não sei se vou perdoá-la... (Anônima)

  Você não quis entrar em detalhes sobre o problema, cara ouvinte. Não sabemos de que se trata. Mas, de qualquer forma, seu enfoque é o perdão, numa relação de amizade. De inicio, podemos levantar alguns pontos importantes para reflexão. Primeiro: nenhum de nós vai conseguir resolver todos os seus problemas nesta vida. Por isso é que existe a lei da reencarnação; se a vida fosse uma só, estaríamos perdidos. Em segundo lugar, grave isso: quanto mais depressa resolvermos um problema, melhor para nós. Ficar adiando indefinidamente uma solução vai nos causar grande sofrimento.Por isso que Jesus recomendou a reconciliação imediata com os adversários.

– Há um outro ponto importante com relação ao seu caso, que queremos lhe dizer: o problema, que mais nos incomoda, cara ouvinte, é aquele que não ficou bem esclarecido. Quando sabemos exatamente o que aconteceu, sentimos pisar em terreno firme, e mesmo que o prejuízo seja inteiramente nosso e a falha totalmente do outro, temos mais chance de compreender sua fraqueza e, portanto, menos dificuldade em perdoá-lo e nos livrar de uma vez da aflição. Se você puder se inteirar do que realmente ocorreu, terá mais condições para se tranqüilizar interiormente e partir para a compreensão de quem lhe causou prejuízo.

 Um outro ponto, ainda, é este:  nem sempre estamos inteiramente certos e o outro totalmente errado. Considere isso. Muitas vezes, a culpa está dividida. Existem mal-entendidos que acabam ferindo as duas partes com a mesma intensidade, simplesmente porque não houve diálogo. Você mesma deve saber de casos em que as pessoas se desentenderam, porque não se conversaram: uma punha a culpa na outra, mas nenhuma delas era inteiramente culpada. Foram vítimas de uma circunstância.  

– Quanto ao perdão em si, prezada ouvinte, se você já leu obras espíritas, deve ter captado a essência da relação entre ofendido e ofensor. Nenhum de nós – seres humanos, moralmente falhos – pode dizer-se imune ao erro. “Atire a primeira pedra quem estiver sem pecado” – dito por Jesus – resume a nossa condição neste mundo. Portanto, não devemos dizer “nunca vou perdoar”, até porque somos os primeiros que necessitamos de perdão e, se não perdoamos, continuamos a carregar conosco uma carga de aflição e ódio, que vai nos machucar e nos intranqüilizar a vida inteira. Pense nisso.

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