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sábado, 4 de novembro de 2017

CRENÇA E TOLERÂNCIA

Problema social responsável por desastres coletivos de consequências dolorosas do ponto de vista carmico, a intolerância religiosa continua a fazer vitimas no mundo a todo momento, especialmente em Países considerados pobres. O professor José Benevides Cavalcante, autor de FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA (eme),com a sobriedade costumeira esclarece uma dúvida sobre o tema na sequencia. Pondera os argumentos da pergunta: - Não posso me conformar com qualquer tipo de intolerância, porque acredito no ideal da liberdade. Mas, o que mais me choca é a intolerância religiosa, pois cada pessoa deve ter a sua crença e a sua maneira de encarar a vida. A história da Humanidade, porém, está marcada por essa terrível moléstia da intolerância em todos os tempos. Prova mais evidente disso foi a Igreja Católica. Eu, por exemplo, sou um céptico, e exijo que me respeitem como eu sou, assim como me sinto na obrigação de respeitar qualquer pessoa que pense diferente de mim. Gostaria muito de acreditar numa vida além desta, pois, fui criado numa família religiosa e nunca deixei de admirar meus pais pela crença que tiveram. Eles não conseguiram passá-la para mim e, infelizmente, nunca tive qualquer experiência que me desse motivo para crer. Quero saber se vocês tem alguma fórmula eficaz para isso. Você bem sabe, prezado leitor, que não há fórmula mágica para isso. Kardec já disse, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que "a fé não se prescreve". Isto quer dizer que ninguém tem o condão de passar sua própria fé para outra pessoa, pois a fé é um sentimento, não apenas uma informação, um pedido ou uma ordem. Portanto, não há receita, nem fórmula de transmiti-la. Mas, se você se propõe a buscá-la, certamente a encontrará, temos certeza disso. Você poderia perguntar o que nos leva a ter essa certeza. Respondemos que ela advém da sua postura de respeito às ideias alheias e defesa à liberdade de pensar. Quando a pessoa raciocina como você, é porque ama a Verdade, e não se importa em buscá-la, venha de onde vier; ela está desarmada de qualquer preconceito, está atenta para ouvir e aprender, para analisar e tirar conclusões, sem aquela preocupação em agradar ou desagradar a quem quer que seja. Allan Kardec foi muito criterioso, em sua obra, ao colocar essa questão da fé, até porque o Espiritismo se assenta sobre uma fé raciocinada e não sobre uma crença ingênua. Ele diz que "a fé não se impõe", mas se conquista, quando a pessoa se propõe a buscá-la. Contudo, não pense que para crer na vida além da morte você precise tão somente de ver o fenômeno ou de assistir a uma sessão mediúnica. Aliás, há um capítulo em O LIVRO DOS MÉDIUNS, que trata do "Método", abordando esta questão com muita propriedade. Kardec diz que o adepto do Espiritismo deve ser convencido pela razão e não pelos fatos extraordinários, aqueles que as religiões chamam de milagres. Para se conhecer o Espiritismo, portanto, a pessoa deve, primeiro se inteirar, da Filosofia Espírita e, no seu caso, começar pelo estudo de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Antes de ver o fato, deve-se compreender a teoria. Os fatos em si não convencem ninguém. Se convencessem, como afirma o Prof. Henrique Rodrigues, médicos não fumariam.

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