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terça-feira, 29 de novembro de 2016

MORTES COLETIVAS: É PRECISO SABER

-“O acidente imprevisível na Terra, fora anotado na Vida Espiritual antes de vir a ser e que ela estava junto de nós, com o fim de estender-nos mãos amigas”, foi o que ouviu a senhora Laura Maria Machado Pinto ainda atordoada e perplexa ante o violento acidente que destruiu e incendiou o veículo que dirigia conduzindo suas filhas, uma amiga e o pai desta, por volta das 20:30 hs, do dia 22 de julho de 1982, na Rodovia Candido Portinari, interior de São Paulo. Na mensagem que psicografaria através de Chico Xavier meses depois, revela ainda que, ‘lá mesmo no local da ocorrência, uma equipe de enfermeiros os aguardava, fazendo-a pensar em preparação, e, ante gritos e lamentações que surgiam, próximas ao local, ambulâncias que não conheciam os recolheram com pressa, conduzindo as vítimas para local de silêncio e misericórdia onde mãos devotadas ao Bem as alcançaram transmitindo brandos anestésicos, induzindo-os a dormir por tempo indeterminado”. O Espiritismo oferece respostas bastante coerentes, consoladoras e substanciais diante da morte, inclusive as que impõem a chamada desencarnação de numero grande de pessoas. Através das suas revelações sabemos na questão 160 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, que entes queridos se prontificam a acompanhar e auxiliar no traumatizante retorno à realidade de onde saímos um dia para nos liberarmos de sentenças lavradas por nós contra nós mesmos em encarnações passadas. A propósito da morte, Allan Kardec pondera que ‘venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo’. No extraordinário acervo constituído pelas mensagens recebidas por Chico Xavier, existem algumas escritas por vitimados em acidentes de aviões de grande porte. Destacamos parte dos relatos de três desses comunicantes para refletirmos sobre não só a sobrevivência que se confirmou, mas também detalhes importantes como o não registro de dores, a presença de familiares no local da ocorrência e de equipes de resgate do Plano Espiritual, além da hospitalização na reentrada no Plano Espiritual. CASO 1- Jane Furtado Koerich, 20 anos,  em 12/4/1980; voo 303 da Transbrasil, 58 ocupantes, 3 sobreviventes, a 32 quilometros do Aeroporto Hercílio Luz, Morro da Virgínia–  carta aos pais 4 meses após 22.8.1980 – Estou ainda aturdida, mas pedi para trazer-lhes alguma resposta à ansiedade que é dividida entre nós. Estou com o auxílio de meu avô Engelberto e da irmã Erna, uma generosa criatura que nos acolheu aqui, e sinto-me garantida pelo apoio deles para traçar estas notícias. Tudo foi tão de improviso que sinceramente, estamos na condição de pessoas que um choque indefinível traumatizou. Havíamos saído da cidade com a certeza de que chegaríamos a Florianópolis com tempo bastante para usufruir um domingo de paz e de muita alegria. Não sei porque escolhemos o horário do embarque, porque dispúnhamos de outras chances. Pois foi justamente no avião designado por forças que nos levaram em nome da Sabedoria Divina, aquele em que nos instalamos para a despedida inesperada. A nossa Rosemary viajava com a preocupação de quem não contava com muito tempo, a fim de se entreter fora de casa, embora fosse conosco para a nossa casa do coração, onde vocês nos aguardavam. A Sônia conversava alegremente. Não me lembro mais de que passeio tratávamos por antecipação quando aconteceu o indescritível. Creio que ninguém se entregou, senão àquele pesado silêncio no qual entramos, compreendendo que estávamos sendo chamadas para o desconhecido. Acreditem que não senti dor alguma, a não ser aquele choque talvez destinado a cobrir o nosso sofrimento, com a impressão de que havíamos chegado aos derradeiros limites da existência. De mim mesma enviei, um pensamento a Deus e nele me escorei como quem agarra um fio de linha muito leve, à frente de um abismo para não cair nele e, depois soube que Rosemary e Sônia fizeram o mesmo, resguardando-se na prece rápida. O resto é aquilo que a palavra não escreve. O assombro foi grande, de tal modo, que suprimiu em nós qualquer idéia de queda e de aflição. A fuga do corpo – pois somente assim consigo definir a liberação do veículo físico que nos retinha – foi imperceptível para nós. Creio hoje que há dias positivos da bondade infinita de Deus, nas próprias criaturas que somos nós, a fim de que a morte violenta não seja registrada por aqueles que lhe sofrem o impacto irresistível. A idéia de aniquilamento integral esteve comigo por instante e arrojei-me num torpor que superou, a meu ver, todas as imagens que eu fazia a respeito de ausências e desmaios, quando a mente se vê desorientada por fatores que se perdem na própria inconsciência. Acordei juntamente das companheiras de viagem num aposento simples e confortável no qual uma senhora de semblante carinhoso e belo nos sorria”.  CASO 2 - Rosana Maria Temporal Lara, 18 anos, recém casada, em 8/6/1982; voo 168, VASP, São Paulo/Fortaleza, 137 ocupantes, todos mortos; Serra de Aratanha, duas pessoas perderam o voo por chegarem atrasadas - “Renato e eu trocávamos ideias pela noite adentro, enquanto o nosso Affonso e o nosso Júlio descansavam. Se estivéssemos numa paisagem de guerra, não seríamos tomados de tamanho assombro. O primeiro estampido no choque da máquina com o corpo da serra me pareceu o grito lancinante de alguém anunciando-nos a morte. Renato abraçou-se a mim evidentemente com a ideia de proteger-me contra qualquer eventualidade, no entanto, esse gesto dele perdurou por um instante só. Outros brados do avião se fizeram seguidos por uma dispersão de tudo o que éramos nós e de toda a bagagem de mão que havíamos acomodado no interior. Tive a ideia de que a velocidade do avião era tamanha que o contato indescritível do aparelho com a dureza da terra imprimia um estranho movimento a nós todos e a tudo o que nos cercava. Explico-me assim porque a ligeireza daquele engenho enorme passou a comandar-nos, atirando-nos distância e nada mais vi senão a queda ao longe, na qual me senti esfacelada, a princípio, para depois reconstituir-me. Ouvia vozes de criaturas beneméritas a pedir-nos calma e fé na Divina Providência e sem que me fosse possível retirar um dedo sob o controle de minha própria vontade, fui deposta em maca tipo bangüê no interior da qual entrei num sono longo, do qual despertei num aposento-enfermaria de grandes proporções”. CASO 3 - Olimar Feder Agosti, 30 anos, advogada, mesmo voo da anterior: - “A viagem começou sem novidades que mereçam menção especial. Alguns passageiros, creio que veteranos nas travessias aéreas se punham a dormir, tentei fazer o mesmo, no entanto, não conseguia perder-me no repouso desejado. Refletia na vida e montava mentalmente os meus projetos para a excursão iniciada. Guardava a ideia de que alguém velava comigo, sem que eu pudesse identificar qualquer presença espiritual. Mais tarde é que soube que a vovó Marieta estava ao meu lado. Tudo seguia sem sobressaltos, máquina estável e segurança em tudo. A aeromoça ia e vinha de quando em quando, oferecendo brindes para nosso reconforto e irradiando o sorriso com que parecia desejosa de nos tranquilizar. Consultei o horário e pensava na mãezinha Helena a esperar-me na alta madrugada, quando o estrondo nos reuniu a todos na mesma ideia horrível. Num relâmpago de segundo ainda consegui mentaliza-los em companhia do GE, mas o raciocínio desapareceu como por encanto. Dores não senti. Creio hoje que nas calamidades imprevistas qual aquela em que me vi, não há tempo para registro de sofrimento pessoal. Se isso aconteceu deve ter sido um pesadelo que o assombro empalideceu. Nada mais vi nem ouvi. Não sei fazer qualquer comparação para transmitir-lhes essa ou aquela ideia do sucedido. Quanto tempo estive largada ao esquecimento de mim ainda ignoro. Primeiramente a amnésia me dominou totalmente, em seguida me vi colada a uma apatia sem nome. Vi pessoas em derredor de mim, sabia que um leito acolhedor me aguardava, entretanto, muito vagarosamente passei a interessar-me na busca de minhas próprias recordações. Percebia-me visitada por amigos, escutava-lhes os votos de recuperação tão rápida quanto possível, no entanto falar ainda era algo muito complicado nos mecanismos de relacionamento de que dispunha. Passaram-se dias sobre dias, até que pude interpelar minha querida avó que se identificou para minha tranquilidade”. Importante lembrarmos da revelação feita por Luiz Roberto Stuqui Junior na segunda carta escrita através de Chico Xavier, 6 meses após sua morte em acidente automobilístico em 4/1/1984: -Milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiraram da Terra compulsoriamente; das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Por fim, vale a pena recordar o Espírito Emmanuel em mensagem psicografada no dia que se seguiu ao incêndio do edifício Andraus, na capital paulista: -“ Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor”.

Dúvidas sobre a visão do Espiritismo a respeito de questões essenciais? Consulte a série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ acessando Luiz Armando – Canal do Youtube

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

COINCIDÊNCIA?

Atendendo pedido de auxílio, os dois amigos após a identificação na Portaria de grande complexo hospitalar da Capital paulista, puseram-se na direção mais ou menos indicada da UTI daquilo que na verdade era um Hospital dentro de outro Hospital. Vários corredores à direita e à esquerda após, no emaranhado de labirintos que se interligavam, concluíram estar perdidos, e, ao tentar orientação com médica na porta de um elevador, viram uma senhora acompanhada de uma jovem que passara por trás deles, recuar alguns passos e indagar do que perguntava se não era 'fulano de tal'. Ante o espantoso fato e a contra pergunta ‘a senhora me conhece?’, ouviram surpresos ‘estamos a espera de vocês, eu sou a mãe da doente’. Era a primeira coincidência”, pois, quase nada sabiam sobre aqueles que vinham visitar. Inseridos na sala de espera da UTI, inteiraram-se pelo pai sobre a origem do gravíssimo estado de saúde da filha do casal – 38 anos, casada, dois filhos pequenos - que dez dias antes fora diagnosticada com severo quadro de leucemia, ao que se seguiu 24 horas após um AVC hemorrágico que exigiu cirurgia de emergência que a manteve até aquele momento na mais absoluta inconsciência, precipitada dois dias atrás na chamada morte cerebral. Explicado a eles que como revelado pelo Espiritismo que ‘os acontecimentos imprevisíveis na Terra estão marcados para acontecer no Plano Espiritual, visto que, a vida no chamado corpo físico, é passageira, constituindo-se numa oportunidade de reparação de erros cometidos contra as Leis de Deus, a referência à eventual morte ser algo natural e programado antes mesmo de renascermos, a mãe, compreensível mente se descontrolou segurando firme o rosário – símbolo da escola de fé na qual se formara – e que trazia no bolso. Acalmada, mais algumas palavras, proposta uma prece entre o pequeno grupo ali reunido buscando forças diante da difícil provação ali vivenciada, sugeriu-se a leitura de uma página do livro VINHA DE LUZ do Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, a ser aberto ‘ao acaso’, e lido pela desventurada mãe após concentração mentalizando Deus e sua filha. Seguida a recomendação, a segunda coincidência, evidenciada pelo título da mensagem cujo teor enquadrava-se no doloroso quadro ali manifestado: RESPOSTAS DO ALTO. O texto partia do capítulo 11, versículo 11, do EVANGELHO de Lucas,e qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?”. Nas palavras do Benfeitor Espiritual, a certeza de que a Assistência Espiritual, sempre está se processando onde a fé opera obras de solidariedade entre os que sofrem: -“ Nos círculos da fé, encontramos diversos corações extenuados e desiludidos. Referem­-se à oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do remédio, alegando que não recebem respostas do Alto. Entretanto, a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos Desígnios, entendendo, enfim, que o Senhor jamais oferece pedras ao filho que pede pão. Nem sempre é possível compreender, de pronto, a resposta celeste em nosso caminho de luta, no entanto, nunca é demais refletir para perceber com sabedoria. Em muitas ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso de salvação. Não poucas vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam a criatura em forma de espinhos e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as bênçãos da medicina celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes. Em muitas fases da luta, o Senhor decreta a cassação de tempo ao círculo do servidor, para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e, não raro, dá­lhe fealdade ao corpo físico para que sua alma se ilumine e progrida. Se a paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que dizer da Paternidade de Deus, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável amor? O Todo­Compassivo nunca atira pedras às mãos súplices que lhe rogam auxílio. Se te demoras, pois, no seio das inibições provisórias, permanece convicto de que todos os impedimentos e dores te foram concedidos por respostas do Alto aos teus pedidos de socorro, amparo e lição, com vistas à Vida Eterna”.

sábado, 26 de novembro de 2016

IMAGENS DIFICILMENTE VISTAS

Confirmando a sobrevivência após a morte do corpo físico, o Espiritismo sustenta que os que partiram exercem maior ou menor influência sobre os que deixaram na retaguarda do Plano Material. Todavia, como se originam as chamadas influências espirituais? A resposta é oferecida pelo próprio Allan Kardec, sendo seguida por seis exemplos muito interessantes sobre as variações dessa ação do Mundo Invisível sobre o Visível: - O Mundo Invisível é composto dos que deixaram seu envoltório corporal ou, por outras palavras, das almas que viveram na Terra. Estas almas ou Espíritos, o que é a mesma coisa, povoam o Espaço, estão em toda parte, ao nosso lado, como nas regiões mais afastadas.  A experiência prova que podem vir ao nosso apelo; mas vem mais ou menos de boa vontade, com maior ou menor prazer, conforme a intenção, como bem se compreende. (RE; 12/1859)  Vejamos os exemplos: 1- NA VIA PÚBLICA - No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos se dependuravam a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia notado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal. (...) Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em continuo vaivém (...). Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade. (M; 34) 2- NUMA RESIDÊNCIA COMUM - A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no almoço muito simples. Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me a observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao repasto, como se estivassem tomando alimentos por absorção. (...) Os que desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantém ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico.(...)  3- FATORES PREDISPONENTES - Familiares diversos, que os próprios encarnados retém com as suas pesadas vibrações de apego doentio. As almas se reúnem obedecendo a circunstância de que cada Espírito tem as companhias que prefere. A mesa familiar é sempre um receptáculo de influenciação de natureza invisível. Pelos dispositivos da lei de afinidade, a maledicência atrairá caluniadores invisíveis e a ironia buscará, sem dúvida, as entidades galhofeiras e sarcásticas, que inspirarão o anedotário menos digno, deixando margem vastíssima à leviandade e à perturbação. (...). É o vampirismo reciproco (ML,11)  4 - FALTA DE IMUNIDADE - Os quadros de viciação mental, ignorância e sofrimento nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes. Onde não existe organização espiritual, não há defesas de paz de espírito. Isto é intuitivo para todos os que estimem o reto pensamento. (ML,11) 5- ENFERMARIA DE UM HOSPITAL - A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os. Seria inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para suas mazelas orgânicas, competindo-nos apenas irradiar boa vontade e praticar o Bem, tanto quanto fosse possível, sem, contudo, violar as posições de cada um. (OVE; 18) 6- NUM RESTAURANTE - Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcóolatras impenitentes. Informou o Orientador: - Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar.(NDM, 138)



quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O QUE FAZ A DIFERENÇA

-“Não existe dor maior do que a perda de um filho”, afirmou certa vez o médium Chico Xavier que de forma intensiva conviveu com milhares de pessoas que subitamente se viram privadas do convívio de seus entes queridos pelo impositivo da chamada pela morte . Milhares de mensagens psicografadas durante esses anos, contudo, mostraram que o que retornou ao Plano Espiritual  - de onde saímos todos um dia para a experiência da reencarnação -, também tem dificuldades de aceitar a dura realidade. Tanto maior quanto for a fixação dos que ficaram nos detalhes da partida e na inconformação, visto que através do sem fio do pensamento as ligações persistem fazendo com que as imagens mentalizadas incidam sobre aquele que precisa de paz a fim de se restabelecer e reintegrar  à realidade espiritual. A original visão oferecida pelo Espiritismo sobre o tema morrer pode ajudar nesse traumático momento? Allan Kardec, na REVISTA ESPÍRITA, número de novembro de 1865 pondera o seguinte: - “Enquanto em presença da morte o incrédulo só vê o nada, ou pergunta o que vai ser de si, o espírita sabe que, se morrer, apenas será despojado de um invólucro material, sujeito aos sofrimentos e às vicissitudes da vida, mas será sempre ele, com um corpo etéreo, inacessível à dor; que gozará de percepções novas e de maiores faculdades; que vai encontrar aqueles a quem amou e que o esperam no limiar da verdadeira vida, da vida imperecível. Quanto aos bens materiais, sabe que deles não mais necessitará, e que os prazeres que proporcionam serão substituídos por outros mais puros e mais invejáveis, que não deixam em seu rasto nem amarguras nem pesares. Assim, abandona-os sem dificuldade e com alegria, lamentando os que, ficando na Terra, ainda irão precisar deles. (...) Quem quer que tenha lido e meditado nossa obra O CÉU E O INFERNO segundo o Espiritismo e, sobretudo, o capítulo sobre o temor da morte, compreenderá a força moral que os espíritas haurem em sua crença, diante do flagelo que dizima as populações. (...) Consideram como um dever velar pela saúde do corpo, porque a saúde é necessária para a realização dos deveres sociais. Se buscam prolongar a vida corporal, não é por apego à Terra, mas para ter mais tempo para progredir, melhorar-se, depurar-se, despojar-se do velho homem e adquirir mais soma de méritos para a Vida Espiritual. Mas, se a despeito de todos os cuidados, devem sucumbir, tomam o seu partido sem queixa, sabendo que todo progresso traz os seus frutos, que nada do que se adquire em moralidade e em inteligência fica perdido, e que se não desmereceram aos olhos de Deus, serão sempre melhores no outro mundo do que neste, ainda mesmo que ali não ocupem o primeiro lugar. Apenas dizem: Vamos um pouco mais cedo aonde iríamos um pouco mais tarde. Crê-se que com tais pensamentos não se esteja nas melhores condições de tranquilidade de espírito recomendada pela Ciência? Para o incrédulo ou para o que duvida, a morte tem todos os seus terrores, porque perde tudo e nada espera. (...) O médico espírita diz ao que vê a morte à sua frente: “Meu amigo, vou empregar todos os recursos da Ciência para vos restabelecer a saúde e vos conservar o maior tempo possível; espero que sejamos bem-sucedidos. Mas a vida do homem está nas mãos de Deus, que nos chama quando terminado nosso tempo de prova na Terra; se a hora de vossa libertação tiver chegado, rejubilai-vos, como o prisioneiro que vai sair da prisão. A morte nos desembaraça do corpo que nos faz sofrer e nos restitui à verdadeira vida, vida isenta de perturbações e misérias. Se deveis partir, não penseis que estejais perdido para os vossos parentes e amigos que ficaram. Não, não estareis menos no meio deles; vê-los-eis e os ouvireis melhor do que podeis fazê-lo neste momento. Vós os aconselhareis, os dirigireis, os inspirareis para o bem". 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

HOMOSSEXUALIDADE : TEMA SEMPRE ATUAL

Implicitamente explicada nas respostas às questões 200 a 202 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, que mostram ser a condição masculina e feminina necessárias para a replicação e preservação da espécie humana, invertendo-se periodicamente no trabalho da evolução nos processos reencarnatórios, a visão sobre a Homossexualidade foi ampliada pelos comentários expressos por Allan Kardec no artigo com que abre o número de janeiro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA sob o surpreendente título AS MULHERES TEM ALMA ?. O assunto, porém,  sempre gera acaloradas discussões. Especialmente quando contraria interesses pessoais ou religiosos até resultantes dos atavismos que todos carregamos como seres imortais ainda em evolução. Praticamente um século depois, na interessante obra do Espírito André Luiz SEXO E DESTINO (feb, 1963), explicitamente uma publicação espírita acrescenta mais elementos. Cinco anos antes, o mesmo Espírito sugeria o surgimento das diferenças essenciais na individualidade em expansão noutro trabalho EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb, 1958) e, anos depois, em 1971, o também Espírito Emmanuel, tornaria ao tema em VIDA E SEXO (feb, 1971). O curioso é, além das considerações do personagem principal da narrativa em torno do grupo de criaturas interligadas nos arrastamentos do sexo na cidade do Rio de Janeiro no início da década de 60 do século XX, um prognóstico foi feito, o qual começaria a se confirmar já no início deste Milênio com as mudanças em códigos da legislação de vários países. Acompanhemos o relato de André: -“Tendo Neves formulado consulta sobre os homossexuais, Félix demonstrou que inúmeros Espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, que exigem duras disciplinas por parte daqueles que as solicitam ou que as aceitam. Referiu ainda que homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, como são suscetíveis de retomar o veículo físico na condição de mutilados ou inibidos em certos campos de manifestação, aditando que a alma reencarna, nessa ou naquela circunstância, para melhorar e aperfeiçoar-se e nunca sob a destinação do mal, o que nos constrange a reconhecer que os delitos, sejam quais sejam, em quaisquer posições, correm por nossa conta. À vista disso, destacou que nos foros da Justiça Divina, em todos os distritos da Espiritualidade Superior, as personalidades humanas tachadas por anormais são consideradas tão carecentes de proteção quanto as outras que desfrutam a existência garantida pelas regalias da normalidade, segundo a opinião dos homens, observando-se que as faltas cometidas pelas pessoas de psiquismo julgado anormal são examinadas no mesmo critério aplicado às culpas de pessoas tidas por normais, notando-se, ainda, que, em muitos casos, os desatinos das pessoas supostas normais são consideravelmente agravados, por menos justificáveis perante acomodações e primazias que usufruem, no clima estável da maioria. E à ligeira pergunta que arrisquei sobre preceitos e preconceitos vigentes na Terra, no que tange ao assunto, Félix ponderou, respeitoso, que os homens não podem efetivamente alterar, de chofre, as leis morais em que se regem, sob pena de precipitar a Humanidade na dissolução, entendendo-se que os Espíritos ainda ignorantes ou animalizados, por enquanto em maioria no seio de todas as nações terrestres, estão invariavelmente decididos a usurpar liberalidades prematuras para converter os valores sublimes do amor em criminalidade e devassidão. Acrescentou, no entanto, que no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças assacadas, há séculos, contra aqueles que renascem sofrendo particularidades anômalas, porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade humana lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir incessantemente para viver, sob o Sol que a Bondade Divina acendeu em benefício de todos”.


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domingo, 20 de novembro de 2016

ALMAS IRMÃS

Um dos grandes desafios enfrentados pelo Espírito durante seu processo de evolução na Terra é entender, educar e transcender seus limites no item sexo. Segundo as revelações coligidas por Allan Kardec, o Espírito não o tem como o entendemos na nossa Dimensão, onde as condições masculina e feminina funcionam como meios para preservação da espécie, se alternando através das múltiplas encarnações. No livro SEXO E DESTINO (1963, feb), André Luiz através do médium Chico Xavier nos fala de um educandário existente na colônia NOSSO LAR especializado no tema, auxiliando criaturas comprometidas com desvios no uso dessa força. Destacamos alguns detalhes para reflexões do grande instituto denominado ALMAS IRMÃS.  1- Assim chamado pelos fundadores que o levantaram oitenta e dois anos antes (1963) em socorro dos irmãos necessitados de reeducação sexual, após a desencarnação, exibia plano extenso de construções.  2-Conjunto de linhas harmoniosas e simples, ocupando quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamentos, parques e jardins. Autêntica cidade por si. 3-A agremiação possuía vasta dependência reservada a enfermos, sendo que os verdadeiros alienados em consequência de alucinações emotivas, trazidas da Terra, permaneciam reclusos em manicômios, sob tratamento indicado, sempre que apartados das falanges dementadas nas regiões tenebrosas.  4- Hospital-escola de suma importância para os candidatos à reencarnação,  5- Internados ou estudantes vinham, em maioria, de estâncias purgatoriais, após alijarem as consequências mais imediatas dos vícios e paixões aviltantes, por eles acalentados no plano físico.  6-Rigorosamente examinados, atendiam a critério de seleção, nas paragens de angústia expiatória em que se demoravam, e somente depois de julgados dignos entravam naquele pouso de refazimento para estações mais ou menos longas de estudo e meditação, pesquisando as causas e observando os efeitos das quedas de natureza afetiva em que se haviam precipitado...  7- Depois de suficientemente instruídos, são recambiados ao domicílio terrestre, onde reencarnam nos ambientes em que faliram e, tanto quanto possível, nas equipes consanguíneas que lhes impuseram prejuízos ou que lhes sofreram os danos. 8- Finalidades do educandário comparáveis aos centros de cultura superior, existentes no mundo, que conferem títulos acadêmicos para o exercício de funções determinadas, dentro da especialização profissional, e confrontou a arena terrestre com a esfera da prática, em que os alunos diplomados são impelidos às experiências e aos encargos que lhes fixam o mérito ou o demérito.  9- Ali, a mente se rearticulava, aprendia, refazia, restaurava, mas, de modo geral, sempre no objetivo de retornar ao mundo, a fim de incorporar em si mesma o valor das lições recebidas. 10- A não serem as reencarnações compulsórias, por motivos prementes, o problema do regresso requeria considerações específicas e preparações adequadas, razão pela qual muitos companheiros do “Almas Irmãsse corporificavam na Terra com programas domésticos preestabelecidos, de maneira a hospedarem com os seus próprios recursos genésicos os colegas afins. 11- Cada individualidade reencarnada com vínculos no “Almas Irmãs”, ali se encontra convenientemente fichada, com todo o histórico do que está realizando na reencarnação obtida, no qual se lhes vê o balanço dos créditos conquistados e dos débitos contraídos, balanço esse que é examinável a qualquer momento, para efeito de auxílio maior ou menor aos interessados.12- O “Almas Irmãs”, que detinha habitualmente uma população oscilante de cinco a seis mil pessoas,   no coeficiente de cada cem estudantes, dezoito vitoriosos nos compromissos da reencarnação, vinte e dois melhorados, vinte e seis muito imperfeitamente melhorados e trinta e quatro onerados por dívidas lamentáveis e dolorosas. 13- Companheiros em malogro positivo, após a desencarnação, passam, automaticamente, às zonas inferiores, onde, por vezes, ainda se demoram, por muito tempo, em desequilíbrio ou devassidão, conquanto nunca percam o devotamento dos amigos ali domiciliados, que intercedem por eles, junto a colônias dedicadas a outros tipos de assistência.  14- O sexo, por tema central, merecendo o maior apreço. Matérias professadas em regime de especialização. Cada qual atendida em construção apropositada. Sexo e amor. Sexo e matrimônio. Sexo e maternidade. Sexo e estímulo. Sexo e equilíbrio. Sexo e medicina. Sexo e evolução. Sexo e penalogia. E outras discriminações. 15- Se inscrevia o número mais extenso, nos assuntos de “sexo e maternidade - centenas de criaturas que se endereçam aos ajustes de lar, na Terra, e, “sexo e penalogia”  - enfeixando enorme quantidade de Espíritos conscientes que examinam a melhor maneira de infligirem a si próprios determinadas inibições, para se corrigirem de hábitos deprimentes no curso da reencarnação a que se dirigem.









sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DEVE-SE EXIGIR A PERFEIÇÃO?


O número de dezembro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA dedica significativo espaço para falar sobre a Organização do Espiritismo. Entre os pontos tratados por Allan Kardec sobre a questão, encontra-se um perfil dos seguidores da Doutrina. Para refletirmos sobre a evolução de lá para cá, especialmente no Brasil onde o Espiritismo encontrou campo fértil para sua expansão, destacamos parte da análise do Codificador. Falando sobre os adeptos da revolucionária proposta, diz Kardec: - “Pode-se pôr em primeira linha os que creem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles o Espiritismo não passa de uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia e a moral são acessorios de que pouco se ocupam e de cujo alcance nem mesmo desconfiam. Nós os chamamos espíritas experimentadores. Vêm a seguir os que veem no Espiritismo algo mais que simples fatos; compreendem o seu alcance filosófico; admiram a moral dele decorrente, mas não a praticam; extasiam-se ante as belas comunicações, como diante de um sermão eloquente, que ouvem mas não aproveitam. A influência sobre o seu caráter é insignificante ou nula; em nada mudam seus hábitos e não se privariam de um único prazer: o avarento é sempre avarento, o orgulhoso sempre cheio de si mesmo, o invejoso e o ciumento sempre hostis. Para eles a caridade cristã é apenas uma bela máxima e os bens deste mundo os arrastam na sua estima sobre os do futuro. São os espíritas imperfeitos. Ao lado destes há outros, mais numerosos do que se pensa, que não se limitam a admirar a moral espírita, mas que a praticam e a aceitam em todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar estes curtos instantes para marchar na via do progresso, esforçando-se por fazer o bem e reprimir as más inclinações; suas relações são sempre seguras, porque sua convicção os afasta de todo mau pensamento. Em tudo a caridade é sua regra de conduta. São os verdadeiros espíritas, ou, melhor, os espíritas cristãos.  Se bem compreendido o que precede, compreender-se-á também que um grupo formado exclusivamente por elementos desta última classe estaria em melhores condições, porque entre pessoas que praticam a lei de amor e de caridade é que se pode estabelecer uma séria ligação fraternal. Entre homens para quem a moral não passa de uma teoria, a união não seria durável; como não impõem nenhum freio ao orgulho, à ambição, à vaidade e ao egoísmo, não o imporão também às suas palavras; quererão ser os primeiros, quando deveriam humilhar-se; irritar-se-ão com as contradições e não terão nenhum escrúpulo em semear a perturbação e a discórdia. Entre verdadeiros espíritas, ao contrário, reina um sentimento de confiança e de recíproca benevolência; sentem-se à vontade nesse meio simpático, ao passo que há constrangimento e ansiedade num ambiente heterogêneo.  Isto faz parte da natureza das coisas e nada inventamos a respeito. Daí se segue que, na formação dos grupos, deve-se exigir a perfeição? Seria simplesmente absurdo, porque exigir o impossível e, neste ponto, ninguém poderia pretender dele fazer parte. Tendo como objetivo a melhoria dos homens, o Espiritismo não vem recrutar os que são perfeitos, mas os que se esforçam em o ser, pondo em prática o ensino dos Espíritos. O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que deseja seriamente atingi-la. Sejam quais forem os seus antecedentes, será bom espírita desde que reconheça suas imperfeições e seja sincero e perseverante no propósito de emendar-se. Para ele o Espiritismo é uma verdadeira regeneração, porque rompe com o passado; indulgente para com os outros, como gostaria que fossem para consigo, de sua boca não sairá nenhuma palavra malevolente nem ofensiva contra ninguém”.

Dúvidas sobre a visão do Espiritismo a respeito de questões essenciais? Consulte a série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ acessando Luiz Armando – Canal do Youtube


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

IMPORTANTES ORIENTAÇÕES

Inegável a contribuição do Espírito Emmanuel na divulgação do Espiritismo em terras brasileiras através do médium Chico Xavier durante mais de sete décadas. Depois do estabelecimento do roteiro Disciplina, Disciplina, Disciplina do primeiro encontro em 1931, livros como EMMANUEL, ROTEIRO, as narrativas autobiográficas romanceadas HÁ DOIS MIL ANOS, 50 ANOS DEPOIS, RENÚNCIA, do épico PAULO E ESTEVÃO, centenas de obras de mensagens de orientação mais intensivamente a partir dos anos 70, ampliaram o entendimento para questões como a imortalidade da alma, reencarnação, Lei de Causa e Efeito, Indagado sobre como o Instrutor Espiritual arrumava tanta inspiração pra construir, por exemplo, a série de livros - PÃO NOSSO, CAMINHO VERDADE E VIDA, FONTE VIVA, VINHA DE LUZ, PALAVRAS DE VIDA ETERNA e CEIFA DE LUZ - analisando versículos dos Evangelhos ditos Canônicos, o médium mineiro disse que sempre que possível o Benfeitor se deslocava a Esferas mais elevadas que circundam o Planeta Terra, a fim de assistir palestra ministradas por Espíritos mais elevados, de onde absorvia conceitos e ideias novas. A retaguarda oferecida a Chico Xavier em inúmeros momentos de evidência em programas de televisão e rádio, garantiram a qualidade dos pontos de vista emitidos por ele em nome da Doutrina Espírita. Do acervo de informações e orientações possíveis de encontrar nas milhares de mensagens vertidas para nosso Plano, destacamos alguns muito uteis para nossas reflexões em torno dos mecanismos que nos induzem e controlam a evolução espiritual. 1- “Serve onde estiveres e como puderes, nos moldes da consciência tranquila. Caridade não é tão-somente a divina virtude, é também o sistema contábil do Universo, que nos permite a felicidade de auxiliar para sermos auxiliados. Um dia, nas alfândegas da morte, toda a bagagem daquilo de que não necessites ser-te-á confiscada, entretanto, as Leis Divinas determinarão recolhas, com avultados juros de alegria, tudo o que destes do que és, do que fazes, do que sabes e do que tens, em socorro dos outros, transfigurando-te as concessões em valores eternos da alma, que te assegurarão amplos recursos aquisitivos no Plano Espiritual. Não digas, assim, que a propriedade não existe ou que não vale dispor disso ou daquilo. Em verdade, devemos a Deus tudo o que temos, mas possuímos o que damos”. 2- “Como ajudar aos que nos parecem mergulhados no erro? Censurar é fazer mais distância, desprezá-los será perdê-los. É imprescindível saibamos socorrê-los, através do bem efetivo e incessante. Para começar, sintamo-nos na posição deles, a comungar-lhes a luta. Situemo-nos aos pés dos problemas em que se encontram e atendamos à prestação do serviço silencioso. Se aparece oportunidade, algo façamos para testemunhar-lhes apreço. No pensamento, guardemo-los todos em vibrações de entendimento e carinho. Na palavra, envolvamo-los na benção do verbo nobre. Na atitude, amparemo-los quanto seja possível. Em todo e qualquer processo de ação, fortalecê-los para o bem é o nosso dever maior. À frente, pois, daqueles que se te afiguram desnorteados, estende o coração e as mãos para auxiliar, porque todos estamos no caminho da evolução e, segundo a assertiva do nosso Divino Mestre, "com a medida com que tivermos medido nos hão de medir a nós". 3- “Além do salário amoedado o trabalho se faz invariavelmente, seguido de remuneração espiritual respectiva, da qual salientamos alguns dos itens mais significativos: acende a luz da experiência, ensina-nos a conhecer as dificuldades e problemas do próximo, induzindo-nos, por isso mesmo, a respeitá-lo, promove a auto-educação, desenvolve a criatividade e a noção de valor do tempo, imuniza contra os perigos da aventura e do tédio, estabelece apreço em nosso área de ação, dilata o entendimento, amplia-nos o campo das relações afetivas, atrai simpatia e colaboração, extingue, a pouco e pouco, as tendências inferiores que ainda estejamos trazendo de existências passadas. Quando o trabalho, no entretanto, se transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado. E, quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da Justiça Terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado algum beneficio aparece em nosso auxílio, já que semelhantes companheiros se convertem espontaneamente em advogados naturais de nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou suprindo-as, de todo, se já tivermos resgatado em amor aquilo que devíamos em provação ou sofrimento, para a retificação e tranquilidade em nós mesmos. Reflitamos nisso e concluamos que trabalhar e servir, em qualquer parte, ser-nos-ão sempre apoio constante e promoção ã  Vida Melhor".


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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

UMA DAS ETAPAS DO ‘MORRER’

-“Toda a minha vida se desenrolou diante de minha lembrança”, revelou J Sanson, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, ao contar os instantes que marcaram sua passagem pela chamada morte após um ano de cruéis sofrimentos. Já o senhor M. Jobard, morto de um ataque da apoplexia fulminante, aos 69 anos, relata que: -“Senti um abalo estranho e lembrei-me, de repente, o meu nascimento, a minha juventude, a minha idade madura, toda a minha vida se retratou nitidamente em minha lembrança’. Os depoimentos obtidos através da mediunidade, incluem-se entre os mais de sessenta que compõem a segunda parte do excelente O CÉU E O INFERNO organizado em 1865 por Allan Kardec enfocando a questão da morte e o morrer conforme Justiça Divina Segundo o Espiritismo. Meio século depois, em 1931, o advogado e pesquisador italiano Ernesto Bozzano, ignorando o fato recolhe de várias publicações da língua inglesa vários casos expostos na sua obra A MORTE E OS SEUS MISTÉRIOS, casos confirmando o tema. Bozzano pelo que se observa se apoiava em suas monografias e teses na Metapsíquica de Charles Richet, omitindo ou ignorando o trabalho do pesquisador francês e seus livros sobreviveram ao tempo no Brasil, graças ao trabalho de seguidores da Doutrina Espírita que os traduziram para português. Na obra citada, dedica uma parte à visão panorâmica ou memória sintética na iminência da morte, dividindo os exemplos em três categorias: acontecidos em perigo de vida; em pessoas sãs sem o perigo da morte e casos de espíritos comunicantes destacando sobre estes que não apresentavam valor científico dada a impossibilidade de verificar, diretamente, as afirmações das personalidades mediúnicas.  No início dos anos 70 do século XX, os médicos Raymond Junior e Elizabeth Kubler Ross, em obras tratando do tema morte, a partir de depoimentos de várias pessoas que vivenciaram as chamadas EQMs – Experiências de Quase Morte ampliam o número de confirmações sobre essa etapa peculiar ao processo de desligamento entre as estruturas corpo físico-corpo espiritual. No mesmo período no Brasil, através do médium Chico Xavier, em reuniões públicas se construía o acervo das chamadas cartas de Espíritos recentemente desencarnados confirmando aos entes queridos sua sobrevivência à chamada morte, detalhando as ocorrências que marcaram a inesperada mudança. Desse manancial destacamos dois exemplos: Ivan Sergio Athaide Vicente; 20 anos; acidente de avião entre Londrina-PR e Pirassununga-SP; na carta escrita aos pais -“Tive a ideia de rever toda a minha existência, como num sonho que estivemos vivendo acordado, até que as minhas lembranças se condensaram na rememoração do acidente que me transtornava a cabeça”. No segundo, Luiz Antonio Biazzio; 29 anos; vitimado por um  Acidente vascular enquanto dormia, revelou: -“Rememorei meus estudos de Medicina, revisei os meus doentes e os meus apuros na psiquiatria para definir-lhe as emoções e, em seguida, querida mãezinha, as recordações da infância e do lar desfilaram diante da minha visão íntima. De tudo me lembrei”. A passagem por essa etapa conforme Bozzano, já era ensinada pelas escolas ocultistas presentes em várias Civilizações. Tentando entender o tema, o respeitado estudioso Hermínio Côrreia de Miranda, no seu livro AS DUAS FACES DA VIDA (lachatre), afirma que na iminência da morte física, a mente“dispara um dispositivo de transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta aquele belo e curioso espetáculo de ‘replay’ da vida, para o qual estamos propondo o nome de recapitulação. Uma vez transcrita a gravação nos “tapes” perispirituais, o corpo físico é liberado para a desintegração celular inevitável”. Como se vê, trata-se de situação natural a ser defrontada por todos nós que mais dia menos dia, nos veremos diante do fenômeno tão temido.



sábado, 12 de novembro de 2016

A VOLTA DA FORTUNA


Confirmando através de inúmeros exemplos e testemunhos obtidos via mediunidade que a Lei de Causa e Efeito leva sempre o Espírito ao encontro dos resultados de suas ações, o Espiritismo afirma também que a família consanguínea deriva de uma família espiritual derivada das relações interpessoais mal sucedidas nas encarnações que temos. O caso analisado por Allan Kardec no número de outubro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, ilustra isso. Parte de fato noticiado no jornal no SIÈCLE de 5 de junho daquele ano: “O Sr. X..., berlinense, possuía imensa fortuna. Seu pai, ao contrário, em consequência de vários reveses, tinha caído em extrema miséria e se vira forçado a recorrer à generosidade do filho. Este repeliu duramente a súplica do ancião que, para não morrer de fome, teve de recorrer à intervenção da justiça. O Sr. X... foi condenado a fornecer ao pai uma pensão alimentar. Mas, antes, havia tomado suas precauções: prevendo que parte de seus rendimentos poderia ser confiscada, caso se recusasse a pagar a pensão, resolveu ceder a fortuna a um tio paterno. “O infeliz pai viu-se privado de sua última esperança. Protestou que a cessão era fictícia e que o filho tinha recorrido a ela para escapar à execução da sentença. Mas teria que o provar; o velho, porém, não dispunha de condições para intentar um processo custoso, já que lhe faltavam as coisas essenciais à vida. “Um acontecimento imprevisto veio mudar tudo. O tio morreu subitamente, sem deixar testamento. Como não tivesse família, a fortuna reverteu, de direito, ao parente mais próximo, isto é, ao seu irmão. “Compreende-se o resto. Hoje os papéis estão invertidos. O pai está rico e o filho pobre. O que, sobretudo, deve aumentar o desespero deste último é que não pode invocar o fato de uma cessão fictícia, pois a lei interdita formalmente esse gênero de transação”. Comenta Kardec: Dir-se-ia que se sempre fosse assim com o mal, melhor seria compreendida a justiça do castigo; sabendo o culpado por que é punido, saberia do que se deve corrigir. Os exemplos de castigos imediatos são menos raros do que se pensa. Se se remontasse à fonte de todas as vicissitudes da vida, ver-se-ia, aí, quase sempre, a consequência natural de alguma falta cometida. A cada instante recebe o homem terríveis lições, das quais, infelizmente, bem poucos tiram proveito. Enceguecido pela paixão, não vê a mão de Deus, que o fere; longe de acusar-se por seus próprios infortúnios, põe a culpa na fatalidade e na má sorte; irrita-as muito mais do que se arrepende. Aliás, não nos surpreenderíamos se o filho, do qual se fala acima, em vez de ter reconhecido seus erros para com o pai, em lugar de lhe ter dispensado melhores sentimentos, passasse a lhe devotar maior animosidade. Ora, o que pede Deus ao culpado? O arrependimento e a reparação voluntária. Para o animar a isto multiplica à sua volta, durante a vida inteira, todas as formas de advertências: desgraças, decepções, perigos iminentes; numa palavra, tudo o que é próprio a fazê-lo refletir. Se, a despeito disto, seu orgulho resiste, não é justo que seja punido mais tarde? É grave erro pensar que o mal possa ficar impune, uma ou outra vez, na vida atual. Se se soubesse tudo quanto acontece ao mau, aparentemente o mais próspero, ficar-se-ia convencido da verdade de que não há uma única falta nesta vida, uma só inclinação má, dizemos mais, um só mau pensamento que não tenha sua contrapartida. Daí a consequência que, se o homem aproveitasse os avisos que recebe, se se arrependesse e reparasse desde esta vida, teria satisfeito à justiça de Deus e não mais teria de expiar, nem de reparar, seja no mundo dos Espíritos, seja em nova existência. Se há, pois, os que nesta vida sofrem o passado de sua precedente existência, é que devem pagar uma dívida que não saldaram. Se o filho em questão morrer na impenitência, sofrerá, primeiramente, no mundo dos Espíritos, o castigo do remorso; sofrerá moralmente o que fez sofrer materialmente; será um Espírito infeliz, porque terá violado a lei que lhe dizia: Honra teu pai e tua mãe. Mas Deus, que é soberanamente bom e, ao mesmo tempo, soberanamente justo, permitirá que ele reencarne para reparar; talvez lhe dê o mesmo pai e, em sua bondade, lhe poupe a humilhante lembrança do passado; mas o culpado trará consigo a intuição das resoluções que tiver tomado, a vontade de fazer o bem, ao invés do mal; será a voz da consciência que lhe ditará a conduta. Depois, quando retornar ao mundo dos Espíritos, Deus lhe dirá: Vem a mim, meu filho, tuas faltas estão apagadas. Mas, se falhar nessa nova prova, terá de recomeçar, até que se tenha despojado inteiramente do homem velho. Deixemos, pois, de ver nas misérias que sofremos pelas faltas de uma existência anterior um mistério inexplicável e digamos que de nós depende evitá-las, obtendo nosso perdão desde esta vida. Depois de saldar nossas dívidas, Deus não nos fará pagá-las segunda vez; mas se permanecermos surdos às suas advertências, então exigirá até o último ceitil, ainda que após vários séculos ou milhares de anos. Para isto não exige vãos simulacros, mas a reforma radical do coração. A morada dos eleitos só é aberta aos Espíritos purificados; qualquer mácula lhes interdita o acesso. Cada um pode pretendê-lo; compete a todos fazer o que a isto for necessário e lá chegar, mais cedo ou mais tarde, conforme seus esforços e sua vontade. Mas jamais dirá Deus a alguém: Não te purificarás! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

NEM TODOS CONHECEM

Revelando que o Espírito não tem sexo como o entendemos, estando as características masculinas e femininas associadas à necessidade de preservação da espécie humana na Dimensão em que nos encontramos e que, na caminhada evolutiva, a individualidade alterna as duas condições para que se forme nela o conhecimento típicos das duas personalidades, o Espiritismo abre campo para inúmeras conjecturas e explica variadas situações inexplicáveis sem essa visão. No início dos anos 80, o médium Chico Xavier concedeu entrevista a um dos programas de televisão de maior audiência na época respondendo a questões relacionadas à mulher cujo comportamento em algumas áreas do Planeta conquistava certa condição de igualdade com o homem. Pela atualidade das abordagens, destacamos dessa aparição duas respostas para nossas reflexões: Como vê o aborto? Chico Xavier - Compreendo que, se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, eu não teria tido a minha atual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza, a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos. Eu não posso compreender a legalização do aborto, conquanto determinadas potências na atualidade do mundo já estejam adotando esse princípio. Acredito que, com o tempo, todos aqueles legisladores e administradores que optarem pela legalização do aborto, todos eles voltarão a retaguarda, porque o aborto é um crime cometido contra criaturas absolutamente indefesas, que esperam a nossa voz para que elas possam viver e facear a vida, e aproveitar os benefícios da vida que chegam de Deus a nós através da mulher, da missão digna da mulher junto do mundo e junto da evolução. A legalização do aborto é imprópria, é uma situação muito difícil e que nós todos deveríamos estar unidos, especialmente as nossas companheiras, as mulheres, as nossas mães, as nossas irmãs, as nossas filhas, aquelas que nasceram conosco, devíamos todos estar unidos contra semelhante abuso contra a lei de Deus, contra a natureza e contra a vida. 2- As mulheres saíram pra luta, trabalham fora, às vezes e muitas das vezes precisam sair, trabalhar fora para ajudar seu marido. Como o senhor vê, não essa mulher feminina que se coloca junto com seu companheiro, lutando pelo dia a dia, mas a mulher que está se negando como mulher e querendo copiar o modelo masculino. Como vê esta situação? Chico Xavier - Acreditamos que há tarefas específicas que a mulher pode e deve desempenhar junto dos homens, colaborando com seus companheiros, os orientadores e os amigos da Humanidade, aqueles que são pais, condutores da vida, especialmente nas questões de educação, nas questões de Medicina, de higiene, setores em que a mulher, muitas vezes, excede em zelo e inteligência à própria capacidade masculina. Mas, esta luta, este trabalho competitivo em que a mulher comparece diante de tarefas funcionais, disputando empregos, desejando imitar a masculinidade, nós não entendemos isso muito bem, porque se tivermos mais paciência, e um tanto mais de aceitação das nossas possibilidades, esqueceríamos essa questão abusiva a que nomeamos status, e dentro de uma vida mais simples, mais feliz, a mulher encontraria a sua verdadeira posição diante da vida. Quanto ao número de filhos compreendemos que é justo que o planejamento familiar venha em nosso auxílio, com a direção de autoridades especialmente técnicas no assunto, para que nós tenhamos semelhante benefício. Mas devemos acrescentar que nesse sentido, entendendo que as relações sexuais muitas vezes são necessárias ao alimento afetivo, como agente revigorador das forças da mulher e do homem, são perfeitamente compreensíveis e dentro delas o anticoncepcional seria o caminho mais certo para que se evite a matança de milhões de crianças nas grandes capitais do mundo.

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terça-feira, 8 de novembro de 2016

MORTES VIOLENTAS E O ESPIRITISMO

Segundo o conceito clássico, evidência é tudo que pode ser usado para provar que uma determinada afirmação é verdadeira ou falsa. Nesse sentido, as contribuições derivadas de manifestações obtidas através da mediunidade desde o surgimento do Espiritismo, resultam numa quantidade enorme de evidências de que a vida continua, bem como de que cada um de nós está inexoravelmente preso aos efeitos daquilo que causamos ou fazemos   em relação a nós e ao meio em que vivemos. Sob qualquer aspecto que se queira observar o tema vida após a morte, tem-se a disposição milhares de depoimentos atestando essa verdade. O preconceito criado pelas escolas religiosas tradicionais ou mesmo pelos atavismos carregados pelo Ser humano através de múltiplas encarnações ou vidas em nossa Dimensão, constitui-se num fator restritivo ao acesso de maior número de pessoas a compreensão disso. Reunimos na sequencia alguns exemplos de casos explicados pelos próprio vitimados de mortes violentas pela via mediúnica:  CASO 1 - EFEITO - Industrial vitimado pela explosão de caldeira de verniz fervente em sua fábrica, resultando em queimaduras por todo corpo físico, impondo-lhe sofrimentos inenarráveis – enfrentados resignadamente - por doze horas, antes que viesse a óbito. CAUSA - Ações assumidas dois séculos antes em cidade italiana, onde, como Juiz e Inquisidor condenou à morte na fogueira de uma jovem entre 12 e 14 anos, acusada de ser cumplice de conspiração contra política sacerdotal. Ante a recusa dos carrascos em executar a sentença, ele mesmo ateou fogo à moça. (CI) CASO 2 – EFEITO - Intelectual, escritor admirado e estimado, vitima de uma ataque de apoplexia interpretada como morte, o que o levou a ser enterrado vivo, conclusão a que se chegou após a exumação de seu cadáver, quinze dias após o sepultamento para se reaver medalhão esquecido por descuido no caixão. CAUSA - Expiação aceita por ele antes da atual reencarnação por ter , em existência passada, emparedado viva sua mulher  em adega de sua residência. (CI) CASO 3 – EFEITO - EAS, desencarnado aos 13 anos, após ter sido arrastado por cavalo em cuja sela prendera o pé ao apoiar-se  na tentativa de colher algumas tangerinas maduras em penca que o atraíra. CAUSA - Castigo violento e cruel imposto em vida anterior, a escravo de sua propriedade ao surpreende-lo roubando algumas laranjas do pomar, chicoteando-o inúmeras vezes  e, não satisfeito, determinou fosse atado à cauda de potro selvagem que o arrastou por um campo ainda não destocado, surdo e insensível às suplicas dele e de ninguém, causando-lhe a morte. (EV) CASO 4 – EFEITO - JFE, morto aos 32 anos, em acidente aéreo de avião de pequeno porte, na região de Votuporanga (SP) CAUSA -   Precipitação, 300 anos antes, de pessoas, em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância, em comunidade objetivando conquistar destaque nas posições financeiras e do poder. (GP). CASO 5 – EFEITO - Morte em acidente automobilístico de OPM, juntamente com a pajem de seus filhos, pouco depois de iniciar com a família viagem de férias, sem que esposa e filhos tivessem sofrido lesões ou fraturas maiores. CAUSA - Execução em vida anterior de plano arquitetado por ele e a pajem de hoje objetivando desalojar e precipitar num pântano adversário que iniciava longa viagem.   CASO 6 – EFEITO - FMH, morto aos 24 anos, quando saindo de uma “balada” em Cuiabá (MT) com amigo, foi abordado por outro frequentador que alterado por efeito do alcool, sacou um revolver, disparando varias vezes e atingindo-o fatalmente. CAUSA - Suicídio praticado em existência terminada em 1920, na cidade de Lucca, na Itália, onde vivia e trabalhava. Revelou, portanto, ter sido o bisavô de si mesmo, renascido para livrar-se do débito com a Providência Divina. (AVM)
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domingo, 6 de novembro de 2016

NÃO PODEM RETROCEDER



Em que se tornam as almas dos mortos enquanto esperam uma nova reencarnação? As explicações foram coletadas no número de janeiro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA. Diz o texto: As que não deixam a Terra ficando errantes em sua superfície vão sem dúvida aonde lhes apraz, ou, pelo menos, aonde podem, conforme o seu grau de adiantamento, mas, em geral, pouco se afastam dos vivos, principalmente daqueles a quem são afeiçoadas, quando têm afeição por alguém, a menos que lhes sejam impostos deveres a cumprir alhures. Estamos, pois, em todos os momentos, cercados por uma multidão de Espíritos conhecidos e desconhecidos, amigos e inimigos, que nos veem, nos observam e nos ouvem; alguns participam de nossas penas, bem como de nossas alegrias; outros sofrem com os nossos prazeres ou gozam com as nossas dores, enquanto outros, finalmente, mostram-se indiferentes a tudo, exatamente como acontece na Terra, entre os mortais, cujas afeições, antipatias, vícios e virtudes são conservados no outro mundo. A diferença é que os bons desfrutam na outra vida de uma felicidade desconhecida na Terra, o que se compreende muito bem; não têm necessidades materiais a satisfazer, nem obstáculos do mesmo gênero a ultrapassar. Se viveram bem, isto é, se nada têm ou pouco têm a se censurar em sua última existência corporal, gozam em paz o testemunho de sua consciência e do bem que fizeram. Se viveram mal, se foram maus, como lá estão a descoberto não podem mais dissimular sob o envoltório material, sofrendo a presença daqueles a quem ofenderam, desprezaram e oprimiram, bem como a impossibilidade, em que se encontram, de subtrair-se aos olhares de todos. Sofrem, finalmente, pelo remorso que os corrói, até que o arrependimento os venha aliviar, o que acontece mais cedo ou mais tarde, ou que uma nova encarnação os afaste, não às vistas de outros Espíritos, mas às próprias vistas, tirando-lhes momentaneamente a consciência de sua identidade. Desse modo, perdendo a lembrança do passado, sentem-se aliviados. Mas também é, para eles, o momento em que começa uma nova prova. Se dela tiverem a sorte de sair melhorados, gozarão o progresso realizado; se não se melhorarem, reencontrarão os mesmos tormentos, até que, finalmente, se arrependam ou aproveitem uma nova existência. Há um outro gênero de sofrimento: o experimentado pelos piores e mais perversos Espíritos. Inacessíveis à vergonha e ao remorso, estes não sentem os seus tormentos, embora seus sofrimentos sejam ainda mais vivos, porquanto, sempre inclinados ao mal, mas impotentes para o fazer, sofrem de inveja ao ver os outros mais felizes ou melhores que eles próprios, ao mesmo tempo sofrendo a raiva de não poderem saciar o seu ódio e entregar-se a todas as suas más inclinações. Oh! estes sofrem muito, mas, como te disse, sofrerão apenas enquanto não se melhorarem, ou, em outros termos, até o dia em que melhorarem. Muitas vezes não preveem esse termo; são tão maus, tão enceguecidos pelo mal, que não suspeitam a existência, ou a possibilidade da existência de um melhor estado de coisas, não imaginando, consequentemente, que seu sofrimento deve acabar um dia. É isso que os torna insensíveis ao mal e lhes agrava os tormentos. Como, porém, nem sempre podem fugir à sorte comum que Deus reserva, sem exceção, a todas as criaturas, chega finalmente um momento em que lhes é preciso seguir a rota ordinária; algumas vezes esse dia está mais próximo do que se poderia supor ao observar a sua perversidade. Foram vistos alguns que se converteram subitamente, e de repente seus sofrimentos cessaram; entretanto, ainda lhes restam rudes provas a suportar na Terra, em sua próxima encarnação. É preciso que se depurem, expiando as próprias faltas, e isto, definitivamente, é mais que justo; pelo menos não temem mais a perda do progresso realizado, pois não podem retroceder. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

VALE A PENA CONHECER

No início dos anos 70 do século XX, o Espiritismo saiu da condição preconceituosa como era visto  para interessar maior número de pessoas. Parte disso devido à aparição do médium Chico Xavier num dos programas de maior credibilidade da televisão brasileira: PINGA FOGO. Paralelamente outra atração numa das emissoras de radio da capital paulista veiculava semanalmente outra contribuição importante, o programa NO LIMIAR DO AMANHÃ.  Celebrando dois anos de existência, os produtores buscaram em Uberaba, Minas Gerais, Chico Xavier para uma entrevista sobre variados temos. De seu conteúdo, destacamos três absolutamente importantes para entendermos o momento presente.  1- Com esse aumento da população e com a evolução industrial, está acontecendo um outro problema, que é um problema ecológico e que está angustiando muito, principalmente as nações mais desenvolvidas. É o problema da poluição. Ele não irá acarretar consequências desastrosas? Chico - Esse problema está relacionado também com uma espécie de poluição que nós outros – os cristãos principalmente mais de 500 milhões no seio da humanidade – ainda não nos preocupamos com ele. É o problema da poluição das ideias cristãs. Se nós, os cristãos, estivéssemos atentos à preservação dos valores do Espírito, segundo nos ensinou Jesus Cristo em sua divina revelação, a poluição da natureza, nas cidades e nos campos, não seria hoje esse flagelo que está tomando vulto no seio das cidades metropolitanas, por exemplo. Se nós nos respeitássemos uns aos outros segundo a lei áurea: “não deseje para o seu vizinho aquilo que você não deseja para você mesmo”, a poluição talvez nem chegasse a existir. Porque todo o mundo industrial, todo o campo da educação, todos os grupos sociais, todos os valores que presidem o progresso humano estariam, quem sabe, condicionados à regra áurea e estaríamos em dimensões de paz. 2- O Mundo Espiritual prevê alguma catástrofe geológica nos próximos anos, para a expulsão de contingentes de Espíritos retrógrados, do Planeta? Como os Amigos Espirituais acham que se dará a passagem da Terra para um plano melhor? Chico - As calamidades geológicas sempre existiram, porque a Terra em si, ainda está sendo criada. Há um conceito bíblico que afirma: “Deus criou o mundo”. Mas, não afirma que essa criação esteja completa. De modo que nós vemos vulcões, terremotos, maremotos, tempestades, tufões, arrebatando vidas e modificando a fisionomia de cidades e até mesmo de nações. Isso aconteceu sempre. Agora, a modificação do mundo na essência, é de ordem moral. O homem está sendo chamado à colaboração autêntica com o seu Criador na Terra, para que determinadas definições sobre a Vida Espiritual sejam efetuadas nos grupos do planeta. Devemos esperar as modificações através das autoridades governamentais, que regem a vida dos povos. A coexistência dos diversos regimes é uma necessidade porque cada povo se ajusta aos seus processos de formação, de educação. Aquilo que é válido em uma região, não o é em outra. Devemos esperar que as forças administrativas que orientam a vida dos povos, venham a ser inspiradas pelos Mensageiros Divinos quanto às alterações que se fazem necessárias a benefício da paz e da felicidade no relacionamento humano. 3- Você acredita na tese de Humberto de Campos sobre o papel do Brasil num futuro próximo? Ele é realmente o coração do mundo e a Pátria do Evangelho? Chico - Muita gente interpreta esse livro como sendo realmente um volume de legendas patrióticas, sem finalidade dentro do esquema do progresso mundial. Mas, nós estamos convencidos de que ao Brasil foi assinalado um papel muito significativo na chamada era do espírito. Porque, em verdade, o Cristianismo no Brasil é diferente dos processos de vida cristã nos outros países. Tudo que vi nos países que visitamos em 1965 e 1966, é diferente do que se verifica no Brasil. O amor fraterno, o chamado calor humano que existe no Brasil, eu não vi em parte alguma onde estivemos presentes. No Brasil, por muito que se faça desvinculação e reeducação dos nossos impulsos de amor, o brasileiro de todas as condições é portador de recursos afetivos imensos, que parecem iluminados por uma inspiração de ordem superior. (...)  Peço licença para aditar um apontamento de Emmanuel. Perguntei a ele, em 1965, onde estavam aqueles companheiros de Allan Kardec que vibravam com a Doutrina Espírita na França, onde estava aquele contingente de almas heroicas, sublimes, que aceitaram aquelas ideias e as divulgaram com tanto entusiasmo pelo mundo inteiro. Então ele me disse que do último quartel do século 19 para cá, de 15 a 20 milhões de Espíritos da cultura francesa, principalmente simpatizantes da obra de Allan Kardec, reencarnaram no Brasil, para dar corpo às ideias da Doutrina Espírita e fixarem os valores da reencarnação. 
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