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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O PROBLEMA DA CREMAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O Espírito André Luiz considera que, excetuando-se determinados casos de mortes em acidentes e outros casos excepcionais, em que a criatura necessita daquela provação, ou seja, o sofrimento intenso no momento da morte, esta de um modo geral não traz dor alguma porque a demasiada concentração do dióxido de carbono no organismo determina anestesia do sistema nervoso central. Explica que o fenômeno da concentração do gás carbônico alteia o teor da anestesia do sistema nervoso central provocando um fenômeno que eles chamam de acidose. Com a acidose vem a insensibilidade e a criatura não tem estes fenômenos de sofrimento que imaginamos”. Embora a resposta tenha sido dada pelo médium Chico Xavier em esclarecedora entrevista quando da realização da pioneira cirurgia de transplante de coração realizada em 1968, no Brasil, certamente pode servir para avaliarmos a questão da cremação introduzida no lado Ocidental da Terra, através da Europa, no início do século 20, visto que na milenar e Oriental Índia faz parte das tradições do Bramanismo, atual Hinduísmo. Consultado em 1935 sobre o assunto, o Espírito Emmanuel, esclareceu, contudo, que a mesma “nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de 50 horas após o desenlace”, considerando que “a cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana”. Compreende-se porque através da explicação de Allan Kardec sobre experiência da morte: -“Por ocasião da morte corpórea, o Espírito, entra em perturbação, e, perde a consciência de si mesmo, de sorte que jamais testemunha o último suspiro do seu corpo. Pouco a pouco a perturbação se dissipa e o Espírito se recobra, como um homem que desperta de profundo sono. Sua primeira sensação é a de estar livre do fardo carnal; segue-se o espanto, ao reparar no novo meio em que se encontra. Acha-se na situação de um a quem se cloroformiza para uma amputação e que, ainda adormecido, é levado para outro lugar. Ao acordar, ele se sente livre do membro que o fazia sofrer; muitas vezes, procura-o, surpreendido de não mais o possuir. Do mesmo modo, o Espírito, no primeiro momento, procura o corpo que tinha; descobre-o a seu lado; reconhece que é o seu e espanta-se de estar dele separado e só gradativamente se apercebe da sua nova situação. Neste fenômeno, apenas se operou uma mudança de situação material. Quanto ao moral, o Espírito é exatamente o que era algumas horas antes; por nenhuma modificação sensível passou; suas faculdades, suas ideias, seus gostos, seus pendores, seu caráter são os mesmos e as transformações que possa experimentar só gradativamente se operarão, pela influência do que o cerca. Em resumo, unicamente para o corpo houve morte; para o Espírito, apenas sono houve”. A reação diante do fato, porém, depende de cada um. O Espírito Irmão X, através do próprio Chico Xavier pondera: -“Morrer não é libertar-se facilmente. Para quem varou a existência na Terra, entre abstinências e sacrifícios, a arte de dizer adeus é alguma coisa da felicidade ansiosamente saboreada pelo Espírito, mas para o comum dos mortais, afeitos aos “comes e bebes” de cada dia, para os senhores da posse física, para os campeões de conforto material e para os exemplares felizes do prazer humano, na mocidade ou na madureza, a cadaverização não é serviço de algumas horas. Demanda tempo, esforço, auxílio e boa vontade”. No mesmo texto, indaga: -“Não seria justo conferir pelo menos três dias de preparação e refazimento ao peregrino das sombras para a desistência voluntária dos enigmas que o afligem na retaguarda?”. O extraordinário acervo constituído de mensagens-depoimento psicografadas pelo famoso médium demonstra a utilidade dessa precaução, prevista, por sinal, na legislação brasileira. De qualquer forma, oportuno considerarmos o comentário do Espírito Emmanuel: -“Mesmo que a separação entre o Espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos...”.



Este comentário veio de um senhor que resolveu se manter longe de qualquer religião; segundo ele, para se livrar do sentimento de culpa. “Quando criança aprendi que a gente peca por pensamentos, palavras e obras, e isso me deixou preocupado, porque eu imaginava Deus me vigiando o tempo todo, até mesmo quando eu ia ao banheiro, para saber o que estou pensando e assim me condenar por pensamentos que, muitas vezes, nem eu conseguia evitar. Esse sentimento de culpa ficou comigo por muito tempo, até que eu descobri que não podia mais acreditar nisso.”

Essa concepção de que cada um de nós é vigiado por Deus nas 24 horas do dia nasceu das antigas crenças religiosas que assim procuravam controlar o comportamento social. Ela está diretamente ligada à ideia de castigo divino, quando era ensinado que todo mal que a pessoa sofria era por conta dos deuses ou espíritos da natureza quando lhe reprovavam a conduta. Era assim com as epidemias, as tempestades, a seca, os terremotos, e todos os flagelos que atingiam não só o indivíduo, mas toda a coletividade.

Os estudos da antropologia assinalam a importância do referido período na história humana, até porque, nas primeiras experiências tribais, quem estabelecia as leis e a ordem eram os chefes religiosos ou sacerdotes, de modo que as condutas indesejáveis deveriam ser evitadas ou severamente castigadas. Mas, com o tempo, verificou-se que não era suficiente evitar determinadas práticas; era necessário vigiar e controlar também o pensamento das pessoas, para que elas se sentissem controladas o tempo todo.

Ora, com a chegada da civilização e a evolução do pensamento religioso, essa ideia de que Deus nos vigia o tempo todo passou a fazer parte dos mandamentos - uma forma de controle da sociedade, numa época em que o ser humano vivia sob o império da ameaça e do medo. Mesmo assim, sob a ameaça do castigo divino, quando lemos o antigo testamento da Bíblia por exemplo, vamos verificar como foi difícil para Moisés obter a obediência de seu povo.

Para o Espiritismo isso tudo é passado. Estamos no século XXI e já não dá para compreender Deus, armado até os dentes e sempre pronto a nos castigar por nossos erros e fraquezas. A doutrina de Jesus, na história do povo hebreu, marcou o rompimento com aquele antigo conceito de um deus severo e vingativo. Na verdade, aquele momento de Jesus, tão mal compreendido até hoje, representa o início de uma era do pensamento religioso no mundo ocidental, pois Jesus agora falava de um Deus-Pai, bom e misericordioso, e não mais de um deus severo e implacável.

Contudo, é importante dizer que esta postura do Espiritismo, em relação aos ensinamentos de Jesus, não nos exonera da reponsabilidade sobre nossos atos- sejam eles palavras, ações ou mesmo pensamentos. Mas essa responsabilidade não é cobrada como se cobra uma dívida qualquer, quando alguém, de fora vem exigir pagamento. Não. Ela surge de forma espontânea da reação da consciência moral de cada um quando fere um princípio da lei natural.

A moral espírita é uma moral autônoma; o Espiritismo diz que a cobrança não é de Deus, mas de nós mesmos, de acordo com o nosso amadurecimento espiritual: é a lei de Deus refletindo em nossa mente. Desse modo, o pensamento de prejudicar alguém ou de praticar um ato de desonestidade, por exemplo, mais cedo ou mais tarde, acaba gerando um conflito íntimo na pessoa, acompanhado de um sofrimento moral. Mas não é Deus que está nos apontando e, sim, a nossa própria consciência que já sabe distinguir o certo do errado.

Assim, em se tratando da lei divina, não existe um julgamento exterior (de fora para dentro), mas sim um julgamento que nasce da nossa própria intimidade, começando pelo arrependimento e pelo remorso e, depois, criando obstáculos que comprometem nosso mundo interior, com repercussão desagradável seja nesta, seja em vidas futuras. Quando vai acontecer isso? - você perguntaria.

Como dissemos, depende do nível de entendimento de cada um. Para aquele que já sabe que errou, a dor do arrependimento já começa imediatamente; para aquele que ainda não sabe reconhecer ou avaliar o erro que cometeu, a partir do momento que dele toma consciência. É comum acontecer alguns “insights” nesse sentido nos momentos que antecedem a morte ou logo após a desencarnação, quando naturalmente a mente faz um rastreamento e uma avaliação da vida.

Aquilo que se costuma chamar de castigo de Deus é crença do passado, um dogma que permaneceu através dos séculos, mas que conflita tanto com os ensinamentos de Jesus, do mesmo modo que a antiga lei de talião, do olho por olho, dente por dente, implantada por Moisés.

Sobre esta intrigante questão Allan Kardec faz um oportuno comentário sob o título “Pecado por Pensamento, Adultério” que vamos encontrar no capítulo 8º d’OEVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. E ele finaliza seu comentário observando que, em nosso progresso espiritual, podemos nos achar em diferentes estágios evolutivos que assinalam diferentes condições morais em que se nos encontramos. Kardec diz o seguinte:

Na pessoa que já não concebe o mau pensamento o progresso está realizado; naquela que tem esse mau pensamento, mas o repele, o progresso está em vias de realizar; naquela, enfim, em que a pessoa tem o mal pensamento e nele se compraz, o mal está ainda com toda a sua força”. E conclui Kardec ao final: “Numa o pensamento está feito, na outra está por fazer. Deus, que é justo, considera todas essas diferenças na responsabilidade dos atos e dos pensamentos o homem”.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

PORQUE TEMEMOS A MORTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Abrindo o número de fevereiro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta um interessante artigo de sua autoria, analisando a questão DA APREENSÃO DA MORTE. Logo no início, que a criatura humana desde o estado selvagem, tem a intuição de que a morte não é a última palavra da existência, sendo a crença no futuro infinitamente mais geral que a no nada, perguntando como é que entre os que creem na imortalidade ainda se encontra tanto apego às coisas da Terra, sendo tão grande o medo da morte? Explica que “a apreensão da morte é efeito da sabedoria da Providência, e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido quanto às condições da vida futura, como contra peso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento”. Ressalta que “é por isto que, nos povos primitivos, o futuro não passa de vaga intuição, mais tarde simples esperança, enfim mais tarde uma certeza, mas ainda contrabalançada por um secreto apego à vida corporal”. Salienta que “à medida que o homem compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte; mas, ao mesmo tempo, melhor compreendendo sua missão na Terra, espera seu fim com mais calma, resignação e sem medo”. Diz que “a certeza da vida futura dá um outro curso às suas ideias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter essa certeza, só trabalha para o presente; com esta certeza trabalha em vista do futuro, sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da direção, mais ou menos boa, que der ao presente. A certeza de reencontrar os amigos após a mote, de continuar as relações que teve na Terra, de não perder o fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em perfeição, lhe dá paciência para espera e coragem para suportar as momentâneas fadigas da vida terrena. A solidariedade que vê estabelecer-se entre os mortos e os vivos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos; desde então a fraternidade tem sua razão de ser e a caridade um objetivo no presente e no futuro”. Orienta que “para libertar-se das apreensões da morte, deve poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado por pensamento no Mundo Invisível e dele ter feito uma ideia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria”. Afirma que “naqueles Espíritos que não são suficientemente avançados, a vida material ainda predomina sobre a espiritual”. Consequentemente, “ligando-se ao exterior, o homem só vê a vida no corpo, ao passado que a vida real está na alma: estando o corpo privado de vida, aos seus olhos tudo está perdido e ele se desespera. Se, em vez de concentrar o pensamento na vestimenta externa, a voltasse para a fonte mesma da vida, sobre a alma, que é o Ser real, a tudo sobrevivente, lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e tantas dores. Mas para isto é preciso uma força que o Espírito só adquire com a maturidade”. Prevê que “o medo da morte depende, da insuficiência das noções sobre a vida futura; denotando a necessidade de viver, e o medo que a destruição do corpo seja o fim de tudo”, enfatizando que “a apreensão enfraquece à medida que se forma a certeza desaparecendo quando a certeza é completa”. Seguindo com argumentos racionais e lógicos, aponta como fatores determinantes, a ideia de que a alma não é uma realidade efetiva, mas uma abstração; o ensino recebido desde a infância; o quadro que dela faz a religião institucionalizada; as cerimônias lúgubres que cercam a morte, que aterram mais que provocam esperanças. Realça que a Doutrina Espírita muda inteiramente a maneira de encarar o futuro que sai do terreno da hipótese, para a da realidade, deixando o estado da alma após a morte não é mais um sistema, mas um resultada da observação, o Mundo Invisível aparecendo em toda a sua realidade prática, não tendo sido descoberto pelo esforço dos homens em uma concepção engenhosa, mas descrito pelos próprios habitantes desse mundo descrevendo sua situação, em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça. Concluindo, frisa que “o Mundo Visível e o Mundo Invisível estão em relações perpétuas e se assistem mutuamente. Não mais sendo permitida a dúvida sobre o futuro, a apreensão da morte não tem mais razão de ser: vê-se-a vir com sangue frio, como uma libertação, como a porta da vida, e não a do nada”.


Se nós não sabemos nada sobre a vida passada e nem mesmo o que prometemos para esta encarnação, como podemos ser responsabilizados pelos atos que vamos praticar nesta vida?

O fato de não lembrarmos de vidas passadas serve de argumento para quem combate a reencarnação, pois neste caso a pessoa alega que, se nada lembramos de vidas anteriores, é porque não vivemos antes. Mas o argumento é insuficiente porque não leva em consideração o sentido filosófico da reencarnação.

Recentemente, uma revista internacional de neurociência publicou um trabalho sobre um novo caminho para remover memórias indesejáveis da mente de pessoas que vivem traumatizadas com lembranças de situações que precisariam esquecer. Nesse novo estudo os cientistas descobriram que esquecer intencionalmente requer maior esforço mental do que o necessário para memorizar.

Ora, neste caso estamos falando apenas de esquecimento de fatos desta vida e não de vidas passadas, e de fatos perturbadores ( como grandes decepções, acidentes graves, assaltos, sequestros, enfermidades, grandes perdas), cuja repercussão pode causar, ao longo dos anos, transtornos emocionais graves, levando o paciente a buscar ajuda de especialistas, sobretudo psiquiatras e psicoterapeutas, afim de que possa apagar tais lembranças da memória.

Esta questão, caros ouvintes, reacende nosso interesse em estudar mais a fundo a reencarnação, pois sabemos que, na reencarnação, o esquecimento exerce papel fundamental. Quando tomamos consciência desta vida, via de regra, nada lembramos de experiências anteriores, como se elas não tivessem existido.. E por quê? Porque memórias indesejáveis de vidas passadas podem causar grandes transtornos emocionais ao Espírito.

Por isso, a regra é esquecer de vez o passado, como se ele jamais tivesse existido. Imaginem um filho que se lembrasse que fora assassinado pelo seu pai atual em vida anterior. Que problema se criaria entre eles! Estamos apenas dando um exemplo. É claro! Não haveria clima para uma reaproximação; pelo contrário, o ódio que existira entre eles reacenderia e a vida em comum seria simplesmente impraticável.

Neste caso, para que serviria, então, a reencarnação? Assim como durante esta vida há uma necessidade muito pronunciada de nos desligarmos de experiências traumáticas, preferindo esquecê-las, conforme os estudos citados, com muito maior razão o processo de esquecimento acontece em relação ao Espírito que renasce para outra vida.

A natureza é sábia, muitos afirmam. E, de fato, é. Quando a reencarnação acontece, é acionado de forma automática no Espírito um mecanismo que cuida de apagar memórias indesejáveis. Além disso, devemos levar em consideração que o cérebro, que retém memórias, é outro; não é mais o cérebro da vida anterior.

É a oportunidade de o Espírito renascer com um novo cérebro para retomar seu caminho e principalmente para tomar contato com novos valores aprendendo a compreender e perdoar o adversário. Por isso, no meio espírita é comum as pessoas afirmarem que o esquecimento é uma benção.

De fato, é uma benção. É a sabedoria e a misericórdia divinas em ação, através das leis dada natureza, dando a cada um nova existência para a retomada da vida de uma maneira mais elevada, mais consentânea com a lei do amor. 


domingo, 29 de janeiro de 2023

RESULTADOS INESPERADOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Indiscutivelmente, não fazia parte das conclusões habituais das terapias aplicadas em seus pacientes desde que se especializara em Psiquiatria na Universidade de Yale, renomada escola dos Estados Unidos da América do Norte. Exatamente por isso, o Professor e doutor Brian Weiss resolveu contar somente após quatro anos, a história construída com uma de suas pacientes, no início dos anos 80. Trabalhavam no mesmo Hospital, ligado à Escola de Medicina da cidade Miami, onde ele ministrava aulas e clinicava. Não se conheciam até o primeiro atendimento, sucessivas vezes adiado e consumado ante a insistência de colegas médicos que lhe solicitaram tentar resolver os distúrbios que perturbavam a harmonia de Catherine – nome fictício -, uma jovem na faixa dos 30 anos, acometida de depressão, insônia, algumas fobias e medos em estágio progressivo. Os resultados contrariavam não só tudo aquilo que havia aprendido em sua formação como visto até então. De igual modo como acontece com aquelas capazes de redefinir paradigmas, foram descobertas casuais, embora não originais. Após 18 meses de tentativas frustradas de identificar a origem do perturbador processo que envolvia Catherine, o Dr Weiss resolveu experimentar a hipnose e os efeitos se fizeram sentir rapidamente, pois recuada à primeira infância, a paciente recuperou de suas memórias profundas uma vivência traumatizante aos 6 anos, num tratamento dentário; outro, aos 5 anos, quando a empurraram de um trampolim para uma piscina sem saber nadar e, por fim, a pior de todas, aos 3 de idade quando viu seu pai, militar ligado à Marinha, entrar alcoolizado no escuro de seu quarto, tapar sua boca e abusar dela sexualmente. Os registros desvendados, porém, não promoveram melhoras significativas e o terapeuta resolveu prosseguir com a regressão e o que se apurou a seguir foi surpreendente: Catherine transpôs a barreira desta vida e começou a resgatar memórias de outras que teria tido nos últimos quatro mil anos, em diferentes nações, civilizações, raças, culturas, minudenciando fatos que, revelavam inclusive a presença nas diferentes passagens pelo corpo físico, de alguns dos personagens presentes na sua existência atual. As surpresas, porém, não pararam por aí. A partir de uma das dezenas de sessões que se realizariam nas semanas seguintes, houve manifestações do que o Dr. Weiss chamou de Mestres. Na primeira delas, para assegurar a veracidade da ocorrência, Catherine repetiu algumas informações de ordem pessoal do médico, ou seja, somente do seu conhecimento. Uma, sobre o raro nome de seu pai, Avron, que havia morrido tempos antes e outra, sobre um filho do Dr Weiss morto 23 dias depois de ter nascido, e, passado por delicada cirurgia com que se pretendia reverter o quadro raríssimo - um em cada 10 milhões de nascimentos -, de trazer o coração invertido em relação aos corpos normais. A morte da criança provocou profunda reflexão no médico, em face da dor experimentada, fazendo-o optar pelo exercício da Psiquiatria por descrer das demais especialidades. A perda familiar, bem como do nome incomum de seu genitor, não era do conhecimento de Catherine que não privava de maior intimidade com a pessoa de Weiss. Os Mestres revelaram a Catherine ter ela tido 86 existências no corpo físico, alternando inclusive sua sexualidade, ora renascendo como homem, ora como mulher. Os conflitos enfrentados por Weiss, naturalmente, foram muitos, determinados não só pela sua formação acadêmica, como pela religiosa visto ser seguidor do Judaísmo que não considera nem remotamente a possibilidade da reencarnação. Buscando encontrar subsídios para entender aquilo com que se deparava, o médico releu inclusive o livro do curso de religiões comparadas frequentado por ele no seu primeiro ano na Universidade de Columbia. “Havia’, apurou ele, ‘referências à reencarnação no Velho e no Novo Testamento. Em 325 d.C, o imperado romano Constantino, o Grande e sua mãe, Helena, suprimiram as que estavam contidas no novo Testamento. O Segundo Concílio de Constantinopla em 553 d.C, validou este ato, declarando herético o conceito de reencarnação. Aparentemente, ele enfraqueceria o poder crescente da Igreja, dando aos homens tempo demais para buscarem a salvação”. Publicado em 1988, sob o título MUITAS VIDAS, MUITOS MESTRES (1991, salamandra), o livro tornou-se um campeão de vendagem, popularizando a história que influenciou milhares de profissionais ligados à saúde mental.


A crença em Deus não é natural? Então, por que existem pessoas, principalmente homens de ciência, que afirmam e sustentam que Deus não existe?

Quando Allan Kardec afirmou, há mais de 160 atrás, que a crença em um ser supremo ou em seres superiores que comandam o universo é natural, ele não estava emitindo apenas uma opinião isolada. As pesquisas, ao longo dos anos, mas principalmente, das últimas décadas do século 20 para cá, têm revelado que a grande maioria das pessoas de todos os países creem na divindade, seja lá o nome que lhe deem, a religião que professem ou mesmo muitos que não seguem nenhuma religião específica.

Por incrível que pareça, muitos filósofos que proclamavam o ateísmo, principalmente a partir do século XIX, acreditavam que o progresso intelectual da humanidade determinaria, mais cedo ou mais tarde, o total desaparecimento da religião. Alguns chegaram a prever que isso se daria até o final do século XX, afirmando que a fé religiosa não suportaria o peso da verdade científica e que, portanto, os dias da religião estavam contados. Mas, para sua surpresa, apesar do progresso científico e tecnológico do século XX, a religião, de um modo geral, não desapareceu.

Bem antes disso, Kardec chegou a dizer em suas obras que não existe e nunca existiu um povo ateu. Trata-se, portanto, de uma constatação e não apenas de uma teoria: a grande maioria acredita em Deus, apesar de todas as imposições contrárias. O que, certamente, veio acontecendo, através dos séculos, não só em razão do progresso intelectual, mas muito mais por causa do abuso das lideranças religiosas e da exploração da boa fé do povo, foi o fortalecimento de um movimento antirreligioso, que culminou no ateísmo dos nossos dias.

Em linhas gerais podemos dizer o seguinte. Muita gente se rebelou contra o império da religião em todos os lugares do mundo. Quem conhece um pouco da história da humanidade, sabe que a religião (como instituição) acabou se transformando numa força opressora e violenta, optando por deixar o homem comum na ignorância para nele alimentar apenas e tão somente uma fé cega ou ingênua. Qualquer um de nós pode perceber quanto desrespeito, quanta maldade e quanta crueldade já foram praticados em nome de Deus e da religião ao longo da História.

Aqui, no mundo ocidental, tivemos o mais contundente desse exemplo de intolerância e perseguição religiosa por ocasião das Cruzadas e da Santa Inquisição, que acabou provocando centenas de milhares de vítimas e tudo em nome de Deus. Durante a inquisição religiosa os perseguidos eram os homens mais inteligentes, os mais criativos – os artistas, os cientistas e os simpatizantes de cultos diferentes – pois a religião dominante se achava no direito de cobrar com extremada violência fidelidade e obediência aos seus dogmas de fé e não tolerava a quem a ela se opusesse. Foram épocas de ditaduras religiosas.

Do ponto de vista espírita, o que veio acontecendo durante os séculos, foi uma reação antirreligiosa aos dogmas impostos, reação essa que, ainda hoje, se manifestam em muitos Espíritos que sofreram essas atrocidades e retornaram à vida terrena para lutar pela liberdade de expressão. Se você observar bem, vai perceber que geralmente as pessoas que se proclamam ateias são as que têm maior anseio de liberdade, com certeza porque foram vítimas da opressão no passado.

Talvez nem sejam razões de ordem científica que determinam o ateísmo até porque, mesmo na atualidade, existem, como sempre existiram, cientistas que têm suas religiões, mesmo que se trate de religião pessoal. Outros, centenas deles, embora a pressão que sofram, interessam-se ou se dedicam a estudos que visam à realidade do espírito, como aqueles que se dedicam a pesquisa sobre reencarnação e vida após a morte.  


sábado, 28 de janeiro de 2023

O MUNDO DE REGENERAÇÃO DEPENDE DA EVOLUÇÃO INDIVIDUAL ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Em reunião de junho de 1865, foi lida em reunião da Sociedade Espírita de Paris, notícia sobre a existência desde o início do século 19, de uma comunidade próximo à Villingen, na Floresta Negra, Alemanha, caracterizada por um estilo de vida que se aproximava da sociedade ideal. Segundo a nota, “composta por cerca de 400 habitantes, no meio século de existência, jamais aconteceu que um só habitante tivesse tido que ver com a polícia; jamais houve casos de delitos ou de crimes; jamais foi aberto um processo nessa comuna. Também ali não se encontram mendigos”. No número seguinte da REVISTA ESPÍRITA, após reproduzir breve manifestação espontânea do Espírito Lamennais, Allan Kardec comenta: -“Qual a causa da maior parte dos males da Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoísmo mata a benevolência, a condescendência, a indulgência, o devotamento, a afeição desinteressada, e todas as qualidades que fazem o encanto e a segurança das relações sociais. Numa sociedade de egoístas não há segurança para ninguém, porque cada um, só buscando o próprio interesse, sacrifica sem escrúpulo o do vizinho. Muitas pessoas se creem perfeitamente honestas porque são incapazes de assassinar e assaltar pelas estradas. Mas será que aquele que, por cupidez e dureza, causa a ruína de um indivíduo e o leva ao suicídio, que reduz toda uma família à miséria., ao desespero, não é pior que um assassino e um ladrão? Assassina em fogo lento, e porque a lei não o condena, porque os seus semelhantes aplaudem a sua maneira de agir e a sua habilidade, ele se julga isento de censuras e marcha de fronte erguida! Assim os homens estão sempre em desconfiança uns contra os outros; sua vida é uma ansiedade perpétua; se não temem o ferro, nem veneno, estão às voltas com as chicanas, a inveja, o ciúme, a calúnia, numa palavra, com o assassinato moral. Que seria preciso para fazer cessar esse estado de coisas? Praticar a caridade(...). A comunidade em foco, nos oferece em miniatura o que será o mundo quando for regenerado. O que é possível em pequena escala se-lo-á em grande? Duvidar seria negar o progresso. Dia virá em que os homens, vencidos pelos males gerados pelo egoísmo, compreenderão que seguem rota errada, e Deus quer que eles o aprendam à sua custa, porque lhes deu o livre arbítrio. O excesso do mal lhes fará sentir a necessidade do Bem, e eles se voltarão para este lado, como para a tábua de salvação. Quem os levará a isto? A fé séria no futuro e não a crença no nada após a morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e não o medo dos suplícios eternos. Tudo está submetido à Lei do Progresso; os mundos também progridem física e moralmente; mas se a transformação da Humanidade deve esperar o resultado da melhora individual, se nenhuma causa vier apressar essa transformação, quantos séculos, quantos milhares de anos não serão ainda possíveis? Tendo a Terra chegado a uma dessas fases progressivas, basta que não seja mais permitido aos Espíritos atrasados de aqui encarnar e que, à medida das extinções, Espíritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado. Suponhamos, pois, que em vez de Espíritos egoístas, a Humanidade seja, num dado tempo, formada de Espíritos imbuídos de sentimentos de caridade, em vez de procurarem prejudicar-se, eles se entreajudarão mutuamente; viverão felizes e em paz. Não mais ambição de povo a povo e, portanto, não mais guerras; não mais soberanos governando ao seu talante, a justiça em vez do arbítrio, portanto, não mais revoluções; não mais os fortes, esmagando e explorando o fraco; equidade voluntária em todas as transações, portanto não mais querelas nem chicanas. Tal será o estado do mundo depois de sua transformação. De um mundo de expiação e provas, de um lugar de exílio para os Espíritos imperfeitos, tornar-se-á um mundo feliz, um lugar de repouso para os bons Espíritos; de um mundo de punição será um mundo de recompensa (...). Suponhamos que alguns Espíritos embrulhões, egoístas e malévolos aí venham a encarnar-se. Em breve semearão a perturbação e a confusão; ver-se-ão reviverem, como alhures, as querelas, os processos, os delitos e os crimes. Assim seria a Terra, após sua transformação, se Deus a abrisse ao acesso dos maus Espíritos. Progredindo a Terra, aí estariam deslocados e por isso expiarão seu endurecimento e refazendo sua educação moral em mundos menos adiantados”.


Uma ouvinte habitual de MOMENTO ESPÍRITA nos encaminhou o seguinte comentário: “ Costumo fazer minhas orações todos os dias, mas sinto que elas não têm muito efeito em minha vida. Será que não sei orar? Ultimamente até fico um tanto confusa quando oro e chego a trocar palavras.”

Não existe um jeito de orar melhor do que aquele que Jesus ensinou. Deveríamos nos ater à simplicidade do ensinamento do mestre.

Infelizmente, a nossa cultura religiosa de muitos séculos ainda está nos prendendo a formalidades, a orações longas e repetitivas o que, na verdade, destoa daquele ensinamento.

Orar é muito mais simples do que geralmente as pessoas imaginam. Nós ainda estamos muito presos ao ritualismo das religiões antigas – das celebrações e dos sacrifícios - ao invés de buscarmos a simplicidade da prece ensinada por Jesus.

Falar com Deus pode ser um ato de qualquer momento e em qualquer circunstância. Deus é a presença constante em nossa vida – de todos nós, de cada um de nós.

É claro que, no fundo, o que vale na prece é a intenção, mas mesmo com boa intenção, se quisermos, podemos melhorar a qualidade de nossos contatos com Deus.

Veja que Jesus, diante de seu povo angustiado e infeliz, poderia simplesmente recomendar, dentro de sua religiosidade, que frequentassem mais as sinagogas, que fossem mais vezes ao templo, que contribuíssem mais com o dízimo ou se submetessem mais ao sacrifício do jejum ou a oferendas mais valiosas.

No entanto, o que disse ele ao povo? “Quando orares, não sejas como os hipócritas, que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros.

Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam a sua recompensa. 

Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente. 

E, quando orardes, não useis de vãs repetições, como fazem os pagãos; pois eles imaginam que devido ao seu muito falar é que serão ouvidos. …”

E, em seguida, Jesus ensina uma prece simples, curta, rica de sentido e de sentimento: o Pai Nosso, que você sabe e que todos nós sabemos.

De tão simples que até uma criança sabe. Para Jesus prece é isso. Todavia, não é a prece em si que vale e nem quantas vezes a repetimos, mas o sentimento que nela colocamos e sinceridade de nosso coração.

Para que o nosso sentimento possa se expressar com toda intensidade, a prece não pode ser longa, porque numa prece muito longa nos cansamos e perdemos a concentração, pois o pensamento passeia com muita facilidade.

O poder da oração, portanto, não está nas palavras em si, mas no sentimento que expressamos e que, na maioria das vezes, as palavras não conseguem traduzir.

Logo, o valor da oração, caro ouvinte, não está nem mesmo no local ou no momento em que a fazemos.

Jesus usou a figura do quarto justamente para deixar claro que a oração - sendo uma conversa secreta com Deus, e Deus estando em toda parte - ela deve ser feita de Espírito para Espírito – ou seja, no silêncio de nosso coração, na intimidade da alma, porque ela é pessoal e intransferível.

O quarto, como nosso aposento mais íntimo, representa o lugar mais secreto de nossa alma. Contudo, caro ouvinte, se imaginamos Deus longe de nós, diminuímos nossa capacidade de chegar até Ele, mas se O imaginamos em nosso coração, o contato com o Pai já está feito, aqui e agora.

Veja bem. A única condição, que Jesus coloca para a prece, é a do coração sincero e desejoso de melhorar.

Se a prece é a busca de Deus, precisamos ter consciência de que só vamos encontrar Deus em nosso coração, se estivermos decididos a vencer os nossos maus sentimentos, se estivermos usando de sinceridade para conosco mesmos. [

É por isso que ele, afirma a necessidade da busca da reconciliação com o adversário, antes mesmo da oferta, porque sem o perdão ou sem o desejo da reconciliação nenhuma oferta tem valor.

Assim, uma boa recomendação para quem quer orar bem, é rever a oração do Pai Nosso, refletir sobre cada frase, cada palavra, e verificar, acima de tudo, se realmente estamos procurando seguir os passos de Jesus, perdoando nossos ofensores, assim como queremos que Deus nos perdoe as faltas e nos livre do mal.

Quando a prece é bem feita, ainda que seja uma prece de um minuto, ela nos deixa uma elevada sensação de leveza e bem estar.

Desse modo a oração deve ter um significado claro para a mente e para o coração.

Ela não pode ser apenas uma obrigação, não pode ser apenas uma vã repetição de palavras e nem precisa de um lugar especial ou de qualquer ritual.

A oração é um ato espiritual. Ela precisa apenas e tão somente de um coração sincero, decidido a melhorar-se a partir de então. Cada prece, em nossa vida, deve ser única, pois em cada uma delas devemos colocar toda a nossa força interior, buscando perdoar nossos ofensores e confiando na justiça de Deus.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

O ALTO CUSTO DO SUICÍDIO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Considerado pela maioria das religiões como imperdoável e determinante da condenação eterna, o suicídio segundo o Espiritismo é visto como a fuga ou deserção de programas planificados antes mesmo da reencarnação viabilizar a existência do Ser na Dimensão em que nos encontramos. Não a partir de teorizações, mas, de milhares de depoimentos através de outro tanto número de médiuns. E, da forma objetiva como a Doutrina Espírita trata a sobrevivência após a morte, vinculando também à Lei de Causa e Efeito (ou do Carma), revela que as sequelas ou traumas produzidos pelos violentos traumas impostos ao corpo físico gravam-se na estrutura denominada corpo espiritual ou períspirito, reproduzindo-se, de um modo ou outro, na reencarnação imediatamente após a frustrada pela violência intencional. Tais marcas imporão limitações ou restrições na forma biológica resultante da gravidez durante o número de anos que faltavam ser concluídos na forma voluntariamente abandonada, tempo necessário para recuperar a harmonia da estrutura drasticamente avariada, a fim de retomar o curso da evolução inexorável, atrasada pelo gesto insensato. Análises apresentadas n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS (questões 943 a 957), oferecem vários elementos para reflexão e o estudo sobre a obsessão nos oferece outros importantes dados como os Espíritos Claudia Pinheiro Galasse, desencarnada aos 18 anos (“- Não sei até hoje que forças desumanas teriam posseado o meu Ser. Recordo-me que chegava a sentir mão pesada sobre a minha para que o gatilho não falhasse”) ou Wlademir Cesar Ranieri, desencarnado com 25 anos, em 1981 (-O que se verificou foi a hipnose por parte de criaturas desencarnadas que me seguiam e junto das quais não me furto às responsabilidades do meu gesto infeliz. A minha vontade era uma alavanca de Deus em minhas mãos. Poderia facilmente escutar os convites injustos e rechaça-los com o meu livre arbítrio, mas a minha fraqueza foi o que me perdeu”.), ambos com cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier e inseridas no livro AMOR E SAUDADE (ideal). Situações como essas são consideradas como com atenuantes. Não impedem, contudo, a necessidade de enfrentamento das consequências advindas do ato extremo. Em texto inserido no livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS (feb), prefaciado pelo Orientador Espiritual Emmanuel através de Chico Xavier, no início dos anos 60, ele explica que “após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições”. Esclarece que “segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma”. Exemplificando, diz que “os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endócrinas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo as neoplasias diversas e a paralisia infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa”. Anos depois indagado sobre o problema da esquizofrenia, Chico Xavier revelaria que os portadores deste transtorno psiquiátrico, “são os que suicidaram após terem cometido homicídios” e as vitimas de nanismo, os que se atiraram de grandes alturas, chocando-se com o solo em pé, impondo radical compressão às estruturas físico/perispirituais. Como o desconhecimento dessas informações certamente tem favorecido o número crescente de suicídios em todo Planeta na atualidade, necessário difundi-las para, pelo menos, as pessoas refletires sobre as possibilidades expostas e sobre a orientação oferecida por Emmanuel no final de seu comentário: -“ Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus”.


Não vejo como seja possível amar o inimigo, justamente aquele que me odeia e me quer ver infeliz. Já é difícil amar o amigo que, muitas vezes, nos trai e nos decepciona. Esse idealismo já foi cultivado por muita gente no mundo, mas todos aqueles que tentaram percorrer esse caminho se deram mal. Posso citar Sócrates, o próprio Jesus ou Gandhi.

Acreditamos que, mesmo do ponto de vista materialista – aquele que não concebe a alma imortal e muito menos Deus – já não se pode hoje contestar a necessidade e a importância do amor incondicional. Nisso, a humanidade, embora ainda muito carente de amor, já deu um passo significativo e o primeiro dele foi quando o homem percebeu que a vingança nunca foi solução para os conflitos humanos.

- Num passado distante, quando ainda não existia código civil ( que só surgiu em 1808), quando o poder se concentrava nas mãos dos mais fortes, que decidiam tudo para todos a seu bel prazer, as desavenças se perpetuavam por gerações em atos de violência uns contra os outros, e a justiça por vingança era apenas e tão somente a expressão do ódio e da violência que vinha confirmar mais ainda a injustiça.

Foi a evolução política e moral que tirou de cada cidadão o poder de fazer justiça com as próprias mãos para atender a uma finalidade maior, que é de preservar a paz e os direitos de todos. Nisso houve um notável progresso, principalmente a partir do século XVI, fazendo com que a sociedade entendesse que mais importante que as desavenças pessoais é o bem-estar da coletividade.

As lições de Jesus, por força do progresso moral e intelectual, foram aos poucos influenciando nas reformas da legislação humana, até alcançar a compreensão que, diante da sociedade, todos são iguais. Por isso, até hoje, quando ainda não somos capazes de resolver nossos conflitos pessoais, buscamos o auxílio do Estado: para evitar a perpetuação da vingança que gera mortes inconsequentes.

Não se justifica a violência, nem mesmo para combater a própria violência. Aliás, Gotama Buda, 5 séculos antes de Cristo, já afirmava que violência com violência gera mais violência e que só o amor pode combater a violência. Jesus de Nazaré, no auge de seus ensinamentos morais, proclamou o amor aos inimigos, que vinha contrariar a tradição de agressões e de vinganças que caracterizava a história de seu povo. Sobre esta questão, nunca encontramos uma abordagem tão feliz como a que Allan Kardec apresenta no capítulo XII de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO de 1864.

Amar os inimigos não é ter para com eles uma afeição que não está na natureza, porque o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira bem diferente do de um amigo; é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; é perdoar-lhes sem segunda intenção e incondicionalmente o mal que nos fazem; é não opor nenhum obstáculo à conciliação; é desejar-lhes o bem em lugar de desejar-lhes o mal; é regozijar-se em lugar de se afligir pelo bem que alcançam; é estender-lhes a mão segura em caso de necessidade; é abster-se em palavras e ações de tudo que possa prejudicá-los; enfim, é lhes retribuir em tudo o mal com o bem, sem intenção de os humilhar. Quem quer que faça isso cumpre as condições do mandamento: amai os vossos inimigos”. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

O ESPÍRITO GASTRONOMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Gosto da boa mesa e das mulheres; viva o melão e a lagosta, o café e o licor!” ditou numa reunião espírita particular um Espírito, sob o nome de Baltazar, por meio de batidasEntendendo que “tais disposições de um habitante do outro mundo poderia dar lugar a um estudo sério, do qual poder-se-ia tirar um ensinamento instrutivo sobre as faculdades e sensações do Espíritos”, Allan Kardec resolveu evocá-lo na reunião da Sociedade Espírita de Paris, na reunião de 19 de outubro de 1860, conforme explica em matéria inserida no número da REVISTA ESPÍRITA, de novembro daquele ano. Buscava ainda obter mais informações sobre a fisiologia do corpo espiritual ou períspirito. Nas catorze perguntas a ele dirigidas, Baltazar ofereceu vários elementos para nossas reflexões. Um deles que estava “desencarnado há 30 anos, tendo morrido aos 80 de idadetendo sido advogado, neto e filho de gastrônomos – seus pais eram financistas que na antiga monarquia contratavam a cobrança de impostos -, e, lamentando estar diante de uma grande mesa vazia de alimentos, indagado como se serviria se estivesse carregada, respondeu que “sentiria seu aroma, como outrora lhes saboreava o gosto”. Comentando a colocação, Kardec diz: -“Sabemos que os Espíritos tem nossas sensações e percebem os odores tão bem quanto os sons. Não podendo comer, um Espírito material e sensual se repasta da emanação dos alimentos; saboreia-os pelo olfato, como em vida o fazia pelo paladar. Há, pois, algo de material em seu prazer; mas como, na verdade, há mais desejo do que realidade, este mesmo prazer, aguilhoando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas”. Sobre se seu corpo fluídico possuía um estômago, disse: “-um estomago fluídico também, onde só os aromas podem passar”. Questionado se vendo comidas gostosas sentia vontade de comer, usou interessante analogia para se explicar: -“Para mim, esses alimentos são o que são as flores para vós: cheirais, mas não comeis. Isso vos contenta. Então, também me satisfaço. Se, sentia prazer vendo os outros comerem, disse que “muito, quando estou perto”. Se, experimentava necessidade de comer e beber, esclareceu que necessidade, não; mas desejo, sim, sempre. Solicitado a explicar se o desejo ficava plenamente satisfeito pelo cheiro aspirado, se era a coisa se realmente comesse, contra argumentou: -“É como se eu vos perguntasse se a vista de um objeto que desejais ardentemente vos substitui a posse desse objeto”. Se o desejo que experimentava era um suplício por não haver prazer real, falou que “um suplício maior do que pensais. Mas, procuro atordoar-me, criando-me uma ilusão”. Ampliando a abordagem, Kardec lhe pergunta se dormia algumas vezes, apurando que não, ocupando-se por “rodar um pouco por toda parte, percorrendo feiras e mercados, vendo chegar a pesca, com isto se ocupando”. Se via Espíritos mais felizes que ele, disse que sim, alguns cuja felicidade consiste em louvar a Deus, o que não conhece pois seus pensamento roçam pela terra, finalizando a entrevista respondendo desconhecer as causas que os tornam mais felizes que ele, não as apreciando, como aquele que não sabe o que é um prato preferido e não o aprecia”. Ao se despedir, concluiu que talvez chegue a isso e, que iria procurar um jantarzinho muito delicioso e suculento”. Analisando a manifestação, Kardec diz que Baltazar “faz parte dessa classe numerosa de seres invisíveis que não se elevaram em nada acima da condição da Humanidade. Só tem de menos o corpo material, mas suas ideias são exatamente as mesmas. Não é um mau Espírito, não tem contra si senão a sensualidade, que, ao mesmo tempo, é para ele um suplício e um prazer; como Espírito, não é muito infeliz; é até feliz ao seu modo. Mas, Deus sabe o que o espera em nova existência! Uma triste volta, poderá fazê-lo bem refletir e desenvolver o senso moral, ainda abafado pela preponderância dos sentidos”. Um século depois, o Espírito André Luiz, através de Chico Xavier, discorrendo sobre a alimentação escreveu que “desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético”...



Os gêmeos xifópagos são dois Espíritos, cada qual com sua individualidade e seu perispírito? Por que isso acontece? ( Leninha)


Em primeiro lugar, vamos explicar o que são gêmeos xifópagos. São gêmeos que nascem unidos pelo tronco. O termo XIFÓPAGO provém de XIFÓIDE, apêndice terminal de um osso chamado ESTERNO, situado na frente do tórax onde se unem as costelas. Isto porque muitos xifópagos estudados eram unidos por esta parte do corpo. Mas ligações físicas podem se efetuar por diversos órgãos ou segmentos corporais, inclusive inviabilizando a gestação.


A medicina considera que esses casos – aliás, raríssimos – ocorrem por causa de um erro no código genético. Gêmeos idênticos são gerados a partir de uma mesma célula-ovo, que se separa até o nono dia de gestação. Segundo uma corrente de cientistas, quando há atraso nessa separação, pode ocorrer casos de gêmeos xifópagos, também conhecidos por siameses. Outra explicação é a separação incompleta de uma mesma célula, que daria origem apenas a um bebê.


Seja qual for a explicação científica, os casos são raros, mas causam grande impacto emocional, principalmente para os pais. Com o grande avanço medicina, hoje muitos casos já podem ser recuperados através de um delicado procedimento cirúrgico, quando se dá a separação das crianças, mas isso depende quase sempre das condições financeiras dos pais, principalmente nos países pobres. Na verdade, gêmeos xifópagos são duas crianças e, portanto, dois Espíritos. Do ponto de vista espírita não é difícil compreender que todos os casos de animálias de nascimento, além das causas genéticas ou congênitas, devem ter causas espirituais – ou seja, problemas de existências anteriores.


Segundo o princípio da causalidade, que é uma lei da natureza – “ não há efeito sem causa” – Com certeza, a irresistível atração entre os Espíritos pode provocar referida anomalia, mas isso as causas que determinaram essa situação depende de cada caso, pois essa atração sempre resulta numa situação extremamente desconfortável. Alguns Espíritos dizem que o ódio ou o sentimento de culpa entre os Espíritos podem provocar situações com essa.


O Dr. Ricardo Di Bernardi, médico em Santa Catarina, afirma que “Espíritos, que se odeiam, por exemplo, mantêm um fluxo de energia entre si, prendendo-se reciprocamente. Em muitas circunstâncias não há possibilidade, a curta e mesmo a médio prazo, de se dissolver estas ligações para a recuperação psíquica dos envolvidos.” Desse modo, em nível humano, a condição desses Espíritos, com certeza, está ligada a situações anteriores de convivência, em outras encarnações. Contudo, a misericórdia de Deus permite que, com o progresso da medicina, até situações como essa possam ser amenizadas através de procedimentos cirúrgicos adequados.


Os gêmeos xifópagos, como dissemos, representa um caso doloroso para os pais e muitos mais para esses Espíritos. Sem a lei da reencarnação, não teríamos como explicar a razão de tão grandes sofrimentos. Desse modo, conceber que a vida é uma só e que Deus decide como quiser as condições em que cada um nasce neste mundo, seria absurdo do ponto de vista de sua Justiça, de sua Bondade e de sua Perfeição.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

MERGULHANDO NO INCONSCIENTE PROFUNDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Autora de 42 livros, entre os quais o exaltado MÉDICO DE HOMENS E DE ALMAS (1959), romanceando a história do evangelista Lucas, Taylor Caldwell, na verdade Janet Miriam Holland Taylor Caldwell, mergulhou numa profunda depressão quando da morte de seu marido Marcus Reback. Contava na época 70 de idade tendo afirmado a amigo muito próximo que “se não fosse católica, com uma leve suspeita de que alguma coisa talvez exista depois da morte, se mataria, por não ter nada que a prendesse, pois, quando seu marido morreu, todo o sol retirou-se de sua vida”. Acometida de “pressão arterial tremendamente alta”, dissera que “tudo quanto esperava era um enfarte para morrer logo”. Nascida na Inglaterra, em 1900, imigrara com sete anos com a família para os Estado Unidos da América do Norte, tendo perdido o pai pouco depois. Casou-se aos 19, desenvolvendo várias atividades, até se formar na Universidade de Bufallo, em 1931, divorciando-se em seguida. No ano seguinte, casar-se-ia novamente com aquele que seria o grande amor de sua vida convivendo com ele por quatro décadas. Em 1938, teve publicado seu primeiro trabalho A DINASTIA DA MORTE, iniciado quatro anos antes, sendo que todo acervo construído vendeu mais de 39 milhões de exemplares no mundo, tornando ela e o marido, milionários. Radicalmente avessa à ideia da reencarnação por considerá-la deprimente dizendo “estremecer à simples ideia de nascer novamente neste mundo. A vida, para mim, praticamente desde a infância, foi uma coisa monstruosa, penosa, angustiante, e a ideia de repetir tal existência – mesmo sob melhores condições – me horroriza”, dizendo-se resistente a qualquer tipo de hipnose, concordou, logo após a morte do marido, em submeter-se a experiências de regressão de memória sugeridas pelo amigo escritor Jess Stearn, que afirmava que os detalhes vividos em muitos dos romances históricos de sua autoria era realmente lembrança subconsciente de vidas anteriores. Acertados os detalhes, inclusive que tudo seria gravado sem que Taylor ouvisse nada até o fim da investigação no seu inconsciente profundo, a primeira sessão ateve-se a recuperação de lembranças da existência atual. Afloraram lembranças como a registrada quando ela tinha 9 anos e ouvira de sua mãe muito calma: -“Nunca desejamos que você nascesse. Há um rio no final da Rua. Por que você não vai se afogar?”. Ficou gravado: -“Olhei para minha mãe e vi que ela estava falando sério. Era a nossa casa na Rua Albany. Não sei por que ela disse aquilo. Olhei-a nos olhos e pensei que ela estava louca”. Retroagida ao período pré-natal, desabafou: -“Meu Deus! Aqui estou eu novamente. Mas desta vez vai ser diferente, a última. Desta vez não serei impaciente de novo, para ter que voltar para cá. Depois desta vez não voltarei mais. Tenho a impressão de que alguém está tentando me matar. Ouço alguém dizer: - Não a terei, não a quero. Será que ela se refere a mim?". A sessão seguinte levou-a à Inglaterra Vitoriana, falando com forte sotaque irlandes onde teria se chamado Jeannie MacGill, filha de pais desconhecidos, abrigada num prostíbulo até os dez anos quando foi trabalhar como doméstica na casa da famosa romancista Mary Ann Evans onde perseguida por uma governanta foi vitima de uma armação da mesma, o que lhe valeu uma condenação de dez anos não cumprida por ter se enforcado antes. Ainda neste século 19, reencarnaria num subúrbio de Londres, tendo se chamado Wilma Sims, tendo morrido aos 21 anos, vitimada pela tuberculose. Levada a voltar ao século 18, viu-se como uma copeira em casa de família, onde viveu até os 14 anos, tendo morrido em meio a violências praticadas por seu patrão, dois filhos e mais dois homens embriagados. Entre os séculos 14 e 15, viu-se reencarnada como uma freira chamada Irmã Tereza, no convento Santa Maria de Las Rosas, na cidade de Barcelona (Espanha), tendo morrido afogada ao atirar-se ao mar, após ter tido frustrada sua fuga com um padre que seduzira por amor. As sessões foram levando-a a recuar a uma existência entre os Maias; como uma grega chamada Helena, como uma judia chamada Hannah ao tempo de Jesus na cidade de Magdala; totalizando ao final das pesquisas 11 encarnações. As investigações revelaram inúmeros detalhes extremamente ricos, inclusive sobre como Taylor dominava tão bem conhecimentos relacionados à Medicina, sobre os quais escrevia com muita profundidade e propriedade sem tê-los estudado na vida atual. Concluídas as sessões de regressão, depois de ler com muita atenção a transcrição do material obtido, sem conseguir explicar seu conhecimento do hebraico, espanhol, italiano, idiomas não aprendidos na vida atual, afirmou-se “a cética dos céticos sobre a ideia da reencarnação”, que, para ela, “se existe, é uma gigantesca maldição e não uma esperança”. (material baseado no texto ENTRE A REVOLTA E A DOR de Hermínio Correia de Miranda)



Tive uma experiência com minha mãe. Quando ela estava nos momentos finais de vida, ainda lúcida (porque conversava com a gente), ela começou a dizer que via seu pai (meu avô falecido) e passou a falar com ele. Depois disse que sua mãe (que é minha avó também falecida) estava chegando ali para recebê-la e que ela iria partir. A cena foi muito comovente e eu, naquele momento, acreditei em tudo que ela estava dizendo e me emocionei muito. Mas, depois de algum tempo, analisando melhor, achei que ela estava delirando, só teve uma alucinação e que outras pessoas também têm essa experiência. Sei que o Espiritismo acredita na vida depois da morte e queria que vocês dessem uma explicação. (Fátima, e-mail)


Na verdade, Fátima, narrativas sobre esse tipo de experiência sempre existiram e estão presentes em muitos relatos e em muitas literaturas de povos de todo o mundo. O cientista materialista atribui essas visões próximas à morte a estado de alucinação por que passa o paciente; segundo eles, resultado da degeneração de que o cérebro se ressente com o término da vida. O Espiritismo estudou e vem estudando esses casos e, através de observação e registros meticulosos de pesquisadores, verificou que existe uma grande dose de realidade nesses relatos. É claro que, para se ter uma certeza de que não é mera alucinação, não se pode considerar apenas e tão somente a narrativa do moribundo, mas o conteúdo de sua narrativa e a comparação com dados reais, afim de se tirar uma conclusão comparativa dos dados.


Segundo os Espíritos - André Luiz faz alusão a esses casos – o esgotamento do corpo é fator preponderante para a emancipação da alma, fenômeno que favorece a percepção extra-sensorial do paciente, como essa que a sua mãe teve. Os Espíritos familiares, principalmente, preocupam-se muito conosco na passagem de um plano para outro, que nem sempre é fácil. A presença desses entes queridos desencarnados serve de lenitivo para quem está partindo, notadamente para que não se sinta sozinho e desamparado nesse momento.


Por isso, não é raro acontecer que, diante da morte, os pacientes entrem em contato direto com seus protetores e familiares, para que façam uma passagem mais serena e tranqüila. Se você quiser informações mais detalhadas a respeito, leia o livro “NOSSA VIDA NO ALÉM”, autoria da Dra. Marlene Nobre, Editora FÉ, São Paulo. Ali, a autora apresenta, inclusive, vários relatos de Espíritos, que se comunicaram pelo Chico Xavier, em mensagens aos seus entes queridos, que contam suas dificuldades no momento da desencarnação e a presença confortante de familiares e amigos que vieram recebê-los