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terça-feira, 30 de junho de 2015

APENAS PARA CONSUMO IMEDIATO?

O dia 30 de junho lembra o termino a 13 anos das atividades em nossa Dimensão de Chico Xavier, provavelmente, o maior fenômeno de mediunidade na produção de livros sob a inspiração de Espíritos desencarnados. Mais de quatro centenas de obras publicadas contendo revelações de cunho histórico (HÁ DOIS MIL ANOS, CINQUENTA ANOS DEPOIS, AVE CRISTO, RENÚNCIA), cientifico (SÉRIE NOSSO LAR) e consolador (obras do tipo JOVENS NO ALÉM). Não fosse pelas lembranças ou imagem conservada por aqueles que cresceram ou foram atraídos para o Espiritismo sob a influência do vigoroso exemplo do determinado trabalhador da causa espírita ou daqueles que através dos cursos oferecidos em Centros Espíritas ouviram falar desse acervo, provavelmente, já estaria esquecido. Exemplo disso se observa no que se refere a centenas de títulos contendo as mensagens dos Benfeitores Espirituais que se sucediam nas atividades regulares de Chico, seja em Pedro Leopoldo, seja em Uberaba. Uma visita às livrarias espíritas instaladas em inúmeras Casas, inclusive nas grades cidades, exceção feita aos títulos romanceados dos Espíritos Emmanuel e André Luiz, raros exemplares com as referidas mensagens recebidas em sua maioria, publicamente, são encontradas. Séries importantes como a em que o gestor das atividades do médium procurou celebrar o primeiro centenário das chamadas OBRAS BÁSICAS, organizadas por Allan Kardec, não são vistas nas prateleiras ou bancadas. Nas FEIRAS DO LIVRO ESPÍRITA, predominam os romances da época. Até por que poucos sabem que RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS deriva d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS; SEARA DOS MÉDIUNS d’O LIVRO DOS MÉDIUNS; LIVRO DA ESPERANÇA d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO; JUSTIÇA DIVINA d’O CEU E O INFERNO, podendo relacionar A CAMINHO DA LUZ com A GÊNESE. O extraordinário O CONSOLADOR, com centenas de respostas a dúvidas naturais ocorridas a qualquer estudioso do Espiritismo, geralmente somente é conseguido por encomenda. Valiosas fontes de pesquisa sobre a real situação dos que desencarnam com grandes comprometimentos com as Leis da Consciência como INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS e VOZES DO GRANDE ALÉM, idem. Obras compostas – mais de 17 - com os riquíssimos e tocantes textos de Humberto de Campos que após o processo judicial enfrentado por Chico Xavier nos anos 40 passou a se identificar com o pseudônimo Irmão X - alusão e redução do mordaz e irônico Conselheiro XX adotado em coluna mantida enquanto encarnado na imprensa profana – também por encomenda. Os mais de 50 títulos preservando os verdadeiros documentos produzidos depois dos programas PINGA FOGO que transformaram Uberaba no ponto de convergência de milhares de desesperados pela perda inesperada de entes queridos, também “sob encomenda”, quando se tiver a sorte de estarem ainda sendo publicados pela alegação de que não vendem. No que se refere então aos títulos contendo mensagens de apoio moral e esclarecimentos espirituais como O ESPÍRITO DA VERDADE; ENCONTRO MARCADO; RUMO CERTO; ENCONTRO DE PAZ; ESCRÍNIO DE LUZ; A LUZ DA ORAÇÃO; MÃE; entre outras, inexistem. As gerações que ficaram marcadas ou estiveram envolvidas com essa fase do Movimento literário espírita no Brasil, estão retornando gradualmente para a prestação de contas do uso feito dos “talentos” recebidos para investir no trabalho de espiritualização humana. E as gerações que chegam saberão que tais livros existiram. Será que estava certo em seu prognóstico o dito particularmente certa vez por um líder e escritor espírita que no futuro somente restariam obras de André Luiz e os romances de Emmanuel? E falamos apenas dos que seguem o Espiritismo em alguns poucos Estado da grande nação brasileira, pois, existem até aqueles que não reconhecem muito valor ao trabalho do valoroso servidor mineiro. Nos próximos 13 anos, certamente, vagas lembranças evocarão sua figura e sua eloquente contribuição para a expansão do pensamento espírita, sufocada pela inundação de obras de conteúdo duvidoso, transfomadas em sucesso comercial por editores focados mais em resultados financeiros que na qualidade do que se propala em nome da Doutrina Espírita. 

sábado, 27 de junho de 2015

REENCARNAÇÃO: COMPLEXIDADES E DIFICULDADES

O Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier nos repassa informações que dão conta que três linhas orientam os processos reencarnatórios na Dimensão em que nos encontramos: a compulsiva; a assistida e a natural ou mecânica. Entretanto, nem todas as respostas foram dadas, nas “reportagens” iniciadas com o livro NOSSO LAR (feb,1944). Em duas mensagens psicofônicas gravadas ao final da reunião de 27 de maio de 1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG) - tendo como médium Chico Xavier -, podemos recolher detalhes importantes até para reavaliarmos nossa posição diante da não valorização da existência que cumprimos presentemente. Na primeira, o Benfeitor Emmanuel explica: -“Enquanto a Escola Espiritual na Terra prepara as criaturas reencarnadas para o fenômeno da morte, em nosso plano de ação essa mesma Escola prepara as criaturas desencarnadas para o aprendizado da existência no corpo físico”. O Instrutor acrescenta em rápidas considerações que o sucederia na utilização do aparelho mediúnico, o Espírito Cornélio Mylward que enquanto encarnado exerceu a Medicina, a fim de dirigir-se a numeroso grupo de desencarnados presentes ansiando pela oportunidade de voltar às experiências do corpo físico, através da reencarnação. Do falado a eles, destacamos alguns pontos: 1-Para que obtenhamos tal concessão é indispensável nosso concurso com a Lei Divina, obedecendo-lhe aos regulamentos que definem o Bem Infinito, em todas as suas manifestações. 2-É preciso modificar os nossos “clichês” mentais para que a nossa volta à escola terrestre signifique recomposição e refazimento. 3- Essa transformação, contudo não será levada a efeito apenas à força de preces, meditações e conclusões em torno do passado. Faz-se imprescindível a dinâmica da ação. 4- O serviço será sempre o grande renovador de nossa vida consciencial, habilitando-nos à experiência reconstrutiva, sob a inspiração de nosso Divino Mestre e Senhor. 5- Não conquistaremos o vestuário carnal entre os homens sem aquisição de simpatia entre eles. 6-É necessário gerar no Espírito daqueles nossos associados do pretérito, que se encontram no educandário humano, a atitude favorável à solução dos nossos problemas. 7- Templos religiosos, estabelecimentos hospitalares, círculos de assistência moral, domicílios angustiados, cárceres de sofrimento, palcos de tortura expiatória, eis nosso vasto setor de concurso fraterno. Nessas esferas de regeneração e corrigenda, companheiros encarnados e desencarnados, padecentes e aflitos, expressam o material de nossa preparação. 8- A fim de esquecer velhas provas, aliviemos as provas alheias. Para desobstruir o caminho de nossa consciência culpada, devemos favorecer a libertação dos que suportam fardos mais pesados que os nossos, porque ajudando aos nossos semelhantes angariaremos o auxílio deles, fazendo-nos, ao mesmo tempo, credores do amparo daqueles Irmãos Maiores que nos estendem providos braços da Vida Superior. (...). 9- Somente a atividade em socorro ao próximo conseguirá renovar-nos a fonte do pensamento, traçando-nos seguras diretrizes, pois sob o guante de nossas lembranças constringentes o esforço da reencarnação redundará impraticável, de vez que nossas reminiscências infelizes são fatores desequilibrantes de nosso mundo vibratório, impedindo-nos a formação de novo instrumento fisiológico suscetível de conduzir-nos à reorganização do próprio destino. 10- Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. 11- Somente ao preço de uma vontade vigorosa e pertinaz, situada no bem comum, é que lograremos conquistar o interesse dos Grandes Instrutores em prol da concretização de nossas aspirações mais nobres. 12- Regenerando a química de nossos sentimentos, o que decerto nos custará renunciação e sacrifício, atingiremos mais clara visão para reencontrar os laços de nosso pretérito e, então, segundo os dispositivos da hereditariedade, que traduz parentesco de inclinações e compromissos, seremos requisitados pelas criaturas que se afinam conosco, tanto quanto, desde agora, estão elas sendo requisitadas por nossos anseios. 13- Reaproximar-nos-emos, desse modo, de quantos se harmonizam com a experiência em que nos demoramos, e, aderindo-lhes à existência, seremos defrontadas pelas provas condizentes com a nossa natureza inferior, comungando-lhes o pão da luta, indispensável à recuperação de nossa felicidade. 14- Se nos abeirarmos de nossos futuros pais e de nossos futuros lares, envoltos na tempestade da incompreensão e da indisciplina, apenas espalharemos, ao redor de nós, desarmonia e frustração, porquanto, em verdade, o nosso caminho na vida será sempre a projeção de nós mesmos. 15- Purifiquemo-nos por dentro quanto seja possível, olvidando todo o mal. Lançar sobre os elementos genésicos a energia viciada dos lamentáveis enganos que nos precipitaram à sombra, será prejudicar o corpo que a herança terrena nos reserva, reduzindo-nos as possibilidades de vitória no combate de amanhã.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

PESQUISA MEDIUNICA COM UM ESPÍRITO ENCARNADO

Obstinado perseguidor da Verdade, o Professor Rivail, identificado pelos estudiosos do Espiritismo como Allan Kardec, não se intimidava diante de desafios que, naturalmente, foram muitos pela diversidade de fenômenos e dúvidas derivadas deles que se multiplicava em várias partes da Europa na segunda metade do século 19. Uma das instigantes questões levantada pela lógica era: se realmente há Espírito a comandar o corpo físico durante o período da vida física, seria possível obter dele suas impressões e percepções como encarnado através da médium? O profícuo “laboratório” conhecido como Sociedade Espírita de Paris se servindo do incrível “instrumento” equivalente, segundo ele, ao microscópio chamado mediunidade precisava desenvolver experimentos nesse sentido. Assim foi feito como relatado no número de janeiro de 1860 da REVISTA ESPÍRITA, em duas reuniões sucessivas, a de 25 de novembro e 2 de dezembro de 1859. A carta de um Conde identificado apenas pelas iniciais R.C. de 23 de novembro motivou a experiência, visto que ele mesmo se oferecia como voluntário, considerando ter assistido na reunião de 14 de outubro passado a um experimento na própria Sociedade, em que um pai encarnado se comunicava com o Espírito da filha morta. Marcada a data para a incursão no desconhecido terreno, foi efetuada a primeira tentativa que obrigou a realização de outra, perfazendo, na entrevista com o Espírito desdobrado do Conde R.C., um total de 80 questões, quarenta e uma na primeira reunião, e, a outra, na segunda. Do primeiro bloco de respostas, destacamos: 1- Tinha plena consciência de estar presente por ser evocado; 2- encontrava-se espacialmente entre o médium e Allan Kardec; 3- Não percebia tudo claramente pelo fato de seu corpo ainda não estar totalmente adormecido; 4- Que podia transportar-se instantaneamente e à vontade dali para sua residência e vice versa; 5- Podia ter consciência do trajeto percorrido, vendo os objetos do percurso; se o quisesse; 6- Seu estado diferia ao do sonâmbulo nos respectivo fenômeno a que este se entregava, pelo fato do sonâmbulo não dormir fisicamente, apenas ter suas faculdades orgânicas modificada, não entorpecidas; 7- Que evocado somente poderia indicar remédios se os conhecesse ou estando em contato com um Espírito que os conheça, o que não acontecia com os sonâmbulos; 8- As lembranças da existência corpórea estavam muito claras em sua memória; 9- Solicitado a descrever como se sentia, explicou estar no mais feliz e satisfatório estado que se possa experimentar, como num sonho em que o calor do leito que leva crer estar-se embalados no ar, ou na crista de ondas tépidas, sem preocupação com movimentos, sem consciência dos membros pesados e incômodos, a se moverem ou se arrastarem, sem qualquer necessidade a satisfazer, não sentindo o aguilhão da fome ou da sede; 10- Que tinha perfeita consciência de estar em Espírito ligado ao corpo por um laço, indescritível nas palavras conhecidas, mas, semelhante a uma luz fosforescente, que não lhe dava nenhuma sensação; 11- Tinha uma percepção maior dos sons que os percebidos pelos encarnados; 12- Transmitia seu pensamento ao médium, atuando sobre sua mão; para lhe dar uma direção, que facilitava por uma ação sobre o cérebro; que se servia ora das palavras que o médium tinha na cabeça e ora das suas; 13- Se encontrava no estado em que estará quando estiver morto, diferenciado pelo laço que o prende ao corpo; 14- Tinha lembranças confusas de vidas anteriores; 15- Poderia responder a uma pergunta mental. Do segundo conjunto, escolhemos: 1- Se seu corpo, desdobrado espiritualmente como estava, somente sentiria uma picada se fosse bastante forte; 2- Percebia odores mais intensamente que os encarnados; 3- Via perfeitamente na obscuridade, conseguindo enxergar através de corpos opacos; 4- Somente poderia deslocar-se  a outro Planeta  se este estivesse no mesmo grau da Terra, ou mais ou menos; 5- Via outros Espíritos no ambiente, constatando sua presença por sua forma própria, ou seja, pelo seu períspirito; 6- O períspirito é o corpo ou revestimento do Eu que é o Espírito, reproduzindo a forma do corpo material; 7- Seria como Espírito capaz de agredir fisicamente de forma perceptível um encarnado, só que em ambiente diferente do que estavam; 8- Se seu corpo morresse subitamente estando ele desdobrado, seria atraído para o corpo antes da consumação do fato, conseguindo se desligar dele com mais facilidade do que em circunstâncias comuns; 9- Tinha perfeito livre arbítrio sobre suas ações; 10- Uma recusa diante da possibilidade de ser útil aos semelhantes, tendo consciência de seus atos, resultaria em consequências inevitáveis; 11- Caso fosse ofendido por alguém estando desdobrado como se encontrava, o sentimento que emitiria seria o de desprezo, não procurando vingar-se; 12- Não tinha ideia da posição que ocupava na escala evolutiva dos Espíritos, não lhe sendo permitido disso ter conhecimento. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

MERECE REFLEXÃO

A expansão do mal se deve à omissão dos bons, afirmaram os Espíritos Superiores a Allan Kardec. Artigo que me foi enviado recentemente reproduzia a experiência de um homem da comunicação que, no início dos anos 80, recepcionando um empresário canadense em sua casa para tratar de negócios, teve a atenção chamada enquanto repassavam pontos de um projeto que cumpririam juntos para o fato de ter esquecido a televisão ligada em canal de pornografia. Surpreso, o anfitrião disse que não assistia a tais programas, dizendo tratar-se de canal da chamada TV aberta e que o programa que estava sendo apresentado chamava-se “COQUETEL”, ouvindo do visitante que um País que apresentava aquele conteúdo livremente em horário (22 horas) acessível a crianças e adolescentes, não tinha futuro. Seu País priorizava a educação nas grades de programação e não material como aquele, que sabidamente influenciaria negativamente aos que os assistissem. Noticiários recentes veicularam como se fosse um grande feito – ou desesperada tentativa – a ampliação da presença de programas explorando a criminalidade para o sétimo dia da semana em horário chamado nobre, como se isso fosse algo extraordinário. Em abril de 2010, surgiu através do médium Divaldo Pereira Franco mais um livro do lúcido Espírito Manoel Philomeno de Miranda: TRANSIÇÃO PLANETÁRIA. Nele, no capítulo seis, o autor reproduz o comentário de um Benfeitor Espiritual, em que este diz: -“Não são poucos, no campo das comunicações, na Terra, os decantados multiplicadores de opinião, que sintonizam com as entidades bestializadas, que os submetem ao talante das suas aberrações, durante largos períodos de desdobramento pelo sono fisiológico, imprimindo profundamente no cerne do Ser de cada um, a devassidão, o desvario, a degradação moral. Retornando ao corpo somático, recordam-se das experiências viciosas em que se comprazem e estimulam os seus aficionados, cada vez mais, à luxúria, ao sexo açodado pelas drogas alucinógenas, pelo álcool, pelas substâncias farmacêuticas estimulantes. Não seja de surpreender a debandada das gerações novas para as músicas de sentido infeliz, nos salões de procedência primária e sensualidade, onde a perversão dos sentimentos é a tônica, e o estímulo violência, à rebeldia, à agressividade constitui   panorama da revolta, afinal contra o que?”. Em agosto do mesmo ano, através do médium Waldemar De Marchi, o Espírito Irmão Virgílio transpôs para nossa Dimensão o livro O SÉTIMO SELO (petit), desenvolvendo a mesma temática das mudanças profundas que se operam na Humanidade presente no Planeta Terra, tanto no Plano Material, como no Invisível. Chama atenção a quantidade de informações oferecendo exemplos e ponderações sobre este momento. Num certo trecho, um Instrutor chamado Ulisses observa: -“Existe uma grande preocupação das hostes espirituais superiores a respeito da atuação maciça das forças das Trevas” e, em outro: -“Nossa preocupação se estende aos irmãos que ignoram os alertas dos Bons Espíritos e se comprazem na sintonia vibratória negativa do ódio, do rancor, da maldade, da brutalidade, da avareza, do egoísmo, da vaidade exacerbada, da preguiça, do comodismo, e do sexo promíscuo e primitivo. São ondas vibratórias pesadas e vigorosas, alimentadas pelas forças das trevas que circundam o Planeta, envolvendo a todos que vibram nessa sintonia perigosa”. Mais à frente vaticina: -“Grande parte da Humanidade que vibra na sintonia do mal será arrastada para o abismo de forma indelével, como o imã atrai o ferro. É a Lei da Sintonia Vibratória, pela qual semelhante atrai semelhante em virtude do sentimento que vibra em cada alma, em cada coração, e assim deverá se cumprir uma etapa evolutiva da Humanidade terrestre”. Noutra parte do livro um ex-professor do Autor Espiritual do livro, comenta: -“A educação é o princípio do Bem e da estrutura moral. Por outro lado, a falta da educação torna os caminhos muito estreitos, diminui as possibilidades e alternativas e escancara as portas para as vias tortuosas do mal. É triste constatar que nosso querido Brasil ainda está distante de atitudes firmes e serenas que possam proporcionar escolas e ensino às nossas crianças que residem em locais muito pobres e distantes de nosso País, onde se encontram nossos irmãos brasileiros esquecidos dos políticos corruptos, que se importam apenas com as reeleições e a manutenção dos favores à parentela e aos amigos mais chegados. Um dia, quem sabe não muito distante, quando, no vendaval da renovação da grande transição, os políticos corruptos e inescrupulosos já tiverem sido varridos do nosso planeta, haverá de surgir uma Nova Era”. Passaram-se cinco anos, os livros ficaram esquecidos nos catálogos das editoras, sumiram das livrarias, todavia, as palavras continuam atuais.


sábado, 20 de junho de 2015

BELEZA SUPERIOR


A pouco mais de 100 km da capital mineira, no pequeno povoado de Mariana nasceu em 1859, em meio a muita pobreza, José Silvério Horta, mais conhecido como Monsenhor Horta, que escreveria uma bela história de dedicação ao próximo no exercício da sua atividade eclesiástica dentro da escola católica.  Contava 27 anos quando, após estudos de Humanidades, Filosofia e Teologia no seminário da cidade em que nasceu e morreria aos 74 anos em 1933, ordenou-se sacerdote. Sua trajetória em favor dos semelhantes, especialmente pobres e enfermos, credenciou-o a um processo de beatificação no vaticano. Sua origem humilde fixou com mais intensidade, a própria humildade reconhecida por todos que o conheceram pelas levas de romeiros procedentes de recuados pontos do país, sempre atendidos pela sua bondade e paciência sobre humanas. Sua estatura baixa e saúde frágil, não conseguiam deter sua força interior no que concerne à disposição nos exercício do bem. Envergonhava-se, segundo os que o conheceram, de andar luxuosamente vestido, sensibilizando os que se viam diante dele que fazia da caridade seu estilo de vida. Inimigos rancorosos, aflitos, tristes, doentes, almas endurecidas pelos revezes da vida, encontraram no contato com ele uma luz para guia-los em meio às sombras em que se encontravam. Para todos, sem exceção, ternura, piedade, compaixão, presentes em seus gestos e palavras, notadamente os famintos e miseráveis necessitados de alimento, roupas, pão e abrigo pelo descaso e abandono por parte dos semelhantes. Hábil e erudito expositor, operou prodigiosas curas com a água que abençoava, sem falar dos desequilibrados e possessos que socorria, incluindo as entidades que se manifestavam pelos doentes. Consta que levantava cedo, consagrava-se à oração por uma hora, cumpria suas obrigações na Paróquia que dirigia, entregando-se a seguir ao atendimento dos que o procuravam mesmo quando já em idade avançada, se mostrava abatido pela doença e a visão debilitada, distribuindo alimento e consolo. No período da tarde após frugal refeição, punha-se a responder cartas oriundas de várias partes do País, tarefa que depois de concluída, o colocava novamente a atender as pessoas que enchiam os corredores de sua residência esperando por sua atenção até por volta das 21 horas. Assim conduziu-se até concluir sua passagem pela Terra no dia 30 de março de 1933, calculando-se que seu funeral ocorrido no dia seguinte reuniu perto de 5 mil pessoas vindas de várias cidades vizinhas para render sua homenagem ao benfeitor de tantos anos. Tempos depois ofereceu o testemunho de sua sobrevivência através do à época, quase desconhecido médium Chico Xavier, repassando para nossa Dimensão uma adaptação de sua autoria da chamada Oração Dominical como difundida pela religião Católica a partir da orientação de Jesus que consta do Evangelho de Mateus. Demonstrava desta forma, não existirem para os Espíritos evoluídos as barreiras erguidas pela intolerância religiosa, como se tem observado crescente nos dias que vivemos. Outras mensagens,  escreveria pelo mesmo médium nos anos seguintes. Mas, sua versão do PAI NOSSO incluída nos livros À LUZ DA ORAÇÃO (o clarim) e PARNASO D’ALÉM TÚMULO (feb) pela beleza estética de sua formatação revelando a superioridade espiritual do autor merece ser conhecida. Diz ela: Pai Nosso, que estás nos Céus,
Na luz dos SÓIS infinitos,
Pai de todos os aflitos,
Deste mundo de escarcéus.

Santificado, Senhor,
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo o Universo exprime,
Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração,
O Teu reino de bondade,
De paz e de claridade,
Na estrada da redenção,

Cumpra-se Teu mandamento,
Que não vacila nem erra,
Nos Céus, como em toda Terra;
De luta e de sofrimento.

Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão do caminho,
Feito da luz, no carinho;
Do pão espiritual.

Perdoa-nos, meu Senhor,
 De iniquidade e de dor.
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,

Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos,
Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus,
Livra a nossa alma do erro,
Sobre o mundo de desterro,
Distante da vossa luz.

Que vossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade,
De vosso amor...

Assim seja.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

AS RAÇAS E O ESPIRITISMO

Embora alguns antropólogos considerem que o isolamento foi um elemento importante no processo de diferenciação e origem das raças na Terra, visto que não mantendo contato entre si arranjavam soluções próprias para enfrentar os desafios do ambiente em que viviam, originando os três grandes grupos em que convencionalmente o Ser humano é dividido (negroides, caucasianos e mongoloides), o Espiritismo tem algo mais a acrescentar. No interessante e geralmente mal interpretado artigo com que abre o número de abril de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec racionaliza escrevendo que “há no homem, duas partes bem distintas: o Espírito, Ser pensante, e o corpo, instrumento das manifestações do pensamento, mais ou menos completo, conforme as necessidades”. Segundo ele, isso determina uma consequência inevitável: a perfectibilidade das raças. Afirma que elas são perfectíveis pelo Espírito que evolui através de suas várias migrações, em cada uma adquirindo, pouco a pouco, as faculdades que lhe faltam, necessitando à medida que suas faculdades se ampliam de um instrumento adequado, como uma criança que cresce precisa de roupas maiores. Sendo insuficientes os corpos constituídos para o seu estado primitivo, necessitam encarnar-se em melhores condições, e assim por diante, conforme o progresso alcançado”.  Pondera, contudo, que também “as raças são perfectíveis pelo corpo; mas é somente pelo cruzamento com raças mais aperfeiçoadas, que trazem novos elementos que, por assim dizer, que aí se enxertam os germes de novas características. Esse cruzamento se faz pelas emigrações, as guerras e as conquistas. Sob esse ponto de vista, as raças são como as famílias que se abastardam, quando não recebem sangue novo. Então não se pode dizer que haja raça primitiva pura, porque sem o cruzamento, essa raça será sempre a mesma, pois seu estado de inferioridade depende de sua natureza; degenerará, em vez de progredir, o que determina o seu desaparecimento, ao cabo de certo tempo”. Acrescenta ainda que “essa teoria levando-nos a considerar na questão do aperfeiçoamento das raças os dois elementos constitutivos do homem: o elemento espiritual e o corporal é preciso conhecer a ambos, o que só o Espiritismo pode esclarecer no que respeita à natureza do elemento espiritual – o mais importante – por ser o que pensa e sobrevive, visto que o corporal se destrói”.  Cinco anos mais tarde, Allan Kardec se serviria de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espirita de Paris justamente nos anos de 1862 e 1863, sob o título ESTUDOS URANOGRÁFICOS assinados pelo Espírito Galileu através do médium Camille Flamarion para compor o último livro por ele organizado A GÊNESE o qual incluiria ainda mais duas abordagens OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES segundo o Espiritismo. O estudo do primeiro tema ocuparia 6 dos 12 capítulos que o constituem. Entre eles, Galileu considera não haver nada de impossível na tese dos fisiologistas sobre o corpo do homem não ser senão uma transformação do macaco quando do surgimento dos primeiros Espíritos humanos na Terra. Diz que, “admitida tal hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e pelo efeito da atividade intelectual de seu novo habitante, o envoltório modificou-se, embelezou-se nos detalhes, conservado em tudo a forma geral do conjunto. Os corpos melhorados, em se procriando, reproduziram-se nas mesmas condições, como ocorre com as árvores enxertadas, originando uma nova espécie que, pouco a pouco, se distanciou do tipo primitivo, à medida que o Espírito progrediu. O Espírito macaco, que não se exterminou, continuou a procriar corpos de macacos para seu uso, como o fruto da planta brava reproduz planta brava, e o Espírito humano procriou corpos de homens, variantes do primeiro molde que se estabeleceu. A linhagem se bifurcou; ela produziu um descendente, e esse descendente tornou-se linhagem, sendo provável que os primeiros homens que apareceram sobre a Terra devem ter pouco diferenciado do macaco pela forma exterior, e, sem duvida, não muito mais pela inteligência”. Mais à frente em seu estudo, Galileu acrescenta um dado novo às suas explicações. Falando sobre Emigrações e Imigrações dos Espíritos, revelando as razões dos desencarnes e reencarnes coletivos em certos períodos, revela que além dessa transfusão de Espíritos entre diferentes Dimensões planetária, “há emigrações e imigrações coletivas de um mundo a outro, donde resulta a introdução, na população de um Globo, de elementos inteiramente novos; novas raças de Espíritos que vem se misturar às raças existentes, constituindo novas raças de homens. Como os Espíritos nunca perdem o que adquiriram, levam com eles a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, imprimindo, consequentemente, o seu caráter à raça corpórea que vem animar”.


terça-feira, 16 de junho de 2015

UM EXTRAORDINÁRIO CASO DE MEDIUNIDADE

Uma das teses do pesquisador italiano Ernesto Bozzano intitulada LITERATURA D’ALÉM TUMULO, preserva informações da incrível história da médium Pearl Lenore Curran, norte americana nascida na cidade de Mound City, estado de Illinois em 1883. Depois de seus pais terem se mudado para várias cidades, fixou-se em Saint Louis, no Missouri, aos 14 anos, idade em que revelou pendores para a música, visto que como estudante regular mostrava várias dificuldades e limitações. Sonhando tornar-se uma cantora de ópera, fez estudos nessa área em outra cidade do Estado em que vivia, trabalhando posteriormente em Chicago dos 18 aos 24 anos, quando se casou com John Howard Curran, tendo uma vida comum até que em 8 julho de 1913, participando com uma amiga de experiências com a chamada Tabua Ouija que se repetiam desde um ano antes, defrontaram-se com a manifestação de um Espírito que iniciou sua comunicação dizendo: -“Muitas luas passaram desde que vivi na Terra. Eis-me de volta ao vosso mundo. Meu nome é Patience Worth”. Começava assim uma história das mais impressionantes no campo do intercâmbio interdimensional, pois, ao contrário do seu instrumento mediúnico cujos pendores eram para a arte musical, Patience Worth demonstrou grande cultura histórica, literária e filológica. Confirmando que sua personalidade independia da de Lenore Curran, escreveu intencionalmente, em versos livres um de seus romances - TELKA -, em dialeto de 300 anos antes, se servindo nas suas 70 mil palavras de 90% de termos de origem anglo-saxônica anterior a 1600. A médium ouvia a sua inspiradora e repetia em voz alta a narrativa para um secretário, que a transcrevia, mantendo-se completamente livre em seus movimentos, interrompendo e continuando o trabalho, à vontade. Perdeu-se, certa vez, o primeiro capítulo de um romance: Patience Worth o ditou novamente. Encontrado o documento primitivo, verificou-se que o segundo ditado era a reprodução literal do primeiro. Lenore serviu para que a entidade cuja mais recente existência ocorrera na Inglaterra, escrevesse nove romances, um drama, uma coleção de provérbios e aforismos, inúmeras composições poéticas de toda espécie, geniais na inspiração e na forma. TELKA e MERRY TALE, em dialeto do século 17; os outros trabalhos, na língua inglesa moderna. A prodigiosa mediunidade se evidencia mais ainda quando Patience escreve quatro romances, ao mesmo tempo, ditando, sucessivamente, a passagem de cada um, ora em dialeto arcaico, ora em linguagem moderna, sem interrupção. Noutra obra – THE SORRY TALE ( A HISTORIA TRISTE)– que se desenvolve na Palestina, ao tempo de Jesus, da mesma forma como em HÁ DOIS MIL ANOS do Espírito Emmanuel através de Chico Xavier, reproduz, geográfica e historicamente, o drama do Gólgota, em todo seu realismo. E, como no caso do médium brasileiro, diante dela, desenrolava-se visão panorâmica de todos os acontecimentos, no momento exato em que se fazia o ditado mediúnico. Segundo ela, “percebia cães que atravessavam o caminho correndo; via carros construídos de modo estranho e cujas rodas eram feitas de caniços enrolados, curvados em círculos. Estes carros eram puxados por bois, cujos arreios eram mais estranhos ainda que os carros. Assistia à feira dos judeus, assim como as disputas que havia entre negociantes barbudos e seus clientes; ouvia as lamentações das mulheres que trocavam utensílios por comestíveis; observava os Grãos Sacerdotes que passavam com suas vestes faustosas e via a Arca Santa e o Templo, tais como tinham sido, realmente, reedificados, nessa época; contemplava as paisagens de Belém e de Nazaré e assistia à passagem de Jesus cercado pela multidão”. No caso dos quatro trabalhos transmitidos simultaneamente, o Espírito comunicante “toma a certo momento, dois personagens de dois romances diferentes estabelecendo um aparente diálogo entre eles, de maneira que o personagem de um romance parecia responder ao outro e discutirem entre si. Quando as passagens dos dois romances foram colocadas nos seus textos respectivos, verificou-se que cada uma delas se adaptava perfeitamente à parte que devia ocupar no texto”. O erudito e competente Hermínio Correia de Miranda, incluiu em seu fascinante acervo de obras, uma nascida a partir de uma fortuita experiência em sebo da cidade norte americana Chapei Hill, na Carolina do Norte, onde encontrou uma obra sub-intitulada A ESTRANHA HISTÓRIA DE PATIENCE WORTH. Sua leitura o levou a produzir o livro O MISTÉRIO DE PATIENCE WORTH (lachatre, 2009),  dividido em duas partes: a primeira resultado de meticulosa pesquisa sobre a história da produção mediúnica do Espirito Patience; a segunda as descobertas e analises de Ernesto Bozzano nos primeiros anos do século 20.












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sexta-feira, 12 de junho de 2015

UM POUCO DE ARQUEOLOGIA PSÍQUICA

Conforme preconizado pelo Espírito da Verdade em fragmento de mensagem aproveitada por Allan Kardec no prefácio d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, os Espíritos do Senhor desde meados do século 18 desenvolviam intensa atividade sobre toda a Terra procurando despertar um maior número de consciências para o sentido espiritual da vida. Prosseguiram mesmo após a morte do intelectual francês oculto no pseudônimo Allan Kardec, o compilador e codificador das revelações vertidas através da mediunidade para nossa Dimensão. Muitos dos interpretes, porém, acrescentaram seu toque pessoal nos conteúdos, por vezes desfigurando-os, outros os desvirtuando do seu verdadeiro sentido. Hoje, é necessário “garimpar” muito “cascalho” para encontrar-se o que realmente tem valor. Embora o Espiritismo tenha alguns representantes importantes, em outras áreas eles também se mostraram. Dizem algumas Escolas Espiritualistas que o ano de 1930 marca o início da popularização de informações outrora restritas aos meios chamados esotéricos. Entre os seguidores desse importante grupo, vamos encontrar um imigrante da atual República Tcheca, chamado Francisco Valdomiro Lorenz que depois de rápida passagem por Ouro Preto (MG), fixou-se na cidade de Dom Feliciano, interior do Rio Grande do Sul. De lá, a centenas de quilômetros de centros mais desenvolvidos, no início do século 20, época em que tudo era difícil, conseguiu construir uma obra extraordinária. Autodidata, dominando mais de cem idiomas, tornou-se um dos principais tradutores das obras publicadas pelo Círculo Esotérico do Pensamento pela editora de sua propriedade, além de ter escrito mais de quarenta livros. Um deles, intitulado DIALOGOS INICIATICOS, reproduzindo várias conversas entre um Mestre e um Discípulo, apresenta informações extremamente interessantes. Como quase toda a história da evolução das Civilizações da Antiguidade se perdeu, especialmente pela destruição da Biblioteca da Alexandria durante o domínio romano, os elementos colocados pelo Mestre ao Iniciado são, no mínimo, instigantes. Destacamos a seguir algumas dessas informações: 1- O continente mais antigo da Terra foi a Lemuria, que ocupava o lugar do Oceano Pacífico atual, e que submergiu sob as ondas do mar, há milhares de anos; 2- Os Lêmures eram amarelos, sendo alguma silhas japonesas remanescentes desse território; 3- O continente que se desenvolveu depois da Lemuria foi a Atlântida, que ocupava o lugar do atual Oceano Atlântico e era povoado por uma raça cor de cobre vermelho; 4- Sua destruição deveu-se ao fato de que suas raças, chegadas ao ponto culminante de sua respectiva civilização, deviam fazer uma escolha decisiva entre a materialidade e a espiritualidade, como todos as raças maduras hão de fazer. E tanto os Lemures, como os Atlantes preferiram seguir o caminho da materialidade que os conduziu à destruição, precipitando-os nos abismos do Oceano. 5- A destruição das raças não significou a extinção de todos os seus indivíduos, pois, ainda subsistem alguns grupos de seus descendentes. 6- Dos Lemurianos na Ásia e dos Atlantes, uma parte na América, principalmente no México e outra parte nas costas do Sul da Europa e no Egito, regiões que já tinham sido por eles colonizadas, servindo após a catástrofe, de asilo aos sobreviventes, tornando-se centros da maior importância para os tempos posteriores; 7- O berço da raça branca, foi o norte da Europa, nas proximidades do Mar Báltico; 8- A raça que chegou primeiro a ter uma civilização foi a negra, cujo berço é a África, uns dez mil anos antes de Cristo. 9- Os negros constituíram poderosos reinos e até conquistaram a Arábia, a Pérsia e a Índia, subjugando seus aborígenes amarelos, instalando-se em todo sul da Europa, onde tinham vencido os colonos vermelhos, adaptando, porém, as suas artes e cultura. 10- A civilização negra consistia no conhecimento do Plano Astral, na prática da Magia e na força militar. 11- Houve muitas guerras entre negros e brancos, e, depois de vários revezes, os brancos saíram vencedores expulsando os negros da Europa. 12- Durante o período de seu domínio, os Negros tratavam os brancos e amarelos como escravos, empregando-os nos trabalhos pesados de construções muitas das quais de dimensões gigantescas. 13- O nome geral aplicado aos brancos das épocas mais remotas era Celtas, sendo sua terra, a Céltida que abrangia toda a Europa Central e Ocidental. 14- Tendo sido expulsos de quase todas as costas da Europa, os Gian-bien-Gian, isto é, os Negros, ainda continuavam senhores da Ásia e da África. As suas principais colônias eram o Egito, a Ásia Menor, a Taurida, a China, o Japão, a Pérsia, o Tibet, etc. A sua metrópole tinha sido a Etiópia, e, depois que esta desapareceu, os Negros transpuseram o centro do seu domínio para a Índia. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

NECESSIDADE URGENTE

-“Quando a sociedade humana não tem outro objetivo de atividade senão a prosperidade material e o prazer dos sentidos, ela mergulha no materialismo egoísta, aprecia todas as ações segundo o Bem que delas retira, renuncia a todos os esforços que não levam a uma vantagem palpável, não estima senão aqueles que possuem, e não respeita senão a força que se impõe. Quando os homens não se preocupam senão com os sucessos imediatos e lucrativos, perdem o senso de honestidade, renunciam à escolha dos meios, calcam aos pés a felicidade íntima, as virtudes privadas, e cessam de se guiar segundo os princípios de justiça e de equidade. Numa sociedade lançada nessa direção imoral, o rico leva uma vida de ociosidade ignóbil, embrutecedora, e o deserdado nela arrasta uma existência dolorosa e monótona, da qual o suicídio parece ser a última consolação!”. Essa avaliação não se constitui num verdadeiro retrato falado, um diagnóstico perfeito da realidade observada na atualidade do mundo? Ocorre que ela foi publicada na abertura do número de setembro de 1863 da REVISTA ESPÍRITA. O editor, Allan Kardec a reproduz pela qualidade dos argumentos elaborados pelo autor, identificado como F. Herrenschneider, sobre a necessidade da aliança entre a Filosofia e o Espiritismo. Diante do quadro desenhado pelas palavras iniciais, acrescenta que “contra semelhante disposição moral, pública e privada, a filosofia é impotente. Não que os argumentos lhe façam falta para provar a necessidade social de princípios puros e generosos, não que ela não possa demonstrar a iminência da responsabilidade final, e estabelecer a perpetuidade de nossa existência, mas os homens não têm, geralmente, nem o tempo, nem o gosto, nem o espírito bastante refletido, para prestar atenção à voz de suas consciências e às observações da razão. As vicissitudes da vida, aliás, frequentemente, são muito imperiosas para que se decida ao exercício da virtude pelo simples amor ao Bem. Quando mesmo que a filosofia tivesse sido, verdadeiramente, o que deveria ser: uma doutrina completa e certa, jamais teria podido provocar, só pelo seu ensino, a regeneração social de maneira eficaz, uma vez que até este dia não pôde dar, à autoridade de sua doutrina, de outra sanção senão do amor abstrato do ideal e da perfeição. É que aos homens é preciso, para convencê-los da necessidade de se consagrarem ao bem, fatos que falem aos sentidos. Preciso lhes é o quadro impressionante de suas dores futuras, para que consintam em subir novamente a rampa funesta onde seus vícios os arrastam; é-lhes preciso tocar com o dedo as infelicidades eternas que se preparam por seu desleixo moral, para que compreendam que a vida atual não é o objetivo de sua existência, mas o meio que o Criador lhes deu de trabalhar pessoalmente no cumprimento de seus destinos finais. Também é por esse motivo que todas as religiões apoiaram seus mandamentos sobre o terror do inferno e sobre as seduções das alegrias celestes. Mas, desde que, sob o império da incredulidade e da indiferença religiosa, as populações se tranquilizaram sobre as consequências últimas de seus pecados, uma filosofia fácil e inconsequente ajudando o culto dos sentidos, dos interesses temporais e das doutrinas egoístas, acabou por prevalecer. Hoje os homens esclarecidos, inteligentes e fortes se afastam da Igreja e seguem suas próprias inspirações; a autoridade necessária lhe faz falta para recobrar sua influência vinte vezes secular. Pode-se, pois, dizer que a Igreja é tão impotente quanto a filosofia, e que nenhuma nem outra exercerão influência salutar sujeitando-se, cada uma em seu gênero, a uma reforma radical. (...). É, pois, o Espiritismo que nos revela nossos destinos futuros, e, quanto mais for conhecido, mais a regeneração moral e religiosa ganhará em impulso e em extensão. A união do Espiritismo com as ciências filosóficas nos parece, com efeito, de uma alta necessidade para a felicidade da Humanidade e para o progresso moral, intelectual e religioso da sociedade moderna; porque não estamos mais no tempo em que se podia afastar a ciência humana e preferir-lhe a fé cega. A ciência moderna é muito sábia, muito segura de si mesma, e muito avançada no conhecimento das leis que Deus impôs à inteligência e à Natureza, para que a transformação religiosa possa ter lugar sem seu concurso. Conhece-se muito exatamente a exiguidade relativa de nosso Globo para conceder à Humanidade um lugar privilegiado nos desígnios providenciais. Aos olhos de todos, não somos mais do que um grão de pó na imensidade dos mundos, e sabe-se que as leis que regem essa multidão indefinida de existências são simples, imutáveis e universais”.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

PRODÍGIOS DA MEDIUNIDADE

O fenômeno mediúnico hoje mais compreendido graças às informações agrupadas pelo educador francês oculto no pseudônimo Allan Kardec n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS representa um alento na vida de muitas pessoas. É o que se deduz conhecendo a incrível médium Célia do Carmo Ferreira da Silva, ou simplesmente Dona Célia como carinhosamente a tratavam, fundadora da Associação dos Obreiros de Jesus, no Rio de Janeiro. Pessoa simples repudiava qualquer aparição na mídia, embora amiga de grandes profissionais da área. Sobre ela, a propósito, já falamos baseando-nos em informações prestadas por Waldemar Falcão no livro MÉDIUNS NOTÁVEIS e no livro autobiográfico de Augusto Cesar Vanucci, DE AVE CEZAR A AVE CRISTO. Recentemente encontramos outro depoimento importante. Alguém de formação na área da saúde mental, ligado a um povo acostumado a apreciar a coisas de forma racional e não emocional como nós, os latinos. Trata-se do Psiquiatra Brian Weiss que numa das viagens ao Brasil foi levado por um amigo a uma sessão conduzida por Dona Célia. Conta que “ela nada sabia a seu respeito ou de seus livros. Falava apenas português, obrigando seu amigo a traduzir o que ele ou ela dizia. As pessoas haviam escrito nomes em pedaços de papel e colocado numa cesta. Mais de oitocentas pessoas de todas as classes sociais na plateia. Ninguém sabia se ou quando seria chamado. Célia pegou esses papéis, amassou-os e, sem olhar, chamou determinados nomes. As pessoas, reconhecendo os nomes de seus entes queridos, se aproximavam do pequeno estrado elevado onde Célia estava sentada. Raramente vi alguém trabalhar tão rápido quanto Célia. Nomes, descrições físicas e características de personalidade eram falados com a maior exatidão. Os detalhes muito íntimos e confidenciais a respeito da vida do falecido reconfortavam as famílias. A força emocional de suas palavras contrastava enormemente com seu corpo pequeno e frágil, de setenta anos de idade. Ela tinha menos de um metro e meio e precisava de um inalador para manter a asma sob controle. Duas histórias foram extraordinariamente tocantes. Célia chamou um nome de homem, e a mãe, o pai e a irmã vieram até o estrado. A família tremia enquanto Célia descrevia vividamente o terrível acidente de automóvel no qual o rapaz havia morrido. Ela lhes disse que ele estava bem agora e mandava o seu amor, mas não estava sozinho. Dois outros jovens haviam morrido com ele naquele carro. Célia chamou outros dois nomes, e as famílias das duas vítimas se aproximaram do estrado. O pai de um dos jovens ficou atrás de outros, um pouco separado, rigidamente ereto, obviamente controlando suas emoções. Os outros choravam e se abraçavam. Célia virou-se para a esposa do homem. – Não se sinta tão culpada. Eles estão bem agora, em Espírito. O filho dessa mulher era o motorista do carro, aparentemente responsável pelo acidente, e a mãe sentia-se culpada. – Eles mandam o seu amor – Célia continuou, acrescentando mais detalhes pessoais. Então ela olhou para o homem que estava em pé, atrás dos outros. Levantou-se e aproximou-se, para vê-lo mais de perto. - Seu filho me diz que está sendo mais difícil para você aceitar tudo isso, porque você é engenheiro e não acredita nessas coisas. O homem assentiu quanto à precisão das afirmações. – Ele diz que vocês podem parar de brigar por causa do tapete. Isso não tem mais importância. Ao ouvir esse comentário, o pai desmoronou. Abraçando sua esposa, começou a chorar. Sem o conhecimento dos outros, ele e sua esposa vinham brigando há algum tempo por causa de um determinado tapete da casa. O pai insistia que a poeira do tapete era responsável pelas alergias e pela frequência dos ataques de asma que seu outro filho vinha tendo. Sua esposa adorava o tapete e recusava-se a jogá-lo fora. (...). Para a família de um homem que havia sido assassinado três semanas antes, Célia descreveu o tiroteio, a emergência médica e os tratamentos que se seguiram, usando termos técnicos num nível de sofisticação absolutamente impossível para um leigo. Enquanto o homem transmitia seu amor pela mulher e filhos, os três se abraçavam fortemente. (...) Entretanto, Célia não havia terminado. Tinha uma linda mensagem espiritual para transmitir. – Ele fica feliz com o amor de vocês, mas também quer que sintam compaixão pelo homem que o baleou. Abram mão de sua raiva. Esse homem está num nível inferior e não entende as leis espirituais. Ele irá pagar um alto preço por suas ações, mas, por ser ignorante, precisa de ajuda. Precisa de suas preces. Ele não é capaz de entender, por isso, não deve ser julgado”.

sábado, 6 de junho de 2015

BEM ANTES QUE AQUI



Quando a Teoria das Supercordas cogita ser a nossa realidade a projeção de outra existente num Universo Paralelo confirmando a revelação dada a Allan Kardec na questão 85 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS sobre o Mundo Espiritual ser mais importante que o Mundo Material por tudo lá se originar, surge a natural indagação: Isso é possível confirmar? Reunimos alguns indicadores resultantes em obras mediúnicas muito anteriores à obtenção dos mesmos sofisticados dispositivos em nossa Dimensão. Livro: A VIDA ALÉM DO VÉU, 1913 - 1 - HOLOGRAMA. -11/10/1913: “O globo vagarosamente abandonou o pedestal, ou pino, ou o que quer que lhe servia de apoio, e principiou a flutuar, afastado da parede. Ao aproximar-se do centro, penetrou a névoa azul e, logo em seguida, ao seu contato, transformou-se em uma grande esfera ( vinte oito a trinta metros de diâmetro), brilhando com luz própria e flutuando no espaço cerúleo.(...) Muito vagarosamente revolvia-se sobre seu eixo, permitindo, a princípio, ver-se oceanos e continentes como nas réplicas comuns em escolas, e, posteriormente, montanhas e morros começaram a se destacar, as águas a arfar e a encrespar-se, notando-se minúsculas reproduções das cidades e mesmo pormenores de suas construções, além das multidões e, em seguida, os indivíduos. (Imaginada na década de 40, a Holografia somente foi viabilizada na de 60 graças ao desenvolvimento do laser). Livro: MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, iniciado em 1926, somente foi publicado quase três décadas depois devido a receios da médium Yvonne do Amaral Pereira: 2- VIDRO A PROVA DE SOM –: -“...Não ouvíamos nenhum som: - as vidraças seriam de substâncias isolantes, à prova total de ruído”. Realidade disponível no mercado da construção no final do século 20. 3- CIRCUITO FECHADO – 2.1 -“No primeiro gabinete existiam estranhas baterias de aparelhos que pareciam ser telescópios possantes, maquinarias aperfeiçoadas, elevadas ao estado ideal, para sondagem a grandes distâncias, espécie de raio x, capazes de perquirir os abismos do Espaço Infinito, assim como do Mundo Invisível e da Terra”. Após o advento da televisão comercial na metade do século 20, tornou-se realidade no final dela em função da evolução dos problemas de segurança patrimonial. 4-. TELÃO - “No segundo gabinete, telas luminosas, colossais, retratavam acontecimentos e cenas ocorridas a imensuráveis distâncias, tornando-os presentes aos técnicos e observadores para tanto credenciados, a fim de serem devidamente estudados e examinados”. Opção possível nos anos 90 nas atividades de treinamento e videoconferência viabilizadas pela informática e comunicação a distância facilitadas pelas transmissões via satélite. Livro : OS MENSAGEIROS (1944, feb)5- ARMAS DE DISPARO ELETROMAGNÉTICO – comercializadas a partir de 1993, o chamado teaser dispara até 60 vezes por minuto agindo no sistema nervoso central -“E as armas? – Não temos balas de aço, mas temos projetis elétricos cujo efeito é assustar demonstrando as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva, podendo causar a impressão de morte nas pessoas que se agarram às impressões físicas, criando, consequentemente densidade para seus veículos de manifestação”.. 6- VEÍCULO MOVIDO A ELETROMAGNETISMO - “Soube que os sistemas de transporte, nas zonas mais próximas da Crosta, são muito mais numerosos do que se poderia imaginar, em bases transcendentes do eletromagnetismo”. –“A pequena máquina, que mais assemelhava a pequeno automóvel de asas, a deslocar-se impulsionado por fluidos elétricos acumulados”. Visionária ideia do desenho animado OS JETSONS dos anos 60, o trem-bala surgiu no Japão em 1964, e o veículo menor para passageiros somente foi viabilizado no início do século 21 por empresa chinesa. Livro :OBREIROS DA VIDA ETERNA (1946, feb) –  7: COMUNICAÇÃO A DISTÂNCIA - “Fez exibir num grande globo de substância leitosa, situado na parte central do Templo, vários quadros vivos do seu campo de ação nas zonas inferiores. Tratava-se da fotografia animada, com apresentação de todos os sons e minúcias anatômicas inerentes às cenas observadas por ele”. Idem item 4. Livro: AÇÃO E REAÇÃO (1957, feb) - 8- ARMAS  DE DISPARO ELETROMAGNÉTICO -“Vasto grupo de entidades manobravam curiosas máquinas à guisa de canhonetes”. –“Podemos defini-las como canhões de bombardeio eletrônico. As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a fim de que nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso. Se lograrem êxito, provocam fenômenos de desintegração, suscetíveis de conduzir-nos à ruina total, sem nos referirmos às perturbações que estabeleceriam em nossos irmãos doentes por conterem princípios de flagelação”. Idem item 5. 9 - DATA-SHOW --“Druso ligou tomada próxima e vimos um pequeno televisor em ação, sob vigorosa lente, projetando imagens movimentadas em tela próxima, cuidadosamente encaixada na parede, a pequena distância, permitindo a contemplação da paisagem terrestre, do local onde ocorrera acidente aviatório”. Idem item 4

quinta-feira, 4 de junho de 2015

INTERMISSÃO

Intermissão foi o termo escolhido pelos principais pesquisadores da reencarnação no século XX para explicar fatos envolvendo crianças que espontânea e de forma impactante revelam habilidades incomuns ou detalhes de vidas passadas como o próprio nome, de familiares, cidades, entre outras lembranças que só podem ter se originado em existência anterior. Segundo eles, a manifestação desses registros deve-se ao intervalo curto entre encarnações, o que vai ao encontro do afirmado por Allan Kardec em abordagem sobre as vidas sucessivas, dizendo que “a criatura renasce no mesmo meio, nação, raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”. A História da Humanidade na Terra inclui o registro de vários fenômenos clássicos como, entre outros, o compositor Mozart, o matemático Pascal, o físico Ampére, o cientista Gauss, considerados gênios precoces em suas áreas de atuação. No lado Oriental do Planeta, a Índia e países periféricos, conta com milhares de exemplos de memórias de vidas passadas, situação facilitada pelos atavismos religiosos que veem o mecanismo da reencarnação como uma realidade. No número de novembro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, foi incluída uma matéria tratando de curioso caso revelado em publicação científica inglesa sobre uma criança de cinco anos que desde os três de idade não sabia pronunciar senão as palavras ‘papa’ e ‘maman’. Quando atingiu os quatro anos, a língua se desatou repentinamente, falando quando da veiculação da notícia, de conhecidas no idioma inglês somente as duas palavras citadas, expressando-se num idioma ignorado por todos que se aproximavam dela. Apesar das tentativas de ensinar-lhe o idioma pátrio, recusava-se terminantemente aprendê-lo. Colocado em discussão o tema na reunião de 9 de outubro daquele ano,  da Sociedade Espírita de Paris, um Espírito de nome Luiz Nivard, manifestou-se sobre o assunto por um dos médiuns presentes, na verdade seu filho, dizendo que a ocorrência do fenômeno tinha uma razão de ser: levar os que se intrigavam diante dela a procurar-lhe a causa. Como Espírito, o que poderia dizer era que “o Espírito encarnado no corpo dessa menina, conheceu a língua, ou antes, as línguas que fala, pois faz uma mistura. Não obstante a mistura é feita conscientemente e constitui uma língua, cujas diversas expressões são tomadas das que esse Espírito conheceu em outras encarnações. Em sua ultima existência ele tinha tido a ideia de criar uma língua universal, a fim de permitir a facilidade das relações e o progresso humano. Para esse efeito ele tinha começado a compor essa língua, que constituía de fragmentos de várias que conhecia e gostava. A língua inglesa lhe era desconhecida; tinha ouvido ingleses falar, mas achava sua língua desagradável e detestava. Uma vez no Plano Espiritual, o objetivo que se tinha proposto em vida aí continuou; pôs-se à tarefa e compôs um vocabulário que lhe é particular. Encarnou-se entre ingleses, com o desprezo que tinha por sua língua, e com a determinação bem firme de não a falar. Tomou posse de um corpo, cujo organismo flexível lhe permite manter a palavra. Os laços que o prendem a esse corpo são bastante elásticos, para mantê-lo num estado de semidespreendimento, que lhe deixa a lembrança bastante distinta de seu passado, e o mantém em sua resolução. Por outro lado, é ajudado por seu guia espiritual, que vela para que o fenômeno tenha lugar com regularidade e perseverança, a fim de chamar a atenção dos homens. Aliás, o Espírito encarnado estava consentindo na produção do fato. Ao mesmo tempo que demonstra o desprezo pela língua inglesa, cumpre a missão de provocar as pesquisas psicológicas”. Comentando, Kardec diz que se a explicação não pode ser demonstrada, ao menos tem por si a racionalidade e a probabilidade. Um inglês que não admite o princípio da pluralidade das existências e que não tinha conhecimento desta comunicação espiritual, arrastado pela lógica irresistível, disse, falando desse caso, que ele não se poderia explicar senão pela reencarnação, se fosse certo a gente reviver na Terra. Eis, pois, um fenômeno que, por sua estranheza, cativando a atenção, provoca a ideia da reencarnação, como a única razão plausível que se lhe possa dar. (...). Em tempos mais remotos, teriam olhado essa menina como enfeitiçada. (..). O que não é menos digno de nota, é que este fato se produz precisamente num País ainda refratário à ideia da reencarnação, mas à qual será arrastado pela força das coisas”. Para se ter uma ideia  do significado da Intermissão, acessemos os links indicados a seguir:

LINKS CASOS DE SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO

Jake Barnet


prodigios coreanos


chinêsinho pianista


Akim Camara


Hamira Holland

https://www.youtube.com/watch?v=e873ZvLfXxY


terça-feira, 2 de junho de 2015

COMO SE FORJAM OS INFORTÚNIOS

O diagnóstico do câncer de língua e garganta que evoluía, as investigações policiais que o apontavam como autor do desvio de vultosa importância no banco em que era funcionário, a frustração do ansiado casamento que não se realizaria, a vida de restrições financeiras até ali vivida, levaram A.F. a uma lamentável decisão: o suicídio. A exemplo de milhares de Seres humanos desconhecia ser a vida em nossa Dimensão mera passagem obrigatória para o trabalho da Evolução Espiritual que impõem resgatemos com as Leis da Vida, as concessões oferecidas a cada individualidade, e, invariavelmente, malbaratadas em nome da satisfação do orgulho e do egoísmo que desfoca a visão das criaturas da realidade em que se vive. No revelador livro MISSIONÁRIOS DA LUZ, do Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier, quando de sua visita ao Instituto da Reencarnação da Colônia NOSSO LAR, percebe que os caminhos da riqueza, inteligência, beleza e autoridade, representam oportunidades raramente bem aproveitadas pelos que nelas se veem. E, os efeitos derivados dos desvios dos que se perdem nas suas ilusões perturbadoras, hão de ser sentidos, porém, pela Misericórdia do Código Penal da Vida Futura que não impõem dificuldades maiores que nossa capacidade de suportação. Mesmo assim, normalmente, sucumbimos   acovardados. Com A. F. não foi diferente, o que o levou a deliberar pela tentativa de autodestruição, agravando seus débitos, retardando o programa que lhe permitiria a liberação de culpas pesadas de outrora. A grave doença, a frustração afetiva, a tentação pela apropriação indébita, tiveram origem um século antes, mais precisamente no ano de 1840, quando jovem ambicioso de nacionalidade portuguesa, transfere-se para a colônia Angola, a fim de dedicar-se ao comercio de escravos negros para o Brasil, ansiando tornar-se milionário. Na sua atividade, porém, impôs martírios incontáveis aos míseros que capturava livres em sua Pátria, ordenando os chicoteassem pelas mais insignificantes faltas – ou mesmo nenhuma –, além da fome, sede, tortura, separação da família, vendendo para uns, os filhos; a outros a mãe; a outros, o pai, determinando dessa forma que nunca mais se avistassem, a não ser quando do retorno à verdadeira vida, ou seja, a Espiritual.  Certa vez, na fazenda de sua propriedade, violentara uma jovem escrava negra, pouco mais que uma criança. E porque o desventurado pai da infeliz, escravo de sessenta anos, num momento de supremo desespero, diante do cadáver da filha que procurara na morte fugir da vergonha de que se sentia dominada, gritasse seu procedimento, acusando-o pelo suicídio da moça, determinou que seus capatazes queimassem a língua do velho escravo a ferro em brasa, até vê-lo cair desfalecido, nas convulsões da agonia. Morto o ancião, dobraram-se os anos e o grande senhor esquecera-o, bem como, aos demais, absorvido nos lances da sorte. Voltara à Europa, feliz, enriquecido à custa do que considerava “trabalho honesto”, bem visto e considerado pelos que, se valiam de seus negócios. O tempo de permanência no corpo, contudo, tem seus limites, e a morte o aguardava em algum lugar do futuro. Féretro concorrido, lágrimas, muitas flores, enfim, tudo que o dinheiro possa providenciar no cerimonialismo das convenções sociais. Do outro lado da realidade abandonada, porém, outra se mostrou. Despertou perdido em pleno sertão africano, atacado por hedionda falange de Espíritos de negros sedentos de vingança, os quais lhe pediam contas dos infelizes compatriotas por ele escravizados e afastados para sempre, das terras nativas. Pais que haviam perdido os filhos levados para longe; mães separadas de filhos pequeninos, os quais vendera, a outrem, como mercadoria sem valor; filhas ultrajadas e sacrificadas longe dos pais; filhos que conheceram, por afagos maternais, apenas o chicote inclemente do senhor a que serviam. Aprisionaram seu Espírito no seio de florestas tenebrosas e, por sua vez, o martirizaram, aterrorizando-o com a reprodução, das maldades que praticara contra todos. Perdeu a noção do tempo ante a inclemência dos sofrimentos a ele devolvidos, até que, abandonado e enlouquecido, vagou sem rumo, desesperadamente, preso a absurdas alucinações, padecendo fome, sede, as variadas necessidades que impusera os semelhantes indefesos, incapaz de proferir qualquer súplica, pois, automaticamente, se ligava ao som do choro dos escravos que morriam de saudades, separados dos seus entes queridos, do estalar do chicote com que torturou milhares de criaturas. Até que, por fim, chegou o dia de retomar o caminho da evolução através da reencarnação na personalidade identificada apenas como A.F., trazendo no programa que deveria cumprir em terras brasileiras, as provas das restrições financeiras, da implacável doença na mesma área em que martirizou o velho escravo e a também difícil experiência do fracasso no campo do sentimento.