Os
anos de convívio com a Espiritualidade transformaram o médium Chico
Xavier numa fonte extraordinária de aprendizados sobre a Humanidade que
se serve da Terra para o trabalho da evolução espiritual. Destacaremos a seguir
alguns deles preservados pelo companheiro Adelino da Silveira um dos que desfrutou
da intimidade do incomparável médium mineiro nos últimos anos de sua vida. 1- Por que Joanna D’Arc foi considerada santa apesar de ter
liderado soldados franceses em batalhas certamente muito sangrentas? Chico Xavier – “Naquela época, os Espíritos
encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam
servir na formação do compor da plêiade de entidades nobres que reencarnariam
para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo
francês. Era preciso suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a
França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joanna
D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem
as sementes genésicas, para a formação de instrumentalidade destinada aos
gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se
tratando da França do século 19 que preparou, no mundo, a organização da Era
Tecnológica que passou a viver-se no século 20”. 2- Porque jamais uma nação conseguiu invadir o Brasil e
tomar parte de nossa Pátria, quando temos uma costa litorânea tão imensa? - Chico Xavier- “Porque toda vez que alguma Nação
planejava isso, Jesus determinava que alguns milhares de Espíritos
desencarnados e que ainda habitavam esse País, reencarnassem no Brasil e, ao
invés de entrarem invadindo-nos pelas fronteiras geográficas faziam-no pelas
fronteiras genéticas. As Leis de Segurança Planetária não permitiram, até
agora, a invasão deliberada, decerto a fim de reservar determinada tarefa ou
missão para os brasileiros do futuro, milhares dos quais filhos do pretenso
invasor”. 3- Chico Xavier – “Conta-se que ao celebrar a primeira missa,
na manhã de 29 de agosto de 1553, no Alto do Inhapuambuçú, hoje Pátio do
Colégio, na capital paulista, o eminente Padre Manuel da Nóbrega, fundador de
São Paulo, considerada a cidade mais importante do Hemisfério Sul, foi visitado
pelo Apóstolo São Paulo, que lhe apareceu nimbado de intensa luz. Redivivo, o
amigo da Gentilidade apontou-lhe as caminas circunjacentes e lhe pediu
fundasse, no Planalto Piratiningano, uma cidade, em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo, que se estabelecesse sobre as quatro colunas básicas do Cristianismo:
amor e fé, trabalho e instrução. Desde
esse dia, entre o Tamunduateí e o Anhangabaú, Padre Nobrega dá-se pressa na
fundação inicial do Real Colégio de Piratininga, distribuindo encargos e
responsabilidade entre os companheiros inesquecíveis, dentre os quais, o nosso
admirável Apóstolo José de Anchieta, nas atividade do magistério, se incumbe
das lições de Humanidade. Manoel da Nóbrega, impressionado, medita na revelação
com que fora distinguido e recorda o encontro de Jesus com o mesmo Apóstolo São
Paulo, às portas de Damasco, nos dias do Cristianismo primitivo e delibera
inaugurar as obras do Real Colégio de Piratininga, na data que relembra a
conversão do notável Doutor de Tarso, 25 de janeiro, o que sucede a 25 de
Janeiro de 1554, com o estabelecimento definitivo da grande instituição”.
4- “Em 1952, quando Chico psicografava AVE CRISTO, certa noite, visitou-o um Espírito que viveu
na época de Moisés. Tentou conversar com o médium mentalmente, mas este olhou
para Emmanuel e disse-lhe: - Não entendi nada do que ele quis me dizer. Então,
o bondoso guia explicou-lhe: - Ele está dizendo que não vem à Terra
aproximadamente há 4 mil anos e que achou as construções um pouco diferentes,
mas a evolução moral foi muito pequena”. 5- Francisco de
Assis era a reencarnação do Apóstolo João Evangelista? Chico Xavier– “Acreditamos
que a elevação de São Francisco de Assis foi a continuidade de João Evangelista
na divulgação da obra do Cristo em todo o mundo, especialmente na Vida
Ocidental. Creio que o assunto exposto é a expressão da verdade”. 6-
Qual o animal mais adiantado? Chico
Xavier – “O cão. O cão desperta muito amor e é um modelo de fidelidade. As
pessoas que amem e cultivem a convivência com os animais, especialmente os cães
ou descendentes das raças caninas, se observarem com atenção, decerto
verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidade que
consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina,
obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço,
vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a ideia de que, quanto mais perto
se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para
o estágio mais próximo da hierarquia espiritual”.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
segunda-feira, 30 de março de 2015
sábado, 28 de março de 2015
AINDA SOBRE A POSSIBILIDADE DE PREVER O FUTURO
Na tentativa de nos auxiliar a entender este intrigante fenômeno, Allan Kardec escreve na REVISTA ESPÍRITA de maio de 1864.-“Aquele a que é confiado o
trabalho de revelar uma coisa oculta pode recebê-la, independentemente de sua
vontade, como inspiração pelos Espíritos que a conhecem; então a transmite
maquinalmente, sem se dar conta. Além disso, sabe-se que, quer durante o sono,
quer em vigília, no êxtase da dupla vista, a alma se desprende e possui em grau
mais ou menos grande as faculdades do Espírito livre. Se for um Espirito
adiantado, se, como os profetas, tiver recebido a missão especial para esse
efeito, goza, nesses momentos de emancipação da alam, da faculdade de abarcar,
por si mesmo, um período mais ou menos extenso e vê, como presentes, os
acontecimentos desse período. Então pode revela-los, imediatamente, ou lhes conservar
a memória ao despertar. Se os acontecimentos devem ser mantidos em segredo, ele
perderá a sua lembrança ou conserva apenas uma vaga intuição, suficiente para o
guiar instintivamente. É assim que se vê essa faculdade desenvolver-se
providencialmente em certas ocasiões, nos perigos iminentes, nas grandes
calamidades, nas revoluções e que a maioria das seitas perseguidas tiveram
numerosos videntes; é ainda assim que se veem grandes capitães marchar
resolutamente contra o inimigo, com a certeza da vitória; homens excepcionais,
como, por exemplo, Cristóvão Colombo, perseguir um objetivo, por assim dizer
predizendo o momento de o atingir. É que viram esse objetivo, que não é
desconhecido para seu Espírito. Todos os fenômenos cuja causa era desconhecida
foram reputados maravilhosos. A Lei segundo a qual estes se realizam, uma vez
conhecida, os colocaram na ordem das coisas naturais. O dom da predição não é
sobrenatural, como não o são muitos outros fenômenos: repousa nas propriedades da
alma e na Lei das relações entre os mundos visível e invisível, que o
Espiritismo vem dar a conhecer. Mas como admitir a existência de um Mundo
Invisível, se não se admitir a alma, ou se se não admitir sua individualidade
após a morte? O incrédulo que nega a presciência é consequente consigo mesmo.
Resta saber se o é com a Lei Natural. A Teoria da Presciência talvez não resolva
de modo absoluto todos os casos que a previsão do futuro possa apresentar, mas,
não se pode desconsiderar que ela estabelece o seu princípio fundamental. Se se
não pode tudo explicar é pela dificuldade, para o homem. De colocar-se nesse
ponto de vista extraterrestre; por sua inferioridade, seu pensamento,
incessantemente arrastado para o caminho da vida material, muitas vezes é
impotente para se destacar do solo. A esse respeito muitos homens são como as
aves novas, cujas asas, demasiadamente fracas, não lhes permitem elevar-se no
ar, ou como aqueles cuja vista é demasiado curta para ver ao longe, ou, enfim,
como aqueles a quem falta um sentido para certas percepções. Entretanto, com
alguns esforços e o hábito da reflexão, lá chegam: os Espíritas, mas facilmente
que os outros, porque , melhor que os outros, podem identificar-se com a Vida
Espiritual, que compreendem. Para compreender as coisas espirituais, isto é,
para fazer delas uma ideia tão clara quanto a que fazemos de uma paisagem que
está aos nossos olhos, falta-nos, realmente, um sentido, exatamente como a um
cego falta o sentido necessário para compreender os efeitos da luz, das cores e
da visão à distância. Assim, só por um esforço da imaginação é que o
conseguimos, auxiliados por comparações tiradas das coisas familiares. Mas, as
coisas materiais, só ideias muito imperfeitas nos podem dar das coisas
espirituais. É por isso que não se deveriam tomar essas comparações ao pé da
letra e, por exemplo, crer, no caso de que se trata, que a extensão das
faculdades de perspectiva dos Espíritos depende de seu elevação efetiva, e que
eles necessitem estar numa montanha ou acima das nuvens, para abarcar o tempo e
o espaço. Essa faculdade é inerente ao estado de espiritualização ou, se se
quiser, de desmaterialização. Por outras palavras, a espiritualização produz um
efeito que se pode comparar, embora muito imperfeitamente, ao da visão de
conjunto do homem sobre a montanha. Esta comparação apenas objetivava mostrar
que acontecimentos que estão no futuro para uns, está no presente para outros
e, assim, podem ser preditos, o que não implica que o efeito se produza da
mesma maneira. Para gozar dessa percepção o Espírito não precisa, então,
transportar-se para um ponto qualquer no espaço; o que está na Terra, ao nosso
lado, pode possuí-la em sua plenitude, como se estivesse a milhares de quilômetros,
ao passo que nada vemos fora do horizonte visual. Não se produzindo a visão nos
Espíritos da mesma maneira e com os mesmos elementos que no homem, seu
horizonte visual é bem outro. Ora, aí está precisamente o sentido que nos falta
para o conceber; ao lado do encarnado, o Espírito é como um vidente ao lado de
um cego”.
terça-feira, 24 de março de 2015
É POSSIVEL PREVER O FUTURO? COMO?
A resposta Allan
Kardec apresentou em curioso artigo na edição de maio de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Escreveu ele: -“Diz-se
que as coisas futuras não existem; que ainda estão no nada. Então como saber se
acontecerão? Contudo são muito numerosos os exemplos de predições realizadas,
de onde concluir-se que aí se passa um fenômeno cuja chave não se tem, pois não
há efeito sem causa. Essa causa, que tentaremos achar, ainda é o Espiritismo,
também chave de tantos mistérios, que nô-la fornecerá e, além disso,
mostrar-nos-á que o próprio fato das predições não sai das Leis Naturais. Como
comparação, tomemos um exemplo nas coisas usuais e que auxiliará a compreender
o princípio que temos de desenvolver. Suponhamos um homem colocado no alto de
uma montanha, considerando a vasta extensão da planície. Nessa situação pouco
será o espaço de um quilometro, e facilmente poderá ele abarcar de um golpe de
vista todos os acidentes do terreno, do começo ao fim da estrada. O viajante
que, pela primeira vez, percorre essa estrada, sabe que marchando chegará ao
fim. Isso é simples previsão da consequência de sua marcha. Mas os acidentes do
terreno, as subidas e descidas, os riachos a transpor, as matas a atravessar,
os precipícios onde pode cair, os ladrões postados para o assalto, as
hospedarias onde poderá descansar, tudo isto independe de sua pessoa: é para
ele desconhecido o futuro, porque sua vista não vai além do pequeno círculo que
o envolve. Quanto a duração, mede-a pelo tempo consumido em percorrer o caminho.
Tirai-lhes os pontos de referência e apaga-se a duração. Para o homem que está
na montanha e que acompanha o viajante com o olhar, tudo isto é presente.
Suponhamos esse homem descendo e que diga ao viajante: -“Em tal momento
encontrareis essa coisa; sereis atacado e socorrido”. Ele predirá o futuro. O
futuro é para o viajante; para o homem da montanha é o presente. Agora se sairmos
do circulo das cosas puramente materiais e, por pensamento, entrarmos no
domicílio da Vida Espiritual, veremos esse fenômeno reproduzir-se em escala
muito maior. Os Espíritos desmaterializados são como o homem da montanha; para
ele apagam-se espaço e tempo. Mas a extensão e a penetração de sua vista são
proporcionais à sua depuração e à sua elevação na hierarquia espiritual; em
relação aos Espíritos inferiores, são como o homem armado de poderoso
telescópio, ao lado do que tem os olhos nus. Nestes últimos a vista é
circunscrita, não só porque dificilmente podem afastar-se do Globo a que estão
ligados, mas porque a grossura de seu períspirito vela as coisas afastadas,
como a garoa para os olhos do corpo. Compreende-se, pois, que, conforme o grau
de perfeição, um Espírito possa abarcar um período de alguns anos, alguns
séculos e, até, de milhares de anos, porque o que é um século ante a Eternidade?
Ante ele os acontecimentos não se desenrolam sucessivamente, como os incidentes
da estrada do viajante; vê simultaneamente o começo e o fim do período; todos
os acontecimentos que, nesse período são o futuro para o homem da Terra, para
ele são presente. Poderia ele, pois, vir dizer-nos com certeza: Tal coisa
acontecerá em tal momento, porque vê essa coisa como o homem da montanha vê o
que espera o viajor na estrada. Se não o diz, é porque o conhecimento do futuro
seria nocivo ao homem; entravaria o seu livre arbítrio; paralisá-lo-ia no trabalho
que deve realizar para o seu progresso. Sendo-lhe desconhecidos o Bem e o mal
que o esperam, o são para a sua provação. Se uma faculdade, mesmo restrita,
pode estar nos atributos da criatura, a que grau de poder deve ela elevar-se no
Criador, que abarca o Infinito? Para ele o tempo não existe; o começo e o fim
do mundo são o presente. Nesse imenso panorama, que é a duração da vida de um
homem, de uma geração, de um povo? Contudo, como deve o homem concorrer para o
progresso geral, e certos acontecimentos devem resultar de sua cooperação, em
certos casos pode ser útil que pressinta esses acontecimentos, a fim de lhes
preparar o caminho e estar pronto a agir quando chegar o momento. Eis porque,
às vezes, Deus permite seja levantada a ponta do véu; mas é sempre com um fim
útil e jamais para satisfazer uma vã curiosidade. Assim, essa missão pode ser
dada, não a todos os Espíritos, pois alguns não conhecem o futuro melhor que os
homens, mas a alguns Espíritos suficientemente adiantados para isto. Ora, é de
notar que essas espécies de revelações sempre são feitas espontaneamente e
jamais ou, pelo menos, muito raramente, em resposta a uma pergunta direta”.
sábado, 21 de março de 2015
A SÉRIE NOSSO LAR E ANDRÉ LUIZ
Chico Xavier já tinha 25 anos, começara suas atividades com a
mediunidade oito anos antes, quando conheceu o responsável pela Fazenda Modelo,
mantida pelo Ministério da Agricultura na cidade de Pedro Leopoldo, Minas
Gerais. O encontro foi motivado pela morte do pai do Dr Romulo Joviano, figura
importante no campo da educação pública no Estado mineiro, chamado Arthur
Joviano. Da conversa inicial para a inclusão do jovem de família
numerosa e reconhecidamente muito pobre no quadro de servidores da importante
campo experimental dirigido pelo competente engenheiro agrônomo foram poucos
meses. Desse ponto para o estabelecimento das noites de quarta feira para a
realização de uma reunião em torno dos ensinos do Evangelho com a presença do
médium, do Dr Romulo e sua esposa, com eventuais convidados foi pouco tempo.
Muitas coisas interessantes ocorreram nessas oportunidades, grande parte
possível deduzir após o resgate do arquivo carinhosamente preservado pela filha
do casal até a aproximação do primeiro centenário de nascimento de Chico,
ocorrido em 2010. Da revisão resultaram alguns livros de grande importância
para os que pesquisam as conexões da vida do incomparável médium e a evolução
do pensamento espírita no século XX. Num deles, o Dr Arthur Joviano, quando do
lançamento d’ OS MENSAGEIROS, a
segunda obra da série NOSSO LAR, faz
em mensagem psicografada na reunião de 26
de janeiro de 1944, revelador comentário: -“É um mundo novo, creia, para a
responsabilidade individual. Esse esforço foi muito estudado antes da organização que se alcança agora. Precisava-se de um nome
impessoal, sem filiação a grupos preestabelecidos, que pudesse trazer semelhantes observações de caráter
universalista. E, felizmente, atinge-se, presentemente, o objetivo. (...).
Talvez o trabalho de André Luiz não encontre uma compreensão generalizada no
momento, mas, podem acreditar, que para a educação espiritual do indivíduo
encarnado esse esforço apresenta ilações muito graves pela exatidão dos
conceitos a que chegou o mensageiro, aproveitando todas as possibilidades de
simplificação ao seu alcance”.
Dois anos depois, numa da carta enviada ao Dr Antonio Wantuil de Freitas
então presidente da Federação Espírita Brasileira com quem mantinha
correspondência regularmente, acrescenta mais alguns dados importantes em
relação ao autor da famosa série: -“Emmanuel, desde fins de 1941, se dedica
afetuosamente, aos trabalhos de André Luiz. Por essa época, disse-me ele a
propósito de “algumas autoridades espirituais” que estavam desejosas de algo
lançar em nosso meio, com objetivos de despertamento. Falou-me que projetavam
trazer-nos páginas que nos dessem a conhecer aspectos da vida que nos espera no
“outro lado”, e, desde então, onde me concentrasse, via sempre aquele “cavalheiro
espiritual”, que depois se revelou por André Luiz, ao lado de Emmanuel. Assim decorreram quase dois
anos, antes de
NOSSO LAR”. Acrescentaria mais à
frente: -“Dentro de algum tempo, familiarizei-me com esse novo amigo. Participava
de nossas preces, perdia tempo comigo, conversando. Contava-me histórias
interessantes e, muitas vezes, relacionou recordações do Segundo Império, o que
me faz acreditar tenha sido ele, André Luiz, também personalidade da época
referida. Achava estranho o cuidado dele, o interesse e a estima; entretanto,
decorrido algum tempo, disse-me Emmanuel que estava o companheiro treinando
para se desincumbir de tarefa projetada e, de fato, em 1943, iniciava o
trabalho com NOSSO LAR”. Contou
também: -“Desde então, vejo que o esforço de Emmanuel e de outros amigos nossos
concentrou-se nele, acreditando, intimamente, que André Luiz está representando
um círculo talvez vasto de Entidades Superiores. Assim digo porque quando
estava psicografando MISSIONÁRIOS DA LUZ, houve um dia em que o trabalho se interrompeu. Levou
vários dias parado. Depois, informou-me Emmanuel, quando o trabalho teve
reinício, que haviam sido realizadas algumas reuniões para o exame de certas
teses que André Luiz deveria ou poderia apresentar ou não no livro. Em psicografando o capítulo “Reencarnação”,
do mesmo trabalho, por mais de uma vez, vi Emmanuel e Bezerra de Menezes,
associados ao autor, fiscalizando ou amparando o trabalho”. Uma reflexão sobre essas revelações revelam o
planejamento que envolveu a extraordinária coleção de livros. Conclui-se também
sobre a importância da obra que correu sério risco de ser interrompida como se
depreende do conteúdo de outras cartas: Na de 6 da abril de 1948, Chico
comenta: -“Tenho recebido, meu amigo, cartas insultuosas e observações bem
duras, quanto aos livros desse mensageiro espiritual que nos veio ensinar
quanto é nobre e sublime a Vida Superior” e, na de 18 de novembro
do mesmo ano: -“O ‘dossier’ dos irmãos gaúchos contra os trabalhos de André Luiz
me veio às mãos. Foram excessivamente generosos comigo. Deram-me formosos
adjetivos e só disseram que eu estou um médium “cansado”. Isto é muito honroso
para uma pessoa como eu que me sinto, francamente, na posição do servidor que
ainda não começou a trabalhar”.
quarta-feira, 18 de março de 2015
COISAS QUE TODOS DEVERIAM SABER
1 - CONTAMINAÇÃO FLUIDICA: -“Vendo duas cadeiras vagas, junto a pequena
mesa de trabalho, meu colega consultou, como evidente intuito de completar a
lição: - Creio que os móveis sob nossa vista são utilizados por auxiliares da
administração do museu...Se nos sentarmos neles, poderemos entrar em relação
com as pessoas que habitualmente os ocupam? –Sim, se desejarmos esse tipo de
experiência, informou o orientador. – E, em nos referindo aos encarnados? –
prosseguiu Hilário. – Qualquer pessoa, em servindo de objetos pertencentes a
outros, tais como vestuários, leitos ou adorno, pode sentir os reflexos
daqueles que os usaram? – Perfeitamente. Contudo, para que os registrem devem
ser portadores de aguçada sensibilidade psíquica. As marcas de nossa individualidade
vibram onde vivemos e, por elas, provocamos o Bem ou o mal naqueles que entram
em contato conosco. (...).Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia...E de
uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os
outros, em plena vida universal”.
(NDM;) 2: - A
CÂMARA DE PASSES: “-Atravessamos
a porta e fomos defrontados por ambiente balsâmico e luminoso. Como explicar a
atmosfera radiante? Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da
maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança.
Aqui possuímos uma espécie de altar interior, formado pelos pensamentos, preces
e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos”. (NDM) 3: PREPARO
DOS PASSISTAS: “-Um
cavalheiro maduro e uma senhora respeitável recolhiam apontamentos em pequeno
livro de notas (CADERNO DE VIBRAÇÕES), ladeados por entidades evidentemente
vinculadas aos serviços de cura. (...). Pouco depois, em prece, nimbavam-se de
luz. Dir-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque se mostravam
espiritualmente mais livres, em pleno contato com os benfeitores presentes,
embora por si mesmos não pudessem avaliar. Calmos e seguros, pareciam haurir
forças revigorantes na intimidade de suas almas. Guardavam a ideia de que a
oração lhes mantinha o Espírito em comunicação com invisível e profundo
manancial de energia silenciosa. Afiguravam-se nos espiritualmente distantes.
Absortos, em companhia das entidades irmãs, registravam-lhes as instruções,
através dos recursos intuitivos. O efeito deve-se ao fato de que a oração é
prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela,
os trabalhadores expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da
atividade comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do Plano
Espiritual as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem
operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente ajudados”. (NDM;) 4: O
AMBIENTE ESPIRITUAL DE UMA CASA DE ORAÇÃO: “-Todas
as expressões de matéria física assumiam diferente aspecto, destacando-se a
matéria de nosso Plano. Teto, paredes e objetos de uso corriqueiro revelavam-se
formados de correntes de força, a
emitirem baça claridade. Detive-me na contemplação dos companheiros encarnados
que agora apareciam mais estreitamente associados entre si, pelos vastos
círculos radiantes que lhes nimbavam as cabeças de opalino esplendor”. Apurei tratar-se de pessoas comuns que comem, bebem,
vestem-se e apresentam-se na Terra sob o aspecto vulgar de outras criaturas do
ramerrão carnal, trazendo, no entanto, a mente voltada para os ideais
superiores da fé ativa, a expressar-se pelo amor aos semelhantes, procurando
disciplinar-se, exercitam a renúncia, cultivam a bondade constante e, por
intermédio do esforço próprio no Bem e no estudo nobremente conduzido,
adquiriram elevado teor de radiação mental. Quanto à luz observada na
transfiguração da matéria conhecida no mundo, lembrou o Instrutor que
acompanhávamos que “o homem encanado é um gerador de força eletromagnética, com uma
oscilação por segundo, registrada pelo coração; que todas as substâncias vivas
da Terra emitem energias, enquadradas nos domínios das radiações ultravioletas;
que a sincera devoção ao Bem, com esquecimento de seus próprios desejos característica
das almas regularmente evoluídas, permite a elas projetar raios mentais, em
vias de sublimação, assimilando correntes superiores e enriquecendo os raios
vitais de que são dínamos comuns; raios vitais que podem também ser chamados
raios ectoplásmicos, peculiares a todos os seresvivos.(NDM;)5:SOBRE OS
FREQUENTADORES: “-Leve
chamamento à porta provocou a saída de um dos companheiros da atitude de
meditação, para atender. Dois enfermos, uma senhora e um cavalheiro idoso, custodiados
por dois familiares, transpuseram o umbral, localizando-se num dos ângulos da
sala, fora do círculo magnético. (...). Logo após, um colaborador de nosso
Plano franqueou acesso a numerosas entidades sofredoras e perturbadas, que se
postaram, diante da assembleia, formando legião. (...). Dir-se-ia que se
aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas inconscientes,
rodeando grande luz. Vinham
bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações menos edificantes.
(...). Tratava-se de almas em turvação mental, que acompanhavam parentes,
amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam
deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas
na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário”. (NDM)
domingo, 15 de março de 2015
COMO FUNCIONA
Embora apenas conhecido pelo
sobrenome Thilorier, Adrien Jean Pierre, foi um criativo inventor cujos
desenvolvimentos ainda hoje são de muita utilidade. Um deles em 1835, o dióxido
de carbono liquefeito, mais conhecido como gelo seco. Filho de um advogado
famoso em sua época, Thilorier viveu entre 1790/1844,
gravou seu nome na história da ciência por várias contribuições inovadoras sem
que se saiba como desenvolveu seu pensamento científico ou mesmo sua formação
nesta área, tendo publicado em 1815, uma obra em quatro volumes sobre ciência.
Morto aos 69 anos foi tema de uma interessante
crônica na edição de 22 de setembro de 1859 do jornal francês Patrie,
na qual destaca-se a informação de que um acidente em meio a experimentos com
um motor destinado a substituir o vapor pensando tê-lo encontrado com o ácido
carbônico, que chegara a condensar, uma explosão feriu várias pessoas, custou a
vida a um ajudante e arrancou um de seus dedos. Tornou também Thilorier
uma pessoa um pouco triste, operando profunda mudança em seus hábitos, com
aparentes transtornos mentais que lhe perturbavam, por vezes, a lucidez, fato
verificado até sua morte súbita no próprio laboratório de trabalho. Nada dos
desenhos e notas de importante descoberta que fizera foram encontradas. Motivado
pela matéria da publicação, Allan Kardec decidiu evocar seu
Espírito numa reunião da Sociedade Espírita de Paris, como revela nas páginas
da edição de agosto de 1860 da REVISTA
ESPÍRITA. Entre as catorze respostas obtidas na entrevista com ele feitas algumas
chamam a atenção. Perguntado sobre se teria conseguido com o ácido carbônico condensado
obtido a substância para substituir o vapor, revelou que “sua ideia sobre o assunto era de
tal modo fixa, que havia tido um sonho na véspera de sua morte, ou, para ser
mais exato, no momento de sua ressurreição espiritual”; que “a
superexcitação de sua imaginação lhe havia dado uma visão fantástica, que
enunciava desperto, em termos exatos, uma loucura, absolutamente inaplicável”;
que “ainda
conservava certa perturbação resultante do desprendimento do corpo físico
avariado que abandonara; que o motor a
vapor ainda seria muito aperfeiçoado, entretanto, a inteligência humana acharia
um meio de o simplificar ainda mais”; que “o ar condensado como motor
representava excelente motor, mais leve e econômico que o vapor e que quando se
conseguisse dirigir seu emprego, teria mais força e velocidade”. Allan
Kardec aproveita ainda para confirmar com ele a informação obtida junto
a outros Espíritos de que deles os homens costumam receber muitas sugestões das
quais resultam muitas descobertas, apurando que a “Espíritos evoluídos são confiadas
missões que devidamente cumpridas levam-no a encontram um homem capaz de
apreender aquilo que, por sua vez pode ensinar; homem que, de repente é obsidiado
por um pensamento, disso falando a todo instante, sonhando dia e noite com a
coisa, ouve vozes falando sobre a ideia até que tudo estando bem desenvolvido
em sua cabeça anuncia no mundo uma descoberta ou aperfeiçoamento; sendo assim
inspirados os homens em sua maioria”. Logo após o diálogo, Allan
Kardec propõe mais algumas questões ao dirigente espiritual dos
trabalhos ali realizados. Sobre “como conciliar a informação que os homens
recebem sugestões de ideias se alguns homens crendo inventar e nada inventam ou
só inventam quimeras”, respondeu que “estes são iludidos pro Espíritos
enganadores que, achando seu cérebro aberto ao erro, passam a controla-los”;
solicitado a explicar que o Espírito frequentemente escolha homens
incapazes de levar a termo uma descoberta, disse que “são
os cérebros desprovidos de previsão humana os mais capazes de receber a perigosa
semente do desconhecido, não sendo escolhido tal homem por ser incapaz, mas
este que nada sabe fazer para frutificar a semente que lhe é dada; a
respeito do prejuízo causado por isso à Ciência, respondeu que “ela
nada sofre, porque o que um esboça um outro termina, e, durante o intervalo, a
ideia amadurece”; sobre obstáculos providenciais que poderiam
opor-se à divulgação de uma descoberta prematura, afirmou que “nada
jamais detém o desenvolvimento de uma ideia útil, pois, Deus não permitiria,
sendo necessário que ela siga seu curso”. Por fim Allan Kardec usa o
exemplo da descoberta da força motriz do vapor por Papin que exigiu
numerosos ensaios, mantendo-se no estado de teoria, para perguntar porque que
uma descoberta tão importante ficou adormecida por tanto tempo, se não haviam
homens capazes de viabilizá-la, obtendo como resposta: -“Para comunicação das
descobertas que transformam o aspecto exterior das coisas, Deus deixa a ideia
amadurecer, como as espigas cujo desenvolvimento o inverno não impede, mas
apenas retarda. A ideia deve germinar bastante tempo a fim de nascer quando
todos a solicitam. Dá-se o mesmo com as ideias morais que primeiro germinam e
só se implantam quando chegam à maturidade. Por exemplo, neste momento em que o
Espiritismo tornou-se uma necessidade, será acolhido como um benefício, porque
inutilmente foram tentadas outras filosofias para satisfazer as aspirações do
homem”.
sexta-feira, 13 de março de 2015
CAMINHO INUSITADOS
A reencarnação como
apresentada pelo Espiritismo encontra suas afirmações e comprovações através de
caminhos os mais inesperados. Certamente o século 21 oferecerá demonstrações
cada vez mais frequentes das revelações encontradas nas obras do grande pesquisador
que foi Allan Kardec. O erudito Hermínio Correia de Miranda por meio
de suas obras nos oferece interessantes exemplos disso. Seus instigantes
artigos – alguns dos quais enfeixados em livros – preservam o resultado de sua
mente perquiridora que sondando livrarias e sebos de países por onde passou no
exercício de sua vida competente atividade profissional. Num deles, fala da
experiência do médico inglês Denys Kelsey que, depois de formado,
exerceu a clínica, num hospital militar, onde, de maneira inesperada
encontrou-se com os problemas do Espírito. Ante o afastamento de um colega
vitimado por uma epidemia de influenza, foi convidado a acumular, tanto quanto
possível, os encargos da ala dedicada à Psiquiatria. Conta ele que já na
primeira noite, acidental e intuitivamente, hipnotizou um paciente agitadíssimo
dificilmente controlado por dois homens, o que abriu para ele um amplo panorama
sobre os mistérios do Espírito. Definiu-se pela especialidade da Psiquiatria,
associando-a com critério à hipnose. Não demorou muito tempo para se defrontar
com a ideia da reencarnação. Relutante, a princípio, acabou por integrá-la ao
seu repertório de conhecimentos como autêntico instrumento de trabalho. Essa
convicção não lhe chegou subitamente, mas, vagarosamente e por etapas, após ter
dedicar-se por mais de quatro anos em sua clínica particular, depois de ter
deixado o Hospital militar onde suas experiências psiquiátricas começaram.
Antes, convenceu-se da existência do princípio espiritual. Mantendo-se fiel aos fundamentos da
Psiquiatria, firmou-se a outro ponto importante: não ser obrigatório pesquisar
existências passadas em todos os distúrbios psíquicos. Dez anos após sua
primeira experiência no Hospital militar, uma paciente em transe hipnótico,
descreveu-lhe com precisão e sem nenhuma dúvida, sua casa, distante, como se lá
estivesse naquele momento. Surpreendeu-se com um amigo ao qual relatara o fato,
ao saber da convicção do mesmo quanto ao fato comum há várias Eras,
especialmente no Egito. Casualmente lera o livro de uma senhora chamada Joan
Grant, desconhecida até então, intitulado O FARAÓ ALADO,
convencendo-se antes do final que a reencarnação era uma realidade. Disposto a,
se necessário percorrer a distância que fosse necessária para conhecer a autora
da obra, descobriu morar ela a menos de 50 quilômetros dele. Um jantar que se desdobrou por horas de
conversa, resultou na identificação e casamento com a escritora viúva Joan
Grant. Descobriram-se velhos
conhecidos tendo passado algumas experiências muito interessantes no passado
remoto. Numa existência na Roma antiga, ela fora dama de grande beleza e
vaidade que se apaixonou por um médico – o próprio Kelsey reencarnado - que
conheceu e contratou para seu serviço permanente. Orgulhosa ante a não
declaração de afeto do jovem médico idealizou mirabolante plano de matar-se,
após a compra de belíssimo sarcófago de mármore, um banquete programado com
amigos mais próximos e um discurso de despedida, após o que se deitou na urna
cheia de água perfumada, por pétalas de rosa que nela boiavam, pedindo, em
seguida, que o amado médico lhe abrisse as veias, confiando que ante tal
procedimento, ele apaixonadamente vivesse com ele. Entretanto, ele tomou sua
determinação ao pé da letra, ocasionando sua morte prematura. Casados na vida atual
passaram a trabalhar juntos, enriquecendo suas pesquisas com as faculdades
mediúnicas de que Joan era dotada, o que resultou em 1967, num livro de dez
capítulos intitulado MUITAS EXISTÊNCIAS, alternando-se
capítulo a capítulo nos relatos de suas vivências, ele como médico, ela como
médium. Um caso impressionante tratado pelo Dr Kelsey, envolveu um homem
de meia idade, profissional liberal de elevado grau de cultura afligido por
persistente e invencível homossexualismo. A Psicanálise convencional, mesmo com
hipnose, não apresentaram resultados práticos. Apesar das convicções religiosas
profundas desenvolvidas na atividade de membro da Igreja Anglicana, na décima
quarta consulta, uma sessão de hipnose, afloraram lembranças de uma existência
remota entre os hititas, onde, na qualidade de esposa de um dos chefes da
época, exercendo grande influencia sobre o marido, ao sentir-se preterida por
ele, negociou com um sacerdote de Baal, o amaldiçoamento dele, acabando, por
fim, assassinada, levando para o Além toda a frustração da sua humilhante
posição de esposa orgulhosa e desprezada. Ao que parece, o episódio trazido do
fundo do passado distante repercutia na vida atual, na torturante tendência
homossexual. A descoberta de Hermínio apenas confirma que, a
honesta verificação de qualquer pesquisador, isento de preconceitos, conduz
inevitavelmente às verdades essenciais da Doutrina Espírita sobre a preexistência
e sobrevivência do Ser.
terça-feira, 10 de março de 2015
PARA REFLETIR
Resposta oferecida a Allan
Kardec a propósito das Expiações Coletivas pelo Espírito Clélia
Duplantier, esclarece “haver em todo homem três caracteres: o do
indivíduo, do Ser em si mesmo; o de membro da família e, finalmente, o de
cidadão. Sob cada uma dessas três faces pode ele ser criminoso e virtuoso, isto
é, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo, que criminoso como
cidadão e reciprocamente. Daí as situações especiais que para si cria nas suas
sucessivas existências”. Baseado nisso, “garimpamos” em diversos comentários
feitos pelo médium Chico Xavier alguns tópicos relacionados ao do indivíduo como
cidadão para nossas reflexões: 1 - VIDA ALHEIA - “-Deveríamos nos abster de opinar sobre a
vida alheia. Não sabemos o que nos espera no passo seguinte. Quase todas as
pessoas que observei recriminando os outros caíram naquilo que criticavam –
caíram eles mesmos ou caíram através daqueles a quem devotavam extremado amor”.
2 - FOME - -“A fome no mundo é um convite,
sim, à solidariedade, embora a maioria esteja numa prova voluntária. Algumas
sementes num pedaço de chão fazem o milagre da multiplicação. Uma pequena
hortaliça pode matar a fome de muita gente”. 3 – DELINQUENTES - -“Quase
todos os delinquentes que conheci, e com os quais pude conversar, sofreram maus
tratos na infância. Foram abandonados pelos pais e cresceram sem receber afeto de
ninguém”. 4 - NECESSIDADES ARTIFICIAIS
- -“O homem cria muitas necessidades artificiais e se torna prisioneiro delas.
Hoje, o homem corre o dia inteiro atrás de dinheiro – dinheiro para sustentar
uma vida repleta de ilusões!”. 5 - VIOLÊNCIA -“Permitimo-nos uma contra pergunta: não será a
violência o resultado de nosso pretendido afastamento da fé-religiosa, segundo
o materialismo da inteligência deteriorada, que tenta convencer-nos de que não
passamos de animais sadios ou doentes da civilização? Esperemos que o amor se
propague no mundo com mais força que a violência e a violência desaparecerá, à
maneira da treva quando a luz se
sobrepõe(...). Na prática exige a cooperação de nós todos”. 6 – SEXO - O sexo, sem
dúvida, está na base da maioria dos conflitos psicológicos das criaturas. Todos
estão à procura de satisfação que, em essência se traduz pela realização de si
mesmos. Agora, ninguém será feliz as custas da infelicidade alheia”. 7 - VIBRAÇÕES NEGATIVAS
- -“Quem pede a Deus pelos seus desafetos, vai quebrando as vibrações negativas
daqueles com os quais não se afiniza e desarmando o Espírito para uma futura
reconciliação – nem que seja na Outra Vida”. 8 – CULPA ALÉM DA VIDA - -“Dos Espíritos desencarnados com os quais tenho
tido a oportunidade de conversar, nenhum está satisfeito com o que pôde fazer
sobre a Terra; todos acreditam que deveriam ter feito mais”. 9 – PERDAS - -“Não
existe sofrimento maior do que perder um filho. Não entendo os nossos irmãos
que combatem esse tipo de intercâmbio com o Mundo Espiritual. Eles se esquecem
de que os que partiram também desejam o contato. O médium, sem dúvida, pode, em
certas circunstâncias, rastrear o Espírito, mas na maioria das vezes, é o
Espírito que vem ao médium. O trabalho da Espiritualidade é intenso. Para que
um filho desencarnado envie algumas palavras de conforto aos seus pais na
Terra, muitos Espíritos se mobilizam. Isso não é uma evocação. Não raro, são os
próprios filhos desencarnados que atraem seus pais aos Centros Espíritas. Desejam
dizer que não morreram, que continuam vivos na Outra Dimensão, que os amam e
que haverão de amá-los sempre”. 10 – POLÍTICOS - -“Devemos
orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do
poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A
omissão de quem pode e não auxilia o povo é comparável a um crime que se
pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos Espíritos dos que foram
homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual”. 11 – PACIÊNCIA - -“Precisamos
estar preparados, compreendendo que a nossa dor não é maior do que a dos
outros. Se não temos paciência com uma caneta quebrada, com o café, com o prato
à mesa que não vem de acordo com a nossa predileção, como vamos ter paciência
com as grandes coisas – se não temos com as pequeninas?”. 12- DESENCARNAR - -“Desencarnar
para que? Para entrar outra vez na fila, pleiteando um novo corpo no mundo? É
muito difícil ser criança: O período infantil é uma espécie de doença para o
Espírito. Até que o Espírito se reencontre consigo mesmo, já se passaram
dezoito, vinte anos. A criança está à mercê das circunstâncias. Vamos aproveitar
ao máximo”.
domingo, 8 de março de 2015
SEXTO SENTIDO : O SENTIDO ESPIRITUAL
Três anos após suas
interessantes reflexões sobre o sexto sentido presente nas criaturas humanas
ser o sentido espiritual, Allan Kardec voltaria ao assunto na
edição de julho de 1867 da REVISTA
ESPÍRITA. Atendia a questionamento de um médico chamado Charles
Grégory, fervoroso adepto do Espiritismo que também oferecia sua
opinião sobre artigo do editor da publicação incluído na edição de março
passado intitulado A Homeopatia Nas
Moléstias Morais. Grégory questionava Allan
Kardec sobre intrigante informação do Espírito Erasto em comunicação
mediúnica, afirmando ter o homem mais dois sentidos além dos cinco conhecidos
(audição, visão, paladar, olfato e tato), chamando-os de sentido sonambúlico e
o sentido mediúnico. O médico observa que “estes dois últimos não existem senão por
exceção, bastante desenvolvidos nalgumas naturezas privilegiadas, caso existam
em todo homem em estado rudimentar, acrescentando que, por convicção adquirida
por várias observações e por uma experiência bastante longa dos poderes
homeopáticos, as duas admiráveis faculdades poderiam se desenvolver através do
uso de alguns medicamentos bem escolhidos, tomados por longo tempo”.
Opina Kardec: -“Seria erro considerar o sonambulismo e a
mediunidade como o produto de dois sentidos diferentes, por isso que não passam
de dois efeitos resultantes de uma mesma causa. Essa dupla faculdade é um dos
atributos da alma e tem por órgão o períspirito, cuja radiação transporta a
percepção além dos limites da ação e dos sentidos materiais. A bem dizer é o sexto
sentido, que é designado sob o nome de sentido espiritual. O
sonambulismo e a mediunidade são duas variedades da atividade desse sentido
que, como se sabe, apresentam inúmeras nuanças e constituem aptidões especiais.
Fora destas duas faculdades, mais admiráveis porque mais aparentes, seria erro
crer que o sentido espiritual não exista senão em estado rudimentar. Como os
outros sentidos, é mais ou menos desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme os
indivíduos, mas todo o mundo o possui, e não é o que presta menos serviços,
pela natureza todas especial das percepções das quais é a fonte. Longe de ser a
regra, sua atrofia é a exceção, e pode ser considerada como uma enfermidade,
assim como a ausência da vista e da audição. É por este sentido que recebemos
os eflúvios fluídicos dos Espíritos, que nos inspiramos – independente da nossa
vontade, em seus pressentimentos e a intuição das coisas futuras ou ausentes,
que se exercem a fascinação, a ação magnética inconsciente e involuntária, a
penetração dos pensamentos, etc. Essas percepções são dadas ao homem pela
Providencia, assim como a visão, o olfato, a audição, o paladar e o tato, para
a sua conservação. São fenômenos muito comuns, que ele apenas nota pelo hábito
que tem de os experimentar, e dos quais se deu conta até hoje, devido à sua
ignorância das leis do princípio espiritual, da própria negação, nalguns, da
existência deste princípio. Mas, que quer que leve sua atenção para os efeitos
que acabamos de citar, e sobre muitos outros da mesma natureza, reconhecerá
quanto eles são frequentes e como são completamente independentes das sensações
percebidas pelos órgãos do corpo. A vista espiritual (vidência),
vulgarmente chamada dupla vista ou segunda vista, é um fenômeno menos raro que
se pensa; muitas pessoas tem esta faculdade sem o suspeitar; apenas é mais ou
menos acentuada, e é fácil certificar-se que ela é estranha aos órgãos da
visão, pois que se exerce sem o concurso destes órgãos e mesmo os cegos a possuem.
Existe em certas pessoas no mais perfeito estado normal, sem o menor traço
aparente de sono nem de estado extático. Conhecemos em Paris uma senhora na
qual ela é permanente, e, tão natural quanto a visão comum; ela vê sem esforço
e sem concentração o caráter, os hábitos, os antecedentes de quem quer que
aproxime; descreve as doenças e prescreve tratamentos eficazes com mais
facilidade que muitos sonâmbulos comuns; basta pensar em uma pessoa ausente
para que a veja e a designe. Um dia, estávamos na casa dela, e vimos passar na
rua alguém com quem temos relações, e que ela jamais tinha visto. Sem ser
provocada por qualquer pergunta, fez-lhe o mais exato retrato moral e nos deu a
seu respeito conselhos muito prudentes. Entretanto essa senhora não é sonâmbula:
fala do que vê, como falaria de qualquer outra coisa, sem se perturbar nas suas
ocupações. É médium? Ela mesma nada sabe a respeito, porque até a pouco nem
mesmo conhecia de nome o Espiritismo. Assim, nela essa faculdade é tão natural
e tão espontânea quanto possível. Como percebe ela senão pelo sentido
espiritual?”.
sexta-feira, 6 de março de 2015
PARECE MENTIRA
A jovem demonstrando sinais
de subnutrição, perturbação e desequilíbrios orgânicos de vulto, pediu ajuda ao
pequeno Centro Espírita de seu conhecimento. Avaliado pelos Benfeitores
Espirituais ali em atividade, foi diagnosticada a ação de um indivíduo
desencarnado tempos antes, com quem ela nutrira relacionamento afetivo,
interrompido pela morte prematura e inesperada do mesmo, aparentemente por
suicídio após retornar de extenuantes quatro dias ininterruptos dedicados às
festividades carnavalescas. Preparando-se para banho refazedor, adormeceu após
ligar o gás, inalando a substância letal que o expulsaria do corpo físico.
Desenfaixando-se da veste carnal, com o pensamento enovelado à paixão por ela,
esta sintonizou com ele, a ponto de retê-lo junto de si com aflições e
lágrimas, que passou a vampirizar-lhe o corpo. Desarvorado diante da
desencarnação, adaptou-se ao organismo da mulher amada que passou a obsidiar,
nela encontrando novo instrumento de sensação, vendo por seus olhos, ouvindo
por seus ouvidos, muitas vezes falando por sua boca e vitalizando-se com os
alimentos comuns por ela utilizados. Nessa simbiose, viviam ambos, há quase
cinco anos sucessivos, o que a levou em face de sua debilidade a procurar
socorro. O quadro, a princípio, sugeria o afastamento dos fluidos que a
envolviam, o que exigia o diálogo esclarecedor do desencarnado nos trabalho
especializados conhecidos como de desobsessão. Através de uma das mais bem preparadas
médiuns do pequeno grupo, o solteirão desencarnado que não guardava consciência
da própria situação, dialogou de forma tensa e áspera, com o dirigente do
grupo, reviu cenas de sua própria intimidade num aparelho denominado “condensador
ectoplásmico”, o qual condensando em si os raios de força projetados
pelos componentes da reunião, reproduz as imagens que fluem do pensamento da
entidade comunicante, facilitando o trabalho do esclarecedor que as recebe em
seu campo intuitivo, auxiliado pelas energias magnéticas do Plano Espiritual.
Por fim, defrontando-se com as ignoradas consequências das suas derradeiras
ações no Plano dos encarnados, entrou em crise emotiva que obrigou sua retirada
do recinto para a transferência para
organização próxima para que fosse convenientemente abrigado. O mais curioso,
contudo, se verificaria na madrugada que se seguiu, segundo relato do Espírito André
Luiz, através do médium Chico Xavier. Acompanhando o
Instrutor Espiritual que introduzia ele, e seu amigo Hilário nos assuntos da
mediunidade, partiram para atender pedido de conhecido a ele dirigido em favor
de um dos assistidos na reunião de horas antes. Narra André Luiz que a breve tempo, penetraram
nebulosa região, dentro da noite. Os astros desapareceram de seus olhos. Teve a
impressão de que o piche gaseificado era o elemento preponderante naquele
ambiente. Em derredor, proliferavam soluções e imprecações, mas a pequenina
lâmpada que um cicerone empunhava, auxiliando-os, não lhes permitiam enxergar
senão trilho estreito que lhes cabia percorrer. Findos alguns minutos de marcha,
atingiram uma construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam,
sob a assistência de enfermeiros atenciosos. Entraram, cientificando-se estar
em hospital de emergência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais.
Tudo pobreza, necessidade, sofrimento... Aproximaram-se, por fim, da entidade
tratada, entre outras, no trabalho de horas antes, sendo informados que o
doente denotava crescente angústia. Auscultado, o especialista acompanhado por André Luiz,
informou: -“O pensamento da irmã encarnada
que o nosso amigo vampiriza está presente nele, atormentando-o. Acham-se ambos
sintonizados na mesma onda. É um caso de perseguição recíproca. Os benefícios
recolhidos no grupo estão agora eclipsados pelas sugestões arremessadas de longe”.
Em meio a alguns comentários, o doente fizera-se mais angustiado, mais pálido,
parecendo registrar uma tempestade interior, pavorosa e incoercível. Mal
acabara o orientador de formular o seu prognóstico sobre a vizinhança da irmã
que se lhe apoderou da mente, tornando-o mais dominado, mais aflito, a pobre
mulher desligada do corpo físico pela atuação do sono, apareceu à frente do
grupo, reclamando feroz: -Libório!. Libório! Porque te ausentaste? Não
me abandones! Regressemos para nossa casa! Atende!. Atende!”... Era a
mesma jovem que recorrera ao Centro em busca de socorro, e que na manhã
seguinte acordará lembrando-se vagamente de haver sonhado com a antiga paixão.
Ante a surpresa quase surreal, o Benfeitor ponderou que o auxílio solicitado “era
o que ela julga querer. Entretanto, no íntimo, alimenta-se com os fluidos
enfermiços do companheiro desencarnado e apega-se a ele, instintivamente.
Milhares de pessoas são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas
se adaptam para mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se
prejudicadas e inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se
fazem portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e
impressões com que evocam as enfermidades a se exprimirem, de novo, em
diferentes manifestações, auxiliando-as a cultivar a posição de vítimas, na
qual se comprazem”.
segunda-feira, 2 de março de 2015
SEXTO SENTIDO: NOVO PARADÍGMA?
Abrindo o número de outubro
de 1864 da REVISTA ESPÍRITA,
Allan
Kardec apresenta um artigo sugestivo: O Sexto Sentido e a Visão Espiritual.
Para ilustrar seu ponto de vista, expõe uma experiência vivida quando em visita
à casa de um membro identificado apenas como senhor W. da Sociedade
Espírita de Paris, na cidade de Berna, na Suíça, onde ouviu falar e
depois conheceu um camponês das cercanias, possuidor da faculdade de descobrir
fontes e ver num copo respostas às perguntas que lhe faziam. Casado, pai de
família, 64 anos, alto, esguio, boa saúde, torneiro de profissão, protestante,
muito religioso, leitor habitual da Bíblia, vítima desde trinta anos antes de
uma doença que o fazia se movimentar com dificuldade. Segundo relato do senhor W. existindo em sua
propriedade um conduto de águas muito extenso que, por força de certas causas
locais, concluíram que a tomada d’agua fosse mais próxima, para evitar
escavações inúteis, recorreu ao descobridor de fontes. Este, sem deixar seu
quarto, disse olhando o copo: -“No percurso dos tubos existe outra fonte;
está a tantos pés de profundidade, abaixo do décimo quarto tubo, a partir de
tal ponto”. A coisa foi encontrada tal como ele havia indicado.
Aproveitando a ocasião, Allan Kardec na companhia de seu
anfitrião, sua esposa e mais duas pessoas, foi à casa desse homem, na intenção de
instruir-se sobre o fenômeno. Ouviu que sua faculdade se revelou quando da
manifestação da enfermidade, crendo que Deus quis lhe dar certa compensação.
Rosto expressivo e alegre, olho vivo, inteligente e penetrante, só fala o
dialeto alemão da região não entendendo nada de francês, vivendo do produto de
algumas peças da terra e de seu trabalho pessoal, não sofrendo necessidade, sem
estar numa posição confortável. Procurado por desconhecidos para uma consulta,
seu primeiro movimento é de desconfiança, sondando suas intenções, respondendo
só se ocupar de fontes, recusando qualquer experiência com o copo, crendo que
se se ocupasse com questões frívolas, especulações amorosas, realização de
algum desígnio mau, Deus lhe retiraria a faculdade. Absolutamente ignorante
sobre Espiritismo, sem a menor ideia dos médiuns, da intervenção dos Espíritos,
da ação fluídica, para ele sua faculdade está nos nervos, numa força que ele
não explica. Citando outro exemplo da precisão das visões do visitado,
inclusive em relação a si mesmo, Allan Kardec diz ser “mais
comum que se pensa, pessoas com a mesma percepção, que o copo é mero acessório,
útil apenas pelo hábito da mesma forma que a borra de café, a clara de ovos, o
côncavo das mãos, as cartas, apenas um meio de fixar a atenção, um pretexto
para falar, um suporte. (...). Porque o que tem efeito sobre um não o tem sobre
outro? Porque tantas pessoas possuem essa faculdade sem auxílio de qualquer
aparelho? É que a faculdade é inerente ao individuo e não ao copo. A imagem se
forma em si mesmo, ou melhor, nas irradiações fluídicas que dele emanam. O copo
não oferece, por assim dizer, senão o reflexo dessa imagem: é um efeito, e não
uma causa. (...). E isto é tão verdadeiro, que certas pessoas veem
perfeitamente com os olhos fechados. A visão espiritual é, na realidade, o sexto sentido
ou sentido espiritual, de que tanto se falou e que, como os outros sentidos,
pode ser mais ou menos obtuso ou sutil. Ele
tem como agente o fluido perispiritual, como a visão física tem por agente o fluido
luminoso. Assim como a radiação do fluido perispiritual traz à alma certas
imagens e certas impressões. Esse fluido, como todos os outros, tem seus
efeitos próprios, suas propriedades sui generis. . Sendo o homem
composto de Espírito, períspirito e corpo, durante a vida as percepções se
produzem, ao mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual;
depois da morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o
períspirito, o Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja
sutileza aumenta em razão do desprendimento da matéria. O homem em quem tal
sentido é desenvolvido goza, assim, por antecipação, de uma parte das sensações
do Espírito livre. Posto que amortecido pela predominância da matéria, o
sentido espiritual não deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de
feitos reputados maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio. Estando
esta faculdade na Natureza, pois depende da constituição do Espírito, então
existiu em todos os tempos; mas, como todos os efeitos cuja causa é
desconhecida, a ignorância o atribuía a causas sobrenaturais. Os que a possuíam
em grau eminente e podiam falar, saber e fazer coisas acima do alcance comum,
ou eram acusados de pactuar com o diabo, qualificados de feiticeiros e
queimados vivos; enquanto outros eram beatificados, como tendo o dom dos
milagres, quando, na realidade, tudo se reduzia à aplicação de uma lei
natural”.
Assinar:
Postagens (Atom)