faça sua pesquisa

sábado, 31 de agosto de 2013

O Mundo de Regeneração Depende da Evolução Individual?

Em reunião de junho de 1865, foi lida em reunião da Sociedade Espírita de Paris, notícia sobre a existência desde o início do século 19, de uma comunidade próximo à Villingen, na Floresta Negra, Alemanha, caracterizada por um estilo de vida que se aproximava da sociedade ideal.  Segundo a nota, “composta por cerca de 400 habitantes, no meio século de existência, jamais aconteceu que um só habitante tivesse tido que ver com a polícia; jamais houve casos de delitos ou de crimes; jamais foi aberto um processo nessa comuna. Também ali não se encontram mendigos”. No número seguinte da REVISTA ESPÍRITA, após reproduzir breve manifestação espontânea do Espírito Lamennais, Allan Kardec comenta: -“Qual a causa da maior parte dos males da Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoísmo mata a benevolência, a condescendência, a indulgência, o devotamento, a afeição desinteressada, e todas as qualidades que fazem o encanto e a segurança das relações sociais. Numa sociedade de egoístas não há segurança para ninguém, porque cada um, só buscando o próprio interesse, sacrifica sem escrúpulo o do vizinho. Muitas pessoas se creem perfeitamente honestas porque são incapazes de assassinar e assaltar pelas estradas. Mas será que aquele que, por cupidez e dureza, causa a ruína de um indivíduo e o leva ao suicídio, que reduz toda uma família à miséria., ao desespero, não é pior que um assassino e um ladrão? Assassina em fogo lento, e porque a lei não o condena, porque os seus semelhantes aplaudem a sua maneira de agir e a sua habilidade, ele se julga isento de censuras e marcha de fronte erguida! Assim os homens estão sempre em desconfiança uns contra os outros; sua vida é uma ansiedade perpétua; se não temem o ferro, nem  veneno, estão às voltas com as chicanas, a inveja, o ciúme, a calúnia, numa palavra, com o assassinato moral. Que seria preciso para fazer cessar esse estado de coisas? Praticar a caridade(...). A comunidade em foco, nos oferece em miniatura o que será o mundo quando for regenerado. O que é possível em pequena escala se-lo-á em grande? Duvidar seria negar o progresso. Dia virá em que os homens, vencidos pelos males gerados pelo egoísmo, compreenderão que seguem rota errada, e Deus quer que eles o aprendam à sua custa, porque lhes deu o livre arbítrio. O excesso do mal lhes fará sentir a necessidade do Bem, e eles se voltarão para este lado, como para a tábua de salvação. Quem os levará a isto? A fé séria no futuro e não a crença no nada após a morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e não o medo dos suplícios eternos. Tudo está submetido à Lei do Progresso; os mundos também progridem física e moralmente; mas se a transformação da Humanidade deve esperar o resultado da melhora individual, se nenhuma causa vier apressar essa transformação, quantos séculos, quantos milhares de anos não serão ainda possíveis? Tendo a Terra chegado a uma dessas fases progressivas, basta que não seja mais permitido aos Espíritos atrasados de aqui encarnar e que, à medida das extinções, Espíritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado.  Suponhamos, pois, que em vez de Espíritos egoístas, a Humanidade seja, num dado tempo, formada de Espíritos imbuídos de sentimentos de caridade, em vez de procurarem prejudicar-se, eles se entreajudarão mutuamente; viverão felizes e em paz. Não mais ambição de povo a povo e, portanto, não mais guerras; não mais soberanos governando ao seu talante, a justiça em vez do arbítrio, portanto, não mais revoluções; não mais os fortes, esmagando e explorando o fraco; equidade voluntária em todas as transações, portanto não mais querelas nem chicanas. Tal será o estado do mundo depois de sua transformação. De um mundo de expiação e provas, de um lugar de exílio para os Espíritos imperfeitos, tornar-se-á um mundo feliz, um lugar de repouso para os bons Espíritos; de um mundo de punição será um mundo de recompensa (...). Suponhamos que alguns Espíritos embrulhões, egoístas e malévolos aí venham a encarnar-se. Em breve semearão a perturbação e a confusão; ver-se-ão reviverem, como alhures, as querelas, os processos, os delitos e os crimes. Assim seria a Terra, após sua transformação, se Deus a abrisse ao acesso dos maus Espíritos. Progredindo a Terra, aí estariam deslocados e por isso expiarão seu endurecimento e refazendo sua educação moral em mundos menos adiantados”.                                                                              


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Lembrando o Dr Bezerra

“Não é, pois, nem após a primeira, nem após a segunda encarnação que a alma tem consciência bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a centésima ou milésima, explica Allan Kardec na edição de janeiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Quantas, então, até fixarmo-nos conscientemente no caminho do Bem para ascendermos na escala evolutiva? A lógica nos diz que aqueles que aqueles convertidos aos ensinamentos de Jesus logo após sua anunciada passagem entre nós, eram Espíritos amadurecidos, talvez oriundos de outras Moradas dentre tantas distribuídas na imensidão do Universo. Embora o Espírito conhecido como Dr Bezerra de Menezes seja mais lembrado pela extensa folha de serviços prestados à Causa da Iluminação da Humanidade ao longo do Século 20, liderando imensa legião que, em diferentes pontos, influencia médiuns, orientando pessoas e instituições que buscam seus conselhos, sua mais recente encarnação na Terra é marcante coleção de inspiradores exemplos. Renascido em 29 de agosto de 1831, no interior do Ceará; formado médico em 1856, aos 25 anos, converte-se publicamente ao Espiritismo em  1886, aos 55 anos, trabalhando incansavelmente na causa de implantação da Doutrina Espírita em terras brasileiras, até sua desencarnação, em 1900, aos 69 anos. Reintegrado ao Mundo Espiritual, inicia a citada tarefa, até que em 1953, em meio a homenagem dos cooperadores, foi informado sobre sua liberação com os compromissos na Terra ao que, emocionado renunciou considerando os afetos remanescentes presos a compromissos cármicos. Tempos depois do retorno do querido Chico Xavier ao Plano Espiritual, Arnaldo Rocha que privara da intimidade do médium do dia que o conhecera “casualmente” nesta existência até a mudança dele para Uberaba (MG), alinhou reminiscências no livro DIÁLOGOS E RECORDAÇÕES (uem). Entre as inúmeras informações que ali podemos acessar, há uma que revela ter sido o Espírito Bezerra de Menezes personagem do livro AVE,CRISTO (feb), onde o Espírito Emmanuel resgata interessantes reminiscências de histórias que se cruzaram por volta do ano 170 DC. Entre elas, a do Irmão Corvino, corajoso divulgador dos princípios cristãos naqueles tempos de perseguições e crueldades vividas pelos seguidores dos ensinos de Jesus. Ele que terminou seus dias vitimado por um matador de aluguel contratado para matar outro personagem de nome Quinto Varro, era a personalidade conhecida hoje como Bezerra de Menezes. Mas, o próprio Médico dos Pobres, revelou uma existência anterior quando das comemorações do centenário do Grupo Espírita Regeneração, instituição fundada por ele em 1891, quatro anos após sua conversão ao Espiritismo. Em mensagem aos dirigentes da época, psicografada por Chico Xavier em sua residência, no dia 6 de novembro de 1986, o Dr Bezerra contou que, no início do século seis da Era Cristã, um ancião conhecido como Irmão Parmênio, abandonado pela família anticristã, construíra em pequena colina da povoação chamada Possidônia, outrora chamada Pestum, recanto a que chamava Casa dos Benefícios, uma casa rústica em que hospedava os doentes e infelizes de qualquer procedência. A história da Casa dos Benefícios que desempenhava o papel de escola e lar, templo e recanto de cura para centenas de pessoas dos mais diferentes níveis sociais, irmanadas pelos desenganos e pelas próprias lágrimas, teria suas atividades interrompidas pela insanidade do marido de uma assistida que, inflamado por calúnias encetadas pela própria cunhada, com seus soldados ateou fogo à construção determinando a morte de todos os abrigados. A esposa vitimada, com outras entidades amigas, prometeu a Jesus que a obra do Irmão Parmênio seria reconstruída, para o que daria a sua própria vida. A Casa dos Benefícios e o Grupo Espírita Regeneração guardam, portanto, profunda relação. Sobrevivendo o segundo após o desencarne do Dr Bezerra, viu se cumprir a partir de 1952, o compromisso assumido por aquela que indiretamente foi a responsável pelo sinistro desfecho da trajetória da segunda, a Casa dos Benefícios. Identifica-se, dessa forma, mais uma das personalidades do Espírito conhecido em nossa Dimensão como Bezerra/Corvino/Parmênio, que tanto tem feito pela edificação do Reino de Deus entre a Humanidade habitante do Planeta Terra.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tudo Começa Na Mente

A pergunta foi direta: -“A invasão microbiana está vinculada a causas espirituais? A resposta também: -“As depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular. Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo, muitas vezes, em derredor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão. Desarticulado, pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em aplicações impróprias. Emerge, então, a moléstia por estado secundário em largos processos de desgaste ou devastação, pela desarmonia a que compele a usina orgânica, a esgotar-se, debalde, na tarefa ingente da própria reabilitação no plano carnal, quando o enfermo, sem atitude de renovação moral, sem humildade e paciência, espírito de serviço e devotamento ao Bem, não consegue assimilar as correntes benéficas do Amor Divino que circulam, incessantes, em torno de todas as criaturas, por intermédio de agentes distintos e inumeráveis, a todos estimulando, para o máximo aproveitamento da existência na Terra”.  O parecer pertence ao Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, estando inserida na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb, 1958). E ele vai mais longe afirmando que “sob o mesmo princípio de relatividade, a funcionar, inequívoco, entre doença e doente, temos a incursão da turberculose e da lepra, da brucelose e da amebíase, da endocardite bacteriana e da cardiopatia chagásica, e de muitas outras enfermidades, sem nos determos na discriminação de todos os processos morbosos, cuja relação nos levaria a longo estudo técnico”. Explica que o traço de união “é que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem ruturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas. Consolidado o ataque, pela brecha de nossa vulnerabilidade, aparecem as moléstias sintomáticas ou assintomáticas, estabilizando-se ou irradiando-se, conforme as disposições da própria mente, que trabalha ou não para refazer a defensiva orgânica em supremo esforço de reajuste, ou que, por automatismo, admite ou recusa, segundo a posição em que se encontra no princípio de causa e efeito, a intromissão desse ou daquele fator patogênico, destinado a expungir dela, em forma de sofrimento, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo dos semelhantes”.  Haverá formas de reverter o quadro? Segundo o Benfeitor, “quando o doente adota comportamento favorável a si  mesmo, pela simpatia que instila no próximo, as forças físicas encontram sólido apoio nas radiações de solidariedade e reconhecimento que absorve de quantos lhe recolhem o auxílio direto ou indireto, conseguindo circunscrever a disfunção aos neoplasmas benignos, que ainda respondem à influência organizadora dos tecidos adjacentes”. Lembra que “o Bem constante gera o Bem constante e, que, mantida a nossa movimentação infatigável no Bem, todo o mal por nós amontoado se atenua, gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio, nascidas, a nosso favor, em todos aqueles aos quais dirijamos a mensagem de entendimento e amor puro, sem necessidade expressa de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar os resquícios da treva que, eventualmente, se nos incorporem, ainda, ao fundo mental”. Finaliza dizendo que “amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo porque os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na auto-defensiva contra todos os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus".



domingo, 25 de agosto de 2013

Mais Sobre a Escravidão no Brasil e a Lei de Causa e Efeito


Riqueza, inteligência, beleza e autoridade são considerados pela Espiritualidade como provas capazes de arrastar facilmente o Espírito para quedas na sua trajetória evolutiva. Na verdade são grandes oportunidades para medir-se a extensão do orgulho e do egoísmo a ser identificado e trabalhado na essência de cada um. Considerando a lógica dos mecanismo da LEI DE AÇÃO E REAÇÃO – Lei do Karma -, reunimos mais alguns  exemplos para sua reflexão. O critério é o mesmo já utilizado em outras postagens. Caso 1 – EFEITO – Mulher, acadêmica de Odontologia, sofrendo desde os doze anos, intermitentemente, de estranha doença manifestada através da irrupção de feridas na parte interna da boca, abrangendo a faringe, língua, boca, e, por vezes, até dentro do nariz, causando-lhe grande sofrimento. Externamente, nada, nenhuma chaga, tendo a pele cetinosa, rosada. Quando a enfermidade ressurgia, as bochechas inchavam, como se abrigassem duas bolas de pingue-pongue, os lábios afinavam-se como uma linha a ligar dois polos, entre outras deformações faciais. Inúmeros especialistas, inclusive dos Estados Unidos, Alemanha e Suíça a acompanharam por meses sem resultados. CAUSA – Ação praticada um século antes na casa em que morava em elegante bairro do Rio de Janeiro contra escrava meninota, presente de seu avô, fazendeiro, senhor de escravos, após a garota ter comentado com outros serviçais ter avistado a senhorinha ter trocado furtivamente um beijo com o namorado. Descoberta a autora da revelação, jurou vingança, levada a efeito dias depois, aproveitando ocasião favorável, em que após esquentar um ovo numa panelinha de água fervendo, chamou a menina para perto de si, ordenou-lhe fechasse os olhos, abrisse a boca e, num movimento rápido, enfiou-lhe  com uma colher o ovo quentíssimo, apertando-lhe o queixo, para mantê-la fechada, provocando o estouro do ovo, cujo conteúdo foi saindo-lhe pelos cantos da boca, pelo nariz, escorrendo-lhe pela garganta, em meio aos urros da jovenzinha”. Caso 2 – EFEITO – Homem, meia idade, acometido por câncer na região gástrica após exames clínicos, inclusive biópsia, para entender emagrecimento acentuado, diarreias constantes, perda de sangue pelas fezes. CAUSA – Ação um século antes quando, em pleno sertão brasileiro, dono de lavra de diamantes, recebeu a denuncia de que um dos escravos a seu serviço, havia engolido uma pedrinha. No afã de impor um castigo exemplar ao infrator, mandou parassem o trabalho, alinhou os escravos  chamando o denunciado, ordenou aos feitores o amarrassem de ventre para cima numa tabua suspensa entre dois cavaletes e, desembainhando facão que trazia à cintura, abriu de alto a baixo a barriga do infeliz, revolvendo com as próprias mãos as vísceras, até encontrar a pedra, que lavou com sorriso triunfante exibindo-a na ponta dos dedos para que todos a vissem”. Caso 3EFEITO - Mulher, 60 anos, paralitica, fisionomia estampando ares de nobreza, sofrendo a prova do abandono e isolamento num quarto com uma cama e uma mesa apenas. CAUSA - Desencarnada em 1884, na condição de aia da Imperatriz Tereza Cristina, esposa de D. Pedro II, castigou exageradamente muitas escravas, colocando-as em cubículos escuros, por vários meses, com alimentação de água e pão, reconhecendo a enormidade de seus crimes ao despertar na Espiritualidade após a morte e, sinceramente arrependida, pedindo a prova em que está, sentindo-se tão sozinha que lhe vem o desejo de suicidar-se, momentos que, por Bondade da Espiritualidade, aparecem-lhe os Espíritos de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina que a confortam e animam, pois a prova está a findar-se, libertando-a de seus débitos. Caso 4 –EFEITO - Homem, 32 anos, sacerdote, professor de latim e português, eloquente orador que, certa manhã, em meio à missa que celebrava, abandonou subitamente o serviço, dirigindo-se agitadíssimo ao quintal de sua residência e, empunhando uma enxada, pôs-se, mesmo paramentado, a cavar a terra sofregamente alegando ali existir um tesouro enterrado que precisava encontrar. Internado por catorze anos em Hospital Psiquiátrico, onde desencarnaria sem apresentar melhora, cavava com as próprias mãos os pisos, lajes e até azulejos do quarto em que estava alojado, até que os dedos sangrassem e se deformassem, só se acalmando quando lhe ofereciam montes de pedras, nas quais supunha ver tesouros de pedras preciosas. CAUSA - Obsessão mantida por Espírito descrito pelos videntes como um homem de cor parda carregada, usando pequeno bigode e chapéu de palha grande, comum nas áreas rurais, roupas pobres, escuras, transparecendo prazer em mostrar aos médiuns as mãos decepadas, por ordem do seu senhor – a vítima de agora -, do qual fora escravo e que  acusara de roubo de vultosa quantia do cofre da Fazenda de sua propriedade, ordenando lhe fossem cortadas as mãos com um machado para que não roubasse mais.




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Seria Cômico, Se Não Fosse Trágico...



-“Nasci na Terra para cumprir determinada tarefa no socorro aos doentes, sob o signo da solidão individual, para que mais eficiente se tornasse meu concurso a benefício dos outros, porém, em chegando aos trinta de idade, e vendo-me pobre e sozinho, apesar dos múltiplos trabalhos de enfermagem que me angariavam larga soma de afetos, entreguei-me, acovardado, ao desespero e, com um tiro no coração, aniquilei meu corpo”. Assim começa seu depoimento, o enfermeiro Luís Alves, ex- profissional de um Hospital de Belo Horizonte (MG), Espírito que se serviu da mediunidade psicofônica de Chico Xavier, em manifestação gravada na noite de primeiro de dezembro de 1955. Embora mais coerente na abordagem sobre o suicídio, o Espiritismo o considera transgressão grave em relação às Leis a que estamos submetidos na nossa caminhada evolutiva.  O desgosto pela vida, se resolveria pela consagração ao trabalho, orienta a questão 944 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. As misérias e decepções da vida se explicam pelo conhecimento das provas e expiações, acrescentam eles. A vergonha por faltas cometidas, o suicídio não apaga. Enfim, catorze situações são analisadas por Allan Kardec, no primeiro capítulo do livro quatro - ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES – do principal livro da Codificação. E Luís Alves no seu testemunho, confirma tudo isso no seu surpreendente testemunho. Embora se saiba que cada um, após a morte, terá sua própria forma despertar além dessa vida, interessante e importante o conhecimento do seu relato. Após o disparo fatal, lembra ele, “começou a minha odisseia singular, porque me reconheci muito mais vivo do que antes, continuando ligado à minha carcaça inerte. Não dispunha de parentes ou de amigos que me solicitassem os despojos. Entregue a uma escola de Medicina, chumbado ao meu corpo, passei a servir em demonstrações anatômicas. Completamente anestesiado, ignorava as dores físicas, não obstante cortado de mil modos; contudo, se tentava afastar-me da múmia que passara a ser minha sombra, o terrível sofrimentos a expressar-se por inigualável angústia, me constringia o peito, compelindo-me a voltar. Dezenas de médicos jovens estudavam em minhas vísceras os problemas operatórios que lhes inquietavam a mente indecisa, alegando que meus tecidos cadavéricos eram sempre mais vivos e consistentes, mal sabendo que a minha presença constante lhes mantinha a coesão. Ninguém na Terra, enquanto no corpo denso, pode calcular o martírio de um Espírito desencarnado, indefinidamente jungido aos próprios restos. Minha aflição parecia não ter fim. Chorava, gritava, reclamava...mas, por respostas da vida, era objeto diário da atenção dos estudantes de cirurgia, que procuravam em mim o auxílio indireto para a solução de enigmas profissionais, a favor de numerosos doentes. Ouvia a meu respeito interessantes observações que variavam do carinho ao sarcasmo e do ridículo à compaixão. Muitos me fitavam com piedoso olhar, mas muitos outros me sacudiam de vergonha e de sofrimento, através dos pensamentos e das palavras com que me feriam e ofendiam a dolorosa nudez. Com o transcurso do tempo, desgastou-se-me a vestimenta de carne nas atividades de cobaia, mas, ainda assim, professores e médicos afeiçoaram-se-me ao esqueleto, que diziam original e bem posto, e prossegui em meu cárcere oculto. Habitualmente assediado por aprendizes e estudiosos diversos, suportava, além disso, constante visitação de almas desencarnadas, viciosas e vagabundas, que me atiravam em rosto gargalhadas estridentes e frases vis. Vinte e seis anos decorreram sobre meu inominável infortúnio, quando, certo dia, a desfazer-me em pranto, recordei velho amigo – o nosso Mitter. Bastou isso e ele me apareceu eufórico e juvenil, como nos tempos da mocidade primeira. Compadecido, ouviu-me a horrenda história e, aplicando as mãos sobre mim, conseguiu libertar-me dos ossos (...). Respirei aliviado”. Seguindo, revela ter sido levado ao local onde recebeu os primeiros socorros espirituais, ponderou que “tão triste quão bizarra, sua história provoca impressões diversas, desde a agonia ao riso franco, fazendo dele um sofredor e um truão. Muitas almas aparecem no berço, a fim de lutar. E muitas se escondem no sepulcro, para aprender”.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Uma Entrevista Virtual

Mesmo entre os seguidores do Espiritismo, ele é um grande desconhecido. Um aprofundamento nos conteúdos produzidos pelo Codificador, revela como seu trabalho é consistente, substancial. Uma amostra disso é o material utilizado para compor uma entrevista virtual que reproduziremos a seguir, oferecendo dados extremamente reveladores sobre os mecanismos reguladores e indutores do processo de evolução dos Espíritos. São apenas 8 perguntas finalizadas com uma resposta que se constitui num prognóstico dos efeitos resultantes de um maior conhecimento do Espiritismo pela sociedade. Vamos a ela. 1- Como entender tanta dor no mundo? Allan Kardec - “A responsabilidade das faltas individuais ou coletivas, as da vida privada e da vida pública, dá a razão de certos fatos ainda pouco compreendidos, e mostra, de maneira mais precisa, a solidariedade que liga os seres uns aos outros, e as gerações entre si”. 2- Os Espíritos reencarnam onde querem ? Allan Kardec - “Frequentemente, renascem na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem laços de afeição, ou repararem erros recíprocos. Pelas considerações de uma ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, seja por simpatia, seja para continuar, com os elementos já elaborados, os estudos feitos, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados, que a brevidade da vida, ou as circunstancias, não permitiram terminar. Essa reencarnação no mesmo meio é a causa do caráter distintivo entre povos e raças; tudo melhorando,(...) até que o progresso os haja transformado completamente”. 3- O que leva a criatura humana a tantos comprometimentos ante as Leis de Deus? Allan Kardec- Não se pode duvidar de que haja famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas pelos instintos do orgulho, do egoísmo, da ambição, da cupidez, caminham em má senda e fazem coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente; uma família se enriquece às expensas de outra família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe a desolação e a ruína; uma raça quer aniquilar outra raça. Eis porque há famílias, povos e raças sobre os quais cai a pena de talião”. 4 – A criatura consegue fugir de si mesma, ou seja, das transgressões às Leis de Deus? Allan Kardec - “Quem matou pela espada perecerá pela espada”, disse o Cristo. Estas palavras podem ser traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu sangue derramado; aquele que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem, verá a tocha do incêndio passear em sua casa; aquele que despojou, seja despojado; aquele que subjugou e maltratou o fraco, será fraco, subjugado e maltratado, por sua vez, quer seja um indivíduo, um nação ou uma raça, porque os membros de uma individualidade coletiva são associados do Bem como do mal que se faz em comum”. 5- Como definir Humanidade? Allan Kardec - “A Humanidade se compõem de personalidades que constituem as existências individuais, e de gerações que constituem as existências coletivas. Ambas caminham para o progresso, por fases variadas de provas que são, assim, individuais para as pessoas e coletivas para as gerações. Do mesmo modo que, para o encarnado, cada existência é um passo à frente, cada geração marca uma etapa de progresso para o conjunto; é esse progresso do conjunto que é irresistível, e arrasta as massas, ao mesmo tempo que modifica e transforma em instrumento de regeneração os erros e preconceitos de um passado chamado a desaparecer. Ora, como as gerações são compostas de indivíduos que já viveram nas gerações precedentes, o progresso das gerações é, assim, resultante do progresso dos indivíduos”. 6- Como considerar essas associações entre efeito/ causa ? Allan Kardec- A experiência e a observação dos fatos da vida diária fornecem provas físicas e de uma demonstração quase matemática. 7- Não é possível obter provas mais concretas? Allan Kardec - É absolutamente necessário ver uma coisa para nela crer? Vendo os efeitos, não se pode ter a certeza material da causa? Fora da experimentação, o único caminho legítimo que se abre, a essa procura, consiste em remontar do efeito à causa. A justiça nos oferece um exemplo muito notável desse princípio, quando se aplica em descobrir os indícios dos meios que serviram para a consumação de um crime, as intenções que contribuem para a culpabilidade do malfeitor. 8 – É possível acreditar-se numa mudança na mentalidade dominante sobre o significado da existência humana? Allan Kardec - “Quando todos os homens compreenderem o Espiritismo, compreenderão a verdadeira solidariedade e, em consequência, a verdadeira fraternidade. A solidariedade e a fraternidade não serão mais deveres circunstanciais que cada um prega, muito frequentemente, mais em seu próprio interesse do que no de outrem. O Reino da solidariedade e da fraternidade será, forçosamente, o da justiça para todos, e o reino da justiça será o da paz e da harmonia entre os indivíduos, as famílias, os povos e as raças. Ali se chegará? Duvidar disso seria negar o progresso. Comparando-se a sociedade atual, entre as nações civilizadas, ao que era na Idade Média, certamente , a diferença é grande; se, pois, os homens caminharam até aqui, por que se deteriam?”









sábado, 17 de agosto de 2013

O Espírito Gastrônomo

-“Gosto da boa mesa e das mulheres; viva o melão e a lagosta, o café e o licor!”, falou numa reunião espírita particular, um Espírito, sob o nome de Baltazar, por meio de batidas. Manifestação espontânea, sem ter sido evocadoEntendendo que “tais disposições de um habitante do outro mundo poderia dar lugar a um estudo sério, do qual poder-se-ia tirar um ensinamento instrutivo sobre as faculdades e sensações do Espíritos”, Allan Kardec resolveu evocá-lo na reunião da Sociedade Espírita de Paris, na reunião de 19 de outubro de 1860, conforme explica em matéria inserida no número da REVISTA ESPÍRITA, de novembro daquele ano. Buscava ainda obter mais informações sobre a fisiologia do corpo espiritual ou períspirito. Nas catorze perguntas a ele dirigidas, Baltazar ofereceu vários elementos para nossas reflexões. Um deles que estava “desencarnado há 30 anos, tendo morrido aos 80 de idade, sido advogado, neto e filho de gastrônomos – seus pais eram financistas que na antiga monarquia contratavam a cobrança de impostos -, e, lamentando estar diante de uma grande mesa vazia de alimentos.  Indagado como se serviria se estivesse carregada, respondeu que sentiria seu aroma, como outrora lhes saboreava o gosto”. Comentando a colocação, Kardec diz: -“Sabemos que os Espíritos tem nossas sensações e percebem os odores tão bem quanto os sons. Não podendo comer, um Espírito material e sensual se repasta da emanação dos alimentos; saboreia-os pelo olfato, como em vida o fazia pelo paladar. Há, pois, algo de material em seu prazer; mas como, na verdade, há mais desejo do que realidade, este mesmo prazer, aguilhoando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas”. Sobre se seu corpo fluídico possuía um estômago, disse: “-um estomago fluídico também, onde só os aromas podem passar. Questionado se vendo comidas gostosas sentia vontade de comer, usou interessante analogia para se explicar: -Para mim, esses alimentos são o que são as flores para vós: cheirais, mas não comeis. Isso vos contenta. Então, também me satisfaço. Se, sentia prazer vendo os outros comerem, disse que muito, quando estou perto. Se, experimentava necessidade de comer e beber, esclareceu que necessidade, não; mas desejo, sim, sempre. Solicitado a explicar se o desejo ficava plenamente satisfeito pelo cheiro aspirado, se era a coisa se realmente comesse, contra argumentou: -“É como se eu vos perguntasse se a vista de um objeto que desejais ardentemente vos substitui a posse desse objeto”. Se o desejo que experimentava era um suplício por não haver prazer real, falou que “um suplício maior do que pensais. Mas, procuro atordoar-me, criando-me uma ilusão”. Ampliando a abordagem, Kardec lhe pergunta se dormia algumas vezes, apurando que não, ocupando-se por rodar um pouco por toda parte, percorrendo feiras e mercados, vendo chegar a pesca, com isto se ocupando”. Se via Espíritos mais felizes que ele, disse que sim, alguns cuja felicidade consiste em louvar a Deus, o que não conhece pois seus pensamento roçam pela terra, finalizando a entrevista  respondendo desconhecer as causas que os tornam mais felizes que ele, não as apreciando, como aquele que não sabe o que é um prato preferido e não o aprecia. Ao se despedir, concluiu que talvez chegue a isso e, que iria procurar um jantarzinho muito delicioso e suculento. Analisando a manifestação, Kardec diz que Baltazar “faz parte dessa classe numerosa de seres invisíveis que não se elevaram em nada acima da condição da Humanidade. Só tem de menos o corpo material, mas suas ideias são exatamente as mesmas. Não é um mau Espírito, não tem contra si senão a sensualidade, que, ao mesmo tempo, é para ele um suplício e um prazer; como Espírito, não é muito infeliz; é até feliz ao seu modo. Mas, Deus sabe o que o espera em nova existência! Uma triste volta, poderá fazê-lo bem refletir e desenvolver o senso moral, ainda abafado pela preponderância dos sentidos”. Um século depois, o Espírito André Luiz, através de Chico Xavier, discorrendo sobre a alimentação escreveu que “desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético”, alertando: -“Se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular”.






quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sistema Integrado



Sendo o homem um composto de três princípios essenciais – o Espírito, o períspirito e o corpo – a saúde ou a doença são resultado da harmonia perfeita ou desacordo parcial entre eles”, escreveu o Espírito chamado Mobel Lavalée em mensagem publicada por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA de março de 1868.  Embora reconhecendo que “a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim, sendo este princípio um motivo de resignação para o doente”, alerta ainda que “ignora-se a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor”. Na mesma matéria, Kardec, expõe existirem doenças oriundas em: 1- desarmonias fixadas no Espírito em outras vidas; 2- outras do Perispirito abalado por transtornos emocionais ou físicos na existência em curso; 3- outras do corpo físico abalado por excessos na alimentação muitas vezes inadequada ou falta de higiene e 4- outras por contaminação fluídica. Através do Espírito André Luiz, no século 20, na reveladora série de livros psicografados por Chico Xavier e iniciada com NOSSO LAR, sorvemos elementos para começar a entender como se inicia qualquer processo de enfermidade na integração Espírito-Matéria. Na obra ENTRE A TERRA E O CÉU (1954, feb), o Instrutor Aniceto centra no perispirito suas explicações, dizendo: -“Nosso corpo de matéria rarefeita - perispirito - está intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Acrescenta que “tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais (...). Analisando a fisiologia do períspirito, classifiquemos seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre”. Resumindo suas explicações, temos: 1- Centro Coronário - o mais significativo em razão do seu potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência, o qual recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito; comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em justo regime de interdependência; dele emanando as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica, sendo grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma; 2 - Centro Cerebral – ordena as percepções de variada espécie, percepções e as que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber; nele residindo o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos; 3 – Centro Laríngio – preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tiroide e das paratiróides; 4 – Centro Cardíaco – sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; 5 – Centro Esplênico – no corpo denso situado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos; 6 – Centro Gástrico – responsável pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização; 7 – Centro Genésico em que se localiza o santuário do sexo, templo modelador de formas e estímulos. Realçando a importância do períspirito – corpo espiritual -, enfatiza que “quando nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste”. Evoluindo em seus raciocínios, conclui-se que, encarnação após encarnação, vamos transferindo essas desarmonias aos equipamentos fisiológicos a serem gerados e usufruídos, que, deficitários, retratarão a região lesionada, defrontando-nos com lutas condizentes ao fator gerador, as quais nos ensinarão a valorizar o corpo físico outrora mal utilizado.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Libertação

Nas suas andanças de “catadora de lixo”  pelo bairro de Campos Elísios, na capital de São Paulo, uma rua a atrai particularmente. Tem a impressão de já ter vivido ali, ligada àquele nome. Filha de negros do interior de Minas Gerais, pai desconhecido, vive num barraco de dois cômodos, madeira semi apodrecida, pedaços de zinco de latas enferrujadas como todos os outros da favela do Canindé, no número 9, da Rua A. Tem nojo de sua própria pele e ânsias de morar num certo casarão de bairro elegante onde todas as noites, cumpre seu ritual de coleta de papeis e pedaços de ferro velho com que procura reunir alguns trocados para matar a própria fome e dos três filhos: uma menina e dois meninos. Um dia, no meio da papelada velha que ensaca, acha uma caderneta parcialmente usada e resolve escrever um diário com o pouco que aprendera no Grupo Escolar que frequentou até o antigo segundo ano primário. Nos relatos que vai anotando, fala do que entende: miséria, fome, degradação do favelado, do que sucede dentro e fora dos barracos nas vinte e quatro horas dos moradores de uma favela nos anos 60. O “aparente acaso”, aproximou dela e dos trinta e cinco cadernos com seus escritos, um repórter designado para uma matéria sobre ocorrência na favela do Canindé. Daí nasce o livro QUARTO DE DESPEJO que se transforma num best-seller considerado por um cronista da época “um livro comovente, interessante, pelo que nele há de experiência autêntica, de realismo dramático, de vivência humana, quase apaixonante; um documentário, não uma obra de arte”. Assim, Carolina Maria de Jesus com o apurado com direitos autorais, mudou-se para uma casa de tijolos. Por pouco tempo, pois, incapaz de gerir seus ganhos, enganada por espertalhões, perde tudo, indo morar sob a ponte da Casa Verde - pelo asco de voltar à favela – sob a qual desencarna. Esta passagem por nossa Dimensão, contudo, levou-a e reabilitar-se perante a própria consciência onde se acha inscrita a Lei de Deus. Especialmente os registros guardados na memoria desde um século antes, em que residindo num dos elegantes palacetes do bairro dos Campos Elísios, filha de um Barão da época, viveu cercada de facilidades, tendo estudado em Paris, herdeira rica e mimadíssima, desfrutando de temporadas no Rio de Janeiro, na Corte, onde recebia tratamento de princesa. Sua postura, no entanto, especialmente em relação aos escravos, revelavam como sua condição a afetava, como um fato ocorrido na noite em que no salão do palacete em que morava, era alvo das homenagens da alta sociedade paulistana pelos 21 anos que completava. Quando surgiu no salão em que se reuniam os convidados, provocando a admiração de todos, um dos escravos que, em traje de gala, passavam  com bandejas de prata servindo licores finos em cálices de cristal, deixou cair um deles, respingando a barra do vestido de uma dama. Após ter sido alvo de olhar feroz da Baronesinha, foi chamado a aposento para o qual ela se retirara e cruelmente castigado com raivosas chicotadas no rosto, após o que ela retornou sorrindo ao salão. Pouco antes de servir o jantar, indo à cozinha conferir se tudo ia bem, depara-se com o negro no meio da criadagem e, enfurecida, manda trancarem-no na cafua, considerada o terror dos cativos, pois, ali ficavam dias, sem pão e sem água, até que alguém se lembrasse de soltá-lo, muitas vezes, quase moribundos. Anos depois, adentrando o Plano Espiritual pela imposição da morte, foi apanhada em rede preta e viscosa, como uma teia de aranha e levada por ex-escravos que não a perdoaram, para furna escura nas regiões inferiores da Espiritualidade, onde após muito tempo de torturas como as impostas aos cativos, foi retirada para a encarnação no século seguinte, nas condições já resumidas”. Casos como este, foram criteriosamente reunidos no livro VIDAS DE OUTRORA (1985, pensamento), por um dos dedicados servidores da causa do Espiritismo no século 20: Eliseu Rigonatti. Sua existência e obras que influenciaram tantas mentes e corações merecem ser conhecidas pelos que procuram a VERDADE, o caminho apontado pelo Mestre dos Mestres, Jesus, como o da libertação. 

domingo, 11 de agosto de 2013

Inveja

Na sociedade do “cada um com seus problemas’, do desenfreado consumismo, da generalizada insatisfação existencial, o sentimento de inveja em relação ao que significa o próximo, suas conquistas e realizações está mais presente do que se imagina no pensamento das pessoas. Dissimulada ou ostensivamente. Nas atividades inspiradas no Espiritismo não poderia ser diferente. Afinal, representam para os que nelas trabalham, oportunidade nem sempre devidamente avaliada. Entre médiuns, pelo papel por eles representado no contexto, infelizmente,  esse tipo de perturbação também é notada. Inclusive entre os mais expressivos, os quais, pela liderança que exercem, deveriam ser mais vigilantes. O problema foi comentado por Allan Kardec no numero de abril de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, a partir de uma mensagem  recebida  de um correspondente da publicação, tratando justamente DA INVEJA NOS MÉDIUNS. Seu autor um Espírito de nome Luos que, entre outras coisas pondera: -“Sede humildes de coração, vós a quem Deus aquinhoou com seus dons espirituais. Não atribuais nenhum mérito a vós próprios, assim como não se o atribui à obra, aos utensílios, mas ao operário. Lembrai-vos bem que não passais de instrumentos de que Deus se serve para manifestar ao mundo o seu Espírito Onipotente, e que não tendes qualquer motivo para vos glorificardes de vós mesmos. Há tantos médiuns que se tornam vãos, em vez de humildes, à medida que seus dons se desenvolvem! Isto é um atraso no progresso, pois em vez de ser humilde e passivo, muitas vez o médium repele, por vaidade e orgulho, comunicações importantes, que vem à luz por outros mais merecedores. Deus não olha a posição material de uma pessoa para lhe conferir o espírita de santidade; bem ao contrário, porque vezes exalça os humildes entre os humildes, para os dotar com as mais maiores faculdades, a fim de que o mundo veja bem que não é o homem, mas o Espírito de Deus pelo homem que faz milagres. Como disse, o médium é o simples instrumento do grande Criador de todas as coisas, e a este é que se deve render glória, é a ele que se deve agradecer por sua inesgotável bondade. Também queria dizer uma palavra sobre a inveja e o ciúme que muitas vezes reinam entre os médiuns e que, como erva daninha, é necessário arrancar, desde que começa a aparecer, temendo que abafe os bens germes vizinhos. No médium a inveja é tão temível quanto o orgulho: prova a mesma necessidade de humildade. Direi mesmo que denota falta de sendo comum. Não é vos mostrando invejosos dos dons do vosso vizinho que recebereis dons semelhantes, porque, se Deus dá muito a uns e pouco a outros, tende certeza de que, assim agindo, há um motivo bem fundado. A inveja azeda o coração; até abafa os melhores sentimentos, é pois, um inimigo para prevenção  todo cuidado é pouco, pois não dá trégua uma vez que se apoderou de nós. Isto se aplica a todos os casos da vida terrena. Mas eu quis falar sobretudo da inveja entre os médiuns, tão ridícula quanto desprezível e infundada, e que prova quanto é fraco o homem, desde que se torne escravo de suas paixões”. Analisando a mensagem, Kardec diz: -“Depende, evidentemente, da natureza moral da criatura. Um médium tem inveja de outro médium porque está na sua natureza ser invejoso. Esta falha, consequente do orgulho e do egoísmo, é essencialmente prejudicial à qualidade das comunicações (...). O médium não passa de intermediário: recebe tudo de Espíritos estranhos (...). Os Espíritos simpatizam com ele em razão de suas qualidades ou de seus defeitos. A experiência nos ensina que a faculdade mediúnica, como faculdade, independe das qualidades morais; pode assim (...) existir no mais alto grau no mais perverso indivíduo. É completamente diverso em relação às simpatias dos bons Espíritos, que se comunicam naturalmente, tanto mais à vontade, quanto mais o intermediário encarregado de transmitir o seu pensamento for puro, mais sincero e mais se afaste da natureza dos maus Espíritos. A este respeito fazem o que nós mesmos fazemos quando tomamos alguém para confidente. Especialmente no que concerne à inveja”.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Ampliando Horizontes Mentais

Dor de cabeça, desarranjo intestinal são exemplos de dor física. Frustração, perdas, de dor moral. Encarada como sofrimento pela nossa cultura materialista, a dor, do ponto de vista dos estudiosos da LEI DE CAUSA E EFEITO, tem significação diferente. O Instrutor Druso - dirigente da Mansão da Paz, escola de reajuste ligada à Colônia Nosso Lar e situada nas regiões inferiores do Plano Espiritual -, por exemplo, à época em que o Espírito André Luiz transmitiu através do médium Chico Xavier a obra AÇÃO E REAÇÃO (1957,feb), diz que a “dor é ingrediente dos mais importantes na economia da vida física. Segundo ele, o ferro sob o malho, a semente na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofre a DOR-EVOLUÇÃO, que atua de fora para dentro, aprimorando o Ser, sem a qual não existiria progresso”. Acrescenta, porém, existir “a DOR-EXPIAÇÃO, que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça Divina” e, ainda, “a DOR-AUXÍLIO providenciada pela intercessão de amigos espirituais devotados à nossa felicidade e vitória”. Esta forma, naturalmente é medida programada no planejamento existencial a ser cumprido pelo Ser em reencarnação prevista em processo a se viabilizar na Dimensão em que nos encontramos presente e momentaneamente. Explica Druso que, “nesse sentido, recebemos a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais frequentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, afim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na Vida Espiritual”. O Orientador Espiritual Emmanuel, na interessante mensagem Doenças Escolhidas, no livro RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS (1960, feb), comenta que “a prática do Bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal em nós próprios. Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida”. Para entendermos melhor essa mecânica, prossegue afirmando que “seja na ingestão do alimento inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritações no cólon, os desastres circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um cortejo de sintomas outros”. Alerta ainda que “na crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam”. Enfatiza que “exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em tono de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no domínio de enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência”.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Excelente Material Para Reflexão

Sobre ele poucos além dos contemporâneos e conterrâneos ouviram falar. Foi, entretanto, operoso pioneiro do Espiritismo na primeira metade do século 20, particularmente em Belo Horizonte (MG), onde ajudou a fundar o Centro Espírita Tiago Menor e a Sociedade de Amparo à Pobreza. Desencarnado em 1953, ressurge através do médium Chico Xavier, ao final da reunião da quinta-feira, 7 de outubro de 1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG), demonstrando apesar do pouco tempo transcorrido desde sua morte que se adaptara bem e rapidamente à nova condição existencial. A partir de então, transmitiria mais quatro mensagens repassando importantes e reveladoras informações. Na primeira – Um Irmão de Regresso-, por exemplo, confessa que “enquanto encarnado sempre desejou que algum desencarnado trouxesse notícias do Plano Espiritual tão precisas e claras quanto possível, a começar do ambiente das reuniões que ele presidia ou das quais partilhava”. Afirmando estar acolhido “em cidade espiritual localizada nas regiões superiores da Terra ou, mais precisamente, nas regiões inferiores do Céu (...), edificada em solo etéreo, em esfera mais elevada, com suas propriedades químicas especiais e obedecendo a leis de plasticidade e densidade características, onde se erguem organizações mais nobres para a sublimação do Espírito e onde a natureza estua em manifestações mais amplas de sabedoria e grandeza, que tornamos ao convívio de nossos irmãos encarnados para a continuação da tarefa que abraçamos no mundo”. Ampliando nosso entendimento, explica em outro trecho que “acima da Crosta terrestre comum, temos uma cinta atmosférica que classificamos por ‘cinta densa’, com a profundidade aproximada de 50 quilometros, e, além dela, possuímos a ‘cinta leve’, com a profundidade aproximada de 950 quilometros, somando 1000 quilometros acima da esfera em que respiramos. Nesse grande mundo aéreo, encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas espécies de criaturas sub-humanas, em desenvolvimento mental no rumo da Humanidade. Milhões de Espírito - prossegue ele - alimentam-se da atmosfera terrestre, demorando-se, por vezes, muito tempo, na contemplação íntima de suas próprias visões e criações, nas quais habitualmente se imobilizam, à maneira da alga marinha que nutre a si mesma, absorvendo os princípios do mar”. Comenta que “para o espírita a surpresa da desencarnação pode ser muito grande, porque além-túmulo continuamos nas criações mentais que nos inspiravam a existência do mundo”. No mesmo texto, procura dar uma ideia dos bastidores das reuniões orientadas pelo devotamento ao Bem, particularmente sob a inspiração do Espiritismo. Descreve a ação de “vasto corpo de cooperadores em que se integram médicos e religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros evangélicos e médiuns espíritas já desencarnados, além de magnetizadores, enfermeiros, guardas e padioleiros, em diversificadas tarefas de natureza permanente”. Em síntese, “um expressivo posto de auxílio, erigido à feição de pronto-socorro” Acrescenta existirem na garantia da segurança de uma única reunião, ‘três faixas magnéticas protetoras’. A primeira, guardando a assembleia constituída e aqueles desencarnados que se lhes conjugam à tarefas programadas nos dias de reunião. A segunda faixa encerra um círculo maior, no qual se aglomeram algumas dezenas de desencarnados, ainda em posição de necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais vasta, circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além dela, temos uma turba compacta – a turba dos irmãos que ainda não podem partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico”.  Frisa que “essa multidão assemelha-se à que se vê, frequentemente, diante dos templos católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de participação no culto da fé”. Ressalta ainda, existir no local grande rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos desencarnados rebeldes e recalcitrantes, visto ser grande o número daqueles que não encontram depois da morte, senão as suas próprias perturbações”. Na mensagem que pode ser lida na obra INSTRUÇÕES PSICOFÕNICAS (feb, 1955), Efigênio salienta que “a morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo” e que “o Espiritismo é uma concessão nova do Senhor à nossa evolução multimilenária”.



domingo, 4 de agosto de 2013

Sugestão Importante e Válida

A lógica utilizada por Allan Kardec para a elaboração das obras básicas do Espiritismo ressalta de sua afirmação na matéria que abre o número de dezembro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA quando diz que “o pensamento é o atributo característico do Ser espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito”. Descartes, filósofo e matemático do século 17, estava certo em sua afirmação “penso, logo existo”. Na própria contribuição de Kardec, encontramos um conteúdo extraordinário a ser refletido até por ser  aplicável na conturbada realidade em que vivemos neste momento da História da Humanidade.  Reunimos alguns, “garimpados” no substancial acervo representado pela publicação fundada e dirigida pelo grande pesquisador .1- Somos a individualização do Fluido Cósmico Universal (..). Cada um de nós tem, pois, fluido característico, que nos envolve e acompanha em todos os movimentos, sendo muito variável, a extensão de nossas atmosferas individuais. 2- As diferentes atmosferas individuais se entrecruzam e misturam sem jamais se confundirem, exatamente como as ondas sonoras que se conservam distintas apesar da imensidade de sons que simultaneamente abalam o ar. 3 - O períspirito é impregnado do pensamento do Espírito, irradiando tais qualidades em torno do corpo, formando uma espécie de vapor (aura) que dele se desprende. 4- Cada um de nós carrega consigo uma atmosfera fluídica, como o caracol a sua concha, fluido que deixa vestígios à sua passagem. 5- Os mais secretos “pensamentos/sentimentos” repercutem no envoltório fluídico. 6- Pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluido espiritual. Por consequência, fluidos materiais. Desse modo, o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior 7- O homem sente instintivamente tal perda. Procura reuniões homogeneizadas e simpáticas. Nelas recupera as perdas fluídicas que sofre constantemente pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos perdas do corpo material.  8- Sendo o períspirito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebeda de um líquido. 9 – O fluido vital se transmite de um indivíduo para outro.10- Os órgãos do corpo estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital, o qual dá a todas as partes do organismo uma atividade que as une em certas lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas. 11- A vontade dilata esse fluido como o calor dilata os gases.12- A quantidade de fluido vital se esgota. 13- Os meios onde superabundam os maus Espíritos, são impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiriticos, como absorve pelos poros do corpo doenças contagiosas graves. 14- Pensamentos colhidos na fonte das más paixões,- ódios, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, malevolência, etc -, espalham em tono de si eflúvios fluídicos malsãos que reagem sobre os que o cercam. Pela amostra, vemos que não apenas Kardec cercou o tema fluidos/pensamento/ equilíbrio de uma série de observações capazes de nos levar a pensar de forma objetiva sobre a questão. Sobre a reposição dessa energia desperdiçada pela nossa falta de maiores informações, lembramos de apontamento de Aniceto a André Luiz na obra ENTRE A TERRA E O CÉU (FCX, feb), onde diz: -“O Oceano é miraculoso reservatório de forças (...). Qual acontece na montanha arborizada, a atmosfera marinha permanece impregnada por infinitos recursos de vitalidade. O oxigênio sem mácula, casado às emanações do planeta, converte-se em precioso alimento de nossa organização espiritual, principalmente quando ainda nos achamos direta ou indiretamente associados aos fluidos da matéria densa”.  E o médium Chico Xavier, em comentário com amigos, revelou: -“A cada seis meses saio para descansar um pouco, cerca de um dia e meio ou dois. Eu consigo este descanso de uma forma muito interessante. É quando tenho a oportunidade de abraçar as árvores.(...). Elas me auxiliam bastante no refazimento das forças de que tanto preciso para o trabalho”.