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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

OS ESPÍRITOS, A SAÚDE E AS DOENÇAS

Embora poucos saibam, quando do surgimento do Espiritismo, as ações focadas na intervenção de Espíritos desencarnados em atividades de cura eram comuns, tendo Allan Kardec dedicados muitas páginas da sua REVISTA ESPÍRITA a expor e analisar relatos de casos a ele encaminhados. Fundamentados nesta constatação, elaboramos dentro da série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, uma abordagem sobre MENTE, SAUDE E DOENÇAS. Dela, destacamos para sua análise duas das questões que o compõem: 1- Como sob o prisma do Mundo Espiritual entender a falta de saúde ou a manifestação da das doenças? A saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de frequências. Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação de vários parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o alimento. Forçoso é, todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores de maior importância, não somente na vida normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas. (FT, MC) A extrema vibratilidade do Espírito produz estados de hipersensibilidade, os quais em muitas circunstâncias, se fazem sentir por verdadeiros desastres organopsíquicos. (FT, JM) Energias atraem energias da mesma natureza, e, quando estacionários na viciação ou na sombra, as forças mentais que exteriorizamos retornam ao nosso Espírito, reanimadas e intensificadas pelos elementos que com elas se harmonizam, engrossando, dessa forma, as grades da prisão em que nos detemos irrefletidamente, convertendo-se-nos a alma num mundo fechado, em que as vozes e os quadros de nossos próprios pensamentos, acrescidos pelas sugestões daqueles que se ajustam ao nosso modo de ser, nos impõem reiteradas alucinações. (AR, 4) Durante a reencarnação, a criatura elege, automaticamente, para si mesmo, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações. Rende-se, habitualmente, às sugestões do mal, criando em si não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-lhe a vida. (RE) A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual.  Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido. 2- (2A invasão microbiana (fungos, virus, bactérias, etc) está vinculada a causas espirituais? Os micróbios patogênicos se associam a elementos sutilíssimos de ordem espiritual. (NRCX; 41) Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular. Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo muitas vezes, em devedor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão. Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias.  Emerge, então, a moléstia por estado secundário em largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação no plano carnal. (EDM)

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domingo, 29 de janeiro de 2017

A ARTE E O ESPIRITISMO

Dramaturgo, poeta e romancista francês, Alfred Musset morreu um mês depois da publicação d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, e, portanto do surgimento do ESPIRITISMO. Tendo-se manifestado espontaneamente na reunião da Sociedade Espírita de Paris de 23 de novembro de 1860, Allan Kardec buscou sua opinião sobre se haveria um dia a arte espírita. Na extensa resposta constante na edição de dezembro de 1860 da REVISTA ESPÍRITA, entre outras coisas, disse o intelectual: “Fazeis uma pergunta respondida por si mesma. O verme é verme, torna-se bicho da seda, depois borboleta. Que há de mais etéreo, de mais gracioso do que uma borboleta? Pois bem! a arte pagã é o verme; a arte cristã é o casulo; a arte espírita será a borboleta.” Quanto mais se aprofunda o sentido dessa graciosa comparação, mais se lhe admira a exatidão. À primeira vista poder-se-ia supor que o Espírito tivesse a intenção de rebaixar a arte cristã, colocando a arte espírita no coroamento do edifício; mas não há nada disso, e basta meditar nessa imagem poética para assimilar-lhe a precisão. De fato, o Espiritismo se apoia essencialmente no Cristianismo; de modo algum vem substitui-lo: completa-o e o reveste com uma túnica brilhante. Nos primórdios do Cristianismo encontram-se os germes do Espiritismo; se eles se repelissem mutuamente, um renegaria o seu filho, e o outro, o seu pai. Comparando o primeiro ao casulo e o segundo à borboleta, o Espírito indica perfeitamente o laço de parentesco que os une. Há mais: A própria imagem descreve o caráter da arte que um inspirou e que o outro inspirará. A arte cristã teve de inspirar-se nas terríveis provações dos mártires e revestir a severidade de sua origem materna. Representada pela borboleta, a arte espírita inspirar-se-á nas vaporosas e esplêndidas paisagens da existência futura que se desvenda; deleitará a alma que a arte cristã havia tomado de admiração e de temor; será o canto de alegria após a batalha. O Espiritismo encontra-se inteiramente na teogonia pagã, e a mitologia não passa de um quadro da vida espírita poetizada pela alegoria. (...) A arte necessariamente teve de inspirar-se nessa fonte tão fecunda para a imaginação; mas para elevar-se até o sublime do sentimento, faltava-lhe o sentimento por excelência: a caridade cristã. Não conhecendo os homens senão a vida material, a arte procurou, antes de tudo a perfeição da forma. A beleza corporal, então, era a primeira de todas as qualidades: a arte apegou-se a reproduzi-la, a idealizá-la; mas só ao Cristianismo estava reservada a tarefa de fazer ressaltar a beleza da alma sobre a beleza da forma; assim, a arte cristã, tomando a forma na arte pagã, adicionou-lhe a expressão de um sentimento novo, desconhecido dos Antigos. Mas, como dissemos, a arte cristã ressentiu-se da austeridade de sua origem e inspirou-se nos sofrimentos dos primeiros adeptos; as perseguições impeliram os homens a uma vida de isolamento e de reclusão, e a ideia do inferno à vida ascética. Eis por que a pintura e a escultura são inspiradas, em três quartos dos casos, pelo quadro das torturas físicas e morais; a arquitetura se reveste de um caráter grandioso e sublime, embora sombrio; a música é grave e monótona como uma sentença de morte; a eloquência é mais dogmática do que comovente; a própria beatitude é marcada pelo tédio, pela ociosidade e pela satisfação toda pessoal; aliás, encontra-se tão longe de nós, colocada tão alto, que nos parece quase inacessível; daí por que nos toca pouco, quando a vemos reproduzida na tela ou no mármore. O Espiritismo nos mostra o futuro sob uma luz mais ao nosso alcance; a felicidade está mais perto de nós, ao nosso lado, nos próprios seres que nos cercam, com os quais podemos entrar em comunicação; a morada dos eleitos não é mais isolada: há solidariedade incessante entre o Céu e a Terra; a beatitude já não é uma contemplação perpétua, que não passaria de eterna e inútil ociosidade, mas, sim, uma constante atividade para o bem, sob o próprio olhar de Deus; não está na quietude de uma contemplação pessoal, mas no amor mútuo de todas as criaturas chegadas à perfeição. (...) Quando estas ideias estiverem popularizadas, o que não deve tardar, porquanto os cegos da geração atual diariamente desaparecem da cena, a geração nova terá menos preconceitos, pela própria força das coisas.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

SUBMUNDO DO PLANO ESPIRITUAL

Meio que por acaso segundo a avaliação da Ciência do mundo em que vivemos - contudo, intencionalmente pelo que se pode deduzir estudando as ações do Mundo Espiritual sobre o nosso -, o pintor e produtor de cinema sueco Friederich Jürgenson ao conferir a gravação da fita magnética com que pretendia registrar na natureza o canto de alguns pássaros, descobriu que na mesma - até então virgem - havia uma mensagem transmitida por uma voz conhecida: a de sua mãe morta tempos antes. Iniciava-se então um processo de intercâmbio interdimensional revelado por ele minuciosamente no livro TELEFONE PARA O ALÉM, publicado em 1967, reportando-se às experiências acontecidas desde 1959.  A obra - hoje raríssima - desencadeou, a princípio na Europa um movimento que envolveria de técnicos em eletrônica até empresas especializadas em gravação de som interessadas em reproduzir o feito do sueco, confirmando que o fenômeno descrito por ele não era fruto da imaginação de um artista. Inclusive o Vaticano, que mantinha estudos liderados por um Cardeal chamado Cardinale, sob o olhar atento do Papa Paulo VI. Mas, a obra do sueco morto em 1987, preservou elementos extremamente interessantes que se aproximam de obras como as dos Espíritos  André Luiz e Maria João de Deus através do médium Chico Xavier cuja existência provavelmente não eram do conhecimento de Jürgenson.  Alguns deles no capítulo 20, onde, entre outras coisas, conta: -“Nos últimos meses recebia frequentemente dos meus amigos do Além,  mensagens sobre as condições predominantes em certas regiões do Mundo Espiritual. Recebia essas mensagens gradativamente, de acordo com a minha evolução e compreensão. Primeiro fizeram-me uma descrição detalhada do Além, com um quadro bastante claro de um determinado plano de existência, ao qual meus amigos demonstravam especial dedicação. Esse local — se quisermos adotar esta palavra — denominava-se subúrbio e abrangia uma série de “distritos” ou planos de existência (estados de consciência). Depois me foi descrito o Plano inferior, que abriga os representantes de pavorosas deformações do espírito humano. Tais deformações podiam assinalar-se como consequência direta da crueldade em geral, cuja força cega criou, dentro da plasticidade de fácil configuração da matéria das esferas sutis, regiões ocas, que os meus amigos chamavam cavernas. As ondas negativas de pensamento e emoções — sobretudo o pavor, a inveja e o ódio — mediante a força do desejo e da imaginação, formam, facilmente, com a matéria astral, elementos que correspondem exatamente ao caráter desses impulsos emocionais. O estado da coisa em si, ou seja, a formação do ambiente, parece processar-se de modo quase automático, independentemente portanto da vontade individual. Para o interior dessas covas negras do plano astral, costumam resvalar automaticamente
os condenados à morte e criminosos de todo tipo. Informaram-me ainda os meus amigos que, mediante a propagação das  ondas de rádio, sobreveio uma mudança significativa para os habitantes daquelas regiões inferiores, pois essas ondas, por sua própria natureza, atuam de forma estimulante sobre os encarcerados nessas lúgubres cavernas. Podendo as ondas de rádio, devido à sua natureza mecânica e impessoal, produzir unicamente um reavivamento casual e passageiro, um certo grupo (meus amigos) resolveu irradiar uma onda especial de propagação conseguindo, dessa maneira, estabelecer um contato melhor com os isolados. Dentro dessa grande ação libertadora, destinou-se um papel especial ao “Despertar dos Mortos”. Pode parecer fantástico, mas, ao que tudo indica, a maioria dos mortos das regiões do astral inferior encontram-se num estado de sono profundo, principalmente aqueles que tiveram morte violenta. Considerando bem, o “despertamento” equivale a uma intervenção psíquica, por meio da qual os adormecidos devem ser arrancados do jugo dos seus pesadelos e obsessões. Esse sonho astral, que é uma espécie de estado de tolhimento, é intensamente vivido pelos “adormecidos” como imaginação plástica fluídica, portanto como realidade objetiva. Com o despertar, eliminar-se-ia uma parte das maiores dificuldades, pois então os mortos encontrariam aberto o caminho para os seus novos planos de existência em comunhão com almas humanas. Parece evidente que só depois de certas mudanças de condição do “Hades” — como se poderão chamar as regiões do astral inferior — foi possível estabelecer uma comunicação planejada com o nosso mundo tridimensional. Evidentemente, a intenção dos meus amigos era destruir aquele círculo vicioso fatal, círculo diabólico constituído de constantes repetições das mesmas imagens e sentimentos fluídicos. Entretanto, essa bem organizada ação libertadora não poderia ser levada a efeito sem a colaboração de criaturas corpóreas; e a realização desse plano dependia de colaboradores dignos de confiança “ainda na carne”, que com convicção interior e decidida boa vontade dedicar-se-iam a essa missão, sem se deixarem perturbar por devaneios ou sentimentalismos fanáticos”. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

ESCRAVO E JUIZ DE SI MESMO

No processo evolutivo do Espírito, as personalidades construídas a cada nova encarnação vão extravasando as imperfeições carregadas por cada um. Pelo que o Espiritismo revela, o desenvolvimento da inteligência gera o conhecimento através da experiência, dotando o Ser da noção de responsabilidade que, por sua vez, vai expandindo a consciência. A noção de erro se manifesta e a culpa vai, a partir do remorso e arrependimento, levando-o a desejar a liberação dos registros gravados no inconsciente profundo com vistas a acessar a felicidade e a paz. Sem maior estudo do Espírito em sua estrutura profunda, a ciência mental não conseguirá entender a questão da origem dos transtornos. Na continuidade, algumas considerações de Allan Kardec capazes de nos auxiliar nessa busca: 1- Como se constrói no Espírito em evolução o mecanismo da culpa? Dominado pelo instinto - uma espécie de inteligência irracional - o Espírito começa a desenvolver a inteligência racional a partir das experiências que vai vivenciando. Os conhecimentos resultantes, registrados na memória de profundidade ou inconsciente, vão compondo um acervo de informações que cria a noção de responsabilidade que, por sua vez, vai expandindo a consciência, instrumento indutor e controlador da evolução. Nasce a compreensão do dever, a obrigação moral, primeiro consigo mesmo e depois com os outros.  O dever começa precisamente no ponto em que alguém ameaça a felicidade ou tranquilidade do próximo, e termina no limite que não se deseja seja transposto em relação a si mesmo.  O Espírito cumprindo seu dever é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa. As ações intencionalmente executadas geram - quando contrárias às referências preservadas no Ser imortal ou Espírito -  desarmonias que chamamos culpa conduzindo num primeiro momento ao remorso, no segundo ao arrependimento determinando o desejo da expiação e a necessidade de reparação para a dissipação daquilo que representa a dor de consciência. 2- Considerando valido que “na sua origem, o homem possui instintos; mais avançado e corrompido, possui sensações; mais instruído e purificado, possui sentimentos”, em que ponto os valores adquiridos e incorporados vão influenciando positivamente o trabalho evolutivo? À medida que as sensações corporais se tornam maiores, mais aperfeiçoadas, suas sensações espirituais também despertam e crescem.  Então começa o trabalho moral e a depuração da alma se une à aspiração do corpo para chegar ao estado superior.  Esse estado de igualdade de aspirações materiais e espirituais não é de longa duração. Logo o Espírito se eleva acima da matéria e suas sensações não mais podem ser satisfeitas por ela; necessita mais; precisa de melhor. Nesse ponto, tendo sido o corpo levado à perfeição sensitiva, não pode acompanhar o Espírito que, então, o domina e dele se desprende cada vez mais, como de um instrumento inútil.  3- Na escala de seres humanos presentes na Terra, o início da evolução se localiza entre os chamados selvagens? Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em relação a nós, no entanto, já se acham bem longe de seu ponto de partida.  Durante longos períodos, o Espírito encarnado é submetido à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos.  Só então é que começa a séria responsabilidade. Se houvesse acaso ou fatalidade, toda responsabilidade seria injusta.  O Espírito fica num estado inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência não se faz senão aos poucos e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com conhecimento de causa. 

Dúvidas sobre a visão do Espiritismo a respeito de questões essenciais? Consulte a série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ acessando Luiz Armando – Canal do Youtube


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A NATUREZA NÃO DÁ SALTOS

A pessoa indiferente às questões espirituais ou mesmo a que se diz descrente de tudo dentro do ateísmo em que vive, em nossa Dimensão, ao adentrar o Mundo Espiritual reconhece o engano a que se prendeu? As informações resultantes das manifestações dos Espíritos desencarnados demonstra que não. No número de maio de 1863, a REVISTA ESPÍRITA na seção Questões e Problemas, Allan Kardec esclarece duvidas sobre manifestações havidas na Sociedade Espírita de Paris, na reunião de 27 de março de 1863, justamente propondo à Espiritualidade as seguintes perguntas: Como podem os Espíritos ser incrédulos? O meio em que se acham não é, para eles, a negação da incredulidade?  Explica o dirigente da reunião: - Pedimos aos Espíritos que quiserem comunicar-se, que tratem dessa questão, caso julguem conveniente. Através do  médium Sr. d’Ambel, obtiveram a seguinte resposta: -. A explicação que me pedis não está escrita minuciosamente em vossas obras? Perguntais por que os Espíritos incrédulos ficaram comovidos. Mas vós mesmos não tendes dito que os Espíritos que se acham na erraticidade aí haviam entrado com suas aptidões, conhecimentos e maneira de ver passados? Meu Deus! Sou ainda muito incipiente para resolver a contento as questões espinhosas da doutrina. Não obstante posso, por experiência, a bem dizer recentemente adquirida, responder às questões de fatos. No mundo em que habitais, acreditava-se geralmente que a morte vem de repente modificar a opinião dos que se foram e que a venda da incredulidade é violentamente arrancada aos que na Terra negavam Deus. Aí está o erro, porque, para estes, a punição começa justamente em permanecerem na mesma incerteza relativamente ao Senhor de todas as coisas e a conservarem a mesma dúvida da Terra. Não, crede-me; a vista obscurecida da inteligência humana não percebe instantaneamente a luz. Procede-se na erraticidade ao menos com tanta prudência quanto na Terra; assim, não se deve projetar os raios de luz elétrica sobre os olhos dos doentes que se queira curar. A passagem da vida terrestre à espiritual oferece, é certo, um período de confusão, de perturbação para a maioria dos que desencarnam. Alguns há, no entanto, que, desprendidos dos bens terrenos ainda em vida, realizam essa transição tão facilmente quanto uma pomba que se eleva no ar. É fácil perceberdes essa diferença examinando os hábitos dos viajantes que embarcam para atravessar os oceanos. Para alguns a viagem é um prazer; para a maioria um sofrimento, uma aflição que durará até o desembarque. Pois bem! Ocorre o mesmo com quem viaja da Terra ao Mundo dos Espíritos. Alguns se desprendem rapidamente, sem sofrimento e sem perturbação, ao passo que outros são submetidos ao mal da travessia etérea. Mas acontece isto: assim como os viajantes que tocam a terra, ao sair do navio, recuperam o equilíbrio e a saúde, também o Espírito que transpõe os obstáculos da morte acaba por se achar, como no ponto de partida, com a consciência limpa e clara de sua individualidade. É, pois, certo, meu caro Sr. Kardec, que os incrédulos e os materialistas absolutos conservam sua opinião além do túmulo, até a hora em que a razão ou a graça tiver despertado em seu coração o pensamento verdadeiro, ali escondido. Por isso essa difusão de ideias nas manifestações e essa divergência nas comunicações dos Espíritos de além-túmulo; por isso alguns ditados impregnados de ateísmo ou de panteísmo.

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sábado, 21 de janeiro de 2017

A INSTIGANTE LEI DE CAUSA E EFEITO

Herdeiros de si mesmo, segundo a Doutrina Espírita, no processo de evolução o Espírito defronta-se inexoravelmente com as consequências das próprias  ações. Todos, pela LEI DE CAUSA E EFEITO experimentaremos revezes na busca de reabilitação perante nossa consciência. Reunimos alguns casos interessantes para reflexões: CASO 1 – EFEITO - M, jovem acometido desde os 14 anos por convulsões epiléticas com certa intensidade. CAUSA Exercício de enorme poder em pretérito intensamente vivido nas paixões e excessos de autoridade arregimentando massa compacta de inimigos que arremeteram contra si no além após a morte invocando a justiça comum, retendo-o longo tempo nas regiões inferiores, saciando velhos propósitos de vingança, seviciando-lhe a organização perispiritual por mais suplicasse pela libertação. Reencarnado, determinado a reequilibrar-se, a simples reaproximação de inimigos de outra época altera-lhe as condições mentais, mergulhando nas contorções típicas do processo de desequilíbrio derivado de desarranjos perispirituais remanescentes da exposição prolongada à dominação das antigas vítimas quando no Plano Espiritual. (NMM, 8) CASO 2 – EFEITO -  Espírito feminino preso a corpo masculino, conflitado desde a infância atual pela divergência entre a sua psicologia e fisiologia, pela estranheza entre as formas do corpo refletido no espelho e o seu mundo interior.  Situação agravada a partir da adolescência, primeiro pela indução à pratica homossexual por um tio com quem passou a dividir o quarto por força de circunstâncias. CAUSA - Ações em três vidas passadas consecutivas no campo da sexualidade mal orientada que o levou a fugir a compromissos assumidos em busca de aventuras CASO 11 - EFEITO Homem, 17 anos, servente de pedreiro,  sem vícios, acometido de um momento para outro  desde os 13, de medo de qualquer coisa, que somente ele dizia ver, escondendo-se embaixo da cama, sem coragem de sair de casa, gritando muito , não parando vestido, pois rasgava toda roupa. Restabelecido após tratamento de passes em um Centro Espírita, transferiu-se para a cidade de Santos a convite de um irmão onde reintegrou-se às atividade profissionais, tornando-se benquisto entre os que o conheceram até que dois meses depois, desinteressou-se pelo trabalho, arredio, triste, isolando-se da  convivência. Dos que o cercavam. CAUSA Ter testemunhado com seus irmãos em favor de homicida , depoimento assistido pela vítima que ainda inconsciente acerca de sua morte, o que o levou a revoltar-se contra o fato, acirrando seu ódio contra os que contribuíram para inocentar o assassino.  Internado o paciente mostrava-se inconsciente de lugar, tempo  e espaço, ignorando onde estava, sem raciocínio, pouco dormindo ou se alimentando, desesperado, gritando e falando, noite e dia, palavras desconexas, frases sem sentido, rasgando tudo que estivesse ao seu alcance.  Curiosamente a ligação propiciada pela mediunidade latente do doente se dera através do Espírito de amigo do passado que reencarnara na Itália, morrendo anos depois numa guerra contra a Espanha, embarcando clandestinamente por se julgar ainda vivo e desertor em navio que seguia para o Brasil, atracando  em Santos onde reconhecera em Espírito,  o enfermo o amigo de outras Eras, procurando defendê-lo do agressor que o assediava, alimentando inconscientemente o processo obsessivo. CASO 14 – EFEITO - Mulher; 65 anos; boa saúde; mãe de seis filhas, todas casadas, para cuja educação trabalhara duramente, lavando e passando roupa.  Enfrentara muitas dificuldades, livre de doenças mais sérias, se contentando com o pouco que tinha.  Quando do nascimento do primeiro neto, começaram distúrbios emocionais, ideias delirantes, alucinações e sentimentos de culpa.  Com o nascimento de outros netos, os sintomas se agravaram, apesar da consideração e amor que lhe eram dedicados.  Apesar de pertencer a família católica-romana, a paciente rejeitava com veemência todo e qualquer contato com padres e igrejas. CAUSA - Ações em penúltima reencarnação onde, na condição masculina, servira a nobre dama, muito influente nos meios sociais e eclesiásticos, em cuja casa havia uma capelinha particular onde, além das práticas religiosas, se propiciava banquetes e noitadas alegres a pessoas importantes, na companhia de moças solteiras. Muitas vezes era obrigado a retirar os recém-nascidos, frutos desses desvios, de casas particulares e leva-los a asilo de enjeitados, abalando-se com o choro das crianças, fato reavivado em sua memória de profundidade na convivência com o neto recém-nascido.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PORQUE NÃO INTERFEREM?

O Espiritismo é o resultado do ensino dos Espíritos, de tal sorte que, sem as comunicações dos Espíritos, não haveria Espiritismo”, escreveu Allan Kardec na REVISTA ESPIRITA de abril de 1866. E, através das pesquisas do Codificador da proposta espírita, sabemos que além do que nossos sentidos permitem perceber, uma realidade até então ignorada coexiste conosco, influenciando, interferindo e causando mudanças cada vez mais aceleradas na realidade social em meio à qual nos movemos. Milhares de médiuns servem a milhares de Espíritos que alimentam não só nossas imperfeições e ilusões, como nos atraem para as mudanças capazes de nos conduzir à felicidade e a paz, conquistas sempre pessoais. Muitos diante dessas afirmações, perguntam se essa influência é tão presente, porque ante o aparente caos em que vivemos, eles não agem? A resposta nos será oferecida na sequência pelo Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier. No texto com que prefacia o primeiro dos livros de sua autoria publicado : EMMANUEL (feb, 1937) Vejamos o que nos diz: -“Os guias invisíveis do homem não poderão, de forma alguma, afastar as dificuldades materiais dos seus caminhos evolutivos sobre a face da Terra. O Espaço está cheio de incógnitas para todos os Espíritos. Se os encarnados sentem a existência de fluidos imponderáveis que ainda não podem compreender, os desencarnados estão marchando igualmente para a descoberta de outros segredos divinos que lhes preocupam a mente. Quando falamos, portanto, da influência do Evangelho nas grandes questões sociológicas da atualidade, apontamos às criaturas o corpo de leis, pelas quais devem nortear as suas vidas no planeta. O chefe de determinados serviços recebe regulamentos necessários dos seus superiores, que ele deverá pôr em prática na administração. Nossas atividades são de colaborar com os nossos irmãos no domínio do conhecimento desses códigos de justiça e de amor, a cuja base viverá a 16 legislação do futuro. Os Espíritos não voltariam à Terra apenas para dizerem, aos seus companheiros, das beatitudes eternas nos planos divinos da imensidade. Todos os homens conhecem a fatalidade da morte e sabem que é inevitável a sua futura mudança para a vida espiritual. Todas as criaturas estão, assim, fadadas a conhecer aquilo que já conhecemos. Nossa palavra é para que a Terra vibre conosco nos ideais sublimes da fraternidade e da redenção espiritual. Se falamos dos mundos felizes, é para que o planeta terreno seja igualmente venturoso. Se dizemos do amor que enche a vida inteira da Criação infinita, é para que o homem aprenda também a amar a vida e os seus semelhantes. Se discorremos acerca das condições aperfeiçoadas da existência em planos redimidos do Universo, é para que a Terra ponha em prática essas mesmas condições. Os códigos aplicados, em outras esferas mais adiantadas, baseados na solidariedade universal, de verão, por sua vez, merecer aí a atenção e os estu dos precisos. O orbe terreno não está alheio ao concerto uni versal de todos os sóis e de todas as esferas que povoam o Ilimitado; parte integrante da infinita comunidade dos mundos, a Terra conhecerá as alegrias perfeitas da harmonia da vida. E a vida é sempre amor, luz, criação, movimento e poder. Os desvios e os excessos dos homens é que fizeram do vosso planeta a mansão triste das sombras e dos contrastes. Fluidos misteriosos ligam a Deus todas as belezas da sua Criação perfeita e inimitável. Os homens terão, portanto, o seu quinhão de felicidade imorredoura, quando estiverem integrados na harmonia com o seu Criador. Os sóis mais remotos e mais distantes se unem ao vosso orbe de sombras, através de fluidos poderosos e intangíveis. Há uma lei de amor que reúne todas as esferas, no seio do éter universal, como existe essa força ignorada, de ordem moral, mantendo a coesão dos membros sociais, nas coletividades humanas. A Terra é, pois, componente da sociedade dos mundos. Assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas coletividades, o vosso orbe tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior no quadro universal. A tarefa dos guias espirituais 18 Os homens, portanto, não devem permanecer embevecidos diante das nossas descrições. O essencial é meter mãos à obra, aperfeiçoando, cada qual, o seu próprio coração primeiramente, afinando-o com a lição de humildade e de amor do Evangelho, transformando em seguida os seus lares, as suas cidades e os seus países, a fi m de que tudo na Terra respire a mesma felicidade e a mesma beleza dos orbes elevados, conforme as nossas narrativas do Infinito.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

ESPÍRITO E ALMA SÃO A MESMA COISA?

Pessoas geralmente se perguntam qual seria a diferença entre Espírito e Alma? O próprio Allan Kardec esclarece dizendo que essencialmente são a mesma coisa. Costuma-se usar a  palavra Alma ao Espírito enquanto ligado ao corpo na condição de encarnado. Quando não, seria o Espírito. A propósito na edição de janeiro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, ele desenvolve alguns argumentos interessantes para nosso esclarecimento. Diz ele: -“A alma é o Ser inteligente; nela está a sede de todas as percepções e de todas as sensações; ela sente e pensa por si mesma; é individual, distinta, perfectível, preexistente e sobrevivente ao corpo. O corpo é o seu invólucro material: é o instrumento de suas relações com o mundo visível. Durante sua união com o corpo, ela percebe por meio dos sentidos, transmite seu pensamento com a ajuda do cérebro; separada do corpo, percebe diretamente e pensa mais livremente. Tendo os sentidos um alcance circunscrito, as percepções recebidas por seu intermédio são limitadas e, de certo modo, amortecidas; recebidas sem intermediário, são indefinidas e de uma sutileza surpreendente, porque ultrapassa, não a força humana, mas todos os produtos de nossos meios materiais. Pela mesma razão, o pensamento transmitido pelo cérebro se filtra, a bem dizer, através desse órgão. A grosseria e os defeitos do instrumento a paralisam e em parte a abafam, como certos corpos transparentes absorvem uma parte da luz que os atravessa. Obrigada a servir-se do cérebro, a alma é como um músico muito bom, diante de um instrumento imperfeito. Livre desse incômodo auxiliar, desdobra todas as suas faculdades. Tal é a alma durante a vida e depois da morte. Para ela há, portanto, dois estados: o de encarnação ou de constrangimento, e o de desencarnação ou de liberdade; em outras palavras: o da vida corporal e o da vida espiritual. A Vida Espiritual é a vida normal, permanente da alma; a vida corporal é transitória e passageira. Durante a vida corporal, a alma não sofre constantemente o constrangimento do corpo, e aí está a chave dos fenômenos físicos, que só nos parecem estranhos porque nos transportam para fora da esfera habitual de nossas observações. Qualificaram-nos de sobrenaturais, embora, na realidade, estejam submetidos a leis perfeitamente naturais, porque essas leis nos eram desconhecidas. Hoje, graças ao Espiritismo, que deu a conhecer essas leis, desapareceu o maravilhoso. Durante a vida exterior de relação, o corpo necessita de sua alma ou Espírito por guia, a fim de o dirigir no mundo; mas nos momentos de inatividade do corpo, a presença da alma não é mais necessária; dele se desprende, sem, contudo, deixar de a ele se prender por um laço fluídico, que a ele o chama, tão logo se fizer necessária a sua presença. Nesses momentos recobra parcialmente a liberdade de agir e de pensar, da qual só desfrutará completamente depois da morte do corpo, quando deste estará completamente separada. Esta situação foi espiritualmente e muito veridicamente descrita pelo Espírito de uma pessoa viva, que se comparava a um balão cativo, e por um outro, o Espírito de um idiota vivo, que dizia ser como um pássaro, amarrado pela pata. (REVISTA ESPÍRITA, junho de 1860). Esse estado, que chamamos emancipação da alma, ocorre normalmente e periodicamente durante o sono. Só o corpo repousa para recuperar as perdas materiais; mas o Espírito, que nada perdeu, aproveita essa pequena trégua para se transportar para onde queira. Além disso, tal estado também ocorre toda vez que uma causa patológica, ou simplesmente fisiológica, produz a inatividade total ou parcial dos órgãos da sensação e da locomoção. É o que se passa na catalepsia, na letargia, no sonambulismo. O desprendimento ou, se se quiser, a liberdade da alma, é tanto maior quanto mais absoluta a inércia do corpo. É por essa razão que o fenômeno adquire seu maior desenvolvimento na catalepsia e na letargia. Nesse estado, a alma não percebe mais pelos sentidos materiais, mas, se assim nos podemos exprimir, pelo sentido psíquico; é por isso que suas percepções ultrapassam os limites ordinários; seu pensamento age sem a intercessão do cérebro, razão por que desdobra faculdades mais transcendentes que no estado normal.


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

REPRODUÇÃO ASSISTIDA: ALGUNS ESCLARECIMENTOS

Consulta formulada a respeito se ‘quando um embrião é congelado ele já tem automaticamente um Espirito acoplado a ele ou esse espirito será definido após a inseminação?’ resultou numa resposta interessante que vale a pena compartilhar: -“Na época da elaboração d'O LIVRO DOS ESPÍRITOS, as experiências de reprodução assistida provavelmente nem eram sonhadas. Nossa ciência progrediu muito nas experiências de fecundação in vitro no final do século 20. Creio que a questão levantada pode ser enquadrada na resposta à questão 336 onde Kardec pergunta: Poderia acontecer que um corpo que deve nascer não encontrasse Espírito para encarnar-se nele? A resposta é surpreendente: Deus proveria a isso.  A criança quando deve nascer para viver, tem sempre uma alma predestinada: nada é criado sem um desígnio. A ela, podemos adiciona a questão 356: Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito? Resposta: Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: Nada devia cumprir-se nelas. É somente pelos pais que essa criança nasce. Pelo que podemos deduzir, a formação de corpos humanos desde a fecundação é processo mecânico, que pode independer de Espírito a reencarnar. Por sinal, no livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS de André Luiz, em sua Segunda Parte, no capítulo Gestação Frustrada, o Benfeitor complementa a questão 356. Assim sendo, a receita para gerar embriões, embora conte com a Espiritualidade para viabilizar processos reencarnatórios constitui-se, no seu início em exercícios dos nossos cientistas aprimorando os mecanismos de que se serve o Plano Espiritual para, em determinadas circunstâncias, reintroduzir Espíritos em nossa Dimensão. Sugiro a leitura ou releitura de TRANSIÇÂO PLANETÀRIA (alvorada) do Espírito Manuel Philomeno de Miranda pelo Divaldo, que revela como são introduzidos Espíritos oriundos de outras plagas do Universo, atraves dos esforços conjugados de geneticistas desencarnados com os encarnados nos processos de reprodução assistida. Vale a pena ler”. Chico Xavier em mais de uma vez filtrou o pensamento da Espiritualidade que orientava seus trabalhos sobre o assunto. Dentre as inúmeras respostas, destacamos uma que certamente representa preocupação para muitas pessoas: -“Os Espíritos que devem vir à luz ao nosso Mundo por este caminho são previamente preparados para esta via de nascimento?, respondida dessa forma: -“ -Sim, quando a Ciência na Terra, iluminada pela bênção da fé na Imortalidade puder intervir no auxílio, realmente digno, ao trabalho da genética no campo humano, sem nenhuma disposição para extravagâncias e abusos através de experimentações absolutamente desaconselháveis, a implantação do óvulo fertilizado no claustro da mulher responsável evitará muitos desastres na reencarnação, especialmente os que se referem ao aborto sem justificativas. Certa ocasião, ajudando-nos a entender a questão da impossibilidade da maternidade dentro da naturalidade, contou que em 1936, conhecemos uma senhora amiga, que praticou diversas vezes o aborto. Não era uma criatura perversa, mas entendia que estava agindo bem. Depois de sua desencarnação, depois de seis abortos, vímo-la no Mundo Espiritual, e ela estava em condições muito lamentáveis, e se lastimava da situação de irresponsabilidade a que ela se entregara nos domínios do aborto inconsequente, do aborto sem orientação médica, de aborto não terapêutico. Em companhia de Amigos Espirituais, então perguntei pelo caso dela, e eles nos disseram que ela se reencarnaria dentro de pouco tempo. Realmente, logo depois de 1942, ela reencarnara, e ultimamente encontramos esta mesma senhora reencarnada no campo de nossas relações, e com grande surpresa, mas com grande motivo para meditação, encontramo-la, numa angústia muito grande, querendo se descartar de uma esterilidade que para ela, nesta encarnação, é irreversível. Perguntei ao nosso amigo André Luiz, e ele então me disse que de fato, nesta vida, ela, pelo anseio de ser mãe, vai reconstituir os seus órgãos genésicos para ser mãe em vida próxima. E ouvindo também um amigo médico, a quem eu perguntei sobre o assunto, ele então me disse que esta criatura podia receber um diagnóstico claramente identificável na patologia comum, e Amigos Espirituais então nos disseram que ela era portadora, segundo os conceitos médicos, de hipertrasia glandular cística do endométrio. Além do mais, com resultados, com derivações muito lamentáveis em seus órgãos femininos. De modo que a vida no lar, nas grandes cidades de hoje, na vida de hoje, dentro de uma vida consciente, se podemos ser pais e mães, devemos emprestar as nossas possibilidades aos nossos amigos que precisam e desejam voltar”.

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sábado, 14 de janeiro de 2017

MÉDIUM ? VOCÊ TAMBÉM É

Ignorada pela Humanidade, embora interferindo em muitos momentos históricos ou de indivíduos, a mediunidade somente devidamente identificada, explicada e conceituada pelo Espiritismo através do pesquisador Allan Kardec. Na verdade constitui-se numa percepção ou um sentido tão natural quanto a visão, olfato, paladar, tato e audição. Isso porque é inerente ao Ser humano, cumprindo diferentes papéis na relação da criatura com a vida. Inúmeros fatos através dela podem ser esclarecidos graças ao  conhecimento de sua dinâmica. Na sequência, alguns esclarecimentos oferecidos pela Doutrina Espírita extraídos do seminário MEDIUNIDADE – AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, disponibilizado no Blog asrevelacoesdarevelacao.com: 1- O que são os fenômenos mediúnicos? Consistem nos diferentes modos de manifestação da alma, ou Espírito, seja durante a encarnação, seja no estado de desencarnado. É pelas suas manifestações que a alma revela sua existência, sua sobrevivência e sua individualidade; eles são avaliados pelos seus efeitos; a causa sendo natural, o efeito o é igualmente. São esses efeitos que fazem o objeto especial de pesquisas e de estudos do Espiritismo, a fim de se chegar ao conhecimento, tão completo quanto seja possível, da natureza e dos atributos da alma, assim como as leis que regem o princípio espiritual. (G; 13, 9)2- Então, não se trata de algo novo? Os fenômenos espirituais, estando na Natureza, produziram-se em todos os tempos; mas precisamente porque o seu estudo não podia ser feito pelos meios materiais de que dispõem a ciência vulgar, eles permaneceram por muito mais tempo que outros no domínio do sobrenatural, de onde o Espiritismo fê-los sair hoje. O sobrenatural, baseado sobre as aparências inexplicadas, deixa um livre curso à imaginação, que, errando no desconhecido, dá nascimento, então, às crenças supersticiosas. Uma explicação racional, fundada sobre as leis da Natureza, reconduzindo o homem sobre o terreno da realidade, põe um ponto de parada aos desvios da imaginação e destrói as superstições. (G, 13/8 3- A mediunidade é, como dizem, um dom? A mediunidade não é um talento; não existe senão pelo concurso de um terceiro; se esses terceiros se recusam, não há mais mediunidade. A aptidão pode subsistir, mas o seu exercício está anulado. Um médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem violino. (RE; 3/1864) 4- Todas as pessoas são realmente médiuns? A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza do homem. Nem é uma exceção, nem um favor; faz parte do grande conjunto humano e, como tal, está sujeita às variações físicas e às desigualdades morais; sofre o dualismo terrível do instinto e da inteligência. (RE; 5/1865) 5-  Porque a maioria não a percebe em si? A mediunidade é uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade de nuanças em seus meios e em seus efeitos. Aquele que é apto para receber ou transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isto mesmo, um médium, seja qual for o meio empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade – desde a simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo, no uso corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz, geralmente, das pessoas dotadas de uma potência mediatriz muito grande, tanto para produzir efeitos físicos, quanto para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra. (RE, 2/1859) 6- A mediunidade é algo sobrenatural? Os efeitos mediúnicos, absolutamente, nada tem de sobrenatural; todos, sem exceção, são devidos à combinação dos fluidos próprios do Espírito e do médium; esses fluídos, posto que imponderáveis, não deixam de ser matéria sutil.  Há, pois, aí uma causa e um efeito de certo modo materiais, o que nos fez dizer sempre que, sendo os fenômenos espíritas baseados nas leis da natureza, nada tem de miraculosos. Como muitos outros fenômenos, só pareceram miraculosos por que não se conheciam suas leis. Hoje conhecidas essas leis, desaparecem o sobrenatural e o maravilhoso, dando lugar a realidade. (RE; 10/1865) 7- A mediunidade é igual em todas as pessoas? O círculo de percepção varia em cada um . Há diferentes gêneros de mediunidade; importando reconhecer que cada Espírito vive em determinado degrau de crescimento mental e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de indivíduo para indivíduo. As faculdades mediúnicas podem ser idênticas em pessoas diversas, entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las. Um modelo, em muitas ocasiões, é mesmo para grande assembléia de pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela a seu modo. Cada Espírito vive entre as forças com as quais combina, transmitindo-as segundo as concepções que lhe caracterizam o modo de ser. (NDM; 12) 8- Então os efeitos observados nos fenômenos mediúnicos se dão por conta das emanações do perispírito? O sexto sentido ou sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual, como a visão física tem por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do fluido espiritual traz à alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido, como tantos outros, tem seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. Sendo o homem composto de Espírito, perispírito e corpo, durante a vida as percepções se produzem, ao mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual; depois da morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o perispírito, o Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja sutileza aumenta em razão do desprendimento da matéria. O homem em quem tal sentido é desenvolvido goza, assim, por antecipação, de uma parte das sensações do Espírito livre. Posto que amortecido pela predominância da matéria, o sentido espiritual não deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de efeitos reputados maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio. (RE; 10/1864)


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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

CONFORME TIVERMOS VIVIDO

Morreu, acabou? Milhares de depoimentos de Espíritos desencarnados através de igual número de médiuns ao redor do mundo demonstram que não. Como somos projetos personalizados de Deus, sem cópias, cada um relata suas percepções e sensações conforme o próprio grau evolutivo Muitos falam de situações surpreendentes, inesperadas e difíceis. Afinal, sofrem os Espíritos? Que sensações experimentam?  Allan Kardec no número de dezembro de 1858, da REVISTA ESPÍRITA, escreveu interessante artigo sobre a questão do qual destacamos breve trecho. Diz ele: -“Tais questões nos são naturalmente dirigidas e vamos tentar resolve-las. Inicialmente devemos dizer que, para isso, não nos contentamos com as respostas dos Espíritos. De certa maneira, através de numerosas observações, tivemos que considerar a sensação com o fato. Em uma de nossas reuniões, pouco depois que São Luís nos transmitiu bela dissertação sobre a avareza, um de nossos associados narrou o seguinte fato, a propósito dessa mesma dissertação. -Estávamos ocupados de evocações numa pequena reunião de amigos quando se apresentou, inopinadamente e sem que o tivéssemos chamado, o Espírito de um homem que havíamos conhecido muito bem e que, quando vivo, poderia ter servido de modelo ao retrato do avarento, feito por São Luís: um desses homens que vivem miseravelmente no meio da fortuna e que se privava, não pelos outros, mas para acumular sem proveito para ninguém. Era inverno, estávamos perto do fogo; de repente aquele Espírito lembrou-nos seu nome, no qual absolutamente não pensávamos, pedindo-nos permissão para vir, durante três dias, aquecer-se à nossa lareira, pois que sofria horrivelmente do frio que voluntariamente suportara durante a vida e que, por sua avareza, também fizera os outros suportar. Era um alívio que experimentaria, acrescentou, caso concordássemos com o pedido. Aquele Espírito, pois, experimentava penosa sensação de frio; mas, como a experimentava? Eis aí a dificuldade. A esse respeito dirigimos a São Luís as seguintes pergunta: Como esse Espírito de avarento, que não tinha mais o corpo material, podia sentir frio e pedir para se aquecer? – Podes representar os sofrimentos do Espírito pelos sofrimentos morais. Concebemos os sofrimentos morais, como pesares, remorsos, vergonha; mas o calor e o frio, a dor física, não são efeitos morais; experimentariam os Espíritos tais sensações?. – Tua alma sente frio? Não; mas tem consciência da sensação que age sobre o corpo. – Disso parece resultar que esse Espírito de avarento não sentia um frio real, mas a lembrança da sensação do frio que havia suportado e essa lembrança, tida por ele como realidade, tornava-se um suplício.– É mais ou menos isso. Fique bem entendido que há uma distinção, que compreendeis perfeitamente, entre a dor física e a dor moral; não se deve confundir o efeito com a causa. Se bem entendemos, poderíamos, ao que nos parece, explicar as coisas do seguinte modo: O corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primeira desta é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito. A lembrança que da dor a alma conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter ação física. De fato, nem o frio, nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos da alma, que não é susceptível de congelar-se, nem de queimar-se. Não vemos todos os dias a recordação ou a apreensão de um mal físico produzirem o efeito desse mal, como se real fosse? Não as vemos até causar a morte? Toda gente sabe que aqueles cujos membros foram amputados costumam sentir dor no membro que lhes falta. Certo que aí não está a sede, ou, sequer, o ponto de partida da dor. O que há, apenas, é que o cérebro guardou esta impressão. Lícito, portanto, será admitir-se que coisa análoga ocorra nos sofrimentos do Espírito após a morte. Essas reflexões são justas?Sim; mais tarde, porém, compreendereis melhor ainda. Esperai que novos fatos venham vos fornecer motivos de observação; deles tirareis consequências mais completas.


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

VISÃO RETROSPECTIVA: PASSAREMOS POR ELA

O erudito Hermínio Correia de Miranda num dos últimos trabalhos publicados sob o título AS DUAS FACES DA VIDA (lachatre, 2005) informa no capítulo PSIQUISMO BIOLÓGICO haver quando do transe da morte ou mesmo na iminência dele uma transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta um belo e curioso espetáculo de replay da vida, para o qual, por sinal, propôs o nome recapitulação, após o que o corpo estaria liberado para o processo de decomposição. No substancial documentário intitulado O CÉU E O INFERNO organizado por Allan Kardec, em sua segunda parte, entre os 62 depoimentos de Espíritos entrevistados na Sociedade Espírita de Paris, o médico J. Sanson  revelando detalhes do momento de sua morte, diz ter conservado suas ideias até o ultimo momento, que não via mais, mas pressentia e “toda sua vida se desenrolou diante de sua lembrança”, enquanto  o sr  M. Jobard, outro intelectual ligado ao Espiritismo nascente,  relatou através de um médium que ‘após um abalo estranho, lembrou-se de repente, seu nascimento, juventude, idade madura, enfim, toda sua vida se retratou nitidamente em sua lembrança’. Analisando o início do processo chamado desencarnação que principia a volta do Espírito à sua condição normal, Allan Kardec destaca na mesma obra o torpor, uma espécie de desmaio e essa revisão que o Ser enceta neste momento. A partir dos anos 70 do século 20, o médico Raymond Moody Jr começa a revelar suas constatações sobretudo no que ele denominaria EQM – Experiências de Quase Morte, ou seja, daqueles que vitimados por situações naturais ou acidentais resolvidos expontaneamente ou mecanimente pela Medicina, retornaram à vida relatando suas impressões durante o breve tempo em que estiveram mortos clinicamente, incluindo entre as sensações a da revisão de suas próprias vidas. No Brasil, a mediunidade de Chico Xavier com a intensificação da recepção de cartas de inúmeros Espíritos que mortos ‘precocemente’ afirmavam aos entes queridos sua sobrevivência após a chamada morte, muitos deles contaram ter vivenciado a etapa da recapitulação. Dentre os vários depoimentos, Ivan Sergio de Athaíde Vicente contou que teve ‘a ideia de rever toda a minha existência, como num sonho que estivemos vivendo acordado, até que as minhas lembranças se condensaram na rememoração do acidente que me transtornava a cabeça, enquanto  Luiz Antonio Biazzio escreveu: -“Rememorei meus estudos de medicina, revisei os meus doentes e os meus apuros na psiquiatria para definir-lhe as emoções e, em seguida, querida mãezinha, as recordações da infância e do lar desfilaram diante da minha visão íntima. de tudo me lembrei”. Entre todas essas contribuições para nosso esclarecimento sobre o que é ‘morrer’, o pesquisador italiano Ernesto Bozzano, em uma de suas substanciais obras, A MORTE E SEUS MISTÉRIOS, dedica a terceira parte para apresentar casos de VISÃO PANORÂMICA OU MEMÓRIA SINTÉTICA NA IMINÊNCIA DA MORTE. Separa em três categorias casos de visão panorâmica na iminência da morte ou em perigo de vida; casos acontecidos com pessoas sãs, sem a ocorrência de perigo de morte e, casos de comunicantes que por via mediúnbica afirmam ter passado pela experiência da ‘visão panorâmica’. Na primeira situação, por exemplo, turistas que sofreram quedas de montanhas e viram a morte de perto, permitiram estabelecer um padrão mais ou menos constantes nesta espécie de acidentes, desde o momento em que se perdeu o pé até ao em que se produziu o choque na queda física: 1.° - um sentimento de beatitude; 2.° - a anestesia do tato e do sentido da dor, a vista e o ouvido conservando a sua acuidade normal; 3 ° - extrema rapidez do pensamento e da imaginação;  e, 4.° - em inúmeros casos, a alma revê todo o curso de sua vida passada: " vislumbrei todos os fatos de minha vida terrena que se desenrolaram diante de meus olhos em imagens inumeráveis”. Conclui-se, por fim, tratar-se de ocorrência natural a ser enfrentada por todos no fim da jornada no corpo físico.


domingo, 8 de janeiro de 2017

INFLUÊNCIA ESPIRITUAL : UM FENÔMENO NATURAL

Vivemos em meio a ela, afirma o Espiritismo. É a influência espiritual alimentada pela população constituída pelos que vivem nas Dimensões que circundam a realidade em que vivemos. Os que, como nós, transitam do Mundo Invisível para o Visível.  ‘Garimpando’ a extraordinária obra construída por Allan Kardec, destacamos alguns conteúdos para meditarmos: 1 - O MUNDO ESPIRITUAL É TAL QUAL O MATERIAL? É a réplica ou o reflexo do Mundo corpóreo, com suas paixões, vícios ou virtudes, mais virtudes do que nossa natureza material dificilmente permite compreendermos. Tal é esse mundo oculto, que povoa os espaços, que nos cerca, no meio do qual vivemos sem o suspeitar, como vivemos entre miríades do Mundo Microscópico. (RE; 2/1860) 2 - COMO TER-SE A CERTEZA DA EXISTÊNCIA DA VIDA ALÉM DA VIDA OU DO PLANO ESPIRITUAL? O Espiritismo vem provar, demonstrando que se a alma não tem mais o envoltório material, compacto, ponderável, tem um fluídico, imponderável, mas que não deixa de ser uma espécie de matéria; que esse envoltório, invisível no estado normal, pode, em dadas circunstâncias e por uma espécie de modificação molecular, tornar-se visível, como o vapor pela condensação. Como se vê, há aí um fenômeno muito natural, cuja chave dá o Espiritismo, pela lei que rege as relações entre o Mundo Visível e o Invisível. (RE; 5/1864) 3 - ENTÃO OS QUE MORREM NÃO SE DESLIGAM DA REALIDADE QUE ABANDONARAM? Os Espíritos que nos cercam não são passivos; formam uma população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia, queiramos ou não, que nos excita e nos dissuade, que nos impulsiona para o Bem como para o mal, o que não nos tira o livre arbítrio mais que os bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes. (RE ; 1/1859) 4 - ISSO ORIGINARIA AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS? Nossa alma que, afinal de contas, não é mais que um Espírito encarnado, não passa mesmo de um Espírito. Se se revestiu momentaneamente de um envoltório material, suas relações com o mundo incorpóreo, - menos fáceis do que quando no estado de liberdade -, nem por isto são interrompidas de modo absoluto; o pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento nós atraímos os que simpatizam com as nossas ideias e inclinações. Representemos, pois, a massa de Espíritos que nos envolvem como a multidão que encontramos no mundo; onde quer que formos encontramos homens atraídos pelos mesmos gostos e pelos mesmos desejos; às reuniões que tem objetivo sério vão homens sérios; às que são frívolas, vão os frívolos. Por toda parte encontram-se Espíritos atraídos pelo pensamento dominante. Se lançarmos um olhar sobre o estado moral da Humanidade em geral, compreenderemos sem dificuldade que nessa multidão oculta os Espíritos elevados não devem constituir a maioria. É uma consequência do estado de inferioridade do nosso Globo. (RE; 1/1859) 5 - OS ESPÍRITOS ENTÃO TOMAM PARTE ATIVA EM NOSSAS VIDAS?Muito comumente os Espíritos são vistos assim pelos videntes: os veem ir, vir, entrar, sair, circular em meio aos vivos, dando a impressão – pelo menos os Espíritos comuns – de tomar parte ativa no que se passa em seu redor e interessar-se conforme o assunto, escutando o que se diz. Por vezes, vê-se que se aproximam das pessoas, soprando-lhes ideias, influenciando-as, consolando-as.  (RE,4/1861)





sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A ORIGEM DOS GRANDES GÊNIOS



Vez ou outra os meios de comunicação de massa revelam um gênio precoce que assombra pela habilidade, por exemplo, com que executa em instrumentos de execução complexa músicas desconhecidas, harmoniosas e, portanto belíssimas, sem o recurso das partituras. Recentemente, por sinal, em programas de sucesso apresentados em vários países, são mostrados talentos em várias especialidades que, apesar da pouca idade, encantam  os espectadores que os assistem, tornando-se virais na prodigiosa rede da INTERNET, vídeos que os mostram em ação. Na edição de abril de 1866, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta sua opinião a respeito, elucidando a intrigante questão. Escreve ele: -“Quem são esses homens de gênio? E, por que são homens de gênio? Donde vieram? Que é feito deles? Notemos que na sua maioria revelam, ao nascer, faculdades transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com pouco trabalho desenvolvem. Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem, vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos que não puderam aprender durante a vida? Dir-se-á, com os materialistas, que o acaso lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste caso, não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que outro. Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus lhes deu uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Suposição igualmente ilógica, pois que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas. O homem de gênio é um Espírito que tem vivido mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e progrediu mais do que aqueles que estão menos adiantados. Encarnando, traz o que sabe e, como sabe muito mais do que os outros e não precisa aprender, é chamado homem de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer, era ele, pois, Espírito adiantado: reencarna para fazer que os outros aproveitem do que já sabe, ou para adquirir mais do que possui. Os homens progridem incontestavelmente por si mesmos e pelos esforços de sua inteligência; mas, entregues às próprias forças, só muito lentamente progrediriam, se não fossem auxiliados por outros mais adiantados, como o estudante o é pelos professores. Todos os povos tiveram homens de gênios, surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia. Desde que se admite a solicitude de Deus para com as suas criaturas, por que não se há de admitir que Espíritos capazes, por sua energia e superioridade de conhecimento, de fazerem que a Humanidade avance, encarnem pela vontade de Deus, com o fim de ativarem o progresso em determinado sentido? Por que não admitir que eles recebam missões, como um embaixador as recebe do seu soberano? Tal o papel dos grandes gênios. Que vêm eles fazer, senão ensinar aos homens verdades que estes ignoram e ainda ignorariam durante largos períodos, a fim de lhes dar um ponto de apoio mediante o qual possam elevar-se mais rapidamente? Esses gênios, que aparecem através dos séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço luminoso sobre a Humanidade, são missionários ou, se o quiserem, messias. Se só ensinassem aos homens o que estes já soubessem, sua presença seria completamente inútil. O que de novo ensinam aos homens, quer na ordem física, quer na ordem moral, são revelações. Se Deus suscita reveladores para as verdades científicas, pode, com mais forte razão, suscitá-los para as verdades morais, que constituem elementos essenciais do progresso. Tais são os filósofos cujas ideias atravessam os séculos. No sentido especial da fé religiosa, os reveladores são mais particularmente designados sob o nome de profetas ou messias. Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Apesar dos erros de suas doutrinas, não deixaram de agitar os Espíritos e, por isso mesmo, de semear os germes do progresso, que mais tarde haviam de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo. É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam realmente sobre um mesmo princípio fundamental – Deus e a imortalidade da alma – se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos preconceitos. Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestígio deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas. A tal propósito, chamamos particularmente a atenção para o capítulo XXI de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: “Haverá falsos cristos e falsos profetas”.