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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

DOENÇAS MENTAIS E O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Aceleradamente a ciência vai acessando informações extremamente úteis para o entendimento dos outrora inexplicáveis problemas humanos. Até a Organização Mundial de Saúde na Classificação Internacional de Saúde, item F.44.3 do CID 10, de 2016, já considera a possibilidade dos transtornos mentais serem causados por perturbações espirituais. Analisando um caso de obsessão coletiva no número de maio de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec oferece elementos uteis para quem quer refletir sobre a fascinante influência espiritual intencional. Diz ele: -“Está demonstrado pela experiência que os Espíritos mal-intencionados não só agem sobre o pensamento, mas, também, sobre o corpo, com o qual se identificam e do qual se servem como se fosse o seu; que provocam atos ridículos, gritos, movimentos desordenados que apresentam todas as aparências da loucura ou da monomania. Encontrar-se-á sua explicação n’O LIVRO DOS MÉDIUNS, no capítulo da obsessão. Com efeito, é bem uma espécie de loucura, uma vez que se pode dar este nome a todo estado anormal, em que o Espírito não age livremente. Deste ponto de vista, é uma verdadeira loucura acidental. Faz-se, pois, necessário distinguir a loucura patológica da loucura obsessiva. A primeira resulta de uma desordem nos órgãos da manifestação do pensamento. Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco; ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para manifestar-se, o pensamento, ou, melhor dizendo, a expressão do pensamento é incoerente. Na loucura obsessiva não há lesão orgânica; é o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho, que o domina e subjuga. No primeiro caso, deve-se tentar curar o órgão enfermo; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede importuno, a fim de lhe restituir a liberdade. Casos semelhantes são muito frequentes e muitas vezes tomados como loucura o que não passa de obsessão, para a qual deveriam empregar meios morais e não duchas. Pelo tratamento físico e, sobretudo, pelo contato com os verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia. Abrindo novos horizontes a todas as ciências, o Espiritismo vem, também, elucidar a questão tão obscura das doenças mentais, ao atribuir-lhes uma causa que, até hoje, não havia sido levada em consideração – causa real, evidente, provada pela experiência e cuja verdade mais tarde será reconhecida. Mas como fazer que tal causa seja admitida por aqueles que estão sempre dispostos a enviar ao hospício quem quer que tenha a franqueza de crer que temos uma alma e que esta desempenha um papel nas funções vitais, sobrevive ao corpo e pode atuar sobre os vivos? Graças a Deus, e para o bem da Humanidade, as ideias espíritas fazem mais progresso entre os médicos do que se podia esperar e tudo faz prever que, num futuro não muito remoto, a Medicina saia finalmente da rotina materialista. Estando provados alguns casos isolados de obsessão física ou de subjugação, fácil é compreender que, semelhante a uma nuvem de gafanhotos, um bando de Espíritos perturbadores pode lançar-se sobre certo número de indivíduos, deles se apoderar e produzir uma espécie de epidemia moral. A ignorância, a vulnerabilidade das percepções, a ausência de cultura intelectual naturalmente lhes facultam maior influência. É por isso que eles prejudicam, de preferência, certas classes, embora as pessoas inteligentes e instruídas nem sempre estejam isentas. Estudai o Espiritismo e compreendereis a razão”.


Iara Garcia dos Santos fez a seguinte colocação. Tem dia que tudo dá certo. A gente já amanhece disposta e parece que os problemas vão se resolvendo com facilidade, sem precisar de muito esforço. Em compensação, em outros dias tudo é difícil; é como se fosse um dia de azar na vida da gente. Aparentemente não parece haver explicação para isso. Eu pergunto: será influência dos Espíritos?

Tudo o que nos acontece a cada dia depende de uma série de fatores internos e externos. Internos quando se refere às nossas próprias condições íntimas, desde a saúde do corpo até nosso estado de alma, às nossas emoções e sentimentos. Há dias em que nos sentimos mais dispostos, mais alegres e felizes conosco mesmos, enquanto que em outros tudo parece conspirar contra nós.

O fator externo é aquele que não depende nós, um fato que alguém ou alguma circunstâncias ocasionou e do qual não participamos diretamente. Desse modo, precisamos verificar se o bom e o ruim de desse dia dependeram só de nós ou também foram provocados por fatos que fogem ao nosso controle.

Geralmente, costuma-se rotular o dia como “dia de sorte” ou “dia de azar”, sem se prestar atenção nas disposições intimas e no estado alma, que são importantíssimos. Quando estamos alegres, de bom humor, tudo parece correr mais fácil e o próprio mundo, que nos circunda, tanto quanto as pessoas com quem convivemos, parecem mais bonitos.

Embora os Espíritos exerçam influência sobre nossa vida, não seria prudente atribuir a eles tudo que nos acontece: nem de bem, nem de mal. Um fator, no entanto, pesa muito em nossa disposição diária é a nossa condição mental ou aquilo que André Luiz denomina de “padrão de pensamento”: mais otimismo ou mais pessimismo, num determinado dia, depende muito disso.

O pensamento é uma força preponderante na vida humana, pois é uma força ativa e criativa que brota das estruturas mais íntimas da alma. Referimo-nos ao nosso mundo interior que, em última instância, atrai forças invisíveis do ambiente, sobretudo nossos sentimentos - como amor e ódio, egoísmo e altruísmo, humildade e orgulho – que são acionados pela natureza dos fatos que ocorrem ao nosso redor e do qual invariavelmente participamos. Esse estado, que brota de nossa intimidade, pode ser intensificado por influências espirituais externas, quer de encarnados, quer de desencarnados - quer durante o dia ou mesmo à noite, quando dormimos.

À noite, quando dormimos, penetramos no mundo espiritual com mais facilidade, podemos ter relações com Espíritos – amigos ou inimigos, podemos frequentar este ou aquele ambiente, inclusive revivendo episódios do passado, reforçando valores positivos ou negativos para a alma. Tudo isso tem uma influência sobre nós que, em parte, pode justificar nosso estado de humor ou nossas disposições para o dia seguinte, razão pela qual é importante que estejamos espiritualmente preparados para dormir.


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