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terça-feira, 30 de abril de 2013

Entre Os Maiores


Calafrios, fraqueza, visões, desespero, desânimo, obsessões e, a alternativa de apatias profundas, com delírios, seguidos de levitações, transportes, vidência, clariaudição, pancadas e outros fenômenos; determinaram a internação do jovem Carmine Mirabelli num Hospício, aos 24 anos, pois a associação de todos os sintomas e efeitos sugeria ser ele portador da doença classificada à época como loucura. Vivia-se a segunda década do século XX e, submetido no Hospital a toda sorte de experimentos pelos seus renomados dirigentes Dr Franco da Rocha e Felipe Aché, ficou comprovada a veracidade dos fenômenos mediúnicos, triunfando sobre os testes da equipe médica, que se viu obrigada a reconhecer que “se o Sr Mirabelli era louco, não deixava de ser uma loucura genial”. De pais imigrantes italianos -ele luterano, ela católica -, Carmine nasceu em Botucatu, interior de São Paulo, sendo um dos 28 filhos do casal, tendo sido um menino irrequieto e de invejável inteligência, com grande facilidade de compreender e assimilar rapidamente tudo que lhe era ensinado. Personalidade combativa gostava de polêmicas intelectuais. Aproximando-se da idade adulta, viu seu pai ser arruinado financeiramente pela falência de determinado banco, o que não intimidou o jovem inteligente e ativo. Transferindo-se para a Capital paulista, empregou-se na Companhia de Gás, galgando postos cada vez mais elevados à custa de muito trabalho. Tempos depois, retornando da Alemanha para onde viajara em busca de ampliar seus conhecimentos, ambicionando novas empreitadas, com recursos economizados, investe numa propriedade rural, tornando-se agricultor por encontrar-se cansado da cidade grande, casa-se, volta à São Paulo empregando-se como comprador em uma, depois outra companhia de calçados como cobrador, atividade que teve de abandonar pela eclosão exuberante dos fenômenos mediúnicos que passaram a ocorrer através dele. Liberado do manicômio, após passagens por alguns laboratórios farmacêuticos – sempre epicentro de intrigantes e incríveis fenômenos -, reside algum tempo em Santos (SP), onde inicia suas atividades no campo da assistência social, fundando a Casa de Caridade São Luiz, transfere-se para Niterói(RJ), voltando à São Paulo, aos 47 anos, onde funda o Instituto Psíquico Brasileiro de São Paulo. Caluniado, injuriado, sofrendo toda sorte de perseguições por parte dos inimigos da Verdade, Carmine resistiu e triunfou sobre todos. Acusado de “pratica do Espiritismo” (embora o Espiritismo não esteja associado à suas ações) e “exercício ilegal da Medicina”, unicamente por orientar doentes com a distribuição de água fluidificada e insumos homeopáticos, foi compelido a depoimentos em processos policiais contra ele movidos. Enquanto isso, fenômenos de EFEITOS INTELIGENTES extraordinários eram testemunhados e pesquisados, dentro das possibilidades, como telepatia, previsões, diagnósticos, prognósticos, comunicações psicofônicas, psicográficas, neste campo com mensagens escritas em línguas vivas ou mortas (xenoglóxicas). Na área dos EFEITOS FÍSICOS, materializações, desmaterializações, transportes, transfigurações, escrita direta, moldagens de mãos e esfinges estranhas ao médium, em farinha de trigo, carvão e parafina, de membros perfeitos ou deformados, levitação, raps(pancadas); deslocamentos, entre outros. E o mais incrível é que os fenômenos de ordem física, obtidos com sua energia, realizavam-se, geralmente, à plena luz, e mesmo de dia, dentro e fora de recintos fechados. Em 1929, Espíritos afeitos às artes da pintura começaram a aproximar-se, influenciando-o diariamente e produzindo lindas pinturas a óleo, crayon e aquarelas, perfazendo em dois meses, 46 quadros, reproduzindo retratos, grupos, paisagens, ramos de flores, pássaros, tudo pintado sem original – pelo menos em nossa Dimensão. Carmine nunca estudara pintura e, segundo testemunha, “desde que o Espírito atuante aparece, modifica-se a atitude do médium, que logo se transforma, parecendo outro, pelo cumprimento ou saudação que dirige aos presentes”. Esse exuberante exemplo de que mediunidade e Espiritismo são coisas distintas e independentes, desencarnado de forma trágica aos 62 anos, em 1951, após ter sido atropelado em importante avenida de São Paulo, foi brilhantemente retratado pelo pesquisador Lamartine Palhano Jr, no livro MIRABELLI – UM MÉDIUM EXTRAORDINÁRIO (celd), por sinal reunindo raríssimo acervo de fotografias documentando inúmeros fatos produzidos pela Espiritualidade através dele.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Fascinante Musica Mediunica



“Quando vi Franz Liszt pela primeira vez eu tinha sete anos de idade e já estava acostumada a ver os Espíritos dos chamados mortos. Eu estava num quarto do andar de cima, de um velho casarão de Londres, onde ainda moro(...).Por alguma razão, naquela manhã ele não disse quem era. Presumi que ele sabia que eu eventualmente veria um retrato seu em algum lugar e o reconheceria(...). Tudo o que disse, falando devagar por eu ser uma criança, foi que, quando estivera neste mundo havia sido compositor e pianista. Disse ele: -“Quando você crescer, eu voltarei e lhe transmitirei música. Foi muito claro. Uma simples afirmação, sem sentenças complicadas, nem palavras difíceis, formulada para a compreensão de uma criança”. Assim começa Rosemary Brown  seu relato daquele fato ocorrido no longínquo 1923, reproduzido no livro SINFONIAS INACABADAS (edigraf),  publicado em 1973. O retorno de Liszt ocorreria em março de 1964, quando Rosemary contava 41 anos de idade. Aí começaram a se fazer presentes vários ícones da musica erudita Além de Liszt - organizador do trabalho -, Chopin, Schubert, Beethoven, Bach, Brahms, Schumann, Debussy, Grieg, Berlioz, Rachmaninoff, Monteverdi, se serviram da médium para oferecer à nossa Dimensão algumas de suas composições elaboradas no Plano Espiritual, possibilitando, em 1970, o lançamento do primeiro disco vinil com oito peças selecionadas por produtores musicais da renomada gravadora Polygram, sob o título COMPOSITORES DO ALÉM. Rosemary reconhecia que “a comunicação nem sempre era fácil para eles, havendo uma finalidade definida por detrás desse trabalho”. Afinal ela não tinha uma educação musical muito abrangente como escreveu:-“Para mim, naquele tempo, um par de sapatos novos tinha um significado maior do que ingressos para um concerto de música clássica. Na realidade raramente sobrava dinheiro para comprar sapatos, e, certamente nenhum para concertos”. Para entendermos a razão desses fenômenos, alguns trechos de um texto escrito pelo Espírito do musico e compositor Sir Donald Tovey, especialmente para ser reproduzido na contra-capa do primeiro disco, podem ser úteis. Era o dia primeiro de janeiro de 1970, Rosemary não conseguia conciliar o sono e o Espírito se apresentou dizendo: -“Bem, uma vez que você não consegue dormir, bem que podemos fazer algo”. Ela, um tanto relutantemente, levantou-se da cama, vestiu um roupão, sentou-se e, entre outras coisas ele escreveu:-“..a possibilidade de os compositores do passado ainda estarem vivos em Dimensões diferentes da nossa, e esforçando-se para se comunicarem, não deve ser rejeitada apressadamente(...). A Humanidade caminha atualmente para uma idade de crescente emancipação de muitas de suas passadas limitações. As conquistas técnicas e os progressos médico imprimem uma progressiva liberdade de várias formas de opressão e males. O maior problema do homem é ainda ele mesmo e sua posição relativamente ao seu semelhante.Para que se  compreendessem melhor, deveria conscientizar-se do fato de que ele não consiste meramente de uma forma transitória, condenada à velhice e à morte. Tem uma alma imortal, abrigada num corpo mortal, e é dotado de uma mente que independe do cérebro físico( na época, e, por vários anos acreditava-se que a mente resultava do funcionamento do cérebro). Ao comunicar-se através da música e da conversação, um grupo organizado de compositores, que partiu deste seu mundo, está tentando estabelecer um preceito para a Humanidade, ou seja, que a morte física é uma transição de um estado de consciência a outro no qual conserva a sua individualidade. A compreensão deste fato encaminhará o homem a uma visão interior da sua própria natureza e das suas potencialidades supraterrestres. O conhecimento de que a encarnação(apesar da realidade do Mundo Espiritual ser naturalmente aceita na Inglaterra, a ideia da reencarnação,  ainda não) no seu mundo nada mais é do que um estágio da vida eterna do homem, promoverá atitudes de maior amplitude de que as adotadas no presente e ensejarão uma visão mais equilibrada acerca de todas as coisas”. Mais dois discos com músicas recebidas mediunicamente por Rosemary foram lançados, respectivamente, em 1977 e 1988. Ela desencarnou em 2001, tendo marcado uma época com sua sensibilidade, materializando peças como a que você pode ouvir clicando: http://www.youtube.com/watch?v=6h7P1yhMeN4


domingo, 28 de abril de 2013

A Prevenção Talvez Evitasse


Passava das 20:30 horas quando o interfone tocou. Do outro lado, o porteiro do edifício, visivelmente alterado, perguntava se o filho da dona do apartamento estava em casa. Ante a resposta afirmativa e a informação que havia beijado os pais, minutos antes, desejando boa noite para ir dormir, a insistência do interlocutor, por via das dúvidas, fez a mãe dirigir-se ao quarto para confirmar. Encontrando o quarto vazio, voltou ao interfone, ouvindo a sugestão para que descesse ao térreo, para, em meio à aflição e ansiedade, a terrível constatação: o rapaz atirara-se do decimo oitavo andar do prédio, estatelando-se no solo. Único filho de um casal bem sucedido e estável profissionalmente, o adolescente de catorze anos, deixara um bilhete aos pais expressando seu amor por eles, acrescentando que este mundo” não era para ele. Investigações encontraram em seu computador, mensagens trocadas com integrantes de um grupo social, com conteúdo assustador dentro do que se poderia considerar normal. O pior é que no decorrer da semana que se seguiu, outros três suicídios na mesma faixa etária foram registrados na maior das metrópoles da América do Sul. Tais acontecimentos, por sinal, tem aumentado sua incidência nos últimos meses, segundo estatísticas nem sempre divulgadas. O interessante é que no numero de outubro de 1866, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduziu uma mensagem obtida pelo método de sonambulismo, em abril daquele ano, através de dois médiuns identificados apenas por iniciais, em que foi feita uma projeção e prognóstico dos acontecimentos que marcariam os desdobramentos futuros da etapa de transição pela qual passa o Planeta e seus habitantes. Em meio às previsões, dizem: “- E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios multiplicando-se numa proporção incrível, inclusive em crianças”. Tentando entender esse fato causador de tão lancinante dor moral no organismo social, encontramos n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na nota à questão 685, uma pergunta lançada por Kardec, cuja resposta pode ajudar a entender a razão destes acontecimentos: “-Quando se pensa na massa de indivíduos, diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”. A predominância do materialismo, a voracidade da sociedade de consumo; a falência, o descrédito e a falta de espiritualidade das religiões, criaram a crise observável na estrutura fundamental dos agrupamentos humanos: a família. Mesmo os seguidores do Espiritismo, desconhecem o conteúdo específico de sua obra fundamental a respeito de questões relacionadas à paternidade, maternidade, os elementos que não podem ser esquecidos na formação das personalidades entregues a seus cuidados, na condição de filhos. As Casas Espíritas e seus dirigentes enfatizam muito mais temas distantes da educação moral fundamentada na lógica dos ensinos de Jesus, ele mesmo apontado como o guia e modelo mais perfeito para nos inspirar os passos. Sem investimentos na infância, não se terá um futuro  melhor.  Como escreveu o Espírito da Verdade, na resposta à questão 800 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “as ideias se modificam pouco a pouco, com os indivíduos, e são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos”. Evidente que o poder de influenciação dos meios – circunscritos aos Centros Espíritas e algumas publicações - de divulgação espiritas ainda é incipiente, em grande parte prejudicadas pelas dissimuladas disputas internas entre lideranças que se outorgam a ilusória ideia de serem os detentores dos conhecimentos mais precisos e acertados. Enquanto isso, campeiam avassaladoramente a violência e a dor, que poderiam ser atenuadas ou evitadas, não fosse a ignorância sobre conteúdos específicos da Terceira Revelação. E, nesse sentido, a propagação do Espiritismo seria importante preventivo. 

sábado, 20 de abril de 2013

A Volta de Frederic Chopin


Declarou que, salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas necessitadas de progresso, mas que tal acontecimento só se verificará do ano 2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes. Não podia precisar a época exata. Só sabia que será depois do ano 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por Vitor Hugo, Espírito experiente e orientador, a quem se acha ligado por afinidades espirituais seculares, capaz de executar missões dessa natureza”. A curiosa revelação foi feita à respeitada médium Yvonne do Amaral Pereira, no final dos anos 50 pelo próprio Espírito do celebre compositor que com ela mantinha contato desde 1931, quando o viu pela primeira vez, na noite de 31 de junho, acompanhando seu Espírito guia Charles. Chopin, como registrado pela história, era polonês e morreu aos 39 anos, vítima da tuberculose em face da fragilidade de sua saúde. Por sinal, no número da REVISTA ESPÍRITA de maio de 1859, dez anos após sua morte, respondeu a doze perguntas formuladas por Kardec em reunião da SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS, quando acompanhava o Espírito Mozart que ditara recentemente o fragmento de uma sonata através de um médium chamado Bryon-Dorgeval, que, por sua vez, havia submetido o trecho a vários artistas - sem declinar sua autoria -, os quais reconheceram na peça o estilo de Mozart. Entre as questões respondidas por Chopin, explica sua melancolia no Plano Espiritual como sendo consequência da não realização da prova pela qual renascera no início do Século 19, reconhecendo que com sua inteligência poderia ter avançado mais do que avançou. Curioso notar que nas oportunidades que pode estar espontaneamente diante dele transcorrido mais de um século, a médium dona Yvonne, o via “pouco expansivo e, geralmente, entristecido, embora afetuoso e discreto”. “-Uma única vez vimo-lo sorrir”, conta ela no capítulo três do livro DEVASSANDO O INVISÍVEL (feb), de sua autoria. Através de Charles, dona Yvonne soube que Frederic Chopin “seria a reencarnação do poeta romano Ovídio ( Públio Ovídio Naso, poeta latino, fácil e brilhante, amigo de Vergílio e de Horácio, por volta de 43 A.C.) e do pintor italiano Rafael Sânzio ( pintor, escultor e arquiteto italiano, 1483-1520, cuja genialidade reunia todas as qualidades: perfeição do desenho, vivacidade dos movimentos, harmonia das linhas, delicadeza do colorido, tendo deixado grande número de obras primas o que lhe valeu o reconhecimento como o poeta da Pintura, assim como Ovídio foi considerado o músico da Poesia e Chopin, o poeta da Musica). Por depoimento do próprio Espírito de Chopin, à época de um dos encontros havidos, ele, na Espiritualidade, se ocupava de um curso de Medicina Psíquica, o que a impedia de visitar a Terra com mais frequência. Sobre se, na próxima existência, não voltaria como artista, animado, perguntou “porque não poderia aliar as duas qualidades, se os artistas, muitas vezes, não passam de médiuns?”. O fato de não ter profanado as Artes nem cometido quaisquer deslizes nesse setor, “não o impediriam”, acrescentado que, “no momento, o que o preocupava mais era o desejo de servir aos pequeninos e sofredores, aos quais nunca protegera, já que em suas passadas existências, apenas servira aos grandes da Terra e, na nova encarnação, “não desejava nem mesmo auferir proventos monetários, pessoais, da Música”. Quanto à confiabilidade das informações de Dona Yvonne, lembramos que o também médium Chico Xavier a considerava uma das mais autênticas servidoras da causa da iluminação humana com base no Espiritismo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Os Primeiros Passos


No número de janeiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec responde a uma pergunta cuja resposta certamente é procurada por muitos. A indagação propõe a seguinte situação: “-Duas almas, criadas simples e ignorantes, nem conhecem o bem, nem o mal, ao virem à Terra. Se, numa primeira existência, uma seguir a via do bem e a outra, a do mal, como, de certo modo, é o casos que as conduz, nem merecem expiação nem recompensa. Essa primeira encarnação não deve ter servido senão para dar a cada uma delas a consciência de sua existência, consciência que antes não tinham. Para ser lógico, seria preciso admitir que as expiações e as recompensas não começariam a ser inflingidas ou concedidas senão a partir da segunda encarnação, quando os Espíritos já soubessem distinguir entre o Bem e o mal, experiência que lhes faltaria quando de sua criação, mas que adquiriam por meio da primeira encarnação. Tal opinião tem fundamento?”. Como consta n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco, após o que sofre uma transformação e se torna Espírito, começando para ele o período de Humanidade. Essa primeira fase – embora existam exceções -, é geralmente cumprida numa série de existências que precedem o período chamado humanidade, não sendo a Terra o ponto de partida da primeira encarnação humana, iniciada em mundos ainda mais inferiores”. .Dizem ainda que como na natureza nada se faz de maneira brusca, durante algumas gerações o Espírito pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, traço que desaparece com o desenvolvimento do livre arbítrio. Os primeiros progressos se realizam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais perfeita de si mesmo. Esclarecendo a dúvida levantada. Kardec escreveu: “- Ignoramos absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações do Espírito(...). Apenas sabemos que são criados simples e ignorantes, tendo todas, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre arbítrio só se desenvolve pouco a pouco, após numerosas evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem após a segunda encarnação que a alma tem consciência bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a centésima ou milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento da inteligência. Assim, por exemplo, um selvagem que come os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, contudo, já estão bem longe de seu ponto de partida. Durante longos períodos a alma encarnada é submetida a influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dito, se equilibram com a inteligência; mais trade, e sempre gradativamente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa a séria responsabilidade. Além disso, o autor da pergunta comete dois erros graves: o primeiro é o de admitir que o acaso decida do bom ou do mau caminho que o Espírito segue em seu princípio. Se houvesse acaso ou fatalidade, toda responsabilidade seria injusta. Como dissemos, o Espírito fica num estado inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência só se faz pouco a pouco e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com conhecimento de causa. O segundo erro é o de admitir que as primeiras encarnações ocorram na Terra. A Terra foi, mas não é mais, um mundo primitivo; os mais atrasados seres humanos encontrados na sua superfície já se despojaram das primeiras fraldas da encarnação e os nossos selvagens estão em progresso, comparativamente ao que eram antes que seu Espírito viesse a encarnar neste Globo. Julgue-se agora o número de existências necessárias a esses selvagens para transporem todos os degraus que os separam da mais adiantada Civilização. Todos esses degraus intermediários se acham na Terra sem interrupção, e podem ser seguidos observando as nuanças que distinguem os vários povos; só o começo e o fim aí não se encontram.; o começo se perde nas profundezas do passado, que não nos é dado penetrar. Alias isto pouco importa, pois tal conhecimento em nada nos adiantaria. Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à felicidade futura; assim, estudemo-nos, a fim de nos aperfeiçoarmos. No ponto em que estamos, a inteligência está bastante desenvolvida para permitir ao homem julgar sadiamente o bem e o mal; e é também deste ponto que a sua responsabilidade é mais seriamente empenhada, porque não mais se pode dizer o que dizia Jesus: “-Perdoai-lhes, Senhor, pois não sabem o que fazem". ASSISTA AOS PEQUENOS DOCUMENTÁRIOS PRODUZIDOS PARA A DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO, CLICANDO QUAISQUER UM DOS LINKS ABAIXO DOS RESPECTIVOS TÍTULOS
 





quinta-feira, 18 de abril de 2013

Aniversário


O dia 18 de abril nos faz lembrar o lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por iniciativa do professor Denizard Hippolitte Leon Rivail A história do livro começa praticamente três anos antes, em 1854, quando, pela primeira vez, o educador francês ouviu através de seu amigo Fortier, falar do fenômeno das mesas que giravam e dançavam .Sua primeira reação foi meio que de descrença, embora tenha imaginado que, talvez, tal fenômeno estivesse relacionado com o magnetismo mesmeriano, o qual ele observava e estudava desde 1821, portanto desde 33 anos antes. No início do ano seguinte, um outro amigo, o senhor Carlotti, lhe falaria sobre as mesmas ocorrências acrescentando que o referido fenômeno das mesas girantes havia sido enriquecido com a fala, pois através de sinais sonoros, respostas eram dadas a perguntas formuladas no ambiente em que se davam as manifestações.Apesar da curiosidade que aumentara, o professor ainda não se sentiu tentado a observar o fenômeno. Seu primeiro contato com os mesmos só se daria em maio de 1855, após ter encontrado numa sessão de magnetização dirigida pelo amigo Fortier, o Sr. Patier e a senhora Planemason que o convidaram para outra reunião, onde poderia observar os fenômenos. Efetivamente, no dia seguinte testemunhou os movimentos e respostas dadas pelos objetos animados pela desconhecida e inteligente força, além de conhecer o Sr. Bodan, que o convida à reunião semelhante em sua casa. Integrado a mesma, conhece as filhas do seu anfitrião, duas adolescentes, Caroline e Julie, e através delas começa a obter respostas lógicas e substanciais sobre os mais diversos assuntos de fundo filosófico, científico, religioso e moral, cujo conteúdo não poderia ser emanado das personalidades ainda em formação das duas moças. Nos próximos meses, usando o método analítico (observando, refletindo, comparando, estudando, criticando, ampliando e revendo os assuntos abordados), reuniu material suficiente para organizar um livro, que antes de ser encaminhado para a produção, foi minuciosamente revisado com o concurso de médiuns diferentes daqueles através dos quais haviam sido obtidas as primeiras informações. No início de 1857, procura amigos editores para mostrar o trabalho e a adesão para sua publicação e, ante, as dificuldades encontradas, decide com recursos próprios fazer publicar o trabalho. Entrega-o ao Sr. Dantu que, por sua vez, encaminha os originais para uma tipografia a 20 km de Paris, porém, diante da demora para a conclusão dos trabalhos, Denizard, ou Allan Kardec, procura se inteirar das razões.  Toma conhecimento que o dono da tipografia havia desencarnado, e os herdeiros haviam como que engavetado o livro. Kardec procura então a viúva do falecido, apresenta-lhe o livro, seus objetivos e ela, após lê-lo, confortada em sua dor pelo conteúdo espiritualmente elevado, envia uma recomendação aos filhos para que urgenciassem a impressão daquele trabalho. Assim foi que na manhã de sábado, 18 de abril, Kardec segurava nas mãos os exemplares da primeira versão d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, contendo 501 perguntas e respostas agrupadas em três partes: DOUTRINA ESPÍRITA, LEIS MORAIS E ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES, além de uma introdução e uma conclusão. A formatação como é conhecida hoje surgiria três anos depois, em 1860, ampliada para 1019 perguntas e respostas, divididas em quatro partes: “AS CAUSAS PRIMÁRIAS”, “MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”, “LEIS MORAIS” e “ESPERANÇAS E CONSIDERAÇÕES” mais uma introdução e conclusão. E, embora tenha provocado a repercussão nos primeiros anos após seu lançamento, na França e em alguns países da Europa, a verdade é que “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” e o ESPIRITISMO somente encontrariam campo para sua expansão acelerada no Brasil da segunda metade do século XX. Sobretudo através do trabalho do médium Francisco Cândido Xavier que depois da década de 70, após uma entrevista memorável no programa PINGA FOGO, da extinta TV Tupi, tornou-se referência no campo da mediunidade colocando sempre o Espiritismo como inspirador e responsável por seu trabalho. Sem sombra de dúvida um livro que precisa ser cada vez mais divulgado, lido, estudado e meditado por todos os seres humanos interessados em alcançar a felicidade.

domingo, 14 de abril de 2013

Obstáculos à Verdade







“Quando nossos amigos médicos completaram o vedamento das menores frestas, de todas as aberturas, no consultório do nosso Waldo; depois que a médium dona Otília já estava com os pés e mãos atados e que os trabalhos foram iniciados, vi ao nosso lado o Espírito de Emmanuel. Então, ele se referiu que a nossa reunião lembrava aquele dia de Jerusalem quando os discípulos, de portas fechadas – conforme a palavra indiscutível do Evangelho -, receberam a visita de Nosso Senhor Jesus Cristo, plenamente materializado depois da crucificação. Disse, que guardadas as proporções - muito longe de querermos comparar a reunião apostólica - disse que o fenômeno da recorporificação do Cristo lembrava o da irmã Josefa e do nosso amigo Dr. Alberto Veloso que foram os Espíritos que se materializavam no consultório: um, na condição de mulher, porque a Irmã Josefa foi uma freira muito distinta, e o outro na condição de homem, o Dr. Veloso, que aparece à moda oriental. De modo que Emmanuel, após lembrar a materialização de Jesus, lembrou ainda que a religião do Espírito, sem o túmulo, a religião que não tem cadáver, é o Cristianismo, que o Espiritismo hoje está revivendo! O Cristianismo é uma religião sem cadáveres, pois começou com Jesus Cristo ressuscitado: foi o grande morto redivivo para demonstrar que não há morte. Emmanuel lembrou também o fenômeno do Tabor – vamos nos referir apenas ao Evangelho para dizer que as nossas religiões, as religiões nascidas do Cristianismo estão corretas na essência, porque elas cuidam da imortalidade da alma; se há algum assunto fora disso, não corre por conta do Evangelho; o Evangelho diz que quando Jesus subiu ao Tabor, diante dos discípulos, lá estavam Moisés e um outro varão devidamente materializados. Ora, é muito importante para nós, recordar que as grandes verdades da Antiguidade são as verdades modernas, por muito que queiramos traçar figurino para atividades de interpretação do mundo; acrescentou ainda o nosso benfeitor Emmanuel, cuja voz estou ouvindo desde o ano de 1931. Desde essa data, o Espírito de Emmanuel está cuidando de mostrar a raiz do Espiritismo no Evangelho de Jesus e a grandeza do Evangelho no Espiritismo como desdobramento um do outro. Porque toda a pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo transcorreu entre fenômenos mediúnicos: voz direta no dia do encontro de Jesus com João Batista; no dia de Pentecoste; quando os Apóstolos se sentiram com a missão de evangelizar; a materialização de Jesus depois da crucificação; a cura dos obsediados por Espíritos das trevas em túmulos; visões; etc (...). Nós não podemos esquecer estes assuntos! Não podemos querer afastar o problema espiritual da nossa vida por uma questão de fuga, de fuga à responsabilidade. Não podemos fugir da Verdade: a vida continua após a morte (...). Creio que se eu desencarnar, agora, levo uma alegria muito grande no meu coração por que tive a honra, e a felicidade, de ver dezenove médicos, homens de uma cultura profunda, homens de muita responsabilidade – juntos de uma pessoa tão insignificante como eu, que não sou nada, que sou apenas um pobre  sertanejo de Minas Gerais, de curso primário -, ver esses homens, psiquiatras, cardiologistas, ginecologistas, cirurgiões, clínicos, todos da mais alta distinção, com esta coragem de não buscar fuga nenhuma, nem mesmo em nome de qualquer princípio ligado à Metapsíquica ou Parapsicologia, dois ramos da ciência que eu, como espírita, respeito imensamente, mas que a gente gostaria de ver o Espiritismo mais respeitado: queiramos, por exemplo, que a tese espírita recebesse mais apreço... Ver esses dezenove homens aceitarem a tese espírita, sentir que ela deva ser respeitada, pelo menos”. O comentário pertence ao médium Chico Xavier, testemunha das experiências levadas a efeito em Uberaba (MG), no início dos anos 60, sob a orientação do Espírito André Luiz  contando com a presença de dezenove médicos convidados para pesquisar a mediunidade de efeitos físicos de Otília Diogo , de Andradas e Walter Rezende, através de quem materializaram-se os Espíritos citados. Tais experimentos foram frustrados após prolongada polêmica desencadeada por publicação de grande circulação na época, causando sérios prejuízos, sobretudo ao equilíbrio da médium, surpreendida tempos depois em práticas fraudolentas, no episódio preservado na história do Espiritismo no livro OTÍLIA DIOGO E A MATERIALIZAÇÃO DE UBERABA, de Jorge Rizzini, pela Edicel.  

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Influência Espiritual Em Nível Extremo


Na fase de Pedro Leopoldo (MG),  Chico Xavier, nos anos 40 e 50,esteve cercado por reconhecidos intelectuais espíritas que puderam absorver revelações impressionantes, muitas das quais guardadas para si, a pedido do próprio médium. Entre eles, estava o Newton Boechat que ao longo de várias existências recentes esteve ligado aos assuntos religiosos. Há registros de seu envolvimento com as lutas da reforma em países europeus do século 18. Na encarnação atual, contavam os que o conheceram, “sabia de cor capítulos inteiros das Sagradas Escrituras”. Segundo o jornalista Luciano dos Anjos, “um computador bíblico, programado no passado, e capaz de dar-nos, imediatamente, o versículo exato da passagem evangélica, o versículo exato da passagem evangélica que ao acaso se lhe suscitasse”. Algumas das suas memórias, preservou em livros como IDE E PREGAI e O ESPINHO DA INSATISFAÇÃO, ambos publicados pela FEB. Do primeiro, destacamos um dos impressionantes casos registrados na convivência com o amigo de Pedro Leopoldo. Conta ele: Março de 1954. Centro Espírita Luiz Gonzaga.  Segunda-feira, dezenove e trinta minutos. Chico Xavier, recém-chegado, recebia pequeno grupo de confrades de fora e uma porção de abraços. Pouco antes da sessão começar, naquela noite, ela entrou. Corpo magro, sorriso sarcástico, afetação nos gestos, olhos revirados nas órbitas, andar agitado, trajes berrantes, excesso de pintura. Dava-nos a ideia nítida de estar fortemente obsidiada. De um dos braços pendia a bolsa vermelha, já gasta, semiaberta, abarrotada de papelório, melhor, de receitas assinadas por respeitáveis esculápios da Capital mineira. Olga, como a chamaremos, de quando em vez, falando desconexamente, dava tapas violentos em seus próprios ombros magros e, tudo isto, mesclado com citações incongruentes, ditas para piedade geral. Chico Xavier aproximou-se da pobre moça. Consolou-a. Citou-lhe frases curtas de estímulo espiritual, mas, ela, longe de perceber e muito menos, sentir, falava continuamente e, agora, apanhava uma daquelas receitas que eram comentadas, acompanhadas sempre e sempre de fortes palmadas nos ombros. “–Você pensa que eu falo com ela?” – perguntou-me o médium. “-??”. “-Não, não. Estou conversando diretamente com a entidade espiritual que a influência... Foi sua avó, desprendida do corpo físico, há sete anos. Não preparada para a vida no “outro lado”, presa, ainda, de acentuados desequilíbrios que alimentou, apoderou-se da neta, por afinidade. A rigor, “COME-LHE O CALOR”. Olga, escrava de seus caprichos, é lhe perfeita médium, devido à trajetória idêntica que vem imprimindo à vida”. E concluiu: “-Vejo-a bem(referindo-se ao Ser desencarnado). Chama-se Mara J.B.. Vamos doutrina-la e, creio, com o processamento da reunião desta noite, a neta cairá, ainda por momentos, em seu habitual estado. É um caso categórico de obsessão, como os citados sobejamente na literatura mediúnica. O certo é que ao principiar a reunião evangélico-doutrinária, Olga aquietou-se, ouviu placidamente o comentário, desdobrado por inúmeros oradores da noite. Acerquei-me dela, lá no saguão do Luiz Gonzaga. Conversamos naturalmente. Disse ali estar, vez primeira, na esperança de conseguir um bálsamo para o seu sofrimento. Não conhecia Chico, anteriormente. Sentia coisas estranhas e era avassalada por “força desconhecida” que a LEVAVA A FAZER O QUE NÃO PODIA...E NÃO QUERIA. Desviava-a para situações menos dignas, lidibinosas. Após, cessado o “assalto”, a “força” se saciava, retirando-se, deixando-a aniquilada. E desencantada sentia-se, depois de passar essa crise, ela mesma, com sua lucidez. Mas, os momentos em que assim se sentia eram tão efêmeros. De ‘sopetão’, roendo-me a curiosidade, fiz a pergunta: “-Como se chamava a sua avó?”. “-Chamava-se....Já morreu. Era Mara J.B.(pronunciou pausadamente o nome por inteiro da entidade de além-túmulo anteriormente registrada pela mediunidade do Chico). Fenômeno curioso!. O vampirismo além da vida! Tal avó, tal neta!. Uma, sustentáculo da outra, carregando o mesmo fardo, a mesma viciação mental!.. Julho de 1955..Um dia de Sol.Galeria...,casa de lanches finos, Av Afonso Pena, Belo Horizonte. Parado à porta, eu observava interessante movimentação de automóveis ao longe, vendo até que ponto chegava a perícia de um motorista, quando... “-Vem!Vem!”. Era a Olga!. Transtornada, com as mesmas manias e, com ela, pelos sintomas, em torturada influenciação, a avó desencarnada!. Nem me reconhecera a moça, nem se lembrava de mim. O Ser invisível obumbrava-lhe, uma vez mais, a consciência... Queria perpetuar o seu domínio!. E lá se foi, outra vez, passos largos, bolsinha a tiracolo, agitada, afetada, chamando a atenção dos homens”. ACESSE QUALQUER UM DOS LINKS DESTE BLOG E MERGULHE UM POUCO MAIS NO UNIVERSO DA INFORMAÇÃO ESPÍRITA. BASTA UM CLIQUE!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ainda o Grave Problema das Influências Espirituais




Comprovada a influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos como revelado na questão 459 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, considerando  o dado fornecido por André Luiz na obra psicografada EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (1959,feb) que dois terços dos 20 bilhões de Espíritos que habitam as diferentes Dimensões  Espirituais ( Universos Paralelos) existentes ao redor do Planeta ainda se mantem presos às realidades das quais se afastaram pelo inevitável problema da morte física, bem como, os perfis dos Espíritos Imperfeitos traçados no Capítulo Primeiro do Livro Segundo da obra base do Espiritismo,  tornam-se compreensíveis muitos fenômenos observados na vida em sociedade.  Ainda na série de artigos desenvolvidos em vários números da REVISTA ESPÍRITA por Allan Kardec, alguns dos quais compilados por companheiros da União Espírita Belga com a concordância do próprio Codificador, em mensagem mediúnica datada de 6 de setembro de 1950, no livro A OBSESSÃO (1974, clarim), encontramos outros elementos interessantes para nosso aprendizado e reflexões: 1- Os Espíritos inferiores ainda se acham sob a influência da matéria, entre eles se encontrando todos os vícios e paixões da Humanidade, paixões que eles carregam ao deixar a Terra e trazem ao se reencarnarem, desde que se não emendaram, o que produz os homens perversos. 2- Prova a experiência que são sensuais de diversas categorias, obscenos, lascivos, satisfeitos com os lugares baixos, impelindo e excitando à orgia e ao deboche, a cuja vista se repastam. 3- Há certos tipos de obsessões que não deixam dúvidas quanto à qualidade dos Espíritos que as produzem. 4- Quando se estudam as várias impressões corporais e os contatos sensíveis por vezes produzidos por certos Espíritos; quando se conhecem os gostos e as tendências de alguns deles; e se por outro lado, se examina o caráter de certos fenômenos histéricos, pergunta-se se não representariam um papel nessa afecção, como representam na loucura obsessional?  Uma das situações analisadas por Kardec no que concerne ao tema influência espiritual ou obsessão é a chamada obsessão coletiva. Parte de um caso real havido numa localidade chamada Morzine em que um grupo de mulheres ali residentes foi sendo envolvido  progressivamente num processo de perturbação que se arrastou por vários meses, no ano de 1857. Houve o registro de apenas um homem no processo, por sinal, a única vítima fatal. Por extensão, associando-se as características com fatos contemporâneos, fica claro como episódios de violências coletivas tornam-se realidade em nosso Plano Existencial: suicídios coletivos; criaturas humanas, jovens e adultos capazes de revestir o próprio corpo de explosivos em nome de promessas absurdas para atender a interesses político-religiosos; brigas entre torcidas organizadas; violências sexuais perpetradas em grupo tão comuns nos dias atuais; programas de televisão em que a sensualidade excita e instiga a vivência mais primitiva e irresponsável do sexo, entre outras. Basta um líder com a capacidade de convencimento; um escritor com habilidade para concatenar ideias. São presas” fáceis para entidades em que a predominância da matéria sobre o Espírito se revela, a propensão ao mal, a ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhe seguem. Veem a felicidade dos bons e essa visão é para eles um tormento incessante, por que lhes faz provar as angústias da inveja e do ciúme. Fenômenos perturbadores que impactam, semeando a dor, a insegurança, a descrença. Como diz a sabedoria dos ditos populares, “semelhantes se atraem”, individual e coletivamente. Sem o empecilho das barreiras vibratórias que separam os diferentes Planos e Sub-planos níveis e sub-níveis existenciais. Graças à sintonia mental. Agora se sabe. CONHEÇA AS VARIADAS OPÇÕES DE ACESSO AO CONHECIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA CLICANDO QUALQUER UM DOS LINKS SUGERIDOS NESTE BLOG. UMA FORMA INTERESSANTE DE PENETRAR NO FASCINANTE MUNDO REVELADO PELO ESPIRITISMO

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Grave Problema Das Influências Espirituais


Naturalmente, a resposta à questão 459 – os Espíritos influenciam em vossos pensamentos e atos muito mais que imaginais e, invariavelmente são eles que vos conduzem -, d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, abriu caminho para diversas reflexões e deduções de Allan Kardec, posteriormente referendadas pela Equipe Espiritual que o assessorava ou confirmadas pelos inúmeros relatos a ele enviados por leitores e correspondentes de várias partes da Europa e Norte da África. Tal revelação possibilita a compreensão de muitos fatos observados ao longo da História da Humanidade. Em 1969, o erudito espírita Wallace Leal Rodrigues assinou o prefácio de obra por ele traduzida do original organizado pela União Espírita da Bélgica intitulada A OBSESSÃO (clarim), segundo consta na folha de rosto, impressa em francês com a aprovação do próprio Espírito de Allan Kardec em comunicação datada de seis de setembro de 1950. O livro consiste numa compilação de artigos publicados ao longo de vários anos nos números da REVISTA ESPÍRITA, abordando vários aspectos do fenômeno a que todos estamos expostos. Compulsando-lhe as páginas, recolhemos alguns dados interessantes que reproduziremos a seguir para ampliação do nosso entendimento do problema: 1- O homem que vive em meio ao Mundo Invisível está incessantemente submetido a essas influências, do mesmo modo que às da atmosfera que respira. 2- Essas influências se traduzem por efeitos morais e fisiológicos, dos quais não se dá conta e que, frequentemente, atribui a causas inteiramente contrárias. 3- Essas influências diferem, naturalmente, segundo as boas ou más qualidades do Espírito. Se ele for bom e benevolente, a influência será agradável e salutar; como as carícias de uma terna mãe, que toma o filho nos braços. Se for mau e perverso, será dura, penosa, de ânsia e por vezes perversa: não abraça – constringe. 4- Vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva o seu livre arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. 5- Isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica, tal qual esta é vulgarmente compreendida. 6- Estando a ação do Mundo Invisível, na ordem das coisas naturais, ele se exerce sobre o homem, abstração feita de qualquer conhecimento espírita. Estamos a ela submetidos como o estamos à ação da eletricidade atmosférica, mesmo sem saber Física, como ficamos doentes, sem conhecer Medicina. 7- Assim como a Física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, perecerá inexplicável. 8- A ação dos maus Espíritos, sobre as criaturas que influenciam, apresenta nuanças de intensidade e duração extremamente vaiadas, conforme o grau de malignidade e de perversidade do Espírito e, também, de acordo com o estado moral da pessoa, que lhe dá acesso mais ou menos fácil. Por vezes, tal ação é temporária e acidental, mais maliciosa e desagradável que perigosa. 9- A mediunidade é o meio direto de observação. O médium – permitam-nos a comparação – é o instrumento de laboratório pelo qual a ação do mundo invisível se traduz de maneira patente. E, pela facilidade oferecida de repetição das experiências, permite-nos estudar o modo e as nuanças desta ação. Destes estudos e observações nasceu a ciência espírita. 10- Todo individuo que, desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium. Por isso pode dizer-se que todo mundo é médium. Mas, é pela mediunidade efetiva, consciente e facultativa, que se chegou a constatar a existência do Mundo Invisível e, pela diversidade das manifestações obtidas ou provocadas, que foi possível esclarecer a qualidade dos seres que o compõem e o papel que representam na natureza. O médium fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo Mundo dos infinitamente pequenos”.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Revelações


Dois de abril assinala a data do início da mais recente encarnação do Espírito identificado como Francisco Cândido Xavier. Reconduzido pela Espiritualidade à nossa Dimensão, deveria, juntamente com velho conhecido de outras Eras - o Espírito Emmanuel -, dar sua contribuição para a expansão das ideias enfeixadas sob a denominação Espiritismo pelo educador francês oculto no pseudônimo Allan Kardec, a partir de meados do Século Dezenove. Pelo histórico possível de ser acessado por qualquer pesquisador, restrições físicas e econômicas, foram a tônica da caminhada de Chico por mais de nove décadas. Em diálogo informal mantido com amigos ainda na fase de Pedro Leopoldo,  provavelmente aí pelo fim da década de quarenta do Século Vinte, reproduzido parcialmente no capítulo 78, do livro RECORDAÇÕES DA CHICO XAVIER (lake,1974), escrito por R.A.Ranieri, teria dito: “-Eu, por exemplo, é a primeira reencarnação de homem que tenho. A Espiritualidade Superior, quando eu fui reencarnar, estava preocupada com isso, achava que eu poderia fracassar... Há uma linha de reencarnação, acredito, da qual é muito difícil escapar. O Espírito precisa se preparar para isso”. Recolhendo outros fragmentos, pode-se recompor parte da trajetória evolutiva deste Espírito no nosso planeta. Parte, destaca-se de uma obra de 2006, onde o jornalista Carlos Alberto Braga Costa ouviu durante algumas semanas Arnaldo Rocha que de outubro de 1946 a 1958, privou de forma quase diária da intimidade de Chico, em Pedro Leopoldo. Desses encontros organizou o livro CHICO, DIÁLOGOS E RECORDAÇÕES (uem,2006). A partir dali, de forma sintética, temos uma visão da cronologia de algumas encarnações de Chico. Segundo relato na página 108, “o próprio Chico relatou-nos sobre seus primeiros passos aqui na Terra, revelados a ele pela Espiritualidade Amiga. Esses passos tiveram seu início no Egito Antigo, quando ele fora a faraó Hatshepsut, personagem do livro ROMANCE DE UMA RAINHA (feb) , de J.W.Rochester, pela médium Wera Krijanovski. Foi a primeira faraó mulher, soberana do Alto e Baixo Egito, herdeira de Tuthmósis I, aí pelo Século Dezesseis A.C. O próximo registro nos leva ao Século Nove A.C., também no Egito, onde sua identidade era Chams, ligada à nobreza, personagem do livro SEMÍRAMIS (lake), de Camilo Chaves. Retorna no Século Sete A.C., citada como uma adolescente médium, encaminhada ao Templo de Apolo, por um tio, o Emmanuel do Século Vinte. Depois, Flávia, no Século Primeiro, filha de Publio Lêntulos, do livro HÁ DOIS MIL ANOS (feb). Ressurge como Lívia, filha adotiva de Basílio, do AVE CRISTO (feb). Reaparece como Clara, ligada à família Buillon, citada no capítulo Revendo o Passado do livro MEIMEI – VIDA E MENSAGEM (clarim). Renasce como Joana de Aragão e Castela, filha do Rei Fernando e Isabel, patrocinadores de Cristóvão Colombo, no Século Dezesseis. Em regressão de memória descrita no livro O ESPINHO DA INSATISFAÇÃO (feb), de Newton Boechat, testemunhou a fatídica Noite de São Bartolomeu na condição de uma adolescente protegida pela Duquesa de Nemours, conselheira da Rainha Catarina de Médicis. Ainda na França do Século Dezoito, renasceu Jeanne D’Arencourt, criada de uma Duquesa de Arras, ligada à corte de Luiz XV, conforme revelado na obra UM AMOR, MUITAS VIDAS (lachatre), de Jorge Damas sobre a vida de Cesar Burnier que revela o mesmo fato em EU FUI CAMILLE DEMOULINS (lachatre), de Hermínio Correia de Miranda. Por fim, no Século Dezenove, teria vivido na Espanha, em Barcelona, até 1880, com o nome Dolores Del Sarte Hurquesa Hernandes, casada como um vinhateiro chamado Pablo Hernandes. Essa encarnação na Espanha, envolveu outros personagens próximos a ele na existência do Século XX, como se pode depreender na leitura de carta de próprio punho de primeiro de dezembro de 1966 (paginas 236/ 243), inserida no importante livro CHICO XAVIER – LUZ EM NOSSAS VIDAS (ceu), de Nena Galves, em que Chico externa seus anseios de retornar às terras da Península Ibérica, onde estivera na tarefa empreendida naquele ano na Europa, a convite de espíritas do Velho Continente. APRIMORE SEU CONHECIMENTOS SOBRE A VISÃO ESPÍRITA SOBRE DIVERSOS ASSUNTOS, ACESSANDO  QUALQUER UM DOS LINKS DESTE BLOG. BASTA UM CLIQUE E VOCÊ VIAJA PELOS CAMINHOS TRAÇADOS PELA ESPIRITUALIDADE