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segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

TRÍADES- INTERESSANTE MÉTODO DE APRENDIZADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Em artigo estabelecendo uma correlação entre o Druidismo e o Espiritismo, publicado no número de abril de 1858, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec argumenta que os Druidas tinham uma predileção particular pelo número três e o empregavam especialmente, como mostram a maioria dos monumentos gauleses, para a transmissão de suas lições que, mediante esse corte preciso, mais facilmente era gravada na memória”. Realmente é muito interessante a formulação de conceitos através das chamadas Tríades, como reproduzido na matéria em que Kardec emite a referida avaliação há pouco citada. Os exemplos selecionados por ele incluem algumas Tríades sobre DEUS E O UNIVERSO, OS TRÊS CÍRCULOS e O CIRCULO DE ABRED, embora a literatura dos bardos – pessoas encarregadas de transmitir conhecimentos de forma oral através de poemas cantados, o equivalente aos chamados trovadores da história - tenha propagado enorme quantidade de aforismos do mesmo gênero, relativos a todos os ramos do saber humano como Ciências, História, Moral, Direito, Poesia, entre outros. Vejamos alguns exemplos de como são facilmente assimiláveis conceitos através das chamadas Tríades: DEUS E O UNIVERSO1 - Há três unidades primitivas e de cada uma delas não podia existir mais que uma: um Deus, uma Verdade e um Ponto de Liberdade, isto é, o ponto onde se encontra o equilíbrio de todas posição. 2- Três coisas procedem das três unidades primitivas: toda vida, todo Bem e todo poder. 3- Deus é, necessariamente, três coisas: a maior parte da vida, a maior parte de ciência e a maior parte do poder; e de cada coisa não poderia haver parte maior. 4- Três coisas Deus não poderia deixar de ser: o que deve constituir o Bem perfeito, o que deve querer o Bem perfeito e o que deve realizar o Bem perfeito. 5- Três garantias do que Deus faz e fará: seu poder infinito, sua sabedoria infinita, seu amor infinito; pois não há nada que não possa ser efetuado, que não possa tornar-se verdadeiro e que não possa ser desejado por atributo.(...) OS TRÊS CÍRCULOS - 12- Há três círculos de existência: o círculo da região vazia (CEGANT) – exceto Deus – não há nada vivo nem morto e nenhum Ser que Deus não possa atravessar; o círculo da migração (ABRED) onde todo Ser animado procede da morte, que o homem atravessou; e o círculo da felicidade (GWINFYD), onde todo Ser animado procede da vida, que o homem atravessará no Céu. 13- Três estados sucessivos dos Seres animados: o estado de humilhação no abismo ANUNF, o estado de liberdade na Humanidade e o estado de felicidade no Céu. 14- Três fases necessárias de toda existência em relação à vida: o começo em ANNOUNF, a transmigração em ABRED e a plenitude em GWYNFID; e, sem estas três coisas, nada pode existir, exceto Deus.(...) O CÍRCULO ABRED – 15 - Três coisas necessárias no círculo de ABRED: o menor grau possível de toda vida e, daí, o seu começo; a matéria de todas as coisas e, daí, o crescimento progressivo, o qual não se realiza no estado de carência; e a formação de todas as coisas da morte e, daí, a debilidade das existências. 16 – Três coisas das quais todo Ser vivo participa necessariamente, pela justiça de Deus: o socorro de Deus em ABRED, porque sem isto ninguém poderia conhecer coisa alguma; o privilégio de participar do amor de Deus; e o acordo com Deus quanto à realização pelo poder de Deus, enquanto for justo e misericordioso. 17- Três causas da necessidade do círculo de ABRED: o desenvolvimento da substância material de todo Ser animado; o desenvolvimento de todas as coisas; e o desenvolvimento da força moral para superar todo contrário e a CYTHRÔL (o mau Espírito) e para libertar-se de DRUG (o mal). E sem esta transição de cada estado de vida, não poderia haver nele a realização de nenhum Ser. Em meio à suas análises comparativas, Alan Kardec comenta: -“Por meio de que conduta a alma realmente se eleva nesta vida e merece, após a morte, alcançar um modo superior de existência? A resposta dada a esta pergunta pelo Cristianismo é de todos conhecida: é com a condição de destruir em si o egoísmo e o orgulho, de desenvolver no íntimo de sua substância as forças da humildade e da caridade, únicas eficazes e meritórias aos olhos de Deus: Bem aventurados os mansos, diz o Evangelho; bem aventurados os humildes. A resposta do Druidismo é bem diversa e contrasta claramente com esta última. Conforme suas lições, a alma eleva-se na escala das existências, com a condição de, pelo trabalho sobre si mesma, fortificar a própria personalidade. E este resultado ela o obtém naturalmente, pelo desenvolvimento da força de caráter, aliada ao desenvolvimento do saber”.


Num artigo publicado no jornal AÇÃO ESPÍRITA, de Marília, Orson Peter Carrara escreveu sobre “Consciência Política”, afirmando que cada um de nós – cidadãos conscientes de seus deveres legais e morais para com a sociedade – deve estar atento na escolha daqueles que vão tomar decisões sobre o futuro da sociedade. A Maristela Balbino quer que falemos a respeito.

Na verdade, Maristela, podemos partir da leitura do capítulo “Lei de Sociedade”, que encontramos na terceira parte de O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec. O Espiritismo não é omisso em e nenhuma questão relativa à sociedade humana. No entanto, há pessoas que ainda não compreenderam que nenhum de nós pode viver distante da política. Não estamos falando da política partidária, mas estamos usando o termo “política” no sentido mais amplo da palavra.

Aliás, a palavra “política” quer dizer administração da cidade. No tempo em que essa palavra passou a ser usada, ela se referia às cidades-estados da Grécia Antiga, séculos antes de Cristo Ora, nós sabemos que ninguém vive só; todos os seres humanos vivemos em grupos ou comunidades, que chamamos de sociedade. Sociedade, porque somos todos sócios dessas comunidades e, portanto, todos temos interesse em que elas funcionem bem, atendendo às necessidades da população.

Ser político, portanto, não é apenas ocupar um cargo público ( como prefeito ou governador, deputado ou senador), mas é ser, acima de tudo, um bom cidadão, uma pessoa de bem, trabalhando não só em função de seus interesses particulares e de sua família, mas também em função dos interesses gerais da sociedade, que tem o dever de nos proteger . Por quê? Porque, se a sociedade somos todos nós. Se ela não estiver bem, seremos atingidos por seus problemas.

É por isso que vivemos em sociedade. Para aprendermos a ser solidários, já que não podemos ser solitários, viver isoladamente. Solidariedade quer dizer “estar ao lado dos outros”, trabalhar pelo interesse comum, pelo bem de todos, a fim de que todos os cidadãos – sejam eles quem forem – possam viver com respeito e dignidade. Nesse capítulo de O LIVROS DOS ESPÍRITOS, lemos exatamente isso.

Quando Jesus nos recomendou a prática do bem ao próximo, foi nesse sentido, pois o próximo são todos aqueles que convivem conosco, na mesma comunidade. Se alguns não conseguem ter uma vida digna, se passam necessidade ou não podem usufruir dos direitos que lhes pertencem – como moradia, educação, saúde, segurança, justiça, etc. – é porque a sociedade não alcançou seu objetivo. Os cidadãos conscientes, sabendo que todos somos iguais perante a Lei de Deus, não poderão se omitir diante dessa injustiça e, ao fazer alguma coisa para ajudar a solucionar o problema, estarão praticando um ato político.

Logo, consciência política é saber conviver dentro de uma sociedade, sabendo sustentar a sua vida e ajudar os que ainda não conseguiram chegar à sua mesma condição. O cidadão, portanto, poderá cumprir com sua obrigação legal e moral, pelo menos, de três maneiras. Primeira: cumprindo com a parte que lhe compete no dia-a-dia de sua vida, junto aos seus familiares. Segunda: fazendo algo pela sociedade em que vive, além de seu próprio dever. E terceira: elegendo seus representantes no governo, além de fiscalizando sua atuação.


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