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terça-feira, 26 de setembro de 2023

ENTENDENDO O CORPO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Revelam os Espíritos que auxiliaram Allan Kardec na elaboração da proposta do Espiritismo que conhecimento do períspirito ou corpo espiritual revolucionará os conhecimentos já alcançados sobre o corpo físico, seu funcionamento e disfunções. No sentido de refletirmos a importância desse conquista do universo de informações acessados até agora pela ciências que se ocupam da saúde humana, destacamos um breve trecho de matéria contida na REVISTA ESPÍRITA, edição de dezembro de 1982. Escreveu Allan Kardec: -Os Espíritos são revestidos de um envoltório vaporoso, formando para eles um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de perispírito, e cujos elementos são colhidos do fluido universal ou cósmico, princípio de todas as coisas. Quando o Espírito se une a um corpo, aí vive com seu perispírito, que serve de ligação entre o Espírito propriamente dito e a matéria corporal; é o intermediário das sensações percebidas pelo Espírito. Mas o perispírito não está confinado no corpo, como numa caixa; por sua natureza fluídica, ele irradia para o exterior e forma em torno do corpo uma espécie de atmosfera, como o vapor que dele se desprende. O perispírito é impregnado de qualidades, isto é, do pensamento do Espírito, e irradia tais qualidades em torno do corpo. Aqui um outro parêntese para responder imediatamente a uma objeção oposta por alguns à teoria dada pelo Espiritismo do estado da alma. Acusam-no de materializar a alma, ao passo que, conforme a religião, a alma é puramente imaterial. Como a maior parte das outras, esta objeção provém de um estudo incompleto e superficial. O Espiritismo jamais definiu a natureza da alma, que escapa às nossas investigações; não diz que o perispírito constitui a alma: a palavra perispírito diz positivamente o contrário, pois especifica um envoltório em torno do Espírito. Que diz a respeito O LIVRO DOS ESPÍRITOS? “Há no homem três coisas: a alma, ou Espírito, princípio inteligente; o corpo, envoltório material; o perispírito, envoltório fluídico semimaterial, servindo de laço entre o Espírito e o corpo.” Do fato de a alma conservar, com a morte do corpo, o seu envoltório fluídico, não significa que tal envoltório e o Espírito sejam uma só e mesma coisa, do mesmo modo que o corpo não se confunde com a roupa nem a alma com o corpo. A Doutrina Espírita nada tira à imaterialidade da alma, apenas lhe dá dois invólucros, em vez de um, na vida corpórea, e só um depois da morte do corpo, o que é, não uma hipótese, mas o resultado da observação; Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim nos podemos exprimir, como agente direto do Espírito, o perispírito é posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por esses raios ele serve à transmissão do pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito. Sendo o perispírito o laço que une o Espírito ao corpo, é por seu intermédio que o Espírito transmite aos órgãos, não a vida vegetativa, mas os movimentos que exprimem a sua vontade; é, também, por seu intermédio que as sensações do corpo são transmitidas ao Espírito. Destruído o corpo sólido pela morte, o Espírito não age mais e não percebe senão pelo seu corpo fluídico, ou perispírito, razão por que age mais facilmente e percebe melhor, já que o corpo é um entrave. Tudo isto é ainda resultado da observação. Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida – que nos permitam o neologismo – por sua atmosfera perispiritual. Esses dois fluidos põem-se em contato e se interpenetram; se forem de natureza antipática, repelem-se e os dois indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar ao se aproximarem um do outro, sem disso se darem conta; se, ao contrário, forem movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento benevolente, que atrai. Tal a causa pela qual duas pessoas se compreendem e se adivinham sem se falarem.


Gostaria de saber exatamente o que acontece quando a pessoa morre, no momento em que ela sente que já não tem mais corpo. Ela percebe o que acontece? E para onde ela vai? Pergunta enviada pelo Ednei Lopes.

Sobre este tema, se você consultar O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec, a partir da questão 163, vai encontrar as seguintes questões:

Questão 163 – “Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma?”

Resposta: “Consciência imediata não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação.”

Preste atenção na questão seguinte: “Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e durante o mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?”

Resposta: “Não, isso depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase imediatamente, visto que já se libertou da matéria durante a vida física, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência não é pura, conserva por tempo mais longo a impressão da matéria”.

Considere, portanto, dois pontos. 1º) o fenômeno da desencarnação ou desprendimento do Espírito causa alguma perturbação na mente do Espírito.”

2º) Mas esse estado de perturbação mental depende de cada um. Quanto mais o Espírito estiver apegado às coisas materiais, notadamente se for o apego ao próprio corpo, mais longo é esse estado de perturbação.

Se o apego às coisas materiais for muito intenso, evidentemente ele pode se prolongar por tempo indeterminado.

Mas, a questão 185, levanta uma atenuante a esse estado de perturbação, dizendo:

O conhecimento do Espiritismo exerce influência sobre a duração mais ou menos longa desse estado de perturbação?”

Uma influência muito grande – respondem os Espíritos –uma vez que o Espírito já compreendia antes a sua situação. Mas, a prática do bem a pureza de consciência são os que exercem maior influência.

Veja, portanto, caro ouvinte, que não existe uma prevenção tão eficaz contra o estado de perturbação após a morte quanto o bem que se faz e o fato de a pessoa trazer sua consciência tranquila.

Por isso mesmo, em nota, Allan Kardec faz a seguinte observação:

A perturbação, que se segue à morte, nada tem de penosa para o homem de bem. Ela é calma e, em tudo, semelhante à que acompanha um despertar tranquilo”.

E completa Kardec, dizendo: “Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia de ansiedade e de angústias que aumenta à medida que ela se reconhece”.

Nos livros da série “Nosso Lar” de André Luiz, recebidos pelo médium Chico Xavier, principalmente no livro OBREIROS DE VIDA ETERNA, vamos encontrar algumas narrativas sobre o momento do desencarne e o despertar no mundo espiritual.


segunda-feira, 25 de setembro de 2023

LEI DE CAUSA E EFEITO - Como Funciona e Alguns Exemplos ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Muito se cita o Carma para justificar ocorrências que fazem no mundo de hoje, questionar-se a existência de Deus. Sua concepção, ao que tudo indica, irradiou-se pelo mundo, a partir dos princípios religiosos da Índia. A ideia sofreu ao longo das civilizações deformações, deturpações, até que no lado Ocidental da Terra, foi sendo progressivamente esquecida com o apagar doutro princípio, o da reencarnação, a partir das lamentáveis decisões do Segundo Concílio de Constantinopla, promovido pelo Imperador Justiniano, em 553 DC. Praticamente treze séculos e inúmeras gerações, distanciaram as criaturas humanas da responsabilidade de viver infundida com as perspectivas do inevitável encontro consigo mesmas e da reparação dos estragos cometidos nos diferentes caminhos da evolução. Coube ao Espiritismo ressuscitar ambas, dentro das exigências de uma Humanidade ávida por respostas sobre porque existimos e sofremos. As pesquisas conduzidas por Allan Kardec nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, desde abril de 1858, resultaram em expressiva coleta de dados, obtidos através de inúmeros entrevistados que se manifestaram por diversos médiuns. Analisando-os, o Codificador enumerou 32 artigos do que ele chama de Código Penal da Vida Futura, reproduzido no livro O CÉU E O INFERNO. Mostram por variados ângulos a Lei implícita na afirmação “a cada um segundo as suas obras”. Kardec explica que “a criatura renasce no mesmo meio, nação, raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”. Acrescenta que “não se pode duvidar haver famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas por instintos de orgulho, egoísmo, ambição, enveredam pelo caminho errado, fazendo coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente. Uma família se enriquece a custa de outra; um povo subjuga outro povo, levando-lhe a desolação e a ruína; uma raça se esforça por aniquilar outra raça. Essa a razão por que há famílias, povos e raças sobre os quais desce a pena de Talião”. Destacamos três exemplos de provas e expiações, no acervo construído por Kardec e Chico Xavier, didaticamente alinhados mostrando o efeito e a causa determinante. CASO 1 Efeito - Industrial, morto doze horas após explosão de caldeira em sua empresa, envolvendo seu corpo em verniz fervente nela contida. Socialmente queridíssimo pela postura pessoal, em toda sua cruel agonia, não se lhe ouviu um só gemido, uma só queixa, apesar das dores lancinantes resultantes das profundas queimaduras sofridas. CausaAção assumida 200 anos antes, quando, na condição de juiz e inquisidor italiano condenou a morrer queimados os envolvidos numa conspiração contra politica clerical, entre os quais uma jovem entre 12 e 14 anos, contra a qual os executores se recusavam cumprir a sentença, tornando-se ele, além de juiz, o carrasco que ateou fogo na quase menina. CASO 2 – Efeito – Antonio B., escritor, morto repentinamente( provavelmente um ataque cataléptico), teve seu corpo encontrado virado de bruços durante exumação feita 15 dias após o sepultamento, procedimento efetuado para que familiares recuperassem medalhão por acaso esquecido no caixão. Causa – Ação em vida anterior em que descoberta infidelidade da esposa, a enterrou viva num fosso. CASO 3Efeito – Valéria, morta em consequência de queimaduras sofridas após a palhoça em que vivera por dez anos, em recanto de grande fazenda no interior de Minas Gerais, ter sido incendiada por transeuntes que a julgavam morta por não ter sido vista há vários dias. Lá se instalou depois de comunicar ao marido e dois filhos o diagnóstico médico que a identificara como portadora de lepra, o que fez com que os mesmos a abandonassem naquele setor da propriedade rural, que venderam, mudando-se para local ignorado. Causa – Ações praticadas em existência passada na Idade Média, em cidade da Espanha, na qual ela, denunciou com falsos testemunhos ao Santo Ofício, um irmão consanguíneo, rogando a pena de prisão incomunicável, arrancando-o à esposa e aos filhos e, apesar de impor-lhe solidão e desespero no calabouço por dez anos, requisitou para ele o suplício do fogo, que aplicado em praça pública, foi testemunhado por ela que gravou em seu inconsciente as imagens da agonia, os gritos aterradores e das vísceras fumegantes..


Se, como vocês dizem, há Espíritos que participam de nossa vida e por isso estão em contato conosco, não posso entender como isso acontece e por que não percebemos.

Segundo o Espiritismo, se sentíssemos a presença de Espíritos, ao nosso lado, influenciando em nossa vida, não agiríamos com liberdade.

Como você se sente, quando tem de fazer alguma coisa, sob a presença ou o olhar de alguém?

Logo, sentir a presença de Espíritos é o mesmo que nos submetermos a influência direta de qualquer pessoa que estivesse nos espreitando ou fiscalizando.

Nesse caso, nossos atos não seriam nada espontâneos, pois sentiríamos como estivéssemos sendo guiados e, não agindo conforme nossa vontade, perderíamos o livre arbítrio de nossos atos.

A ação que os Espíritos têm sobre nós, já que eles não podem interferir diretamente sobre o mundo material, é discreta, quase imperceptível e através do pensamento.

Logo, não é difícil concluir que se trata de uma comunicação silenciosa de mente para mente –ou seja, da mente dos Espíritos para a mente dos encarnados.

Não é para se admirar que isso aconteça, caro ouvinte, até porque nós estamos mergulhados num mundo de ideias e sugestões que influenciam em nós em todo momento.

Veja, por exemplo, a questão da propaganda comercial. Que produto compramos? Que marca preferimos? Geralmente aquelas que mais fazem propaganda na mídia.

Os apelos comerciais - dizendo que isto é bom para a saúde, que tal produto é o melhor, que seremos felizes viajando para tal país ou comprando determinado carro, etc. – e que ouvimos o dia inteiro pelo rádio e pela televisão, acabam dirigindo a nossa vida, sem que o percebamos.

Esses apelos penetram sorrateiramente em nosso inconsciente e acabam dirigindo nossa vontade para aquilo que as empresas querem vender.

Ora, se tais instrumentos de propaganda são capazes de influenciar em nossas decisões, sem que percebamos que estamos sendo guiados, imagine que uma ação espiritual constante, que entra pelo inconsciente, também faz o mesmo.

Convém destacar, no entanto, que os Espíritos que costumam influenciar em nossa vida são aqueles que estão ligados a nós por algum laço e por um motivo muito forte.

É por isso que somos suscetíveis de influenciação, tanto dos bons quanto dos maus, dependendo de nossas tendências e inclinações.

No fundo, eles não pensam por nós, mas indiscutivelmente eles nos ajudam a pensar.

É bom que se diga que os Espíritos não criam novas disposições em nós, mas muitos deles sabem aproveitar nossas disposições até para agir conforme eles querem. Nisso consiste sua influência.

Convém considerar, entretanto, que quando essa influência é percebida pelo encarnado é por conta da sua mediunidade, e também nos casos de obsessão pois, nesses casos, a ação sobre o encarnado é ostensiva.


domingo, 24 de setembro de 2023

O DEPOIMENTO DE GOETHE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Considerado o mais importantes dos escritores e pensadores alemães, Johann Wolfgang Von Goethe, viveu 83 anos em nossa Dimensão, tendo desencarnado em 1832, na cidade de Weimar. Romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas da arte, literatura e ciências naturais, fazem parte de sua vasta produção. Ao lado de Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão.Sua obra influenciou a literatura de todo o mundo. Atraves do romance OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER, tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Marco inicial do romantismo, o livro é considerado por muitos como uma obra-prima da literatura mundial, de tom autobiográfico, escrito na primeira pessoa e com poucas personagens. Na época de seu lançamento, ocorreu na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras. Outra obra consagrada de Goethe, foi FAUSTO, poema trágico dividido em duas partes, redigido como uma peça de teatro, pensado mais para ser lido que encenado, cuja versão definitiva foi escrita e publicada em 1808. Em 1788, aos trinta e nove anos, ao retornar da Itália, conhece Schiller que a esta altura já havia escrito a ODE Á ALEGRIA posteriormente imortalizada por Beethoven na sua NONA SINFONIA -, nascendo daí uma sincera amizade, embora temperada com uma dose de competição, embora incomodado com o sucesso do seu concorrente dez anos mais jovem, especialmente pelo seu vício pelo tabaco e pelo jogo. Schiller morreria sete anos depois, aos 39 anos, mas a convivência renderia bons trabalhos em comum. Bem, Allan Kardec, quatorze anos após a morte de Goethe, na reunião da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas de 25 de março de 1856, o evoca e o entrevista, obtendo interessantes informações sobre sua vida, obra e situação no Plano Espiritual. Foram dezenove perguntas, respondidas objetivamente pelo famoso intelectual e reproduzidas no número de junho de 1859 da REVISTA ESPÍRITA. Informando estar ainda na situação de desencarnado, esclarece “estar mais feliz do que enquanto vivo” em nossa Dimensão “por estar desvencilhado do corpo grosseiro, vendo o que não via antes”. Sobre sua opinião atual sobre FAUSTO, explica que era “uma obra que tinha por objetivo mostrar a vaidade e o vazio da Ciência Humana e, por outro lado, naquilo que havia de belo e de puro, exaltar o sentimento do amor, castigando-o no que encerrava de desregrado e de mau”. Sobre se teria sido por uma espécie de intuição do Espiritismo – ainda não Codificado –, que descreveu a influência dos maus Espíritos sobre o homem, disse que “tinha a recordação exata de um mundo onde via exercer-se a influência dos Espíritos sobre os seres materiais”, acrescentando ser uma “recordação de uma existência precedente”, “num mundo diferente da Terra, onde se viam os Espíritos agindo”. Explicou que “era um mundo superior até certo ponto”, mas não como entendemos. “Nem todos os mundos tem a mesma organização, sem que, por isto, tenham uma grande superioridade”, disse. Sobre si, revelou que em sua passagem pela Terra, “cumpria uma missão, não tendo se comprometido, por sua obra ainda servir para moralização”. Segundo ele, “aplicava aquilo que podia haver de superior naquele mundo precedente para melhorar as paixões dos seus heróis”. Sobre a adaptação de FAUSTO, para ópera, feita por Charles-François Gounod, disse que o compositor o “evocou sem o saber, compreendendo-o muito bem, mesmo pensando como músico francês”. A respeito de WERTHER, do ângulo em que se encontrava por ocasião da comunicação espiritual, “a desaprovava, pois fez e causou desgraças”, “sofrendo e se arrependendo pela influência maléfica espalhada, causando muitos suicídios”. Solicitado a opinar sobre Schiller, disse: -“Somos irmãos pelo Espírito e pelas missões. Schiller tinha uma grande e nobre alma, de que eram reflexos as suas obras. Fez menos mal do que eu. É-me superior, porque era mais simples e verdadeiro”. A entrevista inclui ainda outros temas curiosos para nossas reflexões.

Esta é uma indagação que muitos fazem sobre a prece. Como Jesus disse que o Pai sabe de nossas necessidades antes mesmo de lhe fazermos o pedido, por que pedir então, se Deus já sabe?

À primeira vista pode parecer contraditório. Mas não é. Segundo o Espiritismo a prece ou oração vai muito além de um simples pedido.

Do modo como Jesus a coloca, a oração implica necessariamente na sintonia com Deus, sintonia de sentimentos, bondade no coração.

Veja a diferença, por exemplo, entre fazer um pedido por escrito ou fazer o pedido pessoalmente.

Por mais bem escrito seja o pedido, ele jamais pode substituir a presença da pessoa que pede.

Porque o pedido implica numa disposição da alma – quer dizer, num sentimento, que não é possível expressar pelo papel.

É a disposição de pedir, a certeza de que está sendo ouvido e a fé na bondade de Deus, que elevam o nível do pensamento.

Assim, podemos dizer que a oração é uma entrega espiritual que abre um canal de comunicação com Deus.

É por isso que o sentimento é tudo. O sentimento de quem pede não pode ser substituído por nenhum ritual, por nenhuma dádiva material, pois a essência do pedido está na pura expressão desse sentimento.

Não foi por outro motivo que Jesus, ao referir-se à pessoa que vai ao templo orar, disse que ela deveria deixar a oferta em frente o altar e vir primeiro reconciliar com o adversário e, somente depois disso, é que deveria voltar para fazer a oferta.

Sem o coração puro a oferta em si não tem nenhum valor. Mas, é claro que Jesus falava numa linguagem figurada, ou seja, por metáfora.

Ir ao templo orar” significa preparar-se para falar com Deus. “Fazer a oferta” significa dar o melhor de si ao Pai: não a oferta em si, mas o sentimento.

Reconciliar com o adversário” quer dizer purificar o coração, procurar limpá-lo do ódio ou de qualquer sentimento adverso.

Desse modo, contraditório é querer se dirigir a Deus com ódio no coração. A mágoa e o ódio são incompatíveis com Deus, que é todo bondade, todo amor.

Não é difícil entender, então, que o ódio impede nossa comunicação com Deus e que a nossa disposição em compreender ou perdoar o ofensor é que permite essa sintonia com o Pai.

Logo, orar significa nos depurar das imundícies que trazemos na alma, buscando a própria melhoria.

Por isso mesmo, na oração precisamos usar de sinceridade, apresentando-nos a Deus tal qual somos, e pedir sobretudo a nossa própria melhoria moral.

A felicidade, para Jesus, não era conquista material, mas, sim, a nossa espiritualização, para podemos vivenciar a verdadeira paz no coração.


sábado, 23 de setembro de 2023

QUEM FOI -JESUS GONÇALVES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Certo que a natureza não dá saltos, mas para quem já, aos 27 anos tinha acabado de se tornar viúvo com quatro filhos pequenos, ouvir o diagnóstico que estava com lepra e destinado ao isolamento numa das Colônias existentes no Brasil dos anos 30, era motivo mais que suficiente para não crer em Deus. Pois foi essa a reação de Jésus Gonçalves. Não fosse por um jovem pesquisador e escritor, Eduardo Carvalho Monteiro, talvez nem soubéssemos de sua existência, terminada em 1947, aos 45 anos. Integrando um grupo que, em nome da caridade, iniciou trabalho de assistência no Hospital-Colônia de Pirapitingui, nas imediações de Itu (SP), Eduardo impressionou-se ao encontrar um marco da presença de Jésus naquela instituição: a Sociedade Espírita Santo Agostinho, por ele idealizada e fundada, dois anos antes de morrer. Próximo de Chico Xavier, tomou conhecimento também que Jésus – poeta que tivera seus trabalhos publicados na obra FLORES DE OUTONO (lake) -, desde sua morte, havia psicografado vários poemas e trovas através dele, distribuídos em inúmeros livros do médium. Idealista empolgado, Eduardo partiu para minuciosa pesquisa que resultou em 1980, na obra A ESTRAORDINÁRIA VIDA DE JÉSUS GONÇALVES (correio fraterno) e, 1998, no JÉSUS GONÇALVES, O POETA DAS CHAGAS REDENTORAS (eme). No primeiro, demonstrando grande inspiração, Eduardo encadeia fatos históricos e revelações espirituais, mostrando que o desventurado Jésus de hoje, percorria, na verdade, o caminho de sua libertação de grandes equívocos do passado, onde, ostentando o poder, transformou a própria ambição no tormento de milhares de pessoas, não apenas numa, mas, por várias encarnações Em fevereiro de 1947, no dia 16, por volta das onze da manhã, retorna ao Mundo Espiritual. O médium Chico Xavier não o conheceu pessoalmente, a não ser por correspondência, em que afirmou, muitas vezes, que, “ao partir da Terra, pretendia ir vê-lo em Espírito”. Na última carta recebida, havia uma foto, na qual aparecia com algumas alterações na face e numa das pernas. Semanas passaram sem novas notícias - conforme relatado na obra NO MUNDO DE CHICO XAVIER (ide) -, até que “numa noite do mês de março de 1947, chegaram a Pedro Leopoldo, Francisco de Paula Cardoso, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e o Doutor Raul Soares, de São Manoel (SP). Era uma terça-feira, dia que não tínhamos tarefa no Centro Espírita Luiz Gonzaga. Junto aos amigos, fomos à sede do grupo, a fim de orarmos juntos. Sentei-me entre os dois, o Doutor Raul fez a prece e, daí a minutos, Emmanuel comunicava-se conosco. Terminada a manifestação, me achando em profunda concentração mental, vi a porta de entrada iluminar-se de suave clarão. Um homem-espírito apareceu aos meus olhos, mas em condições admiráveis. Além da aura de brilho pálido que o circundava, trazia luz não ofuscante, mas clara e bela, a envolver-lhe certa parte do rosto e da cabeça, ao mesmo tempo em que uma das pernas surgia vestida igualmente de luz. Profunda simpatia me ligou o coração à entidade que nos buscava, assim de improviso, e indaguei, mentalmente, se eu podia saber de quem se tratava. O visitante aproximou-se mais de mim, dizendo: “- Chico, eu sou Jésus Gonçalves! Cumpro a minha promessa... Vim ver você!” As lágrimas me subiram do coração aos olhos. Percebi que o inolvidável amigo mostrava mais intensa luz nas regiões em que a moléstia mais o supliciara no corpo físico, e quis dizer-lhe algo de minha admiração e alegria. Entretanto, não pude articular palavra alguma, nem mesmo em pensamento. Ele, porém, continuou: “- Se possível, Chico, quero escrever por você, dar minhas notícias aos irmãos que deixei à distância e agradecer a Deus as dádivas que tenho recebido”. A custo, perguntei, ainda mentalmente, o que pretendia escrever, querendo, de minha parte, falar alguma coisa, porque ignorava que ele houvesse desencarnado e não conseguia esconder meu jubiloso espanto. Ele abraçou-me. Em seguida, colocando-se no meio da pequena sala recitou um poema que eu ouvia, mas não guardava na memória. Ao terminar, pareceu-me mais belo, mais brilhante. Notando a preocupação dos irmãos encarnados presentes ante o pranto que não conseguia conter, indaguei se tinham notícias da morte do companheiro, que, confirmando seu desconhecimento, sugeriram que tomasse o lápis e Jesus debruçando-se sobre meu braço, escreveu em lagrimas os versos que recitara para mim, momentos antes: “- PALAVRAS DO COMPANHEIRO (aos meus irmãos de Pirapitingui) – Irmãos, cheguei contente ao Novo Dia / E ainda em pleno assombro de estrangeiro, / Jubiloso, saltei de meu veleiro / No porto da Verdade e da Harmonia. / Bendizei, com Jesus, a dor sombria / Na romagem de pranto e cativeiro,/ Nele achareis o Doce Companheiro / Para as rudes tormentas da agonia... / Não desdenheis a chaga que depura, / Nossas horas de amarga desventura / São dádivas da Lei que nos governa!... / As escuras feridas torturantes / São adornos nas vestes deslumbrantes / Que envergamos ao sol da Vida Eterna ! / Ave, maravilhosa madrugada / Que desdobras a luz no céu aberto / Além das trevas, longe do deserto / Onde a esperança geme incontentada! / Salve, resplandecente e excelsa estrada / Sobre o mundo brumoso , estranho e incerto / Que acolhe, em paz, o espírito liberto / Na vastidão da abóboda estrelada / Oh! Meu Jesus, que fiz na noite densa, / Por merecer tamanha recompensa / Se confundido e fraco me demoro?! / Recebe, ante a visão do Espaço Eleito, / A alegria que vaza de meu peito / Nas venturosas lágrimas que choro....”



Se os Espíritos estão sempre presentes, como é que não podemos vê-los?

Há duas formas de explicar isso. Primeiramente, não vemos os Espíritos porque eles se acham numa dimensão diferente da nossa, que chamamos de mundo espiritual ou mundo dos Espíritos.

As diferentes dimensões de interpenetram, sem que uma toque a outra. Portanto, podemos estar ao lado de Espíritos, sem que os percebamos.

Segundo temos aprendido com a doutrina, essas dimensões são paralelas e a único ponto de contato, quando se faz possível, é pelo pensamento.

Quando pensamos em determinado Espírito – às vezes parente ou amigo – ele pode perceber esse contato, mas percebe mais o tipo de sentimento que nos liga a ele.

Daí a importância da prece. Sempre que oramos por ele (para orar basta um bom pensamento), estamos enviando uma mensagem de paz.

Existe, entretanto, uma mediunidade chamada de clarividência. Por ela, algumas pessoas, quer chamamos de médiuns, podem perceber alguns lances do mundo dos Espíritos, como se os tivesse vendo.

Mesmo assim, a percepção do médium é muito restrita; ele só consegue perceber um Espírito em determinadas situações, quando estabelece algum tipo de relação com ele ou com o ambiente em que se encontra.

Uma segunda forma de explicar porque não vemos os Espíritos é porque, se isso fosse possível, ficaríamos perturbados com suas presenças.

Quando encarnados, nossos sentidos nos permitem entrar em contato apenas com o mundo físico.

Desse modo só podemos perceber as pessoas que nos cercam e, quando elas não estão presentes, sentimo-nos sozinhos.

No entanto, se fosse possível perceber os Espíritos por toda parte, nós nos sentiríamos vigiados e, desse modo, não agiríamos com liberdade, perdendo a nossa espontaneidade.

Convém esclarecer ainda que, tal como os encarnados, a presença de Espíritos se dá pelos laços de afeto ou por interesses que nos ligam a eles.

A presença mais marcante em nossa vida é do nosso protetor espiritual, que nem sempre está ao nosso lado, pois ele pode nos acompanhar à distância.

Mas pode acontecer que tenhamos na espiritualidade familiares, parentes e amigos que, vez ou outra, podem nos procurar, seja para nos ajudar ou para pedir ajuda.

Outra questão, que se pode levantar sobre o assunto, é a dos chamados Espíritos obsessores que, realmente, podem se fazer presentes em vários momentos em nossa vida.

Obsessor nada mais é do que antigo desafeto que nos procuram por algum motivo pessoal que nos ligou no passado.

Desse modo, é difícil entender que não há vantagem nenhuma em ver os Espíritos; pelo contrário, teríamos mais desvantagens.



sexta-feira, 22 de setembro de 2023

UM PROCESSO LENTO E DIFÍCIL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA Allan Kardec dedicou grande parte a um conjunto de previsões sobre a dinâmica do processo de transição pelo qual a Terra passa na passagem de um ciclo evolutivo para outro. Mais de um século e meio passou e a evolução da densidade demográfica confrontada com os extraordinários avanços tecnológicos deixam muitos dos que fazem análises de maior amplitude um tanto quanto assustados ante tantas aparentes contradições em todos os aspectos. Uma reflexão sobre uma parte das abordagens da reproduzidos por Allan Kardec nascidas de manifestações obtidas pelos métodos mediúnico e sonambúlico mostra o acerto deles. Acresça-se a esses dados a revelação de que a população de Espíritos desencarnados da Terra que se renovam diariamente na população de encernados pela reencarnação/desencarnação é algo em torno de 20 /30 bilhões. Destacamos alguns trechos demonstrando isso: A Terra não deve ser transformada por um cataclismo, que aniquilaria subitamente uma geração. A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem. Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corporal que de uma nova geração de Espíritos. Assim, os que esperavam ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão decepcionados. A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhes são próprios. As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Devendo fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior. Não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, tendo já progredido, estão predispostos a assimilar todas as ideias progressivas, e aptos a secundar o movimento regenerador. Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é: primeiro, a revolta contra Deus pela negação da Providência e de todo poder superior à Humanidade; depois, a propensão instintiva às paixões degradantes, aos sentimentos antifraternos do egoísmo, do orgulho, do ódio, do ciúme, da cupidez, enfim, a predominância do apego a tudo o que é material. Tais os vícios de que a Terra deve ser expurgada pelo afastamento dos que se recusam a emendar-se, porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque os homens de bem sempre sofrerão com o seu contato. Não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Muitos, ao contrário, a ela voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que a essência. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos. Só haverá uma exclusão definitiva para os Espíritos rebeldes por natureza, aqueles que o orgulho e o egoísmo, mais que a ignorância, tornam-se surdos à voz do bem e da razão. Em seu desvario, eles próprios cavarão a sua ruína; impelirão à destruição, que engendrará uma porção de flagelos e calamidades, de sorte que, sem o querer, apressarão o advento da era da renovação. E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os as tentativas de auto-destruição se MULTIPLICANDO  EM PROPORÇÃO NUNCA VISTA, ATÉ ENTRE AS CRIANÇAS.



Gostaria de saber como que alguém consegue ser ateu. (Marcos Antonio Guimarães)

Na verdade, quem melhor poderia responder esta pergunta seria aquele que se diz ateu. É claro que ele deve ter motivos para isso.

Acreditamos que todas as pessoas têm as suas próprias convicções que, certamente, decorrem de suas experiências de vida.

Os pais exercem uma grande influência sobre seus filhos em matéria de religião, até porque a fé é algo que se aprende mais por via emocional.

Logo, as famílias que praticam sua religião com convicção tendem a dar aos filhos a crença em Deus, por causa dos valores que cultivam.

No entanto, a influência dos pais em matéria de crença religiosa pode encontrar uma barreira quando eles mesmos não demonstram acreditar nas coisas que ensinam.

Explicamos melhor: há casos em que os filhos se decepcionaram com os pais que na verdade, de religião só ostentavam o título, pois, na prática, não faziam o que a religião mandava.

O descompasso entre o que a religião diz e o que a ciência afirma pode ser um fator que leva os jovens à descrença, principalmente quando ele cursa uma faculdade.

Por outro lado, a influência dos pais tendem a perder terreno para a sociedade, principalmente hoje, com a grande penetração da mídia ou dos meios de comunicação.

Já tivemos oportunidade de conversar com pessoas que se diziam descrentes por não encontrarem lógica na religião, outras tiveram decepções na própria família.

Já as pessoas que nascem num berço espírita parece crescerem com mais segurança em relação ao que acreditam, já que o Espiritismo proclama uma fé racional e procura seguir o desenvolvimento científico.


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

CRIANÇAS NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Estima a ONU que seis mil crianças morrem diariamente na Terra, a maioria por causas derivadas da precariedade do saneamento ambiental (falta de água, saneamento básico, fome). A esses sintomas nascidos na visão imediatista dos políticos, em sua maioria sem maiores comprometimentos com o povo pelo qual deveria trabalhar, deve-se acrescer, segundo autoridade espiritual o “infanticídio inconsciente e indireto largamente praticado no mundo, havendo mulheres cujo coração ainda se encontra em plena sombra, mais fêmeas que mães, obcecadas pela ideia do prazer e da posse. De um ângulo mais abrangente, Allan Kardec ouviu daqueles que o auxiliaram na elaboração d’ O LIVRO DOS ESPIRITOS, questão 199, que “a duração da vida de uma criança pode ser, para o seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do termo devido, e sua morte é frequentemente uma prova ou uma expiação para os pais”. A propósito, comentário sobre a dor de pais diante dessas perdas inesperadas, no livro AÇÃO E REAÇÃO, encontramos que “as entidades que necessitam de tais lutas expiatórias, são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente, ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família”. O que acontece, porém com esses Espíritos, em sua maioria, praticamente expulsos da vida física recentemente iniciada? “- Antigamente, na Terra, conforme a teologia clássica, supúnhamos que os inocentes, depois da morte, permaneciam recolhidos ao descanso do limbo, sem a glória do Céu e sem o tormento do inferno e, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o menino reencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto. Em muitas situações, é o que acontece quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva”. (...) “Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnam, o caminho não é o mesmo”. Através de Chico Xavier, não só o assunto ganhou conteúdo mais dilatado, como objetivo. Já em NOSSO LAR (feb,1943), encontramos referências a educandário para jovens e crianças. No ENTRE A TERRA E O CÉU (feb,1954), André Luiz ouve explicações sobre o Lar da Bênção, parte de vasto estabelecimento de assistência e educação, com capacidade para atender duas mil crianças, distribuídas em grande conjunto de lares abrigando até doze assistidos, quase todos destinados ao retorno à nossa Dimensão para a reintegração no aprendizado que lhes compete”. Um manancial de informações do ponto de vista quantitativo desprende-se das centenas de cartas psicografadas pelo médium nas reuniões públicas de Uberaba, entre os anos 70 e 90. Nelas, muitos elementos para reflexões. Numa das escritas por Moacyr Stella aos pais dos quais se separou aos 32 anos, em consequência de um câncer de cabeça, formado recentemente em Medicina, especialização em pediatria, conta que, ultrapassados os difíceis primeiros tempos após sua desencarnação, integrara-se ao serviço em um berçário, que o prendia a duzentos pequeninos, crianças desterradas do lar em que nasceram. Há, todavia, interessante livro publicado em 1988, assinado por Cláudia Pinheiro Galasse, desencarnada, seis anos antes, aos 18 de idade, em tratamento de recuperação, só em princípios de 1983, conseguiu equilibrar-se à custa de persistente esforço mental. Admitida em 1984, em um dos vários Institutos de apoio à infância no Além, promovida a professora em 1985. No livro intitulado ESCOLA NO ALÉM (ideal,1988), Claudia revela dedicar-se com amigas durante o dia a uma espécie de creche onde as crianças são separadas por faixa etária ( no seu caso, de meses até dois anos), sendo substituídas à noite, por mães desencarnadas. Explica serem as crianças enviadas pela Direção Geral, com instruções e avisos referentes a cada uma, que as abrigadas onde trabalha em sua maioria são de São Paulo, que trabalha com mais de cem, aplicando-se programas educativos recebidos semanalmente de Departamento Superior. Disciplina, horários específicos, passeios e hora de recreio fazem parte dessas atividades. Afirma ainda, entre inúmeras informações, não existir nenhuma desamparada e que muitas mães, durante o repouso físico, são levadas a visitar os filhos já domiciliados no Plano Espiritual.


Existe alguma proteção especial para quem vai receber passe no centro espírita?

O passe é um recurso auxiliar que pode fazer muito bem para quem se dispõe a recebe-lo com fé em Deus e em si mesmo.

Dizemos “recurso auxiliar” porque ele pode trazer alívio e fortalecer o ânimo da pessoa que está passando por uma situação desconfortável.

Trata-se de uma infusão de fluidos salutares que provém do passista, de Espíritos benfeitores e de outras pessoas que, inconscientemente, estão se doando.

Não é, portanto, um ato mágico, mas um fenômeno natural, que depende mais de quem recebe do que propriamente de quem dá.

Geralmente as pessoas se sentem bem no passe e, por isso, estão sempre de volta para receber mais.

Eventualmente, pode acontecer um fenômeno mais profundo e até mesmo uma cura em certos casos.

Mas, como “recurso auxiliar”, o passe é colabora com o equilíbrio físico e espiritual da pessoa, mais com o equilíbrio espiritual.

No entanto, se ela quiser obter um benefício maior em sua vida, não pode se satisfazer apenas com o passe.

Conhecer um pouco de Espiritismo vai ajudá-la, não somente a conhecer os mecanismos do passe, como a descortinar novas possibilidades em sua vida.

Eis porque o passe ajuda, mas o que realmente resolve em nossa vida é a busca de um novo caminho, por meio do entendimento da vida.

Portanto, as pessoas, que frequentam as reuniões de passe, devem procurar mais e, se possível, se integrar na prática do bem ao próximo.

Então, elas vão entender o quanto cada um de nós pode ser útil a si mesmo e aos outros.

Basta lembrarmos de Jesus: ele costumava impor as mãos para aliviar as dores das pessoas.

Contudo, o mais importante estava para acontecer, quando essas pessoas procuravam ouvi-lo e seguir seus ensinamentos.

Contam os evangelhos que, certo dia, Jesus curou dez leprosos, quando ia se dirigir a eles, verificou que apenas um ficara para ouvi-lo.

Os outros, tão logo se beneficiara do passe terapêutico de Jesus, já tinham ido embora. Será que realmente se curaram?

Assim somos nós: queremos benefícios imediatos, mas temos dificuldade de fazer o mais importante para nós mesmos.

Fazemos como o paciente que, após se aliviar com a primeira dose do remédio, abandona o tratamento médico.

Portanto, evitemos fazer do passe um simples lenitivo para as nossas dores. Procuremos o tratamento espiritual adequado.

E o tratamento não consiste apenas em tomar passes, mas em procurar se integrar nos conhecimentos que concorrerão para a nossa verdadeira saúde espiritual. 


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

VIDA E EVOLUÇÃO - AMPLIANDO CONCEITOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Abrindo a edição de abril de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta interessante matéria em que sintetiza conforme o Espiritismo a dinâmica da evolução espiritual. Diz ele: -“A verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal, do mesmo modo que não está no vestuário. Está no princípio inteligente que preexiste e sobrevive ao corpo. Esse princípio necessita do corpo, para se desenvolver pelo trabalho que lhe cumpre realizar sobre a matéria bruta. O corpo se consome nesse trabalho, mas o Espírito não se gasta; ao contrário, sai dele cada vez mais forte, mais lúcido e mais apto. Que importa, pois, que o Espírito mude mais ou menos frequentemente de envoltório?! Não deixa por isso de ser Espírito. É precisamente como se um homem mudasse cem vezes no ano as suas vestes. Não deixaria por isso de ser homem. Por meio do incessante espetáculo da destruição, ensina Deus aos homens o pouco caso que devem fazer do envoltório material e lhes suscita a ideia da Vida Espiritual, fazendo que a desejem como uma compensação. Objetar-se-á: não podia Deus chegar ao mesmo resultado por outros meios, sem constranger os seres vivos a se entre destruírem? (...) Desde que na sua obra tudo é sabedoria, devemos supor que esta não existirá mais num ponto do que noutros; se não o compreendemos assim, devemos atribuí-lo à nossa falta de adiantamento. (...) Há também considerações morais de ordem elevada. É necessária a luta para o desenvolvimento do Espírito. Na luta é que ele exercita suas faculdades. O que ataca em busca do alimento e o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e inteligência, aumentando, em consequência, suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe; mas, em realidade, que foi o que o mais forte ou o mais destro tirou ao mais fraco? A veste de carne, nada mais; ulteriormente, o Espírito, que não morreu, tomará outra. Nos seres inferiores da Criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, nos quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta não pode ter por móvel senão a satisfação de uma necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas necessidades é a da alimentação. Eles, pois, lutam unicamente para viver, isto é, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum móvel mais elevado os poderia estimular. É nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida. Quando a alma atingiu o grau de maturidade necessário à sua transformação, recebe de Deus novas faculdades: o livre arbítrio e o senso moral, numa palavra a centelha divina, que dão novo curso às suas ideias e a dotam de novas aptidões e percepções. Mas as novas faculdades morais de que é dotada só se desenvolvem gradualmente, pois nada é brusco na Natureza. No homem, há um período de transição em que ele mal se distingue do bruto. Nas primeiras idades, domina o instinto animal e a luta ainda tem por móvel a satisfação das necessidades materiais. Mais tarde, contrabalançam-se o instinto animal e o sentimento moral; luta então o homem, não mais para se alimentar, porém, para satisfazer à sua ambição, ao seu orgulho, à necessidade, que experimenta, de dominar. Para isso, ainda lhe é preciso destruir. Todavia, à medida que o senso moral prepondera, desenvolve-se a sensibilidade, diminui a necessidade de destruir, acaba mesmo por desaparecer, por se tornar odiosa. O homem ganha horror ao sangue. Contudo, a luta é sempre necessária ao desenvolvimento do Espírito, pois, mesmo chegando a esse ponto, que parece culminante, ele ainda está longe de ser perfeito. Só à custa de muita atividade adquire conhecimento, experiência e se despoja dos últimos vestígios da animalidade. Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.


Ouvinte questiona o fato de o Centro Espírita trabalhar com grupos mediúnicos fechados, o que tiraria a oportunidade de outras pessoas, que revelam sintomas de mediunidade, passarem a trabalhar mediunicamente. É a nossa ouvinte Roberta, que presentemente se encontra morando no interior de Minas Gerais.

A colocação da Roberta, de fato, toca numa questão delicada e, ao mesmo tempo importante, que deve ser considerada no centro espírita.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra” – diz o ditado popular, ou seja, nem trabalhos completamente abertos, dos quais qualquer pessoa pode participar a qualquer momento, nem tampouco sessões hermeticamente fechadas, que não dê espaço pra mais ninguém.

A questão da mediunidade em si é séria e merece um tratamento especial. Todo cuidado deve estar baseado nos princípios apontados por Kardec em O LIVRO DOS MÉDIUNS.

Por ocasião da pergunta inicial, que uma ouvinte fez ao programa, ela própria disse que nos trabalhos de Chico Xavier qualquer pessoa podia entrar.

Claro, a questão de participação do público depende do tipo de sessão e da qualidade dos médiuns. Hoje, seguindo o exemplo do Chico, há reuniões públicas de psicografia em muitos lugares.

Mas isso não seria conveniente para qualquer tipo de trabalho como, por exemplo, os de desobsessão, que requerem um ambiente espiritualmente muito equilibrado.

No entanto, independente do tipo de trabalho, há Centros que escancaram as portas para o público em geral, o que não é conveniente, face à necessidade da harmonia mental do ambiente.

Mas pode haver outro centro que, ao contrário, não adota mais ninguém no grupo, fechando-o a qualquer pretensão de contar com mais médiuns – a outra postura radical.

Por isso mesmo, em alguns centros, mais organizados há trabalhos próprios destinados ao desenvolvimento de médiuns iniciantes.

A questão da mediunidade em si – ou se quiserem do chamado desenvolvimento da mediunidade – deve ser tratada com muito critério.

Os grupos mediúnicos sérios, que desejem realizar um bom trabalho devem contar com pessoas que assumem um compromisso com a doutrina e se identifiquem com seus ideais.

O critério, portanto, se baseia no interesse pela doutrina, no conhecimento da pessoa e na sua disposição em atuar no campo da caridade.

Quanto ao mais, devemos considerar, dentre os critérios de participação direta numa atividade mediúnica, que não é de desenvolvimento, a necessidade da pessoa se integrar no ambiente do centro e não participar apenas e tão somente das sessões.




terça-feira, 19 de setembro de 2023

PARRICÍDIO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Allan Kardec, desenvolvendo uma classificação inicial da variedade dos médiuns escreventes no excelente compêndio intitulado O LIVRO DOS MÉDIUNS, chamou de médium poliglota, “o que tem a faculdade de falar ou escrever em línguas que não conhecem”, acrescentando, contudo, serem “muito raros”. Uma dentre as hipóteses alinhadas na referida compilação é que o fenômeno só seria possível pela existência, no inconsciente da individualidade de registros arquivados em encarnações em que se serviu desse idioma para se expressar e comunicar na região, raça ou pátria em que renascera. Chico Xavier, entre as múltiplas formas em que sua mediunidade foi utilizada foi para a recepção de mensagens, está a em outros idiomas. Vários, em sua longa jornada a serviço dos Espíritos. Sabe-se que Chico não teve formação além do antigo primário, tendo repetido duas vezes a quarta série, O primeiro a fazer referências a esse tipo de mensagem foi o repórter Clementino de Alencar, enviado especial do jornal O Globo, para investigar Chico Xavier, a origem dos escritos pós-morte do escritor Humberto de Campos e dos vários poetas do PARNASO DE ALEM TÚMULO. Surpreso com o que encontrou - um jovem humilde, pobre, cultura incipiente -, permaneceu em Pedro Leopoldo, MG, por dois meses testando o objeto de sua pesquisa, obtendo da Espiritualidade inúmeras demonstrações de sua ação junto ao médium. Um dos fatos que o surpreendeu foram relatos que davam conta da recepção por ele de mensagens em inglês e italiano, cujo aprendizado, à época, somente era acessível nos grandes centros. E Chico, pelos rudes labores e carga de trabalho remunerado na venda do “seu” Zé Felizardo, não permitiam tais “luxos”. Numa de suas matérias, de doze de maio de 1935 – Chico contava 25 anos de idade -, Alencar faz referências a algumas dirigidas em inglês ao doutor Romulo Joviano. Formara-se ele em Zootecnia pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, sendo seu autor Alexander Seggie, colega de estudos e amigo íntimo durante os anos de formação, desencarnado na França, durante a Primeira Guerra Mundial. Nas referidas páginas, Alexander, cuja existência o jovem médium ignorava, referia-se ao amigo, num trocadilho, “Jove”,alusão ao sobrenome Joviano. Ainda no texto enviado ao diário carioca, o repórter reproduz mensagem recebida na reunião de 23 de novembro de 1933, assinada por Emmanuel escrita em ingles com as letras enfileiradas ao inverso. Ao reescrevê-la no sentido correto, o destinatário, profundo conhecedor do inglês, identificou um erro na colocação de um artigo e um pronome. Resolve, em inglês, interpelar Emmanuel, recebendo dele extensa resposta no mesmo idioma, entre outras coisas desculpando-se pelos erros cometidos, dizendo-se, apenas um aluno inábil e não um mestre na utilização da língua. Alencar inclui ainda uma mensagem em italiano, grafada da mesma maneira curiosa que a precedente. Objetivando testar se por trás daquele jovem ingênuo havia algo mais, quando solicitado a encerrar aqueles dois meses de experiência, formulou quatro perguntas em inglês, a última das quais mentalmente, obtendo dezoito linhas de resposta a esta, também em inglês. Mais ou menos na mesma época, o médium psicografou mensagem em inglês ao Consul da Inglaterra, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Senhor Harold Walter. Anos depois, presente à solenidade levada a efeito no Teatro Municipal de São Paulo, Chico psicografaria perante numeroso público, entre outras, uma mensagem/ saudação de Emmanuel aos presentes, em inglês, escrita de trás para frente, a chamada especular, somente possível de ser lida diante de um espelho. Testemunha de muitos desses momentos, o doutor Rômulo Joviano, contou ao amigo Clóvis Tavares que, por força do trabalho, “em visita, certa vez, a uma fazenda do Doutor Louis Ensch, engenheiro luxemburguês, fundador da Usina de Monlevade da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, em Monlevade, MG, Chico recebeu mensagem, endereçada ao mesmo, em idioma luxemburguês. Maravilhado, o destinatário declarou que as páginas foram escritas no melhor estilo da língua nacional de sua pátria, o Grão Ducado de Luxemburgo”. Noutra ocasião, em visita a uma parenta sua residente em Barbacena, MG, a escritora Maria Lacerda de Moura, assistindo uma reunião de estudos orientalistas, após esta ter escrito no quadro-negro algumas palavras em português, possivelmente um “mantra”, para meditação dos presentes, “Chico recebe, através da psicofonia sonambúlica, uma mensagem em idioma hindu, havendo a entidade comunicante, conduzido o médium até o mesmo quadro-negro, traçando diversas expressões ininteligíveis para os presentes, posteriormente reconhecidas como mantras grafados em caracteres sânscritos”. Inúmeras mensagens particulares foram recebidas ao longo dos anos, em vários idiomas, que o médium também ignorava completamente: alemão, árabe e grego. Perderam-se, no entanto, pelo seu caráter estritamente pessoal dos destinatários.


Talvez não exista um crime mais terrível do que o do indivíduo que mata o próprio pai. Que tipo de castigo está reservado para esse criminoso? (Vanderlei Antonio Silvino)


Na Lei de Causa e Efeito, Vanderlei, não existe um castigo maior do que a dor da consciência culpada. Nenhum tribunal do mundo e nenhum inimigo têm tamanho poder de nos fazer sofrer. A idéia de que Deus castiga já é, de há muito, ultrapassada. Na verdade, é um mito. Ela serviu para uma época em que o homem tinha pouca consciência a respeito da lei da vida, e acreditava num deus vingativo e cruel, muito diferente do Pai de bondade que Jesus ensinou. Hoje, porém, já podemos entender que, na verdade, não há castigo nem recompensa na Lei de Deus. O que existe são meros efeitos dos atos que praticamos, de modo que cada um de nós só pode crescer para Deus por meio dos próprios atos.


Nas obras espíritas, temos visto inúmeros exemplos de indivíduos, que perpetraram crimes inomináveis, acreditando que com isso estariam levando uma grande vantagem. Alguns desses crimes jamais foram desvendados. Com o passar do tempo, porém, um dia eles foram surpreendidos pela acusação da própria consciência, exigindo reparação. É como que, acordando de um sono profundo, mergulhassem num processo de arrependimento e culpa. Alguns procuraram saídas mais honrosas para conter a dor do remorso, outros voltaram-se contra si mesmos, impingindo ao corpo e à alma duros castigos.


Quem os castigou? Deus? Não, foram eles mesmos que se puniram, pois na Lei de Deus toda ação provoca uma reação, boa ou má, agradável ou desagradável, dependendo da motivação que a moveu. Isso acontece conosco, todos os dias. Quando menos esperamos, arrependemos de algo que fizemos contra alguém e, daí em diante, passamos a sofrer a dor silenciosa do remorso. O arrependimento geralmente se manifesta em forma de angústia e depressão. Ele pode ocorrer tanto na vida presente quanto na vida futura e, quando ocorre na vida espiritual, ele acaba repercutindo na próxima reencarnação. Muitos já nascem marcados pela forma com que, antes, fez sofrer.


Mas precisamos considerar, Vanderlei, que cada caso é um caso, cada fato tem por trás uma história. Muitas vezes, um crime desse porte que você cita, um filho que mata a mãe, pode ter envolvimento de motivações anteriores a esta encarnação. Não sabemos. De qualquer forma, uma ação má nunca fica impune, pois o mal não se compatibiliza com a Lei de Deus, e o seu ator, com dissemos, cedo ou tarde vai amargar a dor do arrependimento e do remorso, que pode gerar várias espécies de consequências.