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domingo, 29 de janeiro de 2023

RESULTADOS INESPERADOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Indiscutivelmente, não fazia parte das conclusões habituais das terapias aplicadas em seus pacientes desde que se especializara em Psiquiatria na Universidade de Yale, renomada escola dos Estados Unidos da América do Norte. Exatamente por isso, o Professor e doutor Brian Weiss resolveu contar somente após quatro anos, a história construída com uma de suas pacientes, no início dos anos 80. Trabalhavam no mesmo Hospital, ligado à Escola de Medicina da cidade Miami, onde ele ministrava aulas e clinicava. Não se conheciam até o primeiro atendimento, sucessivas vezes adiado e consumado ante a insistência de colegas médicos que lhe solicitaram tentar resolver os distúrbios que perturbavam a harmonia de Catherine – nome fictício -, uma jovem na faixa dos 30 anos, acometida de depressão, insônia, algumas fobias e medos em estágio progressivo. Os resultados contrariavam não só tudo aquilo que havia aprendido em sua formação como visto até então. De igual modo como acontece com aquelas capazes de redefinir paradigmas, foram descobertas casuais, embora não originais. Após 18 meses de tentativas frustradas de identificar a origem do perturbador processo que envolvia Catherine, o Dr Weiss resolveu experimentar a hipnose e os efeitos se fizeram sentir rapidamente, pois recuada à primeira infância, a paciente recuperou de suas memórias profundas uma vivência traumatizante aos 6 anos, num tratamento dentário; outro, aos 5 anos, quando a empurraram de um trampolim para uma piscina sem saber nadar e, por fim, a pior de todas, aos 3 de idade quando viu seu pai, militar ligado à Marinha, entrar alcoolizado no escuro de seu quarto, tapar sua boca e abusar dela sexualmente. Os registros desvendados, porém, não promoveram melhoras significativas e o terapeuta resolveu prosseguir com a regressão e o que se apurou a seguir foi surpreendente: Catherine transpôs a barreira desta vida e começou a resgatar memórias de outras que teria tido nos últimos quatro mil anos, em diferentes nações, civilizações, raças, culturas, minudenciando fatos que, revelavam inclusive a presença nas diferentes passagens pelo corpo físico, de alguns dos personagens presentes na sua existência atual. As surpresas, porém, não pararam por aí. A partir de uma das dezenas de sessões que se realizariam nas semanas seguintes, houve manifestações do que o Dr. Weiss chamou de Mestres. Na primeira delas, para assegurar a veracidade da ocorrência, Catherine repetiu algumas informações de ordem pessoal do médico, ou seja, somente do seu conhecimento. Uma, sobre o raro nome de seu pai, Avron, que havia morrido tempos antes e outra, sobre um filho do Dr Weiss morto 23 dias depois de ter nascido, e, passado por delicada cirurgia com que se pretendia reverter o quadro raríssimo - um em cada 10 milhões de nascimentos -, de trazer o coração invertido em relação aos corpos normais. A morte da criança provocou profunda reflexão no médico, em face da dor experimentada, fazendo-o optar pelo exercício da Psiquiatria por descrer das demais especialidades. A perda familiar, bem como do nome incomum de seu genitor, não era do conhecimento de Catherine que não privava de maior intimidade com a pessoa de Weiss. Os Mestres revelaram a Catherine ter ela tido 86 existências no corpo físico, alternando inclusive sua sexualidade, ora renascendo como homem, ora como mulher. Os conflitos enfrentados por Weiss, naturalmente, foram muitos, determinados não só pela sua formação acadêmica, como pela religiosa visto ser seguidor do Judaísmo que não considera nem remotamente a possibilidade da reencarnação. Buscando encontrar subsídios para entender aquilo com que se deparava, o médico releu inclusive o livro do curso de religiões comparadas frequentado por ele no seu primeiro ano na Universidade de Columbia. “Havia’, apurou ele, ‘referências à reencarnação no Velho e no Novo Testamento. Em 325 d.C, o imperado romano Constantino, o Grande e sua mãe, Helena, suprimiram as que estavam contidas no novo Testamento. O Segundo Concílio de Constantinopla em 553 d.C, validou este ato, declarando herético o conceito de reencarnação. Aparentemente, ele enfraqueceria o poder crescente da Igreja, dando aos homens tempo demais para buscarem a salvação”. Publicado em 1988, sob o título MUITAS VIDAS, MUITOS MESTRES (1991, salamandra), o livro tornou-se um campeão de vendagem, popularizando a história que influenciou milhares de profissionais ligados à saúde mental.


A crença em Deus não é natural? Então, por que existem pessoas, principalmente homens de ciência, que afirmam e sustentam que Deus não existe?

Quando Allan Kardec afirmou, há mais de 160 atrás, que a crença em um ser supremo ou em seres superiores que comandam o universo é natural, ele não estava emitindo apenas uma opinião isolada. As pesquisas, ao longo dos anos, mas principalmente, das últimas décadas do século 20 para cá, têm revelado que a grande maioria das pessoas de todos os países creem na divindade, seja lá o nome que lhe deem, a religião que professem ou mesmo muitos que não seguem nenhuma religião específica.

Por incrível que pareça, muitos filósofos que proclamavam o ateísmo, principalmente a partir do século XIX, acreditavam que o progresso intelectual da humanidade determinaria, mais cedo ou mais tarde, o total desaparecimento da religião. Alguns chegaram a prever que isso se daria até o final do século XX, afirmando que a fé religiosa não suportaria o peso da verdade científica e que, portanto, os dias da religião estavam contados. Mas, para sua surpresa, apesar do progresso científico e tecnológico do século XX, a religião, de um modo geral, não desapareceu.

Bem antes disso, Kardec chegou a dizer em suas obras que não existe e nunca existiu um povo ateu. Trata-se, portanto, de uma constatação e não apenas de uma teoria: a grande maioria acredita em Deus, apesar de todas as imposições contrárias. O que, certamente, veio acontecendo, através dos séculos, não só em razão do progresso intelectual, mas muito mais por causa do abuso das lideranças religiosas e da exploração da boa fé do povo, foi o fortalecimento de um movimento antirreligioso, que culminou no ateísmo dos nossos dias.

Em linhas gerais podemos dizer o seguinte. Muita gente se rebelou contra o império da religião em todos os lugares do mundo. Quem conhece um pouco da história da humanidade, sabe que a religião (como instituição) acabou se transformando numa força opressora e violenta, optando por deixar o homem comum na ignorância para nele alimentar apenas e tão somente uma fé cega ou ingênua. Qualquer um de nós pode perceber quanto desrespeito, quanta maldade e quanta crueldade já foram praticados em nome de Deus e da religião ao longo da História.

Aqui, no mundo ocidental, tivemos o mais contundente desse exemplo de intolerância e perseguição religiosa por ocasião das Cruzadas e da Santa Inquisição, que acabou provocando centenas de milhares de vítimas e tudo em nome de Deus. Durante a inquisição religiosa os perseguidos eram os homens mais inteligentes, os mais criativos – os artistas, os cientistas e os simpatizantes de cultos diferentes – pois a religião dominante se achava no direito de cobrar com extremada violência fidelidade e obediência aos seus dogmas de fé e não tolerava a quem a ela se opusesse. Foram épocas de ditaduras religiosas.

Do ponto de vista espírita, o que veio acontecendo durante os séculos, foi uma reação antirreligiosa aos dogmas impostos, reação essa que, ainda hoje, se manifestam em muitos Espíritos que sofreram essas atrocidades e retornaram à vida terrena para lutar pela liberdade de expressão. Se você observar bem, vai perceber que geralmente as pessoas que se proclamam ateias são as que têm maior anseio de liberdade, com certeza porque foram vítimas da opressão no passado.

Talvez nem sejam razões de ordem científica que determinam o ateísmo até porque, mesmo na atualidade, existem, como sempre existiram, cientistas que têm suas religiões, mesmo que se trate de religião pessoal. Outros, centenas deles, embora a pressão que sofram, interessam-se ou se dedicam a estudos que visam à realidade do espírito, como aqueles que se dedicam a pesquisa sobre reencarnação e vida após a morte.  


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