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domingo, 29 de setembro de 2013

Refletindo Sobre a Crise da Família

-“Uma recrudescência do egoísmo”, prognosticaram os Espíritos Superiores a Allan Kardec quando perguntados sobre “o resultado para a sociedade do relaxamento dos laços de família, na questão 775 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Um século e meio depois, é fácil verificar o acerto de tal afirmativa. Não em toda coletividade humana, pois, o exponencial crescimento de habitantes em nossa Dimensão, a partir do final do século 20, criou em várias regiões, inúmeros outros problemas sociais que impuseram aos seres humanos outras preocupações como a própria qualidade de vida. Contudo, na base de graves problemas, nos variados agrupamentos raciais e humanos, está a família, “a célula básica da sociedade, embrião e modelo desta”, como definido por Augusto Comte. Nas contribuições filtradas pelo médium Chico Xavier na substancial tarefa desenvolvida ao longo do século XX em nome do Espiritismo, encontramos farto material para análises e reflexões. Na obra O CONSOLADOR (feb, 1940), questão 175, o Instrutor Espiritual Emmanuel diz que “o colégio familiar tem suas origens na esfera espiritual, reunindo-se em seus laços todos aqueles que se comprometeram no Além a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva”. Na 179, que “o casamento na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções, tomadas  antes da reencarnação dos Espíritos, seja por orientações dos Mentores mais elevados, quando a entidade não possui a indispensável educação para manejar suas próprias faculdades, ou em consequência de compromissos livremente assumidos pelas almas, antes de suas novas experiências no mundo”. No livro LEIS DE AMOR (feesp,1963), que “nos elos da consanguinidade (...),cabe-nos revestir de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender e vencer, na luta doméstica visto que no mundo, o lar é  a primeira escola de reabilitação e do reajuste”. Nos anos 70, diria em VIDA E SEXO (feb), que “a parentela no Planeta faz-se filtro da família espiritual sediada além da existência física, mantendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima,  já que “arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis, antes as leis do destino”, considerando que “milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta, arraigadas a débitos escabrosos, perante a Lei de Causa e Efeito e, inclinadas que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito”. Em 1977, na entrevista reproduzida na obra CHICO XAVIER EM GOIÂNIA (geem), o médium explicaria que “o namoro e o noivado, em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos que serão os filhos do casal, os quais omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente uns do outros”, o que explicaria o “esfriamento do interesse entre os cônjuges quando do renascimento dos filhos”. Um dos esclarecimentos mais objetivos encontramos em OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb, 1946), onde André Luiz repassa algumas considerações do Instrutor Barcelos que em sua última existência física se dedicara à atividades ligadas à saúde mental e, abordando a questão dos conflitos familiares e reencarnação, afirma que “os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações retificadoras do pretérito recente. Congregados, de novo, na luta expiatória ou reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência, carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por “complexo de inferioridade”. Justifica tal argumento dizendo que “no círculo das recordações imprecisas, a se traduzirem por simpatia e antipatia, vemos a paisagem das obsessões transferida ao campo carnal, onde, em obediência às lembranças vagas e inatas, os homens e as mulheres, jungidos uns aos outros pelos laços de consanguinidade ou dos compromissos morais, se transformam em perseguidores e verdugos inconscientes entre si, concluindo que “a extensão do sofrimento humano, nesse sentido, confunde-se com o Infinito”.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Logística Inimaginada

A seção Questões E Problemas da edição de agosto de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, dedicou-se a analisar uma mensagem de Erasto recebida SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS, reunião de 8 de julho, atendendo leitor da cidade de Bordeaux que, perguntara “onde o progresso, e que benefício moral foi colhido de tanto sangue derramado quando das ações dos conquistadores espanhóis no estado do México”? Descrito nas cartas de Cristóvão Colombo como “povo infinitamente superior, não só aos seus invasores, mas ainda hoje, se comparados a países civilizados”, leva o corresponde a perguntar ainda: –“Não teria sido melhor que a velha Europa tivesse ignorado o Novo Mundo, tão feliz antes dessa descoberta?”. O Instrutor Espiritual explica que “sob as aparências de uma certa bondade natural, e com costumes mais doces que virtuosos, os Incas viviam despreocupadamente, sem progredir nem se elevar. A essas raças primitivas faltava a luta; e, se batalhas sangrentas não os dizimavam; se uma ambição individual ali não exercia uma pressão soberana para lançar aquelas populações a conquistas, elas não eram menos atingidas pelo perigoso vírus que conduzia sua raça à extinção. Era preciso retemperar as fontes vitais desses Incas abastardados, dos quais os Aztecas representavam a decadência fatal, que deveria ferir todos aqueles povos. Se a essas causas inteiramente fisiológicas, juntarmos as causas morais, notaremos que o nível das ciências e das artes ali tinha igualmente ficado em prolongada infância. Havia, pois, utilidade de por esses países pacíficos no nível das raças Ocidentais. (...).. Que resta de tanto sangue derramado?, perguntam de Bordeaux. Para começar, o sangue derramado não foi tão considerável quanto se poderia crer. Ante as armas de fogo e alguns soldados de Pizarro, toda a região invadida submete-se como ante semideuses, saídos das águas. É quase um episódio da Mitologia antiga e essa raça indígena é, sob vários aspectos, semelhante às que defendiam o Tosão de Ouro”. Desenvolvendo algumas reflexões sobre a questão, Allan Kardec diz: -“Do ponto de vista antropológico, a extinção das raças é um fato positivo. Do ponto de vista da filosofia, ainda é um problema. Do ponto de vista da religião,  o fato é inconciliável com a justiça da Deus, se se admitir para o homem uma única existência corpórea para decidir seu futuro para a Eternidade. Com efeito, as raças que se extinguem são sempre raças inferiores às que as sucedem; podem ter na vida futura uma posição idêntica a das raças mais aperfeiçoadas? O simples bom senso repele esta ideia, pois, do contrário, o trabalho que fazemos para nos melhorarmos seria inútil, e valeria o mesmo para ficarmos selvagens. A não pré-existência da alma forçosamente implica, para cada raça, a criação de novas almas, mais perfeitas, ao saírem das mãos do Criador, hipótese inconciliável com o princípio de toda justiça. Ao contrário, se admitirmos um mesmo ponto de partida para todas e uma sucessão de existências progressivas, tudo se explica. Na extinção das raças, geralmente não se leva em conta senão o Ser material, único que se destrói, enquanto se esquece o Ser espiritual, que é indestrutível e apenas muda de vestimenta, porque a primeira não estava mais em relação com seu desenvolvimento moral e intelectual(...). Assim, não se deve perder de vista que a extinção das raças só atinge o corpo e em nada afeta o Espírito. Longe de sofrer com isto, ganha o Espírito um instrumento mais aperfeiçoado(...). O Espírito de um selvagem, encarnado no corpo de um sábio europeu não seria mais sábio e não saberia o que fazer de seu instrumento, cujas cordas inativas atrofiar-se-iam; o Espírito de um sábio, encarnado no corpo de um selvagem, aí seria como um grande pianista ante um piano ao qual faltassem cordas(...). O desaparecimento das raças opera-se de duas maneiras: numas, pela extinção natural, em consequência de condições climatéricas e do abastardamento, quando ficam isoladas; outras, pelas conquistas e pela dispersão, que determinam cruzamentos(...). Quanto aos indígenas do México, diremos como Erasto que não havia entre eles costumes antes doces do que virtuosos e acrescentaremos que, sem dúvida, muito poetizada sua pretensa idade do ouro. Ensina-nos a história da conquista que guerreavam entre si, o que não indica um grande respeito pelos direitos dos vizinhos. Sua idade de ouro era a da infância (...). São necessários séculos para a educação dos povos; ela não se opera senão pela transformação de seus elementos constitutivos. A França seria o que é hoje sem a conquista dos Romanos? E os bárbaros ter-se-iam civilizado se não tivessem invadido a Gália? A sabedoria gaulesa e a civilização romana, unidas ao vigor dos povos do Norte fizeram o povo francês atual. Sem dúvida é penoso pensar que o progresso, por vezes, precisa da destruição. Mas é preciso destruir as velhas cabanas, substituindo-as por casa novas, mais belas e cômodas. Alias, é preciso levar em conta o estado atrasado do Globo, onde a Humanidade está apenas no progresso material e intelectual. Quando entrar no do progresso moral e espiritual, as necessidades morais ultrapassarão as necessidades materiais(...). Ensinando-lhe a participação do elemento espiritual em todas as coisas do mundo, o Espiritismo alarga seu horizonte e muda o curso de suas ideias. Abre a Era do Progresso Moral”.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Informações Que Se Completam

O legado cultural deixado por Hermínio Correia de Miranda é de valor incalculável. Pesquisador criterioso, escritor competente, construiu obras com conteúdo inigualável. Uma delas, AS DUAS FACES DA VIDA (lachâtre), prefaciada no Natal de 2004, reúne, entre outros, artigo dividido em duas partes intitulado O MÉDIUM DO ANTICRISTO. O foco principal é uma das figuras mais representativas do período de mudanças espirituais pelo qual passa a Terra: Adolf Hitler. Parte, como era sua característica, de livros com conteúdo confiável. Um deles, O jovem Hitler – a História de nossa amizade de August Kubizek, que como sugerido pelo título foi muito próximo do polêmico líder alemão. Outro, A Lança do Destino, do escritor inglês Trevor Ravenscroft, amigo pessoal do Dr Walter Johannes Stein, cientista e doutor em Filosofia, que emigrou durante a Segunda Guerra para a Inglaterra, onde exerceu o cargo de assessor-especial de Winston Churchill para assuntos relacionados à personalidade de Hitler. Vasculhando e “garimpando” tais obras Hermínio destaca informações como: aos 15 anos, Hitler, de pé, agarra emocionado as mãos de Kubizek, com olhos esbugalhados e fulminantes, pronunciando uma enxurrada de palavras excitadas, desordenadamente, invocando em grandiosos e inspirados quadros, o seu próprio futuro e de seu povo, falando sobre um mandato que, um dia receberia do povo para lidera-lo da servidão aos píncaros da liberdade, missão especial que em futuro seria confiada a ele; que ele cria-se reencarnação de Tibério, um dos mais sinistros dos Césares; que por indução de um místico, descobriu em visões fantásticas ser reencarnação de Landulf de Cápua, um príncipe medieval que teria passado muitos anos no Egito, estudando magia negra e astrologia, considerado a figura mais infame do século 9, a terceira pessoa do reino do Imperador Luís II; que Goering dizia com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Fuhrer; que Goebbels, o ministro da propagando nazista, acreditava ter sido Eckbert de Meran, bispo de Bamberg, no século 13, que teria apresentado Klingsor,( outra encarnação anterior de Hitler) ao rei André da Hungria; que um dos orientadores da carreira construída por Hitler foi um oficial do exército chamado Dietrich Eckhart, um dos sete fundadores do Partido Nazista, adepto das artes e rituais da magia negra e figura central de um poderoso a amplo círculo de ocultistas : o Grupo Thule, que o Kaiser costumava dizer “não ter vindo ao mundo para tornar o homem melhor, mas para utilizar-me de suas fraquezas” e que, determinado a cumprir sua missão a qualquer preço, afirmou que “jamais capitularemos. Poderemos ser destruídos, mas se o formos, arrastaremos o mundo conosco – um mundo em chamas”. Hermínio, conclui que “estudando, hoje a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida de que Adolf Hitler e vários de seus principais companheiros desempenharam importante papel na estratégia geral de implantação do reino das trevas na Terra, num trabalho gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do Anticristo”. Em 1982, o Espírito Miramez, através do médium João Nunes Maia concluía o livro FRANCISCO DE ASSIS (fonte viva), narrando importantes fatos envolvendo o importante líder cristão da Itália. No capítulo 2, revela ter sido o jovem Bernardone, reencarnação do Apóstolo João, recambiado à nossa Dimensão na tentativa de recolocar o Cristianismo no foco da espiritualização das criaturas humanas. E conta que, em desdobramento, João teria tido a visão dos acontecimentos no Mundo Espiritual, antes que ele mesmo nascesse, preparando a psicosfera planetária para a prevista reencarnação de Jesus. Soube que cerca de dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia até as raias do impossível, foram paulatinamente afastados para região onde suas vibrações e ações causassem menor perturbação na atmosfera espiritual do Planeta. Ali, por determinações superiores, ficariam contidos, por mil anos, como dito no APOCALIPSE, após o que seriam liberados. Afirma que as Cruzadas e a Inquisição foram instituídas no planeta por esses Espíritos. Revela que tal agrupamento erigiu na região em que se instalaram uma comunidade cuja planta tinha o formato de uma cruz com suas quatro hastes quebradas, sendo que em cada uma delas foi criado um reino, cada qual comandado por um príncipe ou imediato. Um deles, um dos últimos que ajudaram a governar a grande cidade, não era outro senão Hitler, que adota como símbolo a grande cruz aberta nas hastes, chamada suástica, representação que parecia aumentar-lhe o poder e a coragem, liderando falanges e mais falanges de Espíritos, encarnados e desencarnados, afinizados com seu modo de ser, determinado a dominar a Terra, ou, então, “transformá-la em pó”.

domingo, 22 de setembro de 2013

Surpreendente Kardec

Mais que uma ousadia, uma heresia. Em sua ansiosa, mas, ponderada pesquisa sobre a realidade do Mundo Espiritual – aquele que, seguidores da Teoria das Cordas chamam de Universo Paralelo e, reconhecem preexiste e sobrevive ao Mundo dito material -, Kardec quis ouvir a Espiritualidade a respeito da Pluralidade dos Mundos Habitados. Afinal, temos que admitir, bilhões de corpos celestes neste “bairro” chamado Via Láctea, vizinho de outras tantas Galáxias que se perdem na imensidão dos Anos-luz que nos separam na infinitude do Cosmos, não existem apenas para inspiração de poetas, filósofos, escritores, músicos. Tem outra função: servir para o processo evolutivo dos Espíritos. As “muitas moradas da Casa de Nosso Pai”, como afirmado por Jesus. E, as respostas se seguiram às perguntas 55 a 58 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Também através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, nos quase 12 anos em que a publicou, inseriu inúmeras matérias interessantes e instigantes sobre o assunto. Há inclusive revelações sobre voluntários que, candidatos, entre outros, reencarnaram na Terra para auxiliar no progresso programado pelas Inteligências que conduzem a evolução Planetária como contado pelo Espírito Humboldt, em 1859. Na edição de agosto de 1862, uma curiosa mensagem recebida em reunião de junho daquele ano, à que se seguiu uma abordagem de Allan Kardec com a entidade comunicante sobre detalhes do assunto central de sua comunicação: o planeta Vênus. O primeiro por nós avistado quando a noite cai e o último a desaparecer quando amanhece, daí ser sugestivamente chamado na Antiguidade de Estrela Vespertina. Vizinho da Terra tem quase as mesmas dimensões dela. Dista entre 39 e 260 milhões de quilômetros.  Sondas para lá enviadas, mostraram ser desabitado. Pelo menos na Dimensão registrada pelos nossos instrumentos óticos, ajustados às limitadas percepções dos nossos olhos e o processador do nosso cérebro, como lembrou certa vez Chico Xavier. A mensagem recebida na Sociedade Espírita de Paris foi assinada por um Espírito chamado Georges, através do médium Costel. O mesmo serviu à entrevista de dez perguntas efetuada pelo Codificador. Afirmando-se um Espírito inspirado por outros, Superiores, disse ter sido mandado à Vênus em missão; que os habitantes da Terra não poderiam encarnar-se naquele Planeta imediatamente, exceção feita para os mais adiantados; que a reencarnação em Vênus é muitíssimo mais longa que a terrena, visto serem despojados das violências terrestres e humanas, impregnados da influência vivificante que a penetra – dado comentado por Kardec considerando que a duração da vida corpórea parece ser proporcional ao progresso dos mundos, abreviadas as provas nos mundos inferiores, até por que quanto mais adiantados os mundos, tanto menos são os corpos devastados pelas paixões e doenças, que são sua consequência; que as divisões, discórdias e guerras são desconhecidas em Vênus, assim como a antropofagiaKardec entende que “por seus variados estágios sociais, a Terra apresenta uma infinidade de tipos, que nos podem dar uma ideia dos mundos nos quais cada um desses tipos é o estado normal”-; que “a mesma desigualdade proporcional existe entre os habitantes de Vênus, como entre os seres terrenos, os menos adiantados são as estrelas do mundo terrestre, isto é, vossos gênios e homens virtuosos”; que “os escravos da Antiguidade, como os da América moderna (na época deste diálogo, ainda não ocorrera a abolição da escravatura) são seres destinados a progredir num meio superior ao que habitavam na última encarnação, estando, por toda parte, os seres inferiores subordinados aos superiores, mas em Vênus tal subordinação moral não se compara à subordinação corpórea que existe na Terra, os superiores não são senhores, mas pais dos inferiores, ajudando-os a progredir, em vez de os explorar”. Na penúltima pergunta, diz que “reina uma admirável unidade no conjunto da Obra Divina. Como as criaturas, como tudo o que é criado, animais ou plantas, os Planetas progridem, inevitavelmente. Nas suas variadas expressões, a vida é uma perpétua ascensão ao Criador: numa imensa espiral ele desenvolve os graus de sua Eternidade”. Ao final, outra observação de Kardec: -“Certamente esta comunicação sobre Vênus não tem os caracteres de autenticidade absoluta (...). Contudo, o que já foi dito sobre este mundo lhe dá, ao menos, certo grau de probabilidade, e, seja como for, não deixa de ser o quadro de um mundo que necessariamente deve existir para quem quer que não tenha a orgulhosa pretensão de que seja a Terra o apogeu da perfeição humana: É um elo na escala dos mundos (...). 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Chico Xavier e os Extra-Terrestres

Perguntado em entrevista realizada através dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira quando do lançamento do ANUÁRIO ESPÍRITA 1964, sobre se “Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra em encarnações de exercício evolutivo”, o Espírito André Luiz respondeu que isso acontece com frequência, de vez que muitos Espíritos superiores se reencarnam no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas inferiores costumam aqui sofrer curtos ou longos períodos de exilio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto, a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo”. Disse ainda que habitantes de outros Orbes conhecem a Humanidade terrena, sua história, costumes, etc”. Recentemente, por deferência do amigo José Claudio Motta Neto, recebemos o link http://www.youtube.com/watch?v=JN0hqnxVTLM, onde  o ex-Ministro da Defesa do Canadá, Paul Hellyer, faz surpreendentes revelações sobre registros conhecidos pelos ocupantes de cargos congêneres em Países da mesma importância daquele em que, por três mandatos  comandou. Numa das informações, Hellyer afirma dispor de relatórios demonstrando existir, atuando na Terra, mais de uma espécie de extra-terrestres, procedentes das Plêiades (o livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA do Espírito Manoel Philomeno de Miranda/Médium Divaldo Pereira Franco faz várias referências de Espíritos dessa região do Cosmos que estariam atuando no processo de mudanças pelos quais passa a Terra) , Andrômeda e Orion. Nem todos amistosos. Tal dado, curiosamente, assemelha-se a outro comentado por Chico Xavier com pessoas de sua intimidade e, registrado por Geraldo Lemos Netto. Segundo o médium, “embora a maioria das Civilizações, que já desvendaram os segredos das viagens interplanetárias serem de grande evolução espiritual, e, voltadas ao Bem e à Fraternidade Geral, há também aquelas outras que somente se desenvolveram no campo da técnica, enregelando sentimentos mais nobres no coração. Representantes dessa outra turma também tem nos visitado, mas com objetivos escusos... Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção às nossas necessidades e sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais para experiências horrorosas em suas naves (...). Uma vez, eu estava indo de Uberaba a Franca e Ribeirão Preto para visitar a irmã de Vivaldo (Cunha Borges), Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração nesta última cidade. Dr Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e, eu, fiquei no banco de trás. Pois bem, íamos lá pelas três horas da manhã, na madrugada, para evitar o trânsito e a meio caminho, uma luz meio baça, na cor alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr Elias achou por bem encostar o carro e esperamos, os três, para ver o que iria acontecer. Intuitivamente, comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O Espírito Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada vigilância. A nave apareceu, então, no pasto ao lado, iluminando toda a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar o solo e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda, de onde desceu uma entidade alienígena. Ela tinha uma aparência humanoide, mas muito mais alta, com cerca de três metros de altura, quase esquelética. Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor nos afastasse daquele “cálice de amarguras”, que pressentia, com o auxílio de Emmanuel. Subitamente, a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a sua nave. Depois, o veículo interplanetário elevou-se do solo e eu vi, perfeitamente, uma vaca sendo levada até ao seu interior como se levitasse até lá. Em seguida, a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa. O Espírito Emmanuel me revelou então, que estes irmãos, infelizmente não eram vinculados ao Bem e ao Amor; eram sociedades que pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em quando, abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo Emmanuel, somente não fazem mais, porque Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães para proteger a Humanidade terrestre tão ignorante quanto às realidades siderais, em sua infância planetária”. Embora Paul Hellyer certamente nunca tenha ouvido falar de Chico Xavier nem de sua inusitada experiência, a comparação entre os dois depoimentos demonstra incríveis coincidências

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma Paixão, Um Suicídio

No número de abril de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec desenvolve um interessante artigo intitulado Uma Paixão De Além-Túmulo, baseando-se em notícia do jornal SÉCULO, de 13 de janeiro daquele ano sobre o suicídio de um menino de 12 anos de nome Maximiliano V.... Residindo com os pais, aprendiz de tapeceiro, tinha o hábito de ler romances-folhetins, dedicando-se com incomum interesse aos seus conteúdos, o que lhe superexcitava a imaginação e lhe inspirava ideias acima de sua idade. Assim, imaginou que sentia paixão por uma criatura que tinha ocasião de ver algumas vezes e que estava longe de pensar que tivesse inspirado tal sentimento. Desesperado por não ver a realização dos sonhos produzidos pelas leituras, resolveu matar-se. Foi encontrado pelo porteiro do prédio onde trabalhava, enforcado numa corda que prendera numa viga existente na sala. Comenta Kardec que as circunstâncias de tal morte, levaram-no a pensar que a evocação desse menino poderia resultar num ensino útil. Sendo assim, na reunião da Sociedade Espírita de Paris, de 24 de janeiro, procedeu-se à tentativa através de um médium chamado E. Véry, alcançando-se um resultado bastante interessante. Inicialmente procurou-se ouvir o Guia Espiritual do médium sobre a possibilidade de evocar-se o Espírito do menino, obtendo-se a informação que sim, que cuidaria de trazê-lo pois o mesmo estava sofrendo, contudo sua manifestação serviria de exemplo e lição para os que do resultado tomassem conhecimento. Apresentando-se o Espírito de Maximiliano, afirmou não saber bem onde estava, percebendo como que um véu à sua frente, que falava sem saber como e como o escutavam, salientando que aquilo que até há pouco ainda era obscuro, já podia ver; sofria, mas sentindo-se naquele momento aliviado. Perguntado se lembrava das circunstâncias de sua morte, respondeu parecerem muito vagas, sabendo que se suicidara sem motivo, atribuindo sua personalidade sonhadora a uma espécie de intuição de sua vida passada, em que fora poeta. Solicitado a descrever a sensação que experimentou quando se reconheceu no mundo dos Espíritos, contou que via seu corpo, inerte e frio, e, ele, planava em volta dele; chorava lágrimas quentes, por ter acabado de reconhecer a enormidade de seu erro; não tendo certeza morte; pensando que seus olhos fossem abrir”. Consultado sobre o se poderia fazer útil por ele, respondeu que orar. Na sequência, Kardec buscou esclarecimentos com o Guia do médium sobre a possível punição para este Espírito por haver suicidado, especialmente, considerando sua idade, se sua ação fora tão grave quanto a de outros suicidas, colhendo as seguintes explicações: -“ A punição será terrível, porque foi mais culpado que os outros visto possuir grandes faculdades como a força de amar a Deus de maneira poderosa e de fazer o Bem”, acrescentando que “os suicidas sofrem longos padecimentos”; que Maximiliano “experimenta a sensação de um fogo que o consume e devora”; o que somente “seria atenuado orando-se por ele, sobretudo se ele se unisse a essas preces”. O Espírito revelaria ainda que sua existência anterior como poeta, se dera ao tempo do reinado de Luiz XV, que fora pobre e desconhecido, que amara a uma mulher que vira passar num dia de primavera num parque, revendo-a, posteriormente, somente em seus sonhos que lhe prometiam que a possuiria um dia”.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Energia De Sua Casa

Allan Kardec repassou através de suas obras, importantes e interessantes materiais a respeito do tema Fluidos. A partir das informações daqueles que o auxiliaram a compor o conteúdo das Obras Básicas do Espiritismo, estrutura-se uma ideia sobre como o que eles denominam Fluido Cósmico Universal vai se organizando numa gama imensa e diversificada de formas de apresentação. Inclusive os seres humanos, emanam Fluidos peculiares e sustentam o próprio corpo físico através do Fluido Vital. A partir dos conteúdos dessas revelações, Kardec apresenta uma escala das associações entre Fluidos e Perispírito, Pensamento, Formas-Pensamento, Objetos de Uso Pessoal, Alimentos, Homeopatia, Acupuntura, Obsessão, Passe, Prece, Agua Fluida, e, entre outros o Ambiente em que vivemos. Há poucos dias, recebemos um interessante material de Autor Desconhecido que, pela qualidade,  consideramos será de utilidade, não só para melhor entendimento, como também, orientação sobre ao assunto. Diz o texto: “O padrão vibratório de uma casa, tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos ambientes, pessoas e situações. O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos – muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade – a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos. Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de vento, fontes, espelhos, instrumentos do Feng Shui, é possível atrair bons fluidos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho para nosso lar, temos todas as condições de cria-los no interior do próprio ambiente. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama egrégora. Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem estar e sensação de acolhimento, independente da beleza, luxo ou qualquer outro fatos externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, ainda que sejamos bem tratados. O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa tem memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz; nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho. Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar!. Selecione muito bem as pessoas que vão frequentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias. Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada. Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo? Reflita sobre como você vive em sua casa, no que pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia a dia. Tudo isto, interfere no seu astral”.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sonhos e Espiritismo

Na pauta da REVISTA ESPÍRITA de julho de 1865, Allan Kardec incluiu interessante matéria intitulada TEORIA DOS SONHOS. O tema, como sabemos, ocupara a atenção dele quando das abordagens com os Espíritos que o auxiliaram a compor O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Nas respostas às questões 400 à 412, aprendemos que o Espírito jamais está inativo, vivenciando experiências em outra Dimensão, enquanto o corpo repousa, se refazendo dos desgastes impostos pela atividade no estado de vigília. Do simples cochilo ao sono profundo, pouco importa. Algo semelhante, dizem eles, ao estado em que estará de maneira permanente após a morte. Os sonhos, portanto, representam a lembrança parcial do que se viu durante o sono físico. A memória biológica não retém minúcias destas experiências pelo fato de apenas o Espírito tê-las vivido e nosso cérebro físico estar preparado apenas para armazenar as vivências desta Dimensão. Exceções ficam por conta de alguns sonhos premonitórios; reencontros com pessoas ou familiares queridos; etc. Quanto à significação atribuída a muitos sonhos, previnem “ser absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra”. No artigo citado há pouco, Kardec diz que “o Espiritismo dando a chave da lei que rege as relações do mundo corporal e do mundo espiritual, auxiliado pelas observações sobre que se apoia, dá dos sonhos a mais lógica explicação jamais fornecida, demonstrando que o sonho, o sonambulismo, o êxtase, a dupla vista, o pressentimento, a intuição do futuro, as penetração do pensamento não passam de variantes e graus de um mesmo princípio: a emancipação da alma, mais ou menos desprendida da matéria”. Reconhece que “a respeito dos sonhos, dá ele conta precisa de todas as variedades que apresentam, embora possuindo o princípio, o que já é muito, faltando alguns conhecimentos, que adquiriremos mais tarde”. Pondera não haver “uma única ciência que, de saída, tenha desenvolvido todas as suas consequências e aplicações; elas não se podem completar senão por sucessivas observações. Ora, nascido ontem, o Espiritismo está como a química nas mãos dos Lavoisiers e dos Berthoffet, seus primeiros criadores; estes descobriram as leis fundamentais; as primeiras balizas fincadas conduziram ao caminho de novas descobertas”. Reporta-se a interessante experiência onde um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris, em estado de sonambulismo, muito lúcido, foi solicitado pela mãe de uma jovem a lhe dar notícias de sua filha, que estava em Lyon. Viu-a deitada e adormecida, descrevendo com precisão o apartamento em que se achava. Essa jovem, de dezessete anos, é médium escrevente e, indagado se ela tinha aptidão para se tornar médium vidente, ouviu que esperasse um pouco, por ser necessário seguir o traço de seu Espírito, que naquele momento não estava no corpo. Disse que ela se encontrava ali, na Vila Ségur, na sala onde estavam, atraída pelo pensamento da mãe. Ela os via e escutava. Para ela, era um sonho, do qual não se recordaria ao despertar”. Seguindo com suas explicações, o médium disse que “pode-se dividir os sonhos em três categorias caracterizadas pelo grau de lembrança que fica no estado de desprendimento no qual se acha o Espírito. O primeiro, engloba os sonhos provocados pela ação da matéria e dos sentidos sobre o Espírito, isto é aqueles em que o organismo representa papel preponderante pela mais íntima união entre o corpo e o Espírito; o segundo, o sonho chamado misto, em que participam, ao mesmo tempo, da matéria e do Espírito, possibilitando um desprendimento mais completo,  do que resulta a recordação num primeiro momento, para o esquecer quase que instantaneamente, a menos que uma particularidade venha despertar a lembrança; e, o terceiro, os sonhos espirituais, produto do despendimento do Espírito da matéria, resultando uma vaga lembrança do que se sonhou”. Anos depois, Gabriel Dellane proporia interessante classificação para os tipos de sonho: fisiológico, psicológico, anímico e espiritual. Tudo bem antes de Freud publicar o livro INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS, considerando os sonhos como resultado de perturbações neuróticas, indivíduos não enquadrados nos padrões normais de comportamento, resultantes de desejos de natureza sexual reprimidos. Criticado, inclusive por seu discípulo Carl G. Jung, não propôs, na verdade, algo mais lógico que as explicações oferecidas pelo Espiritismo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mais Cinco Respostas Sobre Dúvidas Comuns

Demonstrando como o Espiritismo pode auxiliar a compreender o fenômeno da morte auxiliando as escolas religiosas a avançar além das suas concepções relativas, reunimos mais cinco esclarecimentos resultantes das revelações espirituais. 1- RECEPÇÂO - Allan Kardec -“O Espírito encontra aqueles que conheceu na Terra e morreram antes dele, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao Mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar. 2 -Velório - Abel Gomes – “A cerimônia dos funerais e o convencionalismo do velório dificultam, sobremaneira, a nossa cruzada de libertação espiritual”. André Luiz –“Durante o velório, as imagens contidas nas evocações das conversas no local, incidem sobre a mente do desencarnado, mantido em repouso depois de rápido mergulho na contemplação dos fatos alusivos à existência finda”. 3- IMPRESSÕES APÓS O DESLIGAMENTO Allan Kardec - “No momento da morte, tudo, a princípio, é confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer; sente-se como atordoada, no mesmo estado de um homem que saísse de um sono profundo e procurasse compreender a sua situação. A duração da perturbação de após morte é muito variável: pode ser de algumas horas, como de muitos meses e mesmo de muitos anos(...) Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares, segundo o caráter dos indivíduos e, sobretudo, de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia, ferimentos, etc, o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê seu corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado. Procura as pessoas de sua afeição, dirige-se a elas e não entende porque não o ouvem. Esta ilusão mantem-se até o completo desprendimento do Espírito, e, somente então, ele reconhece o seu estado e compreende que não faz mais parte do mundo dos vivos”. Esse fenômeno é facilmente explicável. Surpreendido pela morte imprevista, o Espírito fica aturdido com a mudança brusca que nele se opera. Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, como continua a pensar, como ainda vê e escuta, não se considera morto. E o que aumenta a sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao que deixou na Terra, cuja natureza etérea ainda não teve tempo de verificar. Ele o julga sólido e compacto como o primeiro, e quando se chama a sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo. A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de Bem; é calma e, em tudo, semelhante à que acompanha um despertar tranquilo. Para aquele cuja consciência não está limpa é cheia de ansiedades e angústias”(...). “Nos casos de morte coletiva, observou-se que o dos os que pereceram ao mesmo tempo nem sempre se reveem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte cada um vai para o seu lado ou sé se preocupa com aqueles que lhe interessavam”. 4- CREMAÇÃO - Emmanuel -- “Geralmente, nas primeiras horas após a morte, ainda sente o Espírito ligado aos elementos cadavéricos. Laços fluídicos, imperceptíveis ao vosso poder visual, ainda se conservam unindo a alma recém-liberta ao corpo exausto; esses elos impedem a decomposição imediata da matéria. E, por esta razão, na maioria dos casos, o Espírito pode experimentar os sofrimentos oriundos da cremação, a qual, nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de 50 horas após o desenlace.  5- ESTATÍSTICA - Chico Xavier - -“Oitenta por cento das criaturas que desencarnam, voltam-se para a retaguarda sem condições de ascenderem aos planos elevados. Apenas vinte por cento gravitam para os Planos mais altos. A maioria delas, portanto, fica vinculada aos familiares e amigos. Egressas do Plano Físico, sentem-se numa viagem sem mapa, sem direção ou bússula... E todas as vezes que os familiares se dirigem aos templos da Terra, elas os acompanham”(...).  “Dos companheiros espíritas desencarnados que tenho visto, nenhum está satisfeito consigo mesmo – todos eles tem se queixado da sua falta de empenho no melhor aproveitamento do tempo









segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cinco Repostas Objetivas Para Dúvidas Comuns

O Espiritismo não veio ao mundo para substituir nenhuma religião, mas sim, trabalhar por transformá-las, elevando-as das suas concepções para o clarão da Verdade Imortalista”, escreveu o Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na obra O CONSOLADOR (feb,1940). Esclarecedora matéria da revista ÉPOCA, edição 325, apresenta um painel sobre a forma como algumas correntes filosóficas e as principais religiões da Terra encaram a questão da morte. Uma reflexão sobre o conteúdo do apurado pela publicação confirma o acerto da colocação do Instrutor Espiritual. Porque,onde a maioria das interpretações religiosas, perde-se em conceitos evasivos, vagos, pouco racionais, o Espiritismo avança com informações objetivas, concretas, lógicas. Como o próprio Allan Kardec afirma, não baseado nas teorizações de um ou outro líder, mas nos depoimentos de milhares de Espíritos desencarnados, que através de equivalente número de médiuns, revelam detalhes sobre a passagem desta para outra Dimensão, bem como a situação na etapa pré e pós morte. Na sequência procuramos agrupar algumas delas para sua avaliação. 1- HORA DA MORTE Emmanuel - “A morte, em geral, ocorre sempre no instante determinado. Há, todavia, exceções e essas se verificam segundo o livre arbítrio do homem. A liberdade individual está, pois, acima de todas as circunstâncias e, daí, se depreende a necessidade da educação da vontade e disciplina de emoções de cada um. Naturalmente a liberdade individual referida prende-se a  fatores como alimentação, dependências químicas, descontroles emocionais. 2- COMAEmmanuel – “Dependerá da sua situação mental. Há casos em que o Espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores Espirituais. São pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação. Em outros casos, os Espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do períspirito, dispõem de uma relativa liberdade. Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados”(familiares e médicos). 3- EUTANÁSIA - EmmanuelTrata-se de considerável engano. A fuga de uma situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se encontram em nossa consciência. É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas lições em processos de depuração do Espírito. Os momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos de cura em pacientes desenganados pelos médicos”. 4- DOAÇÃO DO CORPO PARA ESTUDOS ANATOMICOS OU DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE - Chico Xavier - “André Luiz considera que, excetuando-se determinados casos de mortes em acidentes e outros casos excepcionais, em que a criatura necessita daquela provação, ou seja, o sofrimento intenso no momento da morte, esta de um modo geral não traz dor alguma porque a demasiada concentração do dióxido de carbono no organismo determina anestesia do sistema nervoso central, sem qualquer repercussão no Espírito que se afasta. 5- DESLIGAMENTO Allan Kardec - “No instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente; ele se opera gradualmente, com lentidão variável segundo os indivíduos. para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação, que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e, dura, às vezes, alguns dias, semanas e até mesmo meses ou anos, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre corpo e o Espírito, afinidade que esta sempre em razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. E lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega, é quase instantânea.(...) -“Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida geralmente se verificam simultaneamente; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto”.

           




sábado, 7 de setembro de 2013

Não Há o que Temer

Abrindo o número de fevereiro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta um interessante artigo de sua autoria, analisando a questão DA APREENSÃO DA MORTE. Logo no início,  diz que a criatura humana desde o estado selvagem, tem a intuição de que a morte não é a última palavra da existência, sendo a crença no futuro infinitamente mais geral que a no nada, perguntando como é que entre os que creem na imortalidade ainda se encontra tanto apego às coisas da Terra, sendo tão grande o medo da morte? Explica que “a apreensão da morte é efeito da sabedoria da Providência, e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido quanto às condições da vida futura, como contra peso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento”. Ressalta que “é por isto que, nos povos primitivos, o futuro não passa de vaga intuição, mais tarde simples esperança, enfim mais tarde uma certeza, mas ainda contrabalançada por um secreto apego à vida corporal”. Salienta que “à medida que o homem compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte; mas, ao mesmo tempo, melhor compreendendo sua missão na Terra, espera seu fim com mais calma, resignação e sem medo”. Diz que “a certeza da vida futura dá um outro curso às suas ideias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter essa certeza, só trabalha para o presente; com esta certeza trabalha em vista do futuro, sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da direção, mais ou menos boa, que der ao presente. A certeza de reencontrar os amigos após a mote, de continuar as relações que teve na Terra, de não perder o fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em perfeição, lhe dá paciência para espera e coragem para suportar as momentâneas fadigas da vida terrena. A solidariedade que vê estabelecer-se entre os mortos e os vivos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos; desde então a fraternidade tem  sua razão de ser e a caridade um objetivo no presente e no futuro”. Orienta que “para libertar-se das apreensões da morte, deve poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado por pensamento no Mundo Invisível e dele ter feito uma ideia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria”. Afirma que “naqueles Espíritos que não são suficientemente avançados, a vida material ainda predomina sobre a espiritual”. Consequentemente, “ligando-se ao exterior, o homem só vê a vida no corpo, ao passo que a vida real está na alma: estando o corpo privado de vida, aos seus olhos tudo está perdido e ele se desespera. Se, em vez de concentrar o pensamento na vestimenta externa, a voltasse para a fonte mesma da vida, sobre a alma, que é o Ser real, a tudo sobrevivente, lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e tantas dores. Mas para isto é preciso uma força que o Espírito só adquire com a maturidade”. Prevê que “o medo da morte depende, da insuficiência das noções sobre a vida futura; denotando a necessidade de viver, e o medo que a destruição do corpo seja o fim de tudo”, enfatizando que “a apreensão enfraquece à medida que se forma a certeza desaparecendo quando a certeza é completa”. Seguindo com argumentos racionais e lógicos, aponta como fatores determinantes, a ideia de que a alma não é uma realidade efetiva, mas uma abstração; o ensino recebido desde a infância; o quadro que dela faz a religião institucionalizada; as cerimônias lúgubres que cercam a morte, que aterram mais que provocam esperanças. Realça que a Doutrina Espírita muda inteiramente a maneira de encarar o futuro que sai do terreno da hipótese, para a da realidade, deixando o estado da alma após a morte não é mais um sistema, mas um resultada da observação, o Mundo Invisível aparecendo em toda a sua realidade prática, não tendo sido descoberto pelo esforço dos homens em uma concepção engenhosa, mas descrito pelos próprios habitantes desse mundo descrevendo sua situação, em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça. Concluindo, frisa que o Mundo Visível e o Mundo Invisível estão em relações perpétuas e se assistem mutuamente. Não mais sendo permitida a dúvida sobre o futuro, a apreensão da morte não tem mais razão de ser: vê-se-a vir com sangue frio, como uma libertação, como a porta da vida, e não a do nada”.   

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Yvonne Pereira, Chico Xavier e os Planos e Sub-Planos

A respeitável médium Yvonne Pereira tinha entre suas percepções, a vidência, manifesta de forma natural e espontânea. Descrevendo uma de suas interessantes  experiências, relata que “deslocando-se da cidade onde vivia em Minas Gerais para o Rio de Janeiro, afim de prestar assistência a um parente doente, hospedou-se na casa dele durante o tempo necessário para o tratamento. A moradia recém-adquirida, havia sido reformada pelo proprietário anterior, tendo sido erguida em terreno onde existira um casebre demolido para dar lugar à nova construção. Conta Dona Yvonne que, fosse em meio às suas orações habituais ou, inesperadamente, durante os afazeres domésticos, sua visão espiritual mostrava no local de casa, um casebre, e, em vez do jardim com suas bonitas árvores e folhagens, o piso de cerâmica e cimento, um pobre terreno em ruínas, com canteiros de hortaliças ressequidas e alguns poucos galináceos enfezados, além de utensílios imprestáveis esparsos por toda parte. Dias depois, em desdobramento espiritual – outra de suas faculdades mediúnicas -, viu que desaparecera a casa atual e, em seu lugar, viu apenas um terraço com um casebre, coberto de telhas velhas, com janelas minúsculas, sem vidros, e portas muito toscas, de tábuas grosseiras, e chão de terra batida. Algumas plantações já arruinadas se deixavam ver, tais como couves, quiabos, jilós e, sobrepondo-se a todas, pela quantidade, arbustos de ervilhas com estacas de taquara. Compreendi que ali existira viçosa chácara de hortaliças, mas que a decadência adviera depois (...). Dois ou três galos de briga, tipo chinês, iam e vinham pelo terreno, ciscando e cacarejando. Lixo amontoado a um canto e sinais suspeitos de fogo em círculo indicavam a esterqueira para o abuso às plantas e também que o habitante do casebre fora dado à prática de magias, de "macumba", como vulgarmente é conhecida a dita prática no dialeto popular brasileiro. Um negro ainda moço, ou o seu Espírito, corpulento, simpático, cuidava das ervilhas com muita atenção, amarrando-as com tiras de ‘imbira’ às estacas. Usava camisa branca andrajosa, calças escuras com muito uso, sujas de terra, chapéu de feltro velhíssimo, e tudo oferecendo visão de extrema pobreza e decadência. Pés descalços, inchados, como que atacados por elefantíase, enquanto o corpo reluzia, deformado pela inchação. Aquela entidade chamara-se Pedro, quando encarnada, residira no casebre, e que, agora, desencarnada, continuava no mesmo local, fixando o pensamento no cenário passado e, por isso mesmo, construindo-o ao derredor de si, para seu desfruto ou seu infortúnio, à força de tanto recordá-lo, sendo, portanto, esse seu ambiente imediato, ou seja, tipo de criação mental sólida (...). Compreendi, diz ela, que insólita confusão se estabelecera no entendimento do pobre Espírito, o qual, via nova casa no local da sua e a reforma geral do terreno, também continuava vivendo no seu amado casebre, o que equivale dizer que, criando ele mesmo o seu ambiente, através das recordações fixadas na mente, residia, como Espírito, entre nós outros, os moradores do prédio novo”. Chico Xavier, em 1954, em viagem ao litoral do Rio de Janeiro, certo amanhecer embrenhou-se por uma mata com os amigos Arnaldo Rocha e Ênio Santos nas imediações da pensão em que se hospedaram na cidade de Angra dos Reis na expectativa de avistarem uma cachoeira ali existente. Assentando-se em grande pedra  existente na clareira onde a mesma se encontrava, em tom coloquial, Chico comentou perceber no local em outra Dimensão, a presença de vários Espíritos – homens, mulheres e crianças – num ritual. Indagado sobre mais detalhes disse que o Benfeitor Emmanuel “esclarece que são Espíritos simples, ingênuos. Pelo nosso calendário, poderíamos dizer que encontram-se ainda no século XV, no mundo que lhes é próprio. Nós não existíamos. Eles não nos veem e encontram-se em fase evolutiva bem acanhada. São índios que habitavam estas glebas. Outro episódio deriva de carta psicografada em reunião pública em 17 de julho de 1976 pelo empresário Hilário Sestini, desencarnado em março daquele ano, em consequência de um infarto do miocárdio, aos 55 anos. Rememorando detalhes que marcaram seu desligamento do corpo, faz referência a procedimento cirúrgico sofrido, já no Plano Espiritual na Casa de Saúde Santa Therezinha, em São José do Rio Preto mesmo. Ao ouvir a leitura da mensagem, seu irmão estranhou a  citação pois, nascido e criado na mesma cidade, nunca tinha ouvido falar naquele estabelecimento, questionando Chico sobre o fato, para que eventual engano fosse esclarecido, o que, na verdade confirmaria, posteriormente, após minuciosa  pesquisa em publicações do anos 20 . Retornando a Uberaba (MG), pedindo mais explicações ao médium, ouviu dele que os Amigos Espirituais costumam se referir a construções antigas que permanecem na retaguarda de construções atualizadas, até que as entidades ligadas a esses conjuntos habitacionais, os abandonem por não mais necessitarem deles nos vínculos mentais que, de certo modo, os retêm a determinadas paisagens do eu próprio pretérito”. Esses depoimentos evidenciam a superposição de Dimensões, de locais, de estados mentais no Mundo Espiritual, onde cada um se situa na esfera mental compatível com sua realidade interior.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A Unica Saída


Hoje, ouvimos falar de muitos crimes cometidos por meninos de 10, 14 anos. Deveríamos tratar de códigos que dessem a maioridade aos 14 anos. A criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas muito depressa, motivada pela televisão, etc.. Precisávamos da criação de leis que ajudem a criança a não se fazer delinquente nem viciada, afirmou Chico Xavier em comentário cujo fragmento foi inserido na obra O EVANGELHO DE CHICO XAVIER pelo autor, Carlos Antonio Baccelli. Considerando que a desencarnação do médium se deu em julho de 2002, percebe-se como é atual e, como, torna-se urgente uma definição por parte dos nossos legisladores. Os próprios autores d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS haviam  respondido a Allan Kardec na Questão 796 “- Uma sociedade decadente tem certamente necessidade de leis mais severas; infelizmente essas Leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a cortar a raiz do mal. Somente a educação pode reformar os homens, que assim não terão mais necessidade de leis tão rigorosas”. O Codificador propusera uma reflexão na mesma obra a partir da pergunta: “- Quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”.    E, ele mesmo vaticinaria que “quando a educação moral for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso, está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Atravessamos o século 20, com mudanças substanciais na família, a estrutura básica da sociedade. Crises, conflitos, necessidades econômicas, distanciamento da fé, expansão nos países emergentes de propostas religiosas sem espiritualidade real, aquela capaz de despertar o Ser para a responsabilidade de viver. Contradições no comportamento de líderes, muito mais comprometidos com seus próprios interesses que com os da coletividade, aumentaram a insatisfação, insuflando a violência cujo fim é imprevisível e consequências devastadoras. A grande discussão continua sendo o combate aos efeitos, sem atacar-se as causas, especialmente porque os resultados somente seriam perceptíveis após várias gerações. Uma avaliação dos problemas político-sociais de áreas como a América Latina, Central, África, Oriente Médio, Ásia revela o quanto as massas estão comprometidas com o temporal, alheias ao espiritual. O que fazer? Acreditar que o trabalho em favor do esclarecimento e despertamento haverá de resultar em mudanças progressivas, especialmente com a introdução em nossa Dimensão de Espíritos mais amadurecidos e o afastamento dos refratários à ideia de progresso, como explicado pelo Espírito São Luiz, na ultima das respostas da obra inicial da Revelação Espírita. Assim começaram as grandes navegações, assim materializaram-se as grandes ideias, aquelas que mudaram o panorama do Planeta nos últimos 300 anos. O desanimador quadro que se apresenta aos nossos olhos e raciocínios, é, na verdade, um teste, um desafio para que testemunhemos nossa fé no amanhã renovado. Como diz o Benfeitor Batuíra na mensagem FIDELIDADE, “não nos pede o Senhor votos reluzentes na boca, nem promessas brilhantes. Jesus não necessita nem mesmo das nossas afirmações labiais de fé, nem tampouco de manifestações adorativas. Conta, sim, com a nossa fidelidade, sejam quais forem as circunstâncias. Se o dia resplende a céu azul, tenhamos a coragem de romper com todas as sugestões de conforto próprio, avançando à frente... Se a tempestade relampeia no teto do mundo, cultivemos bastante abnegação para sofrer o granizo e o vento, demandando o horizonte que nos cabe dirigir. De todos os lados, invariavelmente, chegarão apelos que nos convidam à deserção. Elogios e injúrias, pedrada e incenso aparecerão, decerto, como procurando entorpecer-nos a consciência, no entanto, a cavaleiro de uns e outros, é imperioso recordar o Divino Mestre, na pessoa do próximo, e busca-lo sem pausa, através do Bem incessante.  Somos poucos, no entanto, com Ele no coração, teremos o suficiente para executar as obrigações com que fomos honrados. Saibamos conservar a fidelidade, como quem alça ininterruptamente a luz nas trevas, pois que, em muitos lances da vida, precisamos muito mais de lealdade no espírito que de pão para o corpo. Para que semelhante vitória nos coroe o caminho, tanta vez solitário e espinhoso, o segredo é suportar, e o lema é servir.