Pouco conhecido pelas
gerações atuais, o nome Efigênio S Vitor era definido pelos que com ele
conviveram como um espírita militante e sumamente devotado à causa d Evangelho.
Desencarnado em 1953, ressurgiu meses depois através da mediunidade de Chico Xavier, nos trabalhos do Centro
Espírita Luiz Gonzaga, tendo sido gravadas suas manifestações posteriormente
inseridas nos livros INSTRUÇÕES
PSICOFÔNICAS e VOZES DO GRANDE ALÉM.
Sacia através delas algumas curiosidades que ele mesmo acalentava enquanto
encarnado. Numa das participações oferta-nos uma ideia da organização das
atividades mantidas numa Casa Espírita, pelos Espíritos que nela trabalham.
Reproduzimos a seguir uma parte de sua descrição: - Qual ocorre aos demais
santuários de nossa fé, orientados pelo devotamento ao bem, junto aos quais o
Plano Superior mantém operosas e abnegadas equipes de assistência, nossa casa, consagrada
à Espiritualidade, é hoje um pequeno mas expressivo posto de auxílio, erigido à
feição de pronto-socorro. Com a supervisão e cooperação de vasto corpo de colaboradores
em que se integram médicos e religiosos, inclusive sacerdotes católicos, ministros
evangélicos e médiuns espíritas já desencarnados, além de magnetizadores,
enfermeiros, guardas e padioleiros, temos aqui diversificadas tarefas de
natureza permanente. Nossa reunião está garantida por três faixas magnéticas
protetoras. A primeira guarda a assembleia constituída e aqueles desencarnados
que se lhes conjugam à tarefa da noite. A segunda faixa encerra um círculo
maior, no qual se aglomeram algumas dezenas de companheiros daqui, ainda em
posição de necessidade, à cata de socorro e esclarecimento. A terceira, mais
vasta, circunda o edifício, com a vigilância de sentinelas eficientes, porque, além
dela, temos uma turba compacta — a turba dos irmãos que ainda não podem
partilhar, de maneira mais íntima, o nosso esforço no aprendizado evangélico. Essa
multidão assemelha-se à que vemos, frequentemente, diante dos templos
católicos, espíritas ou protestantes com incapacidade provisória de
participação no culto da fé. Bem junto à direção de nossas atividades, está
reunida grande parte da equipe de funcionários espirituais que nos preservam as
linhas magnéticas defensivas. À frente da mesa orientadora, congregam-se os
companheiros em luta a que nos referimos. E em contraposição com a porta de
acesso ao recinto, dispomos em ação de dois gabinetes, com leitos de socorro,
nos quais se alonga o serviço assistencial. Entre os dois, instala-se grande
rede eletrônica de contenção, destinada ao amparo e controle dos desencarnados
rebeldes ou recalcitrantes, rede essa que é um exemplar das muitas que, da vida
espiritual, inspiraram a medicina moderna no tratamento pelo eletrochoque. E
assim organiza-se nossa casa para desenvolver a obra fraterna em que se
empenha, a favor dos companheiros que não encontraram, depois da morte, senão
as suas próprias perturbações. Assinalando, de maneira fugacíssima, o setor de
nossa movimentação, devemos recordar que, acima da crosta terrestre comum,
temos uma cinta atmosférica que classificamos por «cinta densa», com a
profundidade aproximada de 50 quilômetros, e, além dela, possuímos a «cinta
leve», com a profundidade aproximada de 950 quilômetros, somando 1.000 quilômetros
acima da esfera em que vocês presentemente respiram. Nesse grande mundo aéreo,
encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas
espécies de criaturas sub-humanas, em desenvolvimento mental no rumo da
Humanidade. Milhões de Espíritos alimentam-se da atmosfera terrestre,
demorando-se, por vezes, muito tempo, na contemplação íntima de suas próprias
visões e criações, nas quais habitualmente se imobilizam, à maneira da alga
marinha que nutre a si mesma, absorvendo os princípios do mar. Meus amigos,
para o espírita a surpresa da desencarnação pode ser muito grande, porque além-túmulo
continuamos nas criações mentais que nos inspiravam a existência do mundo. O
Espiritismo é uma concessão nova do Senhor à nossa evolução multimilenária. Surpreendemos
em nossa Doutrina vastíssimo campo de libertação, mas também de responsabilidade
profunda, e o maior trabalho que nos compete efetuar é o de nosso próprio burilamento
interior, para que não estejamos vagueando nas trevas das horas inúteis, pois
somente aqueles que demandam a morte, sustentando maiores valores de
aperfeiçoamento próprio, é que se ajustam sem sacrifício à própria elevação. Reportando-nos
à experiência religiosa, poucos padres aqui continuam padres, poucos pastores
prosseguem pastores e raros médiuns de nossas formações doutrinárias continuam médiuns,
porquanto os títulos de serviço na Terra envolvem deveres de realização dos
quais quase sempre vivemos em fuga pelo vício de pretender a santificação do vizinho,
antes de nossa própria melhoria, em nos referindo à construção moral da
virtude. A morte é simplesmente um passo além da experiência física.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
domingo, 30 de julho de 2017
sexta-feira, 28 de julho de 2017
FALANDO DE REENCARNAÇÃO
A edição de março
de 1862 da REVISTA ESPÍRITA
reproduz uma comunicação transmitida por um Espirito não identificado através
de um médium chamado Barão de Kock recebida na cidade de
Haia, na Holanda em torno do tema REENCARNAÇÃO. Em nota complementar, Allan Kardec
observa que não teve a honra de conhecer o médium, a publicando por concordar
com todos os princípios do Espiritismo., não sendo produto de nenhuma
influência pessoal. Pelo fato de ser extensa destacamos alguns
argumentos importantes realçados pelo Espírito comunicante: A
doutrina da reencarnação é uma verdade que não pode ser contestada; desde que o
homem só quer pensar no amor, na sabedoria e na justiça de Deus, não pode
admitir nenhuma outra doutrina. É verdade que nos livros sagrados só se
encontram estas palavras: “Depois da morte, o homem será recompensado segundo
suas obras”. Mas não se presta suficiente atenção a uma infinidade de citações,
que vos dizem ser absolutamente inadmissível que o homem atual seja punido
pelas faltas e pelos crimes dos que viveram antes de Cristo. (...) Se se quiser
examinar a questão sem preconceito, refletir sobre a existência do homem nas
diferentes condições da sociedade e coordenar essa existência com o amor, a
sabedoria e a justiça de Deus, toda a dúvida concernente ao dogma da
reencarnação deve logo desaparecer. Efetivamente, como conciliar esta justiça e
esse amor com uma existência única, onde todos nascem em posições tão
diferentes? Onde um é rico e poderoso, enquanto o outro é pobre e miserável? Em
que um goza de saúde, ao passo que o outro é afligido de males de toda a sorte?
Aqui se encontram a alegria e a vivacidade; mais longe, tristeza e dor; em uns
a inteligência é mais desenvolvida; em outros, apenas se eleva acima dos
brutos. Pode-se crer que um Deus todo amor tenha feito nascer criaturas
condenadas por toda a vida ao idiotismo e à demência? Que tenha permitido que
crianças na primavera da vida fossem arrebatadas à ternura dos pais? Ouso mesmo
perguntar se se poderia atribuir a Deus o amor, a sabedoria e a justiça à vista
desses povos mergulhados na ignorância e na barbárie, comparados às nações
civilizadas, onde imperam as leis, a ordem, onde se cultivam as artes e as
ciências? Não basta dizer: “Em sua sabedoria, Deus assim regulou todas as
coisas.” Não; a sabedoria de Deus, que antes de tudo é amor, deve tornar-se
clara para o entendimento humano. O dogma da reencarnação tudo esclarece. (...)
A vida humana é a escola da perfeição espiritual e uma série de provas. É por
isso que o Espírito deve conhecer todas as condições da sociedade e, em cada
uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina. O poder e a riqueza, assim a
pobreza e a humildade, são provas; dores, idiotismo, demência, etc., são
punições pelo mal cometido numa existência anterior. Do mesmo modo que pelo
livre-arbítrio o indivíduo se encontra em condições de realizar as provas a que
está submetido, também pode falir. No primeiro caso, a recompensa não se fará
esperar, consistindo numa progressão na perfeição espiritual. No segundo caso,
recebe a punição, isto é, deve reparar em nova vida o tempo perdido na vida
anterior, da qual não soube tirar vantagem para si mesmo. Antes de sua
reencarnação, os Espíritos planam nas esferas celestes: os bons gozando a
felicidade, os maus entregando-se ao arrependimento, expostos à dor de serem
desamparados por Deus. Mas, conservando a lembrança do passado, o Espírito se
recorda das infrações aos mandamentos divinos e Deus lhe permite escolher, em
nova existência, suas provas e sua condição, o que explica por que, muitas
vezes, encontramos nas classes inferiores da sociedade sentimentos elevados e
entendimento desenvolvido, ao passo que nas classes superiores encontramos
tendências ignóbeis e Espíritos embrutecidos. Pode-se falar de injustiça quando
o homem, que empregou mal a sua vida, pode reparar suas faltas numa outra
existência e alcançar sua meta? Não estaria a injustiça na condenação imediata
e sem apelação? A Bíblia fala de castigos eternos, mas isto não se deveria
entender por uma só existência, tão triste, e tão curta; para este instante,
para este piscar em relação à eternidade. Deus quer dar a felicidade eterna
como recompensa do bem, mas é preciso merecê-la e uma vida única, de curta
duração, não basta para alcançá-la.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
CHAVES LIBERTADORAS
A contribuição do Espiritismo afirmando que o Ser,
a individualidade, o Espírito, enfim, é imortal, preexistente e sobrevivente
ressurgindo periodicamente na Dimensão em que nos encontramos, ou seja, dos
Encarnados na luta pela própria iluminação interior elucida muitos dos enigmas que
bloqueiam a compreensão de transtornos físicos e mentais que atormentam a vida
de milhares de Seres humanos. Para se ter uma ideia, reproduzimos na sequencia
alguns dos conteúdos capazes de dissolver esses conflitos. 1- Na REVISTA ESPÍRITA de
dezembro de 1864, Allan Kardec escreve que “sem o pensamento o Espírito não
seria Espírito, sendo o atributo característico do Ser Espiritual que, por sua
vez, distingue o Espírito da matéria”, acrescentando que Vontade “é o
pensamento chegado a um certo grau de energia, é o pensamento transformado em
força motriz”. Então o pensamento não é uma reação fisiológica? O pensamento não está no cérebro, como não
está na caixa craniana. O cérebro é o instrumento do
pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície
sólida que se molda aos movimentos do instrumento. Se o
instrumento for danificado, não se dá a manifestação, exatamente como, quando
se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE;
7/1860) O pensamento é... preexistente e sobrevivente ao organismo.
Este ponto é capital. (RE;3/1867) força viva, em toda parte; atmosfera criadora
que envolve tudo e todos. (NL, 37) força criadora de nossa própria alma. a continuação de nós mesmos, através da qual,
atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa
influência, no bem ou no mal. (L; 17) matéria, a matéria mental, compondo
maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos”. (MM;4) fluxo energético do campo espiritual dos
seres criados, se graduando nos mais diferentes tipos de onda, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em
que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja
vida psíquica ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou
raios descontínuos. (MM;4) vibração e transmite-se por onda, que só
excita as vibrações de ondas afins. (GS;145) 2- Onde
se forma o pensamento? As fontes do pensamento procedem de origens
excessivamente complexas. E,
nesse sentido, cada criatura humana, nos serviços comuns, reflete o núcleo de
vida invisível a que se encontra ligada de mente e coração. Assim,
as esferas dos encarnados e desencarnados se interpenetram em toda a parte. (PC) Observa,
pois, os próprios impulsos. Desejando, sentes. Sentindo, pensas. Pensando,
realizas. Realizando, atrais. Atraindo, refletes. E refletindo, estendes a
própria influência, acrescida, dos fatores de indução do grupo com que te
afinas. O pensamento, é portanto, nosso cartão de visita. (SM,2) Todo
Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente
por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a experiência (conjunto de
nossos próprios pensamentos); o estímulo (circunstância que nos impele a pensar) e a inspiração (conjunto
dos pensamentos alheios que aceitamos e procuramos). (SM,38) 3- Para chegar nesse nível de estruturação a evolução do Espírito
exige então milênios de experiências? Ignoramos absolutamente em que condições se
dão as primeiras encarnações do Espírito; é um desses princípios das coisas que
estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são
criados simples e ignorantes, tendo todos, assim, o mesmo ponto de partida, o
que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se
desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea. Não
é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que o Espírito
tem consciência bastante clara de si mesmo, para ser responsável por seus atos;
não é senão após a centésima, talvez após a milésima. Dá-se
o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um,
nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. Quando
o Espírito goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do
desenvolvimento de sua inteligência; é assim, por exemplo, que um selvagem que
come os seus semelhantes é menos culpado que o homem civilizado, que comete uma
simples injustiça. Sem dúvida os nossos
selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, no entanto, já se acham bem
longe de seu ponto de partida. Durante longos períodos, o
Espírito encarnado é submetido à influência exclusiva dos instintos de
conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos
inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde,
e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só
então é que começa a séria responsabilidade.(RE, (1/1864)
segunda-feira, 24 de julho de 2017
A LEI, A REENCARNAÇÃO E VIDA PROFISSIONAL
A terceira das Leis
Morais tratadas por Allan Kardec na
revisão e atualização das recebidas por Moises no Monte Sinai denominadas DECÁLOGO
é justamente a Lei do Trabalho. Segundo responderam os Espíritos Superiores ao
Codificador, o trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma
necessidade, e a Civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe
aumenta as necessidades e os gozos, acrescentando que o trabalho se
impõe ao homem por ser uma consequência da sua natureza corpórea sendo expiação e, ao
mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento sua inteligência. observando que sem
o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência, razão
por que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e
da sua atividade. Em nota complementar à abordagem, Kardec
pondera que não basta se diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É
preciso que aquele que tem de prover à sua existência por meio do trabalho
encontre em que se ocupar, o que nem sempre acontece. Quando se generaliza, a
suspensão do trabalho assume as proporções de um flagelo, qual a miséria. A
ciência econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a produção e o consumo.
Mas, esse equilíbrio, dado seja possível estabelecer-se, sofrerá sempre
intermitências, durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver.
Uma pergunta surge naturalmente: existe relação entre a Lei de Causa e Efeito,
reencarnação e vida profissional? Uma prospecção nos conteúdos
oferecidos pela Espiritualidade através do médium Chico Xavier revela aspectos
interessantes como destacado a seguir: 1-Encontramos na Terra,
a cada passo, grandes talentos frustrados para a direção que anelariam imprimir
aos próprios destinos. Inteligências vigorosas, barradas na obtenção de
quaisquer louros acadêmicos; artistas contrariados nas mais altas aspirações, mulheres
de profunda capacidade afetiva jungidas a corpos que lhes deprimem a
apresentação; homens hábeis e enérgicos, carregando frustrações insidiosas e
ocultas que lhes proíbem a euforia orgânica, de modo a edificarem o espírito de
entendimento e caridade no âmago de si próprios.(EVC) 2- A Lei nos faculta
empreendimentos e obrigações, QUASE SEMPRE JUNTO DAQUELES MESMOS, com os quais
se verificaram nossos próprios delitos ou deserções em existências passadas. 3-
Pensadores que antigamente corrompiam a mente popular com as depravações de
espírito, JÁ EM VIAS DE AUTOBURILAMENTO, formam agora entre professores
laboriosos, aprendendo a ministrar disciplinas, à custa do próprio exemplo. A
LEI, A REENCARNAÇÃO E VIDA PROFISSIONAL 4- Antigos
conquistadores militares que praticaram excessos, não vacilando em forjar a
miséria física e moral dos semelhantes, na exaltação dos princípios subalternos
em que se envileciam, voltam, DEPOIS DAS MEDIDAS INICIAIS DA PRÓPRIA
CORRIGENDA, na condição de administradores capacitados à distribuição de
valores e tarefas edificantes. 5-Políticos que
dilapidaram a confiança do povo, QUANDO JÁ SITUADOS NAS LINHAS DO REAJUSTE, retornam
no comércio ou na agricultura, com valiosa oportunidade de transpirar no
auxílio àquelas mesmas comunidades que deprimiram. 6-
Guerreiros e soldados que se valiam das armas para assegurarem imunidades aos
instintos destruidores, QUANDO INTERNADOS NA REGENERAÇÃO COMEÇANTE, transfiguram-se
em mecânicos e operários modeladores, dignificando o metal e a madeira que eles
próprios perverteram em outras épocas. A LEI, A REENCARNAÇÃO E VIDA
PROFISSIONAL 7- Agiotas desnaturados, verdugos rurais, defraudadores da
economia pública e mordomos do solo, convertidos em agentes do furto,
MODIFICADOS AO TOQUE DO BEM, volvem na posição de servidores limitados da
gleba, suando de sol a sol no pagamento das dívidas a que se empenharam,
imprevidentes. 8--Mulheres distintas que se ocuparam da maledicência e da
intriga, prejudicando a liberdade e o progresso, APÓS RECONHECEREM OS PRÓPRIOS
ERROS, tornam em regime de transitório cativeiro, ao recinto doméstico,
aprisionadas em singelas obrigações, junto de caçarolas e tanques de lavar. 9-
A reflexão na situação em que o presente nos coloca, nos mostrará dentro dela
os sinais do passado e usando-a, não apenas em nosso favor, mas em favor de
todos aqueles que se aproximarem de nós, no trabalho que a vida nos oferece, abriremos
iluminada porta libertadora para o grande futuro. 10-Todo
dia é dia de renovar o destino.
sábado, 22 de julho de 2017
RACIONALIDADE
Fitas, medalhas, joias
poderiam exercer a influência ou o poder que se lhes atribui? A dúvida
certamente paira na mente de muitas pessoas. Quando do lançamento da REVISTA ESPÍRITA, número de setembro
de 1858, Allan Kardec deparou-se com o questionamento de um leitor
propondo a mesma questão. A ela, o editor e Codificador do Espiritismo
respondeu: -“Os Espíritos são atraídos ou repelidos pelo pensamento, e não pelos
objetos materiais, que nenhum poder exercem sobre eles. Em todos os tempos os
Espíritos superiores têm condenado o emprego de sinais e de formas
cabalísticas, de modo que todo Espírito que lhes atribuir uma virtude qualquer,
ou que pretender oferecer talismãs como objeto de magia, por isso mesmo
revelará a sua inferioridade, quer quando age de boa-fé e por ignorância, em
consequência de antigos preconceitos terrestres de que ainda se acha imbuído,
quer quando, como Espírito zombeteiro, se diverte conscientemente com a
credulidade alheia. Quando não traduzem pura fantasia, os sinais cabalísticos
são símbolos que lembram crenças supersticiosas na virtude de certas coisas,
como os números, os planetas e sua concordância com os metais, crenças que
foram geradas nos tempos da ignorância e que repousam sobre erros manifestos,
aos quais a Ciência fez justiça, ao revelar o que existe sobre os pretensos
sete planetas, os sete metais, etc. A forma mística e ininteligível desses
emblemas tinha por objetivo a sua imposição ao vulgo, sempre inclinado a
considerar maravilhoso tudo aquilo que é incapaz de compreender. Quem quer que
tenha estudado racionalmente a natureza dos Espíritos não poderá admitir que,
sobre eles, se exerça a influência de formas convencionais, nem de substâncias
misturadas em certas proporções; seria renovar as práticas do caldeirão das
feiticeiras, dos gatos negros, das galinhas pretas e de outros sortilégios. Não
podemos dizer a mesma coisa de um objeto magnetizado que, como se sabe, tem o
poder de provocar o sonambulismo ou certos fenômenos nervosos sobre o
organismo. Nesse caso, porém, a virtude do objeto reside unicamente no fluido
de que se acha momentaneamente impregnado e que assim se transmite, por via
mediata, e não em sua forma, em sua cor e nem, sobretudo, nos sinais de que
possa estar sobrecarregado. Um Espírito pode dizer: “Traçai tal sinal e, à
vista dele, reconhecerei que me chamais, e virei”; nesse caso, todavia, o sinal
traçado é apenas a expressão do pensamento; é uma evocação traduzida de modo
material. Ora, os Espíritos, seja qual for a sua natureza, não necessitam de
semelhantes artifícios para se comunicarem; os Espíritos superiores jamais os empregam;
os inferiores podem fazê-lo visando fascinar a imaginação das pessoas crédulas
que querem manter sob dependência. Regra geral: para os Espíritos superiores a
forma nada é; o pensamento é tudo. Todo Espírito que liga mais importância à
forma do que ao fundo, é inferior e não merece nenhuma confiança, mesmo quando,
vez por outra, diga algumas coisas boas, porquanto essas boas coisas frequentemente
são um meio de sedução. Tal era, de maneira geral, nosso pensamento a respeito
dos talismãs, como meio de entrar em relação com os Espíritos. Evidentemente
que se aplica também àqueles que a superstição emprega como preservativos de
moléstias ou acidentes. Entretanto, para edificação
do proprietário da medalha, e para um melhor aprofundamento da questão, na
sessão de 17 de julho de 1858 pedimos a São Luís, que conosco se comunica de
bom grado sempre que se trata de nossa instrução, que nos desse sua opinião a
respeito. Interrogado sobre o valor da medalha, eis qual foi sua resposta:
“Fazeis bem em não admitir que objetos materiais possam exercer qualquer
influência sobre as manifestações, quer para as provocar, quer para as impedir.
Temos dito com bastante freqüência que as manifestações são espontâneas e que,
além disso, jamais nos recusamos a atender ao vosso apelo. Por que pensais que
sejamos obrigados a obedecer a uma coisa fabricada pelos seres humanos? P. – Com que finalidade foi feita essa medalha? Resp. – Foi
fabricada com o objetivo de chamar a atenção das pessoas que nela gostariam de
crer; porém, apenas por magnetizadores poderá ter sido feita, com a intenção de
magnetizar e adormecer um sensitivo. Os signos nada mais são que fantasia.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
A CERTEZA
Morrer nada mais é que abrir uma porta e
passar a outra sala, concluiu o
Psiquiatra norte americano Bryan Weiss diante do volume de relatos de pacientes por ele
tratados dentro do procedimento denominado regressão de memória que, entre
outras coisas, recuperou do inconsciente profundo desses pacientes registros de
vidas passadas. Contudo, a continuidade da vida após a morte por eles contados
vem sendo confirmada ao longo dos últimos 160 anos pela profusão de depoimentos
obtidos através da mediunidade. Os detalhes são os mais variados e exceto alguns
padrões, o fato é que é impossível generalizar as informações visto que cada um
de nós é um projeto personalizado de Deus. A chegada – ou o retorno - ao Mundo
dos Espíritos é um exemplo. Allan
Kardec já havia abordado com os que o ajudaram a compor O LIVRO DOS
ESPÍRITOS a questão da chegada à nova realidade, indagando se nossos
parentes e nossos amigos vêm algumas vezes
ao nosso reencontro quando deixamos a Terra, obtendo como resposta: ─ Sim, vêm ao
encontro da alma que estimam; felicitam-na como ao retorno de uma viagem, se
ela escapou aos perigos do caminho, e a ajudam a livrar-se dos laços corporais.
É um privilégio para os bons Espíritos quando aqueles que estimam vêm ao seu
encontro ao passo que aquele que será manchado fica no isolamento, ou a
rodeá-lo tem apenas os que lhe são semelhantes: é uma punição. A seguir tres
exemplos destacados do acervo de cartas psicografadas pelo médium Chico
Xavier, nas reuniões públicas de Uberaba, MG. 1- Laura Maria Machado Pinto, 33 anos, vitima de uma colisão
frontal, seguida de incêndio, entre o carro que dirigia e um
caminhão: “Tivemos
instantes de lucidez, fora da vestimenta corpórea, no entanto, a Providência
Divina jamais, nos abandona. Lá mesmo, ante a visão do campo aberto, uma equipe
de enfermeiros nos aguardava. Aquilo nos fez pensar em preparação. Agarradas
comigo, as nossas queridas filhas Patrícia e Beatriz me tomavam a alma toda.
Gritos e lamentações surgiam, próximos de nós, no entanto, as ambulâncias que
não conhecíamos nos recolhiam com pressa (...) Sentia-me exausta, com o cérebro
tangido por alucinações de pavor (...), quando uma senhora de semblante
simpático se abeirou de mim e notificou-me que o acidente imprevisível na
Terra, fora anotado na Vida Espiritual antes de vir a ser e que ela estava
junto de nós, com o fim de estender-nos mãos amigas. Apesar do espanto que me
arrasava diante daquele montão de cinzas e objetos fumegantes, ainda tive meios
de perguntar-lhe a que vinha e quem era que com tanta bondade se interessava
por nós. Ela me informou ser a vovó Carmela (...) Abracei-me a ela, a avó que
naquele momento se me fazia plenamente desconhecida e só então conseguia dar
vazão às lágrimas que meu peito represava”. 2- Ângelo
Di Sarno, 25 anos
, vitima de acidente de trânsito no acesso à São Paulo, pela Rodovia
Bandeirantes: “...Acordei numa outra
paisagem. Não mais me senti dentro do carro e, sim, numa casa acolhedora
cercada por um bonito “giardino”. Embora muito fraco, perguntei quem era aquela
senhora que me socorrera no veículo, dirigindo-me a ela mesma. Ela me disse
sorrindo: ─ Meu filho, somos tantos corações aqui reunidos que para alcançar a
sua compreensão, direi apenas que sou avó da avó de sua avó Ana Maria e deixei
a Itália há muitos anos...” 3- Victor
Fernando Stocco Jr,
Idade: 15 anos Aneurisma cerebral num clube de campo em Itapevi-SP: “... Vi que um senhor de idade madura me abraçou
e disse: ─ Não se aflija. Sou seu
“bi” e aqui me encontro pra cooperar com o papai e a mãezinha. Eu não tinha
intimidade com ninguém que pudesse se apresentar naquela condição. Quase
balbuciando as palavras indaguei sobre aquele “bi”, e ele me respondeu: ─ Sou
seu bisavô Vítor e vim convidar você para o repouso. Aí, carregou-me nos
braços; foi quando falei àquele parente: ─ Sou também Vítor e desejo a sua paz”
terça-feira, 18 de julho de 2017
ABORTO?
A mulher que promove semelhante
delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes
no centro genésico, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais
sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarto uterino, a tumoração
cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o
Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. A revelação procede do
Plano Espiritual que acrescenta que as desarmonias impostas ao aparelho reprodutor
repercutem em futuras reencarnações, justificando o drama vivido por milhares
de casais que, segundo explicam, anularam as próprias faculdades
geradoras, quando não procederam de semelhante modo no presente, sequiosos de
satisfação egoística agiram assim, no passado, determinando sérias anomalias na
organização psíquica que lhes é peculiar. O problema hoje até pelo
adensamento populacional do Planeta transformou-se num problema de saúde
publica, pois de acordo com pesquisa, mais de 8,7 milhões de
brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na
vida. Destes, 1,1 milhão de
abortos foram provocados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada
dois dias, uma mulher morre no País, vítima de aborto clandestino, mais
de 1 milhão de mulheres no país se submetem a abortos clandestinos anualmente. No extraordinário
acervo de mensagens produzidas pela mediunidade de Chico Xavier, no
surpreendente livro INSTRUÇÕES PSICOFONICAS (feb), encontra-se uma
manifestação de um Espírito acolhido e tratado nas reuniões do Centro Espírita
Luiz Gonzaga na década de 50, em que ela nos da uma ideia das surpresas que a
aguardavam logo após decidir-se pela realização do aborto na ultima existência.
Lembrando que como demonstra o Espiritismo, não existem padrões visto que cada
Ser é único. Mas vamos a um trecho do contado pela entidade: -
Por odiar o rebento que me palpitava no seio, procurei destruí-lo, usando
venenosa beberagem que igualmente me furtou a vida corpórea. Entretanto, se
supunha que a morte fosse um ponto final à minha tragédia íntima, estava
profundamente enganada, porque da poça de sangue a que se me reduziram os
despojos, levantou-se, diante de mim, uma sombra acusadora. A
princípio, dessa nuvem amorfa nascia o choro incessante de uma criança
recém-nata. Tentando emudecer aqueles vagidos angustiosos,
inutilmente rezei, usando orações decoradas na infância... A
nuvem, porém, jazia algemada ao meu próprio peito, através de laços cuja
consistência ainda hoje não posso definir. Abandonei, amedrontada, o meu
aposento de mulher solteira e, esquecendo o culto do prazer a que me dedicara,
procurei fugir, como se eu pudesse escapar de mim mesma. Perdi a
ideia de rumo... Esqueci o calendário. De minha memória
desapareceu a noção de tempo. Guardava a consciência de que a nuvem e eu
corríamos sem cessar... Houve, contudo, um momento em que a
sombra se converteu na forma de um homem, que me perseguia, amaldiçoando:
— Desnaturada! Assassina!... Assassina!... Anelei, assim,
depois da morte, a vinda de outra morte que me afundasse no esquecimento.
Sentindo sede, debruçava-me no charco... Torturada de fome, atirava-me
aos detritos dos animais mortos no campo... Ah! como será
possível alguém adivinhar na Terra, enquanto a bênção do corpo físico é uma
graça para o Espírito que opera entre os homens, o tormento da consciência que
edificou em si mesma o inferno que a envolve? Minha existência
passou a ser um suplício constante, terrível, inominável...
segunda-feira, 17 de julho de 2017
A MELHOR OPÇÃO
Allan Kardec nas suas análises sobre a
evolução da dinâmica dos ensinos da Espiritualidade em nosso Plano, preservou o resultado de suas avaliações nas páginas
da REVISTA ESPÍRITA. No número de outubro
de 1860, por exemplo, encontramos vários itens extremamente interessantes
não somente sobre a qualidade dos trabalhos em função da dimensão dos grupos,
mas também sobre os Espíritos a eles ligados e os tipos de seguidores das
ideias propostas pela Doutrina Espírita. Vamos a alguns pontos destacados de
seus comentários:- Há três categorias de adeptos: os que se limitam a acreditar na
realidade das manifestações e que, antes de mais, buscam os fenômenos. Para
eles o Espiritismo é uma série de fatos mais ou menos interessantes. Os
segundos veem algo mais do que fatos; compreendem o seu alcance filosófico;
admiram a moral que dele resulta, mas não a praticam. Para eles a caridade
moral é uma bela máxima, e eis tudo. Os terceiros, enfim, não se contentam em
admirar a moral: praticam-na e aceitam todas as suas consequências. Bem
convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de
aproveitar esses curtos instantes para marchar na senda do progresso que lhes
traçam os Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e reprimir suas inclinações
más. Suas relações são sempre seguras, porque suas convicções os afastam de
todo pensamento do mal. Em tudo a caridade lhes é regra de conduta. São estes
os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas-cristãos. Sabe-se que as
melhores comunicações são obtidas em reuniões pouco numerosas, sobretudo
naquelas em que reinam harmonia e comunhão de sentimentos. Ora, quanto maior
for o número, mais difícil será a obtenção dessa homogeneidade. Como é
impossível que no começo de uma ciência, ainda tão nova, não surjam algumas
divergências na maneira de apreciar certas coisas, dessa divergência
infalivelmente nasceria um mal-estar, que poderá levar à desunião. Ao
contrário, os pequenos grupos serão sempre mais homogêneos; as pessoas se
conhecem melhor, estão mais em família e podem ser mais bem admitidos as que
desejamos. E, como em última análise, todos tendem para um mesmo objetivo, podem
entender-se perfeitamente e haverão de entender-se tanto melhor quanto não haja
aquele melindre incessante, que é incompatível com o recolhimento e a
concentração de espírito. Os Espíritos maus, que buscam incessantemente semear
a discórdia, ferindo suscetibilidades, terão sempre menos domínio num pequeno
grupo do que num meio numeroso e heterogêneo. Numa palavra, a unidade de vistas
e de sentimento nele será mais fácil de estabelecer. A multiplicidade dos
grupos tem outra vantagem: a de obter uma variedade muito maior de
comunicações, pela diversidade de aptidão dos médiuns. Que essas reuniões
parciais comuniquem reciprocamente o que elas obtêm, cada uma por seu lado, de
modo que todas aproveitem os seus mútuos trabalhos. Aliás, chegará o momento em
que o número de aderentes não permitiria mais uma reunião única, que deveria
fracionar-se pela força das coisas. Eis por que preferível é fazer imediatamente
aquilo que serão obrigados a fazer mais tarde. Incontestavelmente, do ponto de
vista da propaganda, não é nas grandes reuniões que os neófitos podem colher
elementos de convicção, mas na intimidade. Há, pois, um duplo motivo para
preferir os pequenos grupos, que podem multiplicar-se ao infinito. Ora, vinte
grupos de dez pessoas, por exemplo, indiscutivelmente obterão mais e farão mais
prosélitos que uma reunião única de duzentas pessoas. Há pouco falei das
divergências que podem surgir, e disse que elas não deviam criar obstáculos ao
perfeito entendimento entre os diferentes centros. Com efeito, essas
divergências só podem dar-se nos detalhes e não sobre o fundo. O objetivo é o
mesmo: o melhoramento moral; o meio é o mesmo: o ensino dado pelos Espíritos.
Se tal ensino fosse contraditório; se, evidentemente, um devesse ser falso e o
outro verdadeiro, notai bem que isto não poderia alterar o objetivo, que é
conduzir o homem ao bem, para sua maior felicidade presente e futura. Ora, o
bem não poderia ter dois pesos e duas medidas. Do ponto de vista científico ou
dogmático é, contudo, útil ou, pelo menos, interessante, saber quem está certo
e quem está errado. Pois bem! Tendes um critério infalível para o apreciar,
quer se trate de simples detalhes, quer de sistemas radicalmente divergentes; e
isto se aplica não somente aos sistemas espíritas, mas a todos os sistemas
filosóficos. Examinai, antes, o que é mais lógico, o que melhor corresponde às
vossas aspirações, que melhor pode alcançar o objetivo. O mais verdadeiro será,
evidentemente, aquele que explica melhor, que melhor dá a razão de tudo. Se se
puder opor a um sistema um único fato em contradição com a sua teoria, é que a
teoria é falsa ou incompleta.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
JOGO RÁPIDO COM CHICO XAVIER
A figura de Chico
Xavier é sempre inspiradora, sobretudo nas passagens preservadas por
amigos que desfrutavam de sua intimidade. E, nos momentos de desalento, sempre
oportuno, recordarmos alguns dos ensinamentos derivados de diálogos testemunhados.
Selecionamos alguns para reflexões: 1- Havia sido
publicado recentemente o extraordinário AVE
CRISTO e quando das visitas mensais de um grupo ligado a importante
atividade social da capital paulista, Chico
fazia revelações sobre alguns integrantes do mesmo que teriam sido personagens
da narrativa. Um dos que não haviam sido identificados, curioso, cercava insistentemente
o médium na ânsia de saber quem fora na referida história. A cada encontro, não
perdia a oportunidade para questioná-lo, até que numa das visitas, Chico
antecipou-se e foi logo dizendo: - Emmanuel deixou a resposta que você procura.
Não contendo a excitação mental em que se mantinha, ouviu do querido amigo: -
Quando o passado é muito obscuro é melhor pensar no futuro. 2-
Uma pessoa que, ao observar os necessitados tomando sopa, perguntou para Chico:
- O senhor acha que um prato de sopa vai resolver o problema da fome
no mundo? Chico, sem titubear respondeu: - O banho também não resolve o
problema da higiene no mundo, mas nem por isso podemos dispensá-lo. 3-
Alguém perguntou a Chico, sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do
corpo de Jesus, ele respondeu: - Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e
nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que
é importante saber, e discutir, é sobre os seus ensinamentos e sua
Vivência Gloriosa. 4- Pedagoga, estudiosa e sempre interessada em aprender
mais, aproximou-se do médium para perguntar como podiam trabalhar daquela
forma, com tanta gente - mais de quinhentas pessoas - fora os que vinham de fora
só para conhecer o trabalho? Como era feito naquele espaço simples, num
terreno baldio, a céu aberto? Como mantinham aquelas pessoas ali? Chico
respondeu: -Nós não organizamos nada,
minha irmã, é a fome, é a necessidade quem organiza tudo. E, então, ela voltou a questionar: - E essa moedinha que vejo você tirar do bolso
do paletó, para dar a alguns mais pobres, de que adianta isso? E ouviu do dedicado servidor: - É o
amor, minha irmã. Aqui eles sabem que são amados. Não dar as costas
àqueles que nos pedem é uma dádiva dos ensinos de nosso Senhor.
5- Um companheiro espírita, certa vez, disse à Chico
- Chico, o Evangelho está ultrapassado. Ouvindo como resposta:: -
Emmanuel está aqui e pede para dizer a vocês que o Evangelho só vai
ficar ultrapassado o dia em que toda a Humanidade colocá-lo em prática.
6- O Chico passava por grandes dificuldades. Problemas
gigantescos se avolumavam sobre sua
cabeça. E tão gigantescos que ele perguntou ao espírito Emmanuel se não era
possível rogar às esferas superiores um conselho de Maria de Nazaré, que
ajudasse naqueles dias tão difíceis. Alguns dias se passaram, quando o espírito
de Emmanuel
lhe disse que o generoso Espírito de Maria
havia atendido ao seu pedido, enviando-lhe a seguinte frase: - Isso também passa. Disse-nos
Chico:
- A frase foi para mim como anestesia sobre uma dor imensa. Fez-me tanto bem
que a escrevi num papel e o coloquei sobre a cabeceira de minha cama. Todas às
noites e todas as manhãs eu lia, sentindo grande consolo. Emmanuel também me disse que ela
serve tanto para os momentos tristes,
como para os momentos alegres.
terça-feira, 11 de julho de 2017
A PROPOSITO DA FAMÍLIA
“Das
experiências que alguns de meus pacientes tem no estado de ‘entrevida’, passei
a acreditar que é antes do nascimento que escolhemos a família de cada existência.
Escolhemos viver os padrões de comportamento que melhor propiciarão nosso
crescimento, com as almas que reproduzirão as situações de aprendizagem. Com
muita frequência, são almas que conhecemos e com quem interagimos de
muitas maneiras em outras existências”. O comentário foi feito
pelo Psiquiatra norte-americano Bryan Weiss no seu livro A
CURA ATRAVÉS DA TERAPIA DE VIDAS PASSADAS (1966, sextante). Embora desconheça a visão disponibilizada pelo
Espiritismo, sua observação confirma o dito pela revolucionária proposta
oferecida ao mundo pelo educador Allan Kardec. Dos seus conteúdos,
destacamos para reflexões alguns tópicos. Em
texto incluído no livro OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec explica que “muitas vezes um
indivíduo renasce na mesma família, ou, pelo menos, os membros de uma família
renascem juntos para constituir uma família nova noutra posição social, a fim de
apertarem os laços de afeição entre si, ou reparar agravos recíprocos”.
Numa realidade constituída por bilhões de Espíritos como entender isso? A sucessão das existências corporais
estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a
existir entre certos Espíritos que parecem estranhos. (LE,
204) Fundando-se
o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes
entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os
deveres da fraternidade, porquanto, no vizinho, ou no
servo, pode achar-se um Espírito a quem se tenha estado preso pelos laços da
consanguinidade. (LE,205) Se
bem os Espíritos não procedam uns dos outros, nem por isso menos afeição consagram
aos que lhes estão ligados pelos elos da família, dado que muitas vezes eles
são atraídos para tal ou qual família pela simpatia, ou pelos laços que
anteriormente se estabeleceram. (LE,206) A família
constitui-se num efeito das relações sociais além do que se imagina? Os laços de sangue não determinam
necessariamente os laços espirituais. O corpo gera o corpo, porém
o Espírito não é gerado pelo Espírito, porque já existia antes da gestação do
corpo. Não
foram os pais que geraram o Espírito de seu filho, eles apenas forneceram-lhe
um corpo carnal. Além disso, devem ajudá-lo
no seu desenvolvimento intelectual e moral para fazê-lo progredir. Os
Espíritos que encarnam numa mesma família, principalmente como parentes
próximos, são quase sempre ligados por laços de simpatia, unidos por relações
anteriores, que são demonstrados na afeição mútua durante a vida terrena. Pode
acontecer, também, que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns aos
outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se manifestam por
suas aversões na Terra, e elas servirão de provação entre eles. Portanto,
os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas sim os da
simpatia e da afinidade de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e
depois da encarnação. É assim que dois seres
nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se o
fossem pelo sangue. Eles se querem, se procuram,
sentem prazer em estar juntos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem
repelir-se, como aliás se vê todos os dias. Há,
portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as
famílias por laços corporais. As primeiras, duráveis, se
fortificam pela purificação e prosseguirão no mundo dos Espíritos, por meio das
muitas migrações da alma; as segundas, frágeis como a própria matéria, acabam
com o tempo e, muitas vezes, se desfazem moralmente já na existência atual. (ESE)
domingo, 9 de julho de 2017
MÚLTIPLOS MEIOS
Pode uma mensagem de elevado
teor ou conteúdo chegar do Mundo Espiritual através de pessoa de pouca instrução e
cultura? Ou de conduta discutível? Ou mesmo um fenômeno de impacto? O
questionamento é compreensível e usado por muitos para justificar o descredito
que alimentam em relação ao proposto pelo Espiritismo. E foi objeto de matéria
publicada na edição de julho de 1863 da REVISTA ESPÍRITA resultante de uma
mensagem recebida por Allan Kardec de um Grupo Espírita de
Sétif, na Argélia. Assina-a o Espírito Santo Agostinho, um dos
pais da Teologia Católica e integrante da Equipe do Espírito da Verdade,
responsável pelo surgimento do Espiritismo. Escreve ele: - Muitas
vezes vos admirais ao ver faculdades mediúnicas, sejam físicas ou morais, que,
em vossa opinião, deveriam ser prova de mérito pessoal, em pessoas que, por seu
caráter moral, estão colocadas abaixo de semelhante favor. Isto se prende à
falsa ideia que fazeis das leis que regem tais coisas, e que quereis considerar
como invariáveis. O que é invariável é o objetivo; os meios variam ao infinito,
a fim de ser respeitada a vossa liberdade. Este possui uma faculdade; aquele,
outra; um é levado pelo orgulho, outro pela cupidez, um terceiro pela
fraternidade. Deus emprega as faculdades e as paixões de cada um, e as utiliza
em suas respectivas esferas, fazendo sair o bem do
próprio mal. Os atos do homem, que vos parecem tão importantes, para ele
nada são; aos seus olhos, é a intenção que faz o mérito ou o demérito. Feliz,
pois, aquele que é guiado pelo amor fraterno. A Providência não criou o mal:
tudo foi feito em vista do bem. O mal só existe pela ignorância do homem e pelo
mau uso que este faz das paixões, das tendências, dos instintos que adquiriu em
contato com a matéria. Grande Deus! quando lhe tiverdes inspirado a sabedoria
para ter em mão a direção desse poderoso móvel: a paixão, quantos males
desaparecerão! quanto bem resultará dessa força, da qual hoje não conhece senão
o lado mau, que é sua obra! Oh! continuai ardentemente vossa obra, meus amigos;
que, enfim, a Humanidade entreveja a rota na qual deve pôr o pé, para alcançar
a felicidade que lhe é dado adquirir neste Globo! Não vos admireis se as
comunicações que vos dão os Espíritos elevados, apoiadas inteiramente na moral
do Salvador, vo-la confirmando e a desenvolvendo, vos oferecem tantos pontos de
contato e de similitude com os mistérios dos Antigos. É que os Antigos tinham a
intuição das coisas do Mundo Invisível e do que deveria acontecer, e que muitos
tinham por missão preparar os caminhos. Observai e estudai cuidadosamente as
comunicações que recebeis; aceitai o que a vossa razão não rejeitar; repeli o
que a choca; pedi esclarecimentos sobre as que vos deixam na dúvida. Aí tendes
a marcha a seguir para transmitir às gerações futuras, sem receio de ver
desnaturadas as verdades, que separareis sem dificuldade de seu cortejo
inevitável de erros. Trabalhai, tornai-vos úteis aos vossos irmãos e a vós
mesmos. Não podeis prever sequer a felicidade que o futuro vos reserva pela
contemplação de vossa obra”. Concluindo o assunto, Allan
Kardec observa: – Esta comunicação foi obtida por um jovem, médium sonâmbulo iletrado.
Foi-nos enviada pelo Sr. Dumas, negociante de Sétif, membro da Sociedade
Espírita de Paris, acrescentando que o sensitivo não conhece o sentido da
maioria das palavras e nos transmitindo o nome de dez pessoas notáveis que
assistiram à sessão. Os médiuns iletrados, que recebem comunicações acima de
seu alcance intelectual, são muito numerosos. Acabam de mostrar-nos uma página
verdadeiramente admirável, obtida em Lyon por uma senhora que não sabe ler nem
escrever e não conhece uma palavra do que escreve; seu marido, que quase não
sabe mais que ela, o decifra por intuição durante a sessão, mas no dia seguinte
isto lhe é impossível. As pessoas a leem sem muita dificuldade. Não está aí a
aplicação destas palavras do Cristo: “Vossas mulheres e vossas filhas
profetizarão e farão prodígios?” Não é um prodígio escrever, pintar, desenhar,
fazer música e poesia quando não se o sabe? Pedis sinais materiais: Ei-los.
Dirão os incrédulos que é efeito da imaginação? Se assim fosse, seria preciso
convir que tais pessoas têm a imaginação na mão, e não no cérebro. Ainda uma
vez, uma teoria não é boa senão quando consegue explicar todos os fatos. Se um
único fato vem contrariá-la, é que é falsa ou incompleta.
sexta-feira, 7 de julho de 2017
OBSESSÃO E SUICÍDIO
Os alarmantes índices de suicídio nos tempo que
correm precisam ser revertidos. Todos os meios possíveis devem ser tentados
alertar as pessoas sobre o componente espiritual nos processos que culminam nos
gestos radicais. No expressivo acervo constituídos pelas cartas recebidas por
Chico Xavier nas reuniões publicas de Uberaba, MG, provam isso. Dele destacamos
alguns exemplos que confirma a influência de Espíritos obsessores em muitos
casos. A seguir alguns exemplos: 1- Tudo
se me refez na memória. Um telefonema que me deixou indisposta e a ideia que eu
nunca deveria ter alimentado chegando, aos poucos, a me repletar o cérebro de
resoluções lamentáveis. Dez minutos para as três horas da tarde, procurei
certificar-me de que poderia agir sem a presença de quem quer que fosse e, como
que amedrontada, diante de mim mesma, consegui a chave que me daria acesso à
arma com a qual me anulei no quarto. Não sei até hoje que forças desumanas
teriam possuído o meu ser... Recordo-me que chegava a
sentir pesada mão sobre a minha para que o gatilho não falhasse. Cai,
descontrolada, mas ainda escutava os rumores de casa, quando ouvi as vozes da
Mônica...Claudia Pinheiro Galassi, 18 anos 2- ...
Não julguem que tivesse usado minhas mãos no suicídio. Havia tido contratempos
no namoro, mas isso não era bastante para que me arrojasse a esse gesto
infeliz. Sentira, na antevéspera do dia 4, uma grande dor de cabeça e quis
afogar em alívio o meu pensamento com alguns comprimidos, que não mais me
lembro quanto ao nome. Minhas ideias estavam embaralhadas... Parecia estar numa
nuvem que me transportava para lugar nenhum... Não sei como foram alteradas as
minhas ideias... No quarto, li cadernos ou tentei ler alguma coisa de que não
sabia o sentido... As horas estavam diferentes para mim... Um impulso, que não compreendo até hoje, me levou a encontrar
a arma, com a qual fiquei refletindo na vida e na morte... Seria aquele
objeto um portador da morte em si? Perguntava a mim mesmo... Sem avaliar o
perigo em que me achava, recordei os casos das roletas russas assim chamadas...
Haveria uma bala determinada para cada pessoa em casos desses? Desconheço porque levei a arma a altura da cabeça, sem
qualquer ideia de fugir da vida... Os pensamentos faziam um turbilhão no meu
cérebro... Sentia-me tonto, descontrolado... Não tenho a ideia de haver puxado
o gatilho, mas a verdade é que caí desamparado, acometido me absorvi de
todo. Lincoln Goes Prata, 17 anos 3- Ainda
não sei que força me tornou naquela quarta-feira. Tive a ideia de que uma
ventania me abraçava e me atirava fora pela janela. Certamente devia mobilizar
minha vontade e impedir que o absurdo daquele momento me enlouquecesse. Obedecia maquinalmente àquela voz que me ordenava projetar-me
no vácuo. Quis recuar, mudar o sentido da situação, não consegui. Nunca
imaginaria que tanto sofrimento se seguiria ao meu gesto. Renata Zacaro, 18
anos. 4- Creia
que amanheci naquela terça-feira, quatro de maio, pensando em descobrir como
iria encontrar um presente para o seu carinho no Dia das Mães. Pensava nas
aulas, em minha professora Juvercídia e procurava concentrar-me nos livros para
estudar; entretanto, quando vi o veneno, a força
estranha me tomou o pensamento. Avancei para o suicídio quase sem conhecimento,
embora muitas vezes não ocultasse o desejo de morrer. Tudo sem motivo,
sem base.(...) A princípio, me vi numa nuvem com a garganta em fogo e uma dor
que não parecia ter fim. Talvez exagerasse as coisas que eu sentia, talvez
guardasse impressões da vida que eu não devia guardar. O que é mais doloroso é
que provoquei a morte do corpo, sem razão. Lucia Ferreira, 16 anos 5- Ideias lamentáveis pareciam maribondos em meu cérebro, sugerindo-me
pusesse termo à existência de rapaz errante, em busca de um emprego que não
aparecia. Deixei-me invadir por aqueles pensamentos amargos, quando me falaram
de almoço. Antes que me retirasse do trabalho, alvejei o meu próprio coração
com um tiro certo. Lembro-me de que o papai
correu para mim estirado no piso e, na suposição de que me faria viver, fez a
respiração boca-a-boca, recebendo o meu próprio sangue que lhe atingiu a
garganta. Arrependi-me de tanto mal praticado contra mim, no entanto era tarde.
Aquele gesto de meu pai me mostrava quanto amor dispunha eu no coração de meu
pai e de minha mãe, porém foi em vão que desejei levantar os braços para se rum
menino de novo naquele colo paternal de homem bom que não vacilava em livrar-me
de qualquer sufocação, trazendo para a boca que me beijara, tantas vezes em
criança, o sangue do filho crescido que se fizera ingrato perante aqueles que
mais me queriam na Terra. Sei que entrei num pesadelo em que via o meu próprio
sangue a rolar do peito como se aquele filete rubro não tivesse recursos de
terminar. Wladimir Ranieri, 24 anos
quarta-feira, 5 de julho de 2017
FLUIDOS: ENTENDA ALGUNS MISTÉRIOS
“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é o do som. A afirmação é de Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA de junho de 1868. Avançando além do que foi o médico Franz Anton Mesmer, o Espiritismo tem muito a dizer sobre o que chama de fluidos espirituais. Destacamos alguns tópicos para reflexões: 1- Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não os manipulando como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera. 2- Um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações. 3- Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores – enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. – que tinha então. Um decapitado se apresentará sem a cabeça. 4- Não quer isso dizer que haja conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. 5- Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento. 6- Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a sua charrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca. 7- Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste. 8- Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. 9- Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros. 10- Como se vê, é uma ordem de fatos inteiramente novos, que se passam fora do mundo tangível, e constituem, se assim nos podemos exprimir, a física e a química especiais do mundo invisível. 11- Como durante a encarnação, o princípio espiritual está unido ao princípio material, daí resulta que certos fenômenos do mundo espiritual se produzem conjuntamente com os do mundo material e são inexplicáveis por quem quer que não conheça as suas leis. Assim, o conhecimento dessas leis é tão útil aos encarnados quanto aos desencarnados, pois só ele pode explicar certos fatos da vida material. 12- Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho, ou ainda como essas imagens de objetos terrestres que se refletem nos vapores do ar; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. 13- Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito. 14- Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. 15- Os olhos do corpo veem as impressões interiores que se refletem nos traços do rosto: a cólera, a alegria, a tristeza; mas a alma vê nos traços da alma os pensamentos que não se traduzem no exterior. 16- Contudo, vendo a intenção, o vidente bem pode pressentir a execução do ato que lhe será a consequência, mas não pode determinar o instante em que o mesmo ato será executado, nem lhe assinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se dê, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos assentados e mudar as disposições.
segunda-feira, 3 de julho de 2017
EVIDÊNCIAS DE VIDAS PASSADAS E O ESPIRITISMO
O Médico e Psiquiatra
canadense Ian Stevenson trabalhando no início dos anos 60 na Universidade
da Virgínia, nos Estados Unidos da América do Norte, insatisfeito com a
Psicanalise Freudiana e Behaviorista, buscando outras teorias de
desenvolvimento da personalidade encontrou alguns relatórios isolados de
relatos e lembranças espontâneas de Vidas Passadas em crianças. Reunindo
quarentas desses casos, analisou-os comparativamente observando que tinham
padrões em comum o que indicava que provavelmente eram autênticos, merecendo
investigações mais profundas. Atraído por um único caso, objetivando confirmar
outros, viajou em 1961 para a Índia, encontrou nas próximas 5 semanas, 25 casos
que se multiplicaram em três anos em 400 o que iniciou um projeto de que se ocuparia
pelo restante de sua vida, tornando-o uma referência neste campo de pesquisa. Publicou
em 1966 o livro VINTE CASOS SUGESTIVOS
DE REENCARNAÇÃO, destacando aqueles que mais indícios ofereciam, inclusive
2 averiguados no Brasil. As décadas que seguiram colocaram em suas mãos
centenas de casos permitindo a identificação de alguns como listado a seguir: 1- A
revelação sobre uma Vida Passada ocorre na faixa de 2 a quatro anos, sem
indução de ninguém; 2- A criança diz nome de pessoas e lugares que
ninguém na família ouviu falar ou terá um comportamento estranho; 3- Na maioria dos
casos descreve detalhes muito particulares da morte, geralmente violenta; 4- Em
casos extremos, a criança diz ser outra pessoa, que tem pais diferentes e até
mesmo uma esposa e filhos que vivem noutra localidade, insistindo para ser
levada até lá. 5-
Geralmente persiste em falar de suas lembranças durante meses ou anos, apesar
das tentativas – por vezes, ríspidas – da família em dar fim às lembranças; 6-
Quando levada ao local indicado, lidera o grupo que acompanha, sem ajuda de
ninguém, através de ruas até a casa em que vivia em reencarnação anterior,
reconhecendo espontaneamente a família e amigos da personalidade prévia,
chamando-os pelos nomes, fazendo observações sobre mudanças no cenário,
perguntando por pessoas ou bens de que sente falta e lembrando de fatos
obscuros do passado, em alguns casos revelando o conhecimento de esconderijos
ou lugares para esconder joias da família anterior ou segredos somente do
conhecimento dela; 7- Reformas no local representarão novidade,
desorientando-a pelo desconhecimento. A evolução de suas avaliações revelaram
mais dados que coincide com as feitas por profissionais que, ao longo do século
20, perceberam nas práticas de Terapias de Vidas Passadas uma forma de ajudar
seus pacientes: Certas fobias que não conseguem ser explicadas por nada
ocorrido na vida atual, estão relacionadas com o tipo de morte em vida passada.
Por exemplo: medo de água ou até tomar banho, ligam o paciente a morte por
afogamento outrora; medo de veículos de grande porte remetem a atropelamento
por caminhão. Pondera o Dr Stevenson que “parece razoável supor que a
intensidade de uma experiência tal como a morte violenta possa de alguma forma
reforçar ou fixar lembranças, de modo a que fiquem melhor preservadas na
consciência”, enquanto o Dr Roger Wongler após inúmeros atendimentos
no campo das Regressões de Memória, conclui que “a percepção intensificada que
ocorre na morte imprime com intensidade exagerada os pensamentos, sentimentos e
sensações naquilo que transfere nossa essência de uma vida para outra, seja que
nome tiver”. Diante desse resultados, observa-se que a visão dilatada
oferecida pelo Espiritismo está apenas encontrando ressonância nas observações
desses dois pesquisadores do tema tão combatido quanto rejeitado da
reencarnação.
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