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quinta-feira, 30 de novembro de 2017
MORTE DE CINCO CRIANÇAS POR OUTRA DE DOZE ANOS
A notícia foi destaque na
edição de 20 de outubro de 1857 do jornal GAZETA DE SILÉSIE pela violência e
impacto da tragédia que se abateu sobre duas famílias da localidade: a morte de
5 crianças – um menino e quatro meninas de quatro a nove anos -, por uma outra
de apenas 12 anos. Convidados a brincar com o mais velho reconhecidamente de
mau caráter, entraram aos risos comprimidos num baú guardado numa casinha de
jardim de um dos pais, ali sendo trancados pelo mentor da ideia que também
sentou-se sobre a tampa, acompanhando os gritos, depois os gemidos e, por fim,
o silêncio das inocentes crianças abrindo a tampa e verificando que estavam
vivos, fechando-a de novo indo brincar com um papagaio de papel. Os pais quando
se deram conta do desaparecimento dos filhos e se desesperaram ao encontrá-los no
baú, após demoradas buscas. Uma das crianças ainda vivia, porém não tardou a
expirar. Denunciado pela garota que o vira sair do jardim, o jovem H...
confessou o crime com o maior sangue-frio, sem manifestar qualquer
arrependimento. No mês de outubro do ano seguinte - 1858 -,Allan Kardec incluiu na pauta
da REVISTA ESPÍRITA, uma entrevista com a irmã de um médium da Sociedade
Espírita de Paris, morta aos 12 anos, Das perguntas e respostas obtidas,
destacamos algumas das revelações oferecidas pela entidade. –Que
motivo teria levado uma criança dessa idade a cometer uma ação tão atroz e com
tanto sangue-frio? – A maldade não tem idade; é ingênua na criança e
raciocinada no homem adulto. 3. Quando a maldade existe numa criança que não
raciocina, não denotará a encarnação de um Espírito muito inferior?–
Nesse caso, procede diretamente da perversidade do coração; é seu ppróprio
Espírito que o domina e o impele à perversidade. Qual poderia ter sido a
existência anterior de semelhante Espírito?. – Horrível. Em
sua existência anterior ele pertencia à Terra ou a um mundo ainda mais
atrasado? – Não o vejo bem; contudo, devia pertencer a um Orbe bem mais
inferior do que a Terra. Nessa idade tinha perfeita consciência do crime que
cometia? Como Espírito, será responsabilizado por ele?– Tinha a idade da
consciência, e isso basta. Observação – Uma observação é
feita a propósito da palavra ousadia, de que se serviu o Espírito, bem como dos
exemplos citados, que dizem respeito à situação dos Espíritos que se acharam em
Mundos muito elevados para eles, e que foram obrigados a regressar a outro mais
compatível com a sua natureza. A tal respeito, uma pessoa observou ter sido
dito que os Espíritos não podem regredir. Com efeito, os Espíritos realmente
não podem retrogradar, no sentido de que não é possível perder o que adquiriram
em ciência e em moralidade; mas podem decair em posição. Um homem que usurpa
uma posição superior à que lhe conferem suas capacidades ou sua fortuna pode
ser constrangido a abandoná-la e a voltar à sua posição natural; ora, não é a
isso que se pode chamar decair, pois que ele apenas retorna à sua esfera, de
onde havia saído por ambição e orgulho. Ocorre a mesma coisa em relação aos
Espíritos que querem se elevar muito depressa em mundos onde se acham
deslocados. Os Espíritos superiores também podem encarnar em mundos inferiores,
para cumprir uma missão de progresso, e a isso não se pode chamar de regressão,
porque é devotamento. Em que a Terra é superior ao mundo ao qual
pertencia o Espírito de quem acabamos de falar? – Nele há uma fraca ideia
de justiça: é um começo de progresso. Disso resulta não haver, em Mundos
inferiores à Terra, nenhuma ideia de justiça? – Não; os homens ali
vivem apenas para si e não têm por móvel senão a satisfação das paixões e dos
instintos.. Qual será a posição desse Espírito numa nova existência? – Se o
arrependimento vier apagar, se não inteiramente, mas pelo menos em parte, a
enormidade de suas faltas, então ficará na Terra; se, ao contrário, persistir
no que chamais de impenitência final, irá para um lugar onde o homem se nivela
com os animais. Dessa forma, pode encontrar na Terra os meios de expiar suas faltas sem
ser obrigado a regressar a um Mundo Inferior?– O arrependimento é
sagrado aos olhos de Deus, porquanto é o homem que a si mesmo se julga, o que é
raro no vosso Planeta.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
domingo, 26 de novembro de 2017
BUSCANDO ENTENDER
A vida vai nos surpreendendo a cada momento com fatos estarrecedores.
Violência doméstica ou no transito, acidentes, suicídios inexplicáveis,
homicídios... Tão impactantes que muitos chegam a duvidar da existência de
Deus. O Espiritismo pode nos ajudar diante desses tormentosos acontecimentos?
Na sequência o professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA
DOUTRINA ESPÍRITA, eme) nos
oferece elementos para reflexões a partir da questão-problema proposto por um
leitor: Um grupo de crianças morre carbonizada numa creche, após um incêndio
no berçário, salvando-se apenas uma criança que escapou ilesa. Tem-se a notícia
de que o sinistro ocorreu porque os funcionários deixaram um aquecedor ligado
no chão, perto de material inflamável e que naqueles momentos não havia ninguém
por perto para tomar conta das crianças. Uma tragédia que deixou os pais
desesperados e a população da cidade revoltada, comovendo todo o País.
Pergunto: se essas crianças tinham que morrer nessa tragédia, de quem é a
culpa? Os funcionários, que pecaram por negligência, teriam sido intuídos pelos
Espíritos para que a tragédia ocorresse? Podemos, pela Lei da Reencarnação,
justificar o fato, porque esse tipo de morte estava no carma desses Espíritos?
Nunca há justificativa para o mal causado. Na Lei Divina, todos respondem
objetivamente pelos erros cometidos, uns diante dos outros e cada um consigo
mesmo, arcando com as consequências. Se, de fato, houve negligência - e não
somos nós que vamos fazer esse julgamento - as pessoas envolvidas não serão
apenas rés da justiça humana, mas sujeitos passivos na Justiça Divina. O
Espiritismo vê com muita clareza, embora nem sempre seja fácil para nós
explicar os mecanismos, a Lei do Retorno, que não existe para castigar ninguém,
mas para ensinar o Espírito a conviver, a ser responsável e prudente nas suas
decisões e nos seus atos. É fato que Jesus nos ensinou a compreensão e o
perdão, mas igualmente nos ensinou a responsabilidade e o compromisso uns com
os outros, de modo que o perdão de Deus não significa ignorar o erro, mas
proporcionar ao infrator a possibilidade de arrependimento, reparação e
reaprendizagem. Com relação às crianças desencarnadas, também sabemos que o
fato não ocorreu por acaso na sua experiência evolutiva; algo tem a ver com o
passado. Antes de reencarnar, os Espíritos, em resgate coletivo, tomam ciência
dos riscos a que estão expostos, das formas pelas quais podem desencarnar, mas
o fato em si não está determinado, pois dependem de circunstâncias várias em
suas vidas. Por outro lado, seria absurdo conceber que as pessoas que causaram
o acidente por negligência ou irresponsabilidade, e não por vontade deliberada,
tivessem reencarnado com esse objetivo, ou seja, tivessem sido instrumentos da
Espiritualidade para o cumprimento da Lei. É possível que esses funcionários
tenham ligações anteriores com essas crianças, mas o acidente em si, com
certeza, surgiu das circunstâncias ocasionadas pela soma de suas fraquezas
morais, pelas quais, cedo ou tarde, vão ter que responder.
sábado, 25 de novembro de 2017
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
FALANDO DE SAÚDE
A proliferação das chamadas reuniões de cura em
muitas Instituições Espíritas gera expectativas equivocadas em muitas pessoas.
Mas o que o Espiritismo tem a dizer sobre a saúde. Alinhamos na sequencia
alguns tópicos e questões para reflexões: 1-
Se dividirmos os males da vida em duas categorias, uma a dos que o homem não
pode evitar, e outra das atribulações que ele mesmo provoca por sua falta de
cuidado e excessos, veremos que esta última é muito
mais numerosa que a primeira”. (ese)“ 2- Não há uma só falta, por mais leve que
seja, uma única infração à sua Lei (de DEUS), que não tenha consequências forçosas e inevitáveis, mais ou menos
desagradáveis”. (ESE) 3- “O homem não é, portanto, punido sempre, ou
completamente punido, na sua existência presente, mas, jamais
escapa às consequências de suas faltas” (...). (ESE) 4- “Quando nos elevamos, pelo pensamento, de maneira a
abranger uma série de existências, compreendemos que a cada um é dado o que merece”. (ESE) Saúde: como defini-la a partir de uma visão espiritual do Ser
humano? Em todos os Planos do Universo, somos
Espírito e manifestação, pensamento e forma. Todo mal praticado
conscientemente expressa de algum modo, lesão em nossa consciência e toda lesão
dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no organismo que nos exterioriza
o modo de ser. Todos os estados acidentais das formas de que nos
utilizamos, no espaço e no tempo, dependem, assim, do comando
mental que nos é próprio. A Medicina há de considerar o doente
como um todo psicossomático, se quiser realmente investir-se da arte de curar. (AR,
19) Da mente clareada pela razão, sede dos princípios
superiores que governam a individualidade, partem as forças que asseguram o
equilíbrio orgânico, por intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição
humana, os quais vitalizam os centros perispiríticos,
em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu
turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular. Nas
criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos
que atuam sobre todos os órgãos do corpo físico, através do sangue. (AR) E as doenças: como, com base nas revelações espíritas, entende-las?
A maioria das doenças, como todas as
misérias humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas para o
futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que
tenham sido saldadas. Aquele, pois, que deve suportar sua provação até o fim
não pode ser curado. São
inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que
habitamos. As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em
nossos organismos condições nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade.
(RE, 1868) E no caso
das chamadas doenças de nascença? Doenças
de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de
ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, entre
outras (...), são efeitos que devem ter uma
causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma
causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa
causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito e, desde que não
se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. (ESE,
5, 6) Saindo do campo filosófico, como entender a etiologia das doenças? O
homem é um composto de três estruturas essenciais: o Espírito, o perispírito e o corpo. (...) Se, pois,
temos três princípios frente a frente, esses três princípios devem reagir um
sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles
harmonia perfeita ou discordância parcial. (...) Se, enfim, a doença procede da
mente, o Espírito, o perispírito e o corpo, mantidos sob sua dependência, serão
entravados em suas funções, e nem será cuidando de um nem de outro que se fará
desaparecer a causa. (RE;1867)
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
terça-feira, 21 de novembro de 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
COMO O FUTURO PODE SER ANTECIPADO
Uma dúvida que paira entre
os que se aproximam do Espiritismo é quanto à possibilidade demonstrada pelos
fatos de acontecimentos serem antecipados nas visões de algumas pessoas. É possível?
Allan
Kardec desenvolveu uma Teoria da Presciência em que explica isso.
Reproduzida na REVISTA ESPÍRITA de maio
de 1864, depois seria incluída na obra A GÊNESE lançada em 1868. De seus argumentos, destacamos um trecho
para avaliação: - De conformidade com o grau de sua perfeição, pode um Espírito abarcar
um período de alguns anos, de alguns séculos, mesmo de muitos milhares de anos,
porquanto, que é um século em face do Infinito? Diante dele, os acontecimentos
não se desenrolam sucessivamente, como os incidentes da estrada diante do
viajor: ele vê simultaneamente o começo e o fim do período; todos os eventos
que, nesse período, constituem o futuro para o homem da Terra são o presente
para ele, que poderia então vir dizer-nos com certeza: Tal coisa acontecerá em
tal época, porque essa coisa ele a vê como o homem da montanha vê o que espera
o viajante no curso da viagem. Se assim não procede, é porque poderia ser
prejudicial ao homem o conhecimento do futuro, conhecimento que lhe pearia o livre
arbítrio, paralisá-lo-ia no trabalho que lhe cumpre executar a bem do seu
progresso. O se lhe conservarem desconhecidos o bem e o mal com que topará
constitui para o homem uma prova. Se tal faculdade, mesmo restrita, se pode
contar entre os atributos da criatura, em que grau de potencialidade não
existirá no Criador, que abrange o infinito? Para o Criador, o tempo não
existe: o princípio e o fim dos mundos lhe são o presente. Dentro desse
panorama imenso, que é a duração da vida de um homem, de uma geração, de um
povo? Entretanto, como o homem tem de concorrer para o progresso geral, como
certos acontecimentos devem resultar da sua cooperação, pode convir que, em
casos especiais, ele pressinta esses acontecimentos, a fim de lhes preparar o
encaminhamento e de estar pronto a agir, em chegando a ocasião. Por isso é que
Deus, às vezes, permite se levante uma ponta do véu; mas, sempre com fim útil,
nunca para satisfação da vã curiosidade. Tal missão pode, pois, ser conferida,
não a todos os Espíritos, porquanto muitos há que do futuro não conhecem mais
do que os homens, porém a alguns Espíritos bastante adiantados para
desempenhá-la. Ora, é de notar-se que as revelações dessa espécie são sempre
feitas espontaneamente e jamais, ou, pelo menos, muito raramente, em resposta a
uma pergunta direta. Pode também semelhante missão ser confiada a certos
homens, desta maneira: Aquele a quem é dado o encargo de revelar uma coisa
oculta recebe, à sua revelia e por inspiração dos Espíritos que a conhecem, a
revelação dela e a transmite maquinalmente, sem se aperceber do que faz. É
sabido, ao demais, que, assim durante o sono, como em estado de vigília, nos
êxtases da dupla vista, a alma se desprende e adquire, em grau mais ou menos
alto, as faculdades do Espírito livre. Se for um Espírito adiantado, se,
sobretudo, houver recebido, como os profetas, uma missão especial para esse
efeito, gozará, nos momentos de emancipação da alma, da faculdade de abarcar,
por si mesmo, um período mais ou menos extenso, e verá, como presente, os
sucessos desse período. Pode então revelá-los no mesmo instante, ou conservar
lembrança deles ao despertar. Se os sucessos hajam de permanecer secretos, ele
os esquecerá, ou apenas guardará uma vaga intuição do que lhe foi revelado, bastante
para o guiar instintivamente. É assim que em certas ocasiões essa faculdade se
desenvolve providencialmente, na iminência de perigos, nas grandes calamidades,
nas revoluções, e é assim também que a maioria das seitas perseguidas adquire
numerosos videntes.
sábado, 18 de novembro de 2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
COMUNICAÇÃO IMEDIATA E DIVERGÊNCIA ENTRE OS ESPÍRITAS
É razoável esperar-se uma
manifestação do Espírito de alguém que desencarnou recentemente? E as
divergências e rivalidades observadas entre espíritas? São os dois temas
propostos ao professor José Benevides Cavalcante ( FUNDAMENTOS DA DOUTRINA
ESPÍRITA, eme) na postagem de hoje: Como é possível uma
pessoa, que faleceu há algumas horas, dar uma comunicação no Centro?... Não conhecemos
de perto o caso a que você se refere, mas, pela forma como você relata a
situação, parece-nos, no mínimo, suspeita a comunicação. Não estamos afirmando
que não existe essa possibilidade: dependendo do caso, pode até haver uma
comunicação imediata do Espírito recém-desencarnado, mas, como conhecedores da
obra de Kardec, precisamos ser mais exigentes em relação a esses fatos, para
não nos enganarmos, não enganarmos os outros e não cairmos no ridículo,
comprometendo o nome da Casa Espírita.. Sem indícios veementes de que é mesmo
aquela pessoa que está comunicando, não podemos reconhecer a autenticidade da
mensagem e sair proclamando publicamente que fulano se comunicou. Erasto,
Espírito orientador de Kardec na questão das comunicações mediúnicas (principalmente
aquelas que chegam ao conhecimento público), traz uma recomendação importante
em O LIVRO DOS MÉDIUNS, afirmando ser preferível rejeitar 9 verdades que
aceitar uma só falsidade. Logo, o crivo da razão se faz necessário, antes que a
emoção tome conta. Há grupos mediúnicos muito emotivos e pouco racionais, que
aceitam qualquer comunicação como autêntica; não procuram investigar melhor a
sua procedência, pelo próprio teor da mensagem e pelo parecer dos familiares do
desencarnado, que o conhecem na intimidade. Não atendem, assim , a um preceito
básico da Doutrina em relação às atividades mediúnicas e vão afirmando
precipitadamente que a comunicação é autêntica, como se fossem os donos da
verdade. Isso não pode ser Espiritismo. Sabemos que todas as comunicações
geralmente sofrem a influência do médium, mas existem também as mistificações,
tanto do médium como de Espíritos interessados em provocar situações
embaraçosas para o pessoal do Centro e para os espíritas em geral. DIVERGÊNCIA
ENTRE OS ESPÍRITAS Haverá um dia em que
os espíritas se entenderão sobre todos os pontos da Doutrina, de modo que
desapareçam todas essas discussões que vêm ocorrendo desde o tempo de Allan
Kardec? É difícil
responder objetivamente sua pergunta, porque nós, espíritas, também somos
Espíritos em evolução e, necessariamente, pelo fato de cada qual estar num
degrau de desenvolvimento, as concepções a respeito de um mesmo ponto sempre
tendem a se diferenciar. Ademais, existem fatores e condições culturais da
atual existência que implicam em diversidade de entendimento. Se todos fossemos
iguais, clones ou cópias autenticadas uns dos outros, certamente não haveria
tal discrepância, mas a Lei de Evolução estaria comprometida, pois a evolução
implica em riqueza de opções e, portanto, em diferenciação. Precisamos
compreender que não temos a verdade absoluta a respeito de nada, pois somos
imperfeitos: só Deus, sendo a Inteligência Suprema, o tem. Desse modo, a nossa
visão sobre um mesmo ponto dependerá sempre de nossa posição relativa nessa
escala evolutiva, que não é tão simples assim. Mas não devemos ver nesse
fenômeno uma condição apenas negativa: pelo contrário, a diversidade de visão,
embora nos seja um problema, é o que nos tira do comodismo e da estagnação, uma
vez que, se todo espírita pensasse da mesma maneira sobre todos os pontos da
doutrina, ninguém se sentiria estimulado a pesquisar, a estudar, a aprender
mais profundamente o Espiritismo. As divergências de interpretação, o
pluralismo de ideias, portanto, são um fator positivo em nossa Doutrina, mas
jamais deveria ser um fator de distanciamento moral do espíritas, que precisam
estar unidos uns aos outros pelo ideal comum da fraternidade, através do qual
somos capazes de conviver respeitosamente com as nossas divergências, conforme
nos concita Allan Kardec, em O LIVRO DOS MÉDIUNS, ítem 350.
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
terça-feira, 14 de novembro de 2017
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
QUALIFICAÇÃO DE SANTO APLICADA A CERTOS ESPÍRITOS
Na edição de Julho de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec
incluiu uma matéria que certamente esclarece
duvidas levantadas por pessoas que se aproximam do Espiritismo e estranham o
fato de, sobretudo nas OBRAS BÁSICAS
encontrarem textos assinados por Espíritos que se identificam como Santos.
Sabendo-se que tal título é atribuído pela Igreja Católica a personagens que se
destacaram no meio em que viveram por ações que os diferenciavam da maioria
dominante, reproduzimos a seguir o material a seguir para avaliação dos
interessados: - Num grupo de província, tendo-se apresentado um Espírito sob o nome de
“São José, santo, três vezes santo”, isto deu ensejo a que se fizesse a
seguinte pergunta: Um Espírito, mesmo canonizado em
vida, pode dar-se a qualificação de santo, sem faltar à humildade, que é um dos
apanágios da verdadeira santidade e, invocando-o, permite que lhe deem esse
título? O Espírito que o toma deve, por esse fato, ser tido por suspeito? Um
outro Espírito respondeu: “Deveis rejeitá-lo imediatamente, pois equivaleria a
um grande capitão que se vos apresentasse exibindo pomposamente seus numerosos
feitos de armas, antes de declinar o seu, ou a um poeta que começasse por se
gabar de seus talentos. Veríeis nessas palavras um orgulho despropositado.
Assim deve ser com homens que tiveram algumas virtudes na Terra e que foram
julgados dignos de canonização. Se se apresentarem a vós com humildade, crede
neles; se vierem se fazendo preceder de sua santidade, agradecei e nada
perdereis. O encarnado não é santo porque foi canonizado: só Deus é santo,
porque só ele possui todas as perfeições. Vede os Espíritos superiores, que
conheceis pela sublimidade de seus ensinamentos: eles não ousam dizer-se
santos; qualificam-se simplesmente de Espíritos de verdade.” Esta resposta
demanda algumas retificações. A canonização não implica
a santidade no sentido absoluto, mas simplesmente um certo grau de perfeição.
Para alguns a qualificação de santo tornou-se uma espécie de título banal,
fazendo parte integrante do nome, para os distinguir de seus homônimos, ou que
lhes dão por hábito. Santo Agostinho, São Luís, São Tomé, podem, pois, antepor
o nome santo à sua assinatura, sem que o façam por um sentimento de orgulho,
que seria tanto mais descabido em Espíritos superiores que, melhor que os
outros, não fazem nenhum caso das distinções dadas pelos homens. Dar-se-ia o mesmo
com os títulos nobiliárquicos ou as patentes militares. Seguramente aquele que
foi duque, príncipe ou general na Terra não o é mais no mundo dos Espíritos e,
no entanto, assinando, poderão tomar essas qualificações, sem que isto tenha
consequência para o seu caráter. Alguns assinam: aquele que, quando vivo na
Terra, foi o duque de tal. O sentimento do Espírito se revela pelo conjunto de
suas comunicações e por sinais inequívocos em sua linguagem. É assim que não
nos podemos enganar sobre aquele que começa por se dizer: “São José, santo,
três vezes santo.” Só isto bastaria para revelar um Espírito impostor,
adornando-se com o nome de São José. Assim, ele pôde ver, graças ao
conhecimento dos princípios da doutrina, que sua velhacaria não encontrou
ingênuos no círculo onde quis introduzir-se. O Espírito que ditou a comunicação
acima é, pois, muito absoluto no que concerne à qualificação de santo e não
está certo quando diz que os Espíritos superiores se dizem simplesmente
Espíritos de verdade, qualificação que não passaria de um orgulho disfarçado
sob outro nome, e que poderia induzir em erro, se tomado ao pé da letra, porque
nenhum se pode vangloriar de possuir a verdade absoluta, nem a santidade
absoluta. A qualificação de Espírito de verdade não pertence senão a um só, e
pode ser considerada como nome próprio; está especificada no Evangelho. Aliás,
esse Espírito se comunica raramente e apenas em circunstâncias especiais.
Devemos pôr-nos em guarda contra os que se adornam indevidamente com esse
título: são fáceis de reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua
linguagem
domingo, 12 de novembro de 2017
ESCLARECIMENTOS SOBRE A FAMÍLIA
Evidentemente o
inconsciente coletivo demorará bastante tempo para conhecer e assimilar as revelações
oferecidas pelo Espiritismo. Inclusive no que tange ao papel da família
consanguínea no processo de evolução na dinâmica de nossa Dimensão. Na
sequencia, duas duvidas interessantes esclarecidas pela Espiritualidade. 1- Se a organização
da família obedece a um planejamento espiritual, como entender a gravidez fora
do casamento? Dois
seres descobrem um no outro, de maneira imprevista, motivos e apelos para a
entrega recíproca e daí se desenvolve o processo de atração. Inteligências
que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo
Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em
estâncias passadas, corações que se acumpliciaram em delinquência passional,
noutras Eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação
magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em
todos os lugares da Terra. Positivada
a simpatia mútua, é chegado o momento do raciocínio. Acontece, porém, que diminuta é, ainda, no
Planeta, a percentagem de pessoas, em qualquer idade física, habilitadas a
pensar em termos de autoanálise, quando o instinto sexual se derrama do Ser. É imperioso anotar, entretanto, em muitos
lances da caminhada evolutiva do Espírito, a influência exercida pelas
inteligências desencarnadas no jogo afetivo. Referimo-nos
aos parceiros das existências passadas, ou, mais claramente, aos Espíritos que
se corporificarão no futuro lar, cuja atuação, em muitos casos, pesa no ânimo
dos namorados, inclinando afeições pacificamente raciocinadas para casamentos
súbitos ou compromissos na paternidade e na maternidade, namorados esses que
então se matriculam na escola de laboriosas responsabilidades. A
doação de si mesmos à comunhão sexual, em regime de prazer sem ponderação, não
os exonera dos vínculos cármicos para com os seres que trazem à luz do mundo. 2-Nesse caso a tarefa da maternidade/paternidade se assemelha a
qualquer outra? As
crianças confiadas na Terra ao nosso zelo são portadoras de aparelhagem
neurocerebral completamente nova em sua estrutura orgânica, à feição de câmara
fotográfica devidamente habilitada a recolher impressões. A objetiva, que na máquina dessa espécie é
constituída por um sistema de lentes apropriadas, capazes de colher imagens
corretas sobre recursos sensíveis, é representada na mente infantil por um
espelho renovado em que se conjugam visão e observação, atenção e meditação por
lentes da alma, absorvendo os reflexos das mentes que a rodeiam e fixando-os em
si própria, como elementos básicos de Conduta. Os pequeninos acham-se, deste modo, à mercê
dos moldes espirituais dos que lhes tecem o berço ou que lhes asseguram a
escola, assim como a argila frágil e viva ante as ideias do oleiro. Não
podemos, pois, esquecer na Terra que nossos filhos, embora carreando consigo a
sedimentação das experiências passadas, em estágios anteriores na gleba
fisiológica, são companheiros que nos retomam transitoriamente o convívio,
quase sempre para se reajustarem conosco, aos impositivos da Lei Divina,
necessitados quanto nós mesmos, de provas e ensinamentos, no que tange ao
trabalho da regeneração desejada. Tratá-los
à conta de enfeites do coração será induzi-los a funestos enganos, porquanto,
em se tornando ineficientes para a luta redentora, quando se lhes desenvolve o
veículo orgânico facilmente se ajustam ao reflexo dominante das inteligências
aclimatadas na sombra ou na rebeldia, gravitando para a influência do pretérito
que mais deveríamos evitar e temer. Assim
toda criança, entregue à nossa guarda, é um vaso vivo a arrecadar-nos as
imagens da experiência diária, competindo-nos, pois, o dever de traçar-lhe
noções de justiça e trabalho, fraternidade e ordem, habituando-a, desde cedo, à
disciplina e ao exercício do bem, com a força de nossas demonstrações, sem,
contudo, furtar-lhe o clima de otimismo e esperança.
sábado, 11 de novembro de 2017
ARREPENDIMENTO NA VISÃO DO ESPIRITISMO
Escolas religiosas tradicionais o veem
como uma forma de isenção das culpas com que o Ser mergulha em processos
depressivos ou afasta-se das venturas imaginadas no pós vida. Na continuidade o
professor José
Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS
DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) oferece a visão do Espiritismo sobre o tema a
partir dos argumentos lógicos de um leitor que diz: -Uma
coisa, que não me convence, é o tal do arrependimento, porque existem pessoas
que vivem uma vida descompromissada, fazem e aprontam, prejudicam os outros,
chegam até a cometer crimes bárbaros e, depois, se penitenciam diante de uma
igreja, acreditando que obtiveram o perdão e alcançaram a salvação, só porque
passam a dizer que aceitam Jesus. Eu me pergunto como pode ser isso? Onde está
o princípio da justiça? Será que Deus vai proteger somente aqueles que se dizem
arrepender de seus pecados, depois de terem feito tanto mal? Como ficam suas
contas passadas? E o mal que fizeram? Será que a fé é suficiente para apagar
tudo isso, deixando vítimas amarguradas e revoltadas e prejuízos sem acerto de
contas? Neste caso, seria vantajoso ser mal até o último dia e depois se
arrepender. Gostaria de ter uma explicação sobre isso. O seu
raciocínio está correto e bem colocado; na própria pergunta você já deu a
resposta que procura. O Espiritismo traz no seu bojo o mais perfeito senso de
justiça, que já se formulou em todas as épocas da Humanidade, tirado justamente
da concepção ampla e profunda de Jesus sobre a vida moral. Não foi por outro
motivo que o jurista cubano Fernando Ortiz, estudando pormenorizadamente Allan
Kardec, lançou a obra "A FILOSOFIA PENAL DOS ESPÍRITAS" (Editora LAKE, S. Paulo), que merece ser
lida não apenas por conhecedores do Direito, mas por todas as pessoas que
querem penetrar mais a fundo o aspecto moral da Doutrina. Na obra espírita, os
conceitos de culpa e mérito são fundamentais. Se somos seres dotados de vontade
própria, se podemos aprender a dominar as nossas emoções e sentimentos, se
temos capacidade de decidir, é porque Deus nos permitiu, caminhando pelos
próprios pés, construir a vida que pretendemos, pelos caminhos que mais nos
aprouver e, assim, assumir as consequências de nossos atos ou omissões, sempre
respondendo por eles. O arrependimento ( conforme podemos ler na questão 990 e
seguintes de O LIVRO DOS ESPÍRITOS é o primeiro passo da consciência que amadureceu, mas
não representa, por mais sincero que seja, a quitação definitiva das
"dívidas" contraídas ao longo de nossa experiência e, muito menos, a
conquista do céu: cada um deve responder pelo que fez ou deixou de fazer. O
perdão de Deus consiste nas oportunidades REPARAÇÃO dos prejuízos causados,
etapa que vem depois do ARREPENDIMENTO, para quitar definitivamente a
"dívida", ou contra pessoas ou contra a coletividade. Para o Espírito
em evolução, o maior sofrimento sempre virá a partir do momento em que ele se
arrepender do mal que fez ou do Bem que deixou de fazer (amadurecimento
espiritual) , em forma de sentimento de culpa ou remorso, de modo que as contas
a serem prestadas ou o tribunal que o julga não estão propriamente em Deus ou
na pessoa de algum Juiz Supremo, mas na sua própria consciência que, cedo ou
tarde, vai exigir e conseguir dele o retorno à vida para quitar dívida por
dívida, para reparar prejuízo por prejuízo, de alguma forma, em algum tempo ou
lugar. Portanto, a doutrina do arrependimento, aliado à fé, como meta única de
salvação, sem a necessidade da reparação, é profundamente falha, porque não
conserta a situação, não recupera o delinquente e não o coloca, portanto, em
condições de compartilhar dos ideais superiores da vida num reino de amor e
justiça, como aquele a que Jesus tanto se referiu.
.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
SUICÍDIOS - PREVISÃO ACERTADA
- E como se a
destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão suicídios
multiplicando-se numa proporção incrível, até entre crianças. A afirmação/prognostico faz parte do resumo de várias
conversas havidas com dois médiuns habituais nas relações de Allan
Kardec em sonambulismo extático e que, ao despertar, não conservaram
nenhuma lembrança. O conteúdo dessas informações foi reproduzido na REVISTA ESPÍRITA de outubro
de 1866. Vivemos esse tempo com o suicídio tendo se transformado num
problema de saúde publica segundo a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,
registrando-se hoje um suicídio a cada 45 segundos no Planeta. O Espiritismo tem
muito a dizer sobre - e exemplificar - sobre esse procedimento. A seguir três
respostas do Espírito identificado como São Luiz através do Sr.
C., médium falante e vidente, na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, na sessão do dia 12 de outubro de 1858: 1-.
Por
que o homem, que tem a firme intenção de se destruir, revoltar-se-ia à ideia de
ser morto por um outro e se defenderia contra os ataques, no
mesmo instante em que vai cumprir seu desígnio? – Porque o homem tem
sempre medo da morte; quando se suicida, está superexcitado, tem a cabeça
transtornada e realiza esse ato sem coragem nem temor e, por assim dizer, sem
ter a consciência do que faz, enquanto que, se pudesse escolher, não veríeis
tantos suicidas. O instinto do homem o leva a defender a própria vida e,
durante o tempo que medeia entre o instante em que seu semelhante se aproxima
para o matar e aquele em que o ato é cometido, há sempre um movimento de
repulsão instintiva da morte que o leva a repelir esse fantasma, que não é
apavorante senão para o Espírito culpado. O homem que se suicida não
experimenta esse sentimento, porque está cercado de Espíritos que o impelem,
que o auxiliam em seus desejos e lhe fazem perder completamente a lembrança do
que não seja ele mesmo, isto é, dos pais e daqueles que o amam, bem como de uma
outra existência. Nesse momento o homem é todo egoísmo. 2. Aquele que, desgostoso da
vida, embora não querendo suicidar-se, deseja que sua morte sirva para alguma
coisa, é culpável de a buscar no campo de batalha ao defender seu país?
Sempre. O homem deve seguir o impulso que lhe é dado; qualquer que seja a
carreira que abrace, seja qual for a vida que leve, é sempre assistido por
Espíritos que o conduzem e dirigem, mau grado seu. Ora, intentar contra seus
conselhos é um crime, visto estarem ali para nos dirigir e, quando queremos
atuar de moto próprio, para nos auxiliar. Entretanto, se o homem, arrastado por
seu próprio Espírito, quer deixar esta vida, logo é abandonado, reconhecendo
mais tarde sua falta, ao ver-se obrigado a recomeçar outra existência. Para
elevar-se, deve o homem ser provado; conter suas atitudes, pôr um entrave em
seu livre-arbítrio seria ir contra Deus, e as provas, nesse caso, tornar-se-iam
inúteis, porque os Espíritos não cometeriam faltas. O Espírito foi criado
simples e ignorante. Para chegar às esferas felizes é preciso, pois, que
progrida, eleve-se em ciência e em sabedoria, não sendo senão na adversidade
que adquire um coração elevado e melhor compreende a grandeza de Deus. 3. Um
dos assistentes observou que parece ter havido uma contradição entre essas
derradeiras palavras de São Luís e as precedentes, quando ele disse que o homem
pode ser impelido ao suicídio por certos Espíritos que a isto o excitam. Neste
caso, cederia a um impulso que lhe seria estranho? – Não há contradição
alguma. Quando disse que o homem impelido ao suicídio estava cercado de
Espíritos que a isto o solicitavam, não me referia aos Espíritos bons, que
fazem todos os esforços para o demover dessa ideia; isto deveria estar
subentendido. Todos sabemos que possuímos um anjo guardião, ou, se quiserdes,
um guia familiar. Ora, tem o homem o seu livre arbítrio; se, apesar dos
conselhos que lhe são dados, persevera nesta ideia criminosa, ele a realiza e,
para isso, é auxiliado pelos Espíritos levianos e impuros que o cercam e que se
sentem felizes, por ver que ao homem, ou Espírito encarnado, falta coragem para
seguir os conselhos de seu bom guia e, muitas vezes, dos Espíritos de parentes
mortos que o envolvem, sobretudo, em semelhantes circunstâncias.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
SEXUALIDADE E ESPIRITISMO
Atualmente objeto de acaloradas discussões, a
sexualidade em suas variações somente é avaliada do ponto de vista fisiológico
e psicológico. Evita-se a introdução nas polemicas do aspecto espiritual que
poderia efetivamente esclarecer a questão. Afinal, antes de surgirmos no Plano
de vida em que nos situamos, estávamos Espíritos, presos aos efeitos das ações
assumidas no passado na caminhada evolutiva. Oferecendo alguns elementos para
reflexões, alinhamos alguns tópicos capazes de ajudar a formar uma base de
entendimento, destacados de obras de indiscutível credibilidade.1- Espíritos são os seres inteligentes da Criação, a
individualização do Princípio Inteligente (LE, 76/79) 2- O Espírito carrega
um corpo que ajudou a formar por tempo
determinado durante a reencarnação, não um corpo carregando um Espírito.
3- No seu início a
criatura humana não tem senão instintos; mais avançada e extraviada, só tem
sensações; mais instruída e purificada, tem sentimentos e o ponto delicado do
sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol
interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e
revelações sobre-humanas. ESE) 4- Quando o Espírito concluiu uma prova,
adquiriu conhecimentos que não mais perde (LE,118) 5- Instinto sexual é
o amor em expansão.(EDM) 6- Nascer, viver,
morrer; renascer ainda; progredir sempre. Tal é a Lei. Revelando que o Espírito não tem sexo como
o entendemos dependendo a encarnação num
corpo de homem ou de mulher das provas que ele tem de sofrer porque deve
progredir em tudo, estando, portanto, a característica subordinada apenas ao
corpo de que se servirá, o Espiritismo abre caminho para a solução de uma
infinidade de problemas. Como explicar isso? Nos seres
inferiores da Criação, o Princípio Inteligente se
elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida. É de certa maneira um trabalho preparatório, como o
de germinação, em seguida ao qual o Princípio Inteligente sofre uma
transformação e se torna Espírito. (LE,
607ª) Começa para ele o período de humanidade, e com
este a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade
de seus atos. (LE, 607ª) Nesse processo, o
Princípio Inteligente gastou, desde os vírus e bactérias das primeiras horas do
protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de poder,
como Ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar suas primeiras
emissões do pensamento contínuo. (EDM, 6)
Essa caminhada é cumprida numa série de existências
que precedem o período chamado Humanidade (LE), não sendo na Terra o
ponto de partida da primeira encarnação humana, começando, em geral, nos Mundos
ainda mais inferiores, podendo, contudo, ocorrer como exceção. (LE,607b) Como surge e se desenvolve a energia sexual denominada libido por
Freud? Resulta da
caminhada do Principio Inteligente primeiro pelo Reino Vegetal onde as plantas,
por milênios e milênios, ensaiaram e fixaram em flores os estames e pistilos,
articulando, respectivamente elementos masculinos e femininos nas experiências
do hermafroditismo. Em fase mais avançada já no Reino Animal, na
condição de protozoário (microrganismos
unicelulares) e metazoários (microrganismos multicelulares) vivencia a
reprodução monogâmica. Posteriormente, nas espécies animais inferiores
alterna o hermafroditismo e a unissexualidade, evoluindo o instinto sexual
aperfeiçoando características na direção dos vertebrados. (EDM) Na criatura
humana, representa não uma energia fixa da Natureza, trabalhando a alma, e sim
uma energia variável da alma, com que ela trabalha a Natureza em que evolui,
aprimorando a si mesma. Uma força do Criador na criatura, destinada a
expandir-se em obras de amor e luz que enriqueçam a vida, igualmente
condicionada à Lei de Responsabilidade, que nos rege os destinos. (AR, 15)
domingo, 5 de novembro de 2017
sábado, 4 de novembro de 2017
CRENÇA E TOLERÂNCIA
Problema social responsável
por desastres coletivos de consequências dolorosas do ponto de vista carmico, a
intolerância religiosa continua a fazer vitimas no mundo a todo momento,
especialmente em Países considerados pobres. O professor José Benevides Cavalcante,
autor de FUNDAMENTOS DA DOUTRINA
ESPÍRITA (eme),com a sobriedade costumeira esclarece uma dúvida sobre o
tema na sequencia. Pondera os argumentos da pergunta: - Não posso
me conformar com qualquer tipo de intolerância, porque acredito no ideal da
liberdade. Mas, o que mais me choca é a intolerância religiosa, pois cada
pessoa deve ter a sua crença e a sua maneira de encarar a vida. A história da
Humanidade, porém, está marcada por essa terrível moléstia da intolerância em
todos os tempos. Prova mais evidente disso foi a Igreja Católica. Eu, por
exemplo, sou um céptico, e exijo que me respeitem como eu sou, assim como me
sinto na obrigação de respeitar qualquer pessoa que pense diferente de mim.
Gostaria muito de acreditar numa vida além desta, pois, fui criado numa família
religiosa e nunca deixei de admirar meus pais pela crença que tiveram. Eles não
conseguiram passá-la para mim e, infelizmente, nunca tive qualquer experiência
que me desse motivo para crer. Quero saber se vocês tem alguma fórmula eficaz
para isso. Você bem sabe, prezado
leitor, que não há fórmula mágica para isso. Kardec já disse, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que
"a fé não se prescreve".
Isto quer dizer que ninguém tem o condão de passar sua própria fé para outra
pessoa, pois a fé é um sentimento, não apenas uma informação, um pedido ou uma
ordem. Portanto, não há receita, nem fórmula de transmiti-la. Mas, se você se
propõe a buscá-la, certamente a encontrará, temos certeza disso. Você poderia
perguntar o que nos leva a ter essa certeza. Respondemos que ela advém da sua
postura de respeito às ideias alheias e defesa à liberdade de pensar. Quando a
pessoa raciocina como você, é porque ama a Verdade, e não se importa em
buscá-la, venha de onde vier; ela está desarmada de qualquer preconceito, está
atenta para ouvir e aprender, para analisar e tirar conclusões, sem aquela
preocupação em agradar ou desagradar a quem quer que seja. Allan Kardec foi muito
criterioso, em sua obra, ao colocar essa questão da fé, até porque o
Espiritismo se assenta sobre uma fé raciocinada e não sobre uma crença ingênua.
Ele diz que "a fé não se impõe", mas se conquista, quando a pessoa se
propõe a buscá-la. Contudo, não pense que para crer na vida além da morte você
precise tão somente de ver o fenômeno ou de assistir a uma sessão mediúnica.
Aliás, há um capítulo em O LIVRO DOS
MÉDIUNS, que trata do "Método", abordando esta questão com muita
propriedade. Kardec diz que o adepto do Espiritismo deve ser convencido pela
razão e não pelos fatos extraordinários, aqueles que as religiões chamam de
milagres. Para se conhecer o Espiritismo, portanto, a pessoa deve, primeiro se
inteirar, da Filosofia Espírita e, no seu caso, começar pelo estudo de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Antes de ver o
fato, deve-se compreender a teoria. Os fatos em si não convencem ninguém. Se
convencessem, como afirma o Prof. Henrique Rodrigues, médicos não
fumariam.
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
O DIA DOS MORTOS
O número de dezembro
de 1860 da REVISTA ESPÍRITA
apresenta na seção DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS
uma série de interessantes e reveladoras comunicações espirituais obtidas
através de diferentes médiuns. Uma, referindo-se especificamente à sessão da Sociedade
Espírita de Paris do dia 2 de novembro, relata que através da médium
Srta. Huet, o Espírito Charles Nodier, solicitado a
continuar o trabalho que havia começado em outra reunião, responde: -“Meus
caros amigos, permiti que nesta noite vos fale de um outro assunto. Na próxima
vez continuarei o trabalho começado. Hoje é uma data que nos é pessoalmente tão
consagrada que chamamos vossa atenção sobre a morte e as preces reclamadas pela
maioria dos que vos antecederam. Esta semana é um período de confraternização
entre o Céu e a Terra, entre os vivos e os mortos. Deveis ocupar-vos de nós
mais particularmente, e de vós também; porque, meditando sobre este pensamento
de que em breve, para vós, como para nós, os vivos entoarão preces por vossa
alma, deveis tornar-vos melhores. Conforme a maneira pela qual tiverdes vivido
aqui embaixo, sereis recebidos perante Deus. O que é a vida, afinal de contas?
Uma curtíssima migração do Espírito na Terra; tempo, entretanto, em que pode
acumular um tesouro de graças ou preparar-se para tormentos cruéis. Pensai nisso, pensai no Céu, e a vida, seja
qual for a que levais, vos parecerá bem amena. Charles Nodier A respeito
de sua comunicação, foram feitas ele as seguintes perguntas: 1- Hoje os Espíritos são mais numerosos nos cemitérios que
normalmente? – Nesta
época ficamos mais à vontade junto aos nossos despojos terrenos, porque os
vossos pensamentos, as vossas preces ali estão conosco. 2- Os Espíritos que, nesses dias, vêm aos seus túmulos, junto
aos quais ninguém ora, sofrem por se verem desamparados, enquanto outros têm
parentes e amigos que lhes trazem uma prova de lembrança? – Não
há pessoas piedosas que oram por todos os mortos em geral? Pois bem! essas
preces alcançam o Espírito esquecido e são, para ele, o maná celeste, que tanto
caía para o preguiçoso como para o homem ativo. A prece é para o conhecido,
como para o desconhecido. Deus a reparte igualmente, e os Espíritos bons que
delas não mais necessitam as devolvem àqueles a quem podem ser necessárias.
3- Sabemos que a fórmula das preces é indiferente; no
entanto, muitas pessoas têm necessidade de uma fórmula para fixar as ideias.
Nós vos seríamos gratos se ditásseis uma a propósito. Todos nos associaremos
pelo pensamento, para aplicá-la aos Espíritos que dela possam necessitar.
– Também o quero. -“DEUS, CRIADOR DO UNIVERSO, DIGNAI-VOS TER PIEDADE DE
VOSSAS CRIATURAS; CONSIDERAI AS SUAS FRAQUEZAS; ABREVIAI SUAS PROVAS TERRENAS,
SE ESTIVEREM ACIMA DE SUAS FORÇAS; COMPADECEI-VOS DOS SOFRIMENTOS DOS QUE
DEIXARAM A TERRA E LHES INSPIRAI O DESEJO DE PROGREDIREM PARA O BEM”. 4- Certamente aqui há vários
Espíritos aos quais podemos ser úteis. Vamos pedir que se deem a conhecer.
– Que pedido fazeis! Ireis ser assaltados.
5- De modo algum nos apavoramos com isso. Se não pudermos
ouvir a todos, o que dissermos para um servirá para os outros. – Pois
bem! Fazei o que vos ditar o coração. Tendo sido feito um apelo, sem
designação particular, a um dos Espíritos presentes, que queria comunicar-se
para reclamar nossa assistência, manifestou-se o de uma personagem muito
conhecida, morta há dois anos, revelando sentimentos muito diversos dos que
tinha em vida, e que se estava longe de suspeitar.
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