Calafrios, fraqueza, visões, desespero, desânimo, obsessões
e, a alternativa de apatias profundas, com delírios, seguidos de levitações,
transportes, vidência, clariaudição, pancadas e outros fenômenos; determinaram a
internação do jovem Carmine Mirabelli num Hospício, aos 24 anos, pois a
associação de todos os sintomas e efeitos sugeria ser ele portador da doença
classificada à época como loucura. Vivia-se a segunda década do século XX e,
submetido no Hospital a toda sorte de experimentos pelos seus renomados
dirigentes Dr Franco da Rocha e Felipe Aché, ficou comprovada a veracidade dos
fenômenos mediúnicos, triunfando sobre os testes da equipe médica, que se viu
obrigada a reconhecer que “se o Sr Mirabelli era louco, não deixava de
ser uma loucura genial”. De pais imigrantes italianos -ele luterano,
ela católica -, Carmine nasceu em Botucatu, interior de São Paulo, sendo um dos
28 filhos do casal, tendo sido um menino irrequieto e de invejável
inteligência, com grande facilidade de compreender e assimilar rapidamente tudo
que lhe era ensinado. Personalidade combativa gostava de polêmicas
intelectuais. Aproximando-se da idade adulta, viu seu pai ser arruinado
financeiramente pela falência de determinado banco, o que não intimidou o jovem
inteligente e ativo. Transferindo-se para a Capital paulista, empregou-se na
Companhia de Gás, galgando postos cada vez mais elevados à custa de muito
trabalho. Tempos depois, retornando da Alemanha para onde viajara em busca de
ampliar seus conhecimentos, ambicionando novas empreitadas, com recursos
economizados, investe numa propriedade rural, tornando-se agricultor por
encontrar-se cansado da cidade grande, casa-se, volta à São Paulo empregando-se
como comprador em uma, depois outra companhia de calçados como cobrador,
atividade que teve de abandonar pela eclosão exuberante dos fenômenos
mediúnicos que passaram a ocorrer através dele. Liberado do manicômio, após
passagens por alguns laboratórios farmacêuticos – sempre epicentro de
intrigantes e incríveis fenômenos -, reside algum tempo em Santos (SP),
onde inicia suas atividades no campo da assistência social, fundando a Casa de
Caridade São Luiz, transfere-se para Niterói(RJ), voltando à São Paulo, aos 47
anos, onde funda o Instituto Psíquico Brasileiro de São Paulo. Caluniado,
injuriado, sofrendo toda sorte de perseguições por parte dos inimigos da
Verdade, Carmine resistiu e triunfou sobre todos. Acusado de “pratica do Espiritismo” (embora
o Espiritismo não esteja associado à suas ações) e “exercício ilegal da Medicina”,
unicamente por orientar doentes com a distribuição de água fluidificada e
insumos homeopáticos, foi compelido a depoimentos em processos policiais contra
ele movidos. Enquanto isso, fenômenos de EFEITOS
INTELIGENTES extraordinários eram testemunhados e pesquisados, dentro
das possibilidades, como telepatia, previsões, diagnósticos,
prognósticos, comunicações psicofônicas, psicográficas, neste campo com
mensagens escritas em línguas vivas ou mortas (xenoglóxicas). Na área
dos EFEITOS FÍSICOS, materializações,
desmaterializações, transportes, transfigurações, escrita direta, moldagens de
mãos e esfinges estranhas ao médium, em farinha de trigo, carvão e parafina, de
membros perfeitos ou deformados, levitação, raps(pancadas); deslocamentos,
entre outros. E o mais incrível é que os fenômenos de ordem física, obtidos com
sua energia, realizavam-se, geralmente, à plena luz, e mesmo de dia, dentro e
fora de recintos fechados. Em 1929, Espíritos afeitos às artes da pintura
começaram a aproximar-se, influenciando-o diariamente e produzindo lindas
pinturas a óleo, crayon e aquarelas, perfazendo em dois meses, 46 quadros,
reproduzindo retratos, grupos, paisagens, ramos de flores, pássaros, tudo pintado
sem original – pelo menos em nossa Dimensão. Carmine nunca estudara
pintura e, segundo testemunha, “desde que o Espírito atuante aparece,
modifica-se a atitude do médium, que logo se transforma, parecendo outro, pelo
cumprimento ou saudação que dirige aos presentes”. Esse exuberante
exemplo de que mediunidade e Espiritismo são coisas distintas e independentes,
desencarnado de forma trágica aos 62 anos, em 1951, após ter sido atropelado em
importante avenida de São Paulo, foi brilhantemente retratado pelo pesquisador
Lamartine Palhano Jr, no livro MIRABELLI
– UM MÉDIUM EXTRAORDINÁRIO (celd), por sinal reunindo raríssimo acervo de
fotografias documentando inúmeros fatos produzidos pela Espiritualidade através
dele.
Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
A Fascinante Musica Mediunica
“Quando vi Franz Liszt pela primeira vez eu tinha sete anos de idade e
já estava acostumada a ver os Espíritos dos chamados mortos. Eu estava num
quarto do andar de cima, de um velho casarão de Londres, onde ainda moro(...).Por
alguma razão, naquela manhã ele não disse quem era. Presumi que ele sabia que
eu eventualmente veria um retrato seu em algum lugar e o reconheceria(...).
Tudo o que disse, falando devagar por eu ser uma criança, foi que, quando
estivera neste mundo havia sido compositor e pianista. Disse ele: -“Quando você
crescer, eu voltarei e lhe transmitirei música. Foi muito claro. Uma simples
afirmação, sem sentenças complicadas, nem palavras difíceis, formulada para a
compreensão de uma criança”. Assim começa Rosemary Brown seu relato daquele fato ocorrido no longínquo
1923, reproduzido no livro SINFONIAS
INACABADAS (edigraf), publicado em
1973. O retorno de Liszt ocorreria em março de 1964, quando Rosemary contava 41
anos de idade. Aí começaram a se fazer presentes vários ícones da musica
erudita Além de Liszt - organizador do trabalho -, Chopin, Schubert, Beethoven,
Bach, Brahms, Schumann, Debussy, Grieg, Berlioz, Rachmaninoff, Monteverdi, se
serviram da médium para oferecer à nossa Dimensão algumas de suas composições
elaboradas no Plano Espiritual, possibilitando, em 1970, o lançamento do
primeiro disco vinil com oito peças selecionadas por produtores musicais da
renomada gravadora Polygram, sob o título COMPOSITORES
DO ALÉM. Rosemary reconhecia que “a comunicação nem sempre era fácil para
eles, havendo uma finalidade definida por detrás desse trabalho”. Afinal ela
não tinha uma educação musical muito abrangente como escreveu:-“Para
mim, naquele tempo, um par de sapatos novos tinha um significado maior do que
ingressos para um concerto de música clássica. Na realidade raramente sobrava
dinheiro para comprar sapatos, e, certamente nenhum para concertos”.
Para entendermos a razão desses fenômenos, alguns trechos de um texto escrito
pelo Espírito do musico e compositor Sir Donald Tovey, especialmente para ser
reproduzido na contra-capa do primeiro disco, podem ser úteis. Era o dia
primeiro de janeiro de 1970, Rosemary não conseguia conciliar o sono e o
Espírito se apresentou dizendo: -“Bem, uma vez que você não consegue dormir,
bem que podemos fazer algo”. Ela, um tanto relutantemente, levantou-se
da cama, vestiu um roupão, sentou-se e, entre outras coisas ele escreveu:-“..a
possibilidade de os compositores do passado ainda estarem vivos em Dimensões
diferentes da nossa, e esforçando-se para se comunicarem, não deve ser
rejeitada apressadamente(...). A Humanidade caminha atualmente para uma idade
de crescente emancipação de muitas de suas passadas limitações. As conquistas
técnicas e os progressos médico imprimem uma progressiva liberdade de várias
formas de opressão e males. O maior problema do homem é ainda ele mesmo e sua
posição relativamente ao seu semelhante.Para que se compreendessem melhor, deveria
conscientizar-se do fato de que ele não consiste meramente de uma forma
transitória, condenada à velhice e à morte. Tem uma alma imortal, abrigada num
corpo mortal, e é dotado de uma mente que independe do cérebro físico( na época, e, por
vários anos acreditava-se que a mente resultava do funcionamento do cérebro).
Ao comunicar-se através da música e da conversação, um grupo organizado de
compositores, que partiu deste seu mundo, está tentando estabelecer um preceito
para a Humanidade, ou seja, que a morte física é uma transição de um estado de
consciência a outro no qual conserva a sua individualidade. A compreensão deste
fato encaminhará o homem a uma visão interior da sua própria natureza e das
suas potencialidades supraterrestres. O conhecimento de que a encarnação(apesar da
realidade do Mundo Espiritual ser naturalmente aceita na Inglaterra, a ideia da
reencarnação, ainda não) no seu
mundo nada mais é do que um estágio da vida eterna do homem, promoverá atitudes
de maior amplitude de que as adotadas no presente e ensejarão uma visão mais
equilibrada acerca de todas as coisas”. Mais dois discos com músicas
recebidas mediunicamente por Rosemary foram lançados, respectivamente, em 1977
e 1988. Ela desencarnou em 2001, tendo marcado uma época com sua sensibilidade,
materializando peças como a que você pode ouvir clicando: http://www.youtube.com/watch?v=6h7P1yhMeN4
domingo, 28 de abril de 2013
A Prevenção Talvez Evitasse
Passava das 20:30 horas quando o interfone tocou. Do outro
lado, o porteiro do edifício, visivelmente alterado, perguntava se o filho da
dona do apartamento estava em casa. Ante a resposta afirmativa e a informação
que havia beijado os pais, minutos antes, desejando boa noite para ir dormir, a
insistência do interlocutor, por via das dúvidas, fez a mãe dirigir-se ao
quarto para confirmar. Encontrando o quarto vazio, voltou ao interfone, ouvindo
a sugestão para que descesse ao térreo, para, em meio à aflição e ansiedade, a
terrível constatação: o rapaz atirara-se do decimo oitavo andar do prédio,
estatelando-se no solo. Único filho de um casal bem sucedido e estável
profissionalmente, o adolescente de catorze anos, deixara um bilhete aos pais expressando seu
amor por eles, acrescentando que “este mundo” não era para ele. Investigações encontraram em seu
computador, mensagens trocadas com integrantes de um grupo social, com conteúdo
assustador dentro do que se poderia considerar normal. O pior é que no decorrer
da semana que se seguiu, outros três suicídios na mesma faixa etária foram
registrados na maior das metrópoles da América do Sul. Tais acontecimentos, por
sinal, tem aumentado sua incidência nos últimos meses, segundo estatísticas nem
sempre divulgadas. O interessante é que no numero de outubro de 1866, da REVISTA
ESPÍRITA, Allan Kardec reproduziu uma mensagem obtida pelo método de
sonambulismo, em abril daquele ano, através de dois médiuns identificados
apenas por iniciais, em que foi feita uma projeção e prognóstico dos
acontecimentos que marcariam os desdobramentos futuros da etapa de transição pela
qual passa o Planeta e seus habitantes. Em meio às previsões, dizem: “- E
como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios
multiplicando-se numa proporção incrível, inclusive em crianças”.
Tentando entender esse fato causador de tão lancinante dor moral no organismo
social, encontramos n’ O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, na nota à questão 685, uma pergunta lançada por Kardec, cuja
resposta pode ajudar a entender a razão destes acontecimentos: “-Quando se pensa na
massa de indivíduos, diariamente lançados na corrente da população, sem
princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das
consequências desastrosas desse fato?”. A predominância do materialismo, a voracidade
da sociedade de consumo; a falência, o descrédito e a falta de espiritualidade
das religiões, criaram a crise observável na estrutura fundamental dos
agrupamentos humanos: a família. Mesmo os seguidores do Espiritismo,
desconhecem o conteúdo específico de sua obra fundamental a respeito de
questões relacionadas à paternidade, maternidade, os elementos que não podem
ser esquecidos na formação das personalidades entregues a seus cuidados, na
condição de filhos. As Casas Espíritas e seus dirigentes enfatizam muito mais
temas distantes da educação moral fundamentada na lógica dos ensinos de Jesus,
ele mesmo apontado como o guia e modelo mais perfeito para nos inspirar os
passos. Sem investimentos na infância, não se terá um futuro melhor. Como escreveu o Espírito da Verdade, na resposta
à questão 800 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
“as
ideias se modificam pouco a pouco, com os indivíduos, e são necessárias
gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos”. Evidente que o poder
de influenciação dos meios – circunscritos
aos Centros Espíritas e algumas publicações - de divulgação espiritas ainda
é incipiente, em grande parte prejudicadas pelas dissimuladas disputas internas entre lideranças
que se outorgam a ilusória ideia de serem os detentores dos conhecimentos mais
precisos e acertados. Enquanto isso, campeiam avassaladoramente a violência e a
dor, que poderiam ser atenuadas ou evitadas, não fosse a ignorância sobre
conteúdos específicos da Terceira Revelação. E, nesse sentido, a propagação do
Espiritismo seria importante preventivo.
sábado, 20 de abril de 2013
A Volta de Frederic Chopin
“Declarou que, salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no
Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas
necessitadas de progresso, mas que tal acontecimento só se verificará do ano
2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar,
moralizar e sublimar as Artes. Não podia precisar a época exata. Só sabia que
será depois do ano 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por
Vitor Hugo, Espírito experiente e orientador, a quem se acha ligado por
afinidades espirituais seculares, capaz de executar missões dessa natureza”.
A curiosa revelação foi feita à respeitada médium Yvonne do Amaral Pereira, no
final dos anos 50 pelo próprio Espírito do celebre compositor que com ela mantinha
contato desde 1931, quando o viu pela primeira vez, na noite de 31 de junho,
acompanhando seu Espírito guia Charles. Chopin, como registrado pela história,
era polonês e morreu aos 39 anos, vítima da tuberculose em face da fragilidade
de sua saúde. Por sinal, no número da REVISTA
ESPÍRITA de maio de 1859, dez anos após sua morte, respondeu a doze
perguntas formuladas por Kardec em reunião da SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS, quando acompanhava o Espírito Mozart
que ditara recentemente o fragmento de uma sonata através de um médium chamado
Bryon-Dorgeval, que, por sua vez, havia submetido o trecho a vários artistas -
sem declinar sua autoria -, os quais reconheceram na peça o estilo de Mozart.
Entre as questões respondidas por Chopin, explica sua melancolia no Plano
Espiritual como sendo consequência da não realização da prova pela
qual renascera no início do Século 19, reconhecendo que com
sua inteligência poderia ter avançado mais do que avançou. Curioso
notar que nas oportunidades que pode estar espontaneamente diante dele
transcorrido mais de um século, a médium dona Yvonne, o via “pouco
expansivo e, geralmente, entristecido, embora afetuoso e discreto”. “-Uma única vez vimo-lo sorrir”, conta
ela no capítulo três do livro DEVASSANDO O INVISÍVEL (feb), de sua
autoria. Através de Charles, dona Yvonne soube que Frederic
Chopin “seria
a reencarnação do poeta romano Ovídio ( Públio Ovídio Naso,
poeta latino, fácil e brilhante, amigo de Vergílio e de Horácio, por volta de
43 A.C.) e do pintor italiano Rafael Sânzio ( pintor, escultor e arquiteto italiano, 1483-1520, cuja
genialidade reunia todas as qualidades: perfeição do desenho, vivacidade dos
movimentos, harmonia das linhas, delicadeza do colorido, tendo deixado grande
número de obras primas o que lhe valeu o reconhecimento como o poeta
da Pintura, assim como Ovídio foi considerado o músico da Poesia e Chopin,
o
poeta da Musica). Por depoimento do próprio Espírito de Chopin, à época
de um dos encontros havidos, ele, na Espiritualidade, se ocupava de um curso de
Medicina Psíquica, o que a impedia de visitar a Terra com mais frequência.
Sobre se, na próxima existência, não voltaria como artista, animado, perguntou “porque
não poderia aliar as duas qualidades, se os artistas, muitas vezes, não passam
de médiuns?”. O fato de não ter profanado as Artes nem cometido
quaisquer deslizes nesse setor, “não o impediriam”, acrescentado que,
“no
momento, o que o preocupava mais era o desejo de servir aos pequeninos e
sofredores, aos quais nunca protegera, já que em suas passadas
existências, apenas servira aos grandes da Terra e, na nova encarnação, “não
desejava nem mesmo auferir proventos monetários, pessoais, da Música”.
Quanto à confiabilidade das informações de Dona Yvonne, lembramos que o também
médium Chico Xavier a considerava uma das mais autênticas servidoras da causa
da iluminação humana com base no Espiritismo.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Os Primeiros Passos
No número de janeiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec responde
a uma pergunta cuja resposta certamente é procurada por muitos. A indagação
propõe a seguinte situação: “-Duas almas, criadas simples e ignorantes,
nem conhecem o bem, nem o mal, ao virem à Terra. Se, numa primeira existência,
uma seguir a via do bem e a outra, a do mal, como, de certo modo, é o casos que
as conduz, nem merecem expiação nem recompensa. Essa primeira encarnação não
deve ter servido senão para dar a cada uma delas a consciência de sua
existência, consciência que antes não tinham. Para ser lógico, seria preciso
admitir que as expiações e as recompensas não começariam a ser inflingidas ou
concedidas senão a partir da segunda encarnação, quando os Espíritos já
soubessem distinguir entre o Bem e o mal, experiência que lhes faltaria quando
de sua criação, mas que adquiriam por meio da primeira encarnação. Tal opinião
tem fundamento?”. Como consta n’ O
LIVRO DOS ESPÍRITOS, “o princípio
inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco, após o que sofre uma
transformação e se torna Espírito, começando para ele o período de Humanidade.
Essa primeira fase – embora existam exceções -, é geralmente cumprida numa
série de existências que precedem o período chamado humanidade, não sendo a
Terra o ponto de partida da primeira encarnação humana, iniciada em mundos ainda mais
inferiores”. .Dizem ainda que “como na natureza nada se faz de maneira
brusca, durante algumas gerações o Espírito pode conservar um reflexo mais ou
menos pronunciado do estado primitivo, traço que desaparece com o
desenvolvimento do livre arbítrio. Os primeiros progressos se realizam
lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguem uma
progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais
perfeita de si mesmo”. Esclarecendo
a dúvida levantada. Kardec escreveu: “- Ignoramos absolutamente em que condições se
dão as primeiras encarnações do Espírito(...). Apenas sabemos que são criados
simples e ignorantes, tendo todas, assim, o mesmo ponto de partida, o que é
conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre arbítrio só se desenvolve
pouco a pouco, após numerosas evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após
a primeira, nem após a segunda encarnação que a alma tem consciência bastante
nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a
centésima ou milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude
de suas faculdades nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos.
E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em
razão do desenvolvimento da inteligência. Assim, por exemplo, um selvagem que
come os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete
uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em
relação a nós e, contudo, já estão bem longe de seu ponto de partida. Durante
longos períodos a alma encarnada é submetida a influência exclusiva dos
instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em
instintos inteligentes ou, melhor dito, se equilibram com a inteligência; mais
trade, e sempre gradativamente, a inteligência
domina os instintos. Só então é que começa a séria responsabilidade. Além
disso, o autor da pergunta comete dois erros graves: o primeiro é o de admitir
que o acaso decida do bom ou do mau caminho que o Espírito segue em seu
princípio. Se houvesse acaso ou fatalidade, toda responsabilidade seria
injusta. Como dissemos, o Espírito fica num estado inconsciente durante
numerosas encarnações; a luz da inteligência só se faz pouco a pouco e a
responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com
conhecimento de causa. O segundo erro é o de admitir que as primeiras
encarnações ocorram na Terra. A Terra foi, mas não é mais, um mundo primitivo;
os mais atrasados seres humanos encontrados na sua superfície já se despojaram
das primeiras fraldas da encarnação e os nossos selvagens estão em progresso,
comparativamente ao que eram antes que seu Espírito viesse a encarnar neste
Globo. Julgue-se agora o número de existências necessárias a esses selvagens
para transporem todos os degraus que os separam da mais adiantada Civilização.
Todos esses degraus intermediários se acham na Terra sem
interrupção, e podem ser seguidos observando as nuanças que distinguem
os vários povos; só o começo e o fim aí não se encontram.; o começo se perde
nas profundezas do passado, que não nos é dado penetrar. Alias isto pouco
importa, pois tal conhecimento em nada nos adiantaria. Não somos perfeitos, eis
o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à
felicidade futura; assim, estudemo-nos, a fim de nos aperfeiçoarmos. No ponto em
que estamos, a inteligência está bastante desenvolvida para permitir ao homem
julgar sadiamente o bem e o mal; e é também deste ponto que a sua
responsabilidade é mais seriamente empenhada, porque não
mais se pode dizer o que dizia Jesus: “-Perdoai-lhes,
Senhor, pois não sabem o que fazem". ASSISTA AOS PEQUENOS DOCUMENTÁRIOS PRODUZIDOS PARA A DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO, CLICANDO QUAISQUER UM DOS LINKS ABAIXO DOS RESPECTIVOS TÍTULOS
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Aniversário
O dia 18 de abril nos faz lembrar o lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, por iniciativa
do professor Denizard Hippolitte Leon Rivail A história do livro começa
praticamente três anos antes, em 1854, quando, pela primeira vez, o educador
francês ouviu através de seu amigo Fortier, falar do fenômeno das mesas que
giravam e dançavam .Sua primeira reação foi meio que de descrença, embora tenha
imaginado que, talvez, tal fenômeno estivesse relacionado com o magnetismo
mesmeriano, o qual ele observava e estudava desde 1821, portanto desde
33 anos antes. No início do ano seguinte, um outro amigo, o senhor Carlotti,
lhe falaria sobre as mesmas ocorrências acrescentando que o referido fenômeno
das mesas girantes havia sido enriquecido com a fala, pois através de sinais
sonoros, respostas eram dadas a perguntas formuladas no ambiente em que se
davam as manifestações.Apesar da curiosidade que aumentara, o professor ainda
não se sentiu tentado a observar o fenômeno. Seu primeiro contato com os mesmos
só se daria em maio de 1855, após ter encontrado numa sessão de magnetização
dirigida pelo amigo Fortier, o Sr. Patier e a senhora Planemason que o
convidaram para outra reunião, onde poderia observar os fenômenos. Efetivamente,
no dia seguinte testemunhou os movimentos e respostas dadas pelos objetos
animados pela desconhecida e inteligente força, além de conhecer o Sr. Bodan,
que o convida à reunião semelhante em sua casa. Integrado a mesma, conhece as
filhas do seu anfitrião, duas adolescentes, Caroline e Julie, e através delas
começa a obter respostas lógicas e substanciais sobre os mais diversos assuntos
de fundo filosófico, científico, religioso e moral, cujo conteúdo não poderia
ser emanado das personalidades ainda em formação das duas moças. Nos próximos
meses, usando o método analítico (observando, refletindo, comparando,
estudando, criticando, ampliando e revendo os assuntos abordados), reuniu
material suficiente para organizar um livro, que antes de ser encaminhado para
a produção, foi minuciosamente revisado com o concurso de médiuns diferentes
daqueles através dos quais haviam sido obtidas as primeiras informações. No
início de 1857, procura amigos editores para mostrar o trabalho e a adesão para
sua publicação e, ante, as dificuldades encontradas, decide com recursos
próprios fazer publicar o trabalho. Entrega-o ao Sr. Dantu que, por sua vez,
encaminha os originais para uma tipografia a 20 km de Paris, porém, diante da
demora para a conclusão dos trabalhos, Denizard, ou Allan Kardec, procura se
inteirar das razões. Toma conhecimento
que o dono da tipografia havia desencarnado, e os herdeiros haviam como que
engavetado o livro. Kardec procura então a viúva do falecido, apresenta-lhe o
livro, seus objetivos e ela, após lê-lo, confortada em sua dor pelo conteúdo
espiritualmente elevado, envia uma recomendação aos filhos para que
urgenciassem a impressão daquele trabalho. Assim foi que na manhã de sábado, 18
de abril, Kardec segurava nas mãos os exemplares da primeira versão d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, contendo 501
perguntas e respostas agrupadas em três partes: DOUTRINA ESPÍRITA, LEIS MORAIS E
ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES, além de uma introdução e uma conclusão. A
formatação como é conhecida hoje surgiria três anos depois, em 1860, ampliada
para 1019 perguntas e respostas, divididas em quatro partes: “AS
CAUSAS PRIMÁRIAS”, “MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS”, “LEIS MORAIS” e
“ESPERANÇAS E CONSIDERAÇÕES” mais uma introdução e conclusão. E, embora
tenha provocado a repercussão nos primeiros anos após seu lançamento, na França
e em alguns países da Europa, a verdade é que “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” e o ESPIRITISMO
somente encontrariam campo para sua expansão acelerada no Brasil da segunda
metade do século XX. Sobretudo através do trabalho do médium Francisco Cândido
Xavier que depois da década de 70, após uma entrevista memorável no programa PINGA
FOGO, da extinta TV Tupi, tornou-se referência no campo da mediunidade
colocando sempre o Espiritismo como inspirador e responsável por seu trabalho. Sem
sombra de dúvida um livro que precisa ser cada vez mais divulgado, lido,
estudado e meditado por todos os seres humanos interessados em alcançar a
felicidade.
domingo, 14 de abril de 2013
Obstáculos à Verdade
“Quando nossos amigos médicos completaram o vedamento das menores frestas, de todas as aberturas, no consultório do nosso Waldo; depois que a médium dona Otília já estava com os pés e mãos atados e que os trabalhos foram iniciados, vi ao nosso lado o Espírito de Emmanuel. Então, ele se referiu que a nossa reunião lembrava aquele dia de Jerusalem quando os discípulos, de portas fechadas – conforme a palavra indiscutível do Evangelho -, receberam a visita de Nosso Senhor Jesus Cristo, plenamente materializado depois da crucificação. Disse, que guardadas as proporções - muito longe de querermos comparar a reunião apostólica - disse que o fenômeno da recorporificação do Cristo lembrava o da irmã Josefa e do nosso amigo Dr. Alberto Veloso que foram os Espíritos que se materializavam no consultório: um, na condição de mulher, porque a Irmã Josefa foi uma freira muito distinta, e o outro na condição de homem, o Dr. Veloso, que aparece à moda oriental. De modo que Emmanuel, após lembrar a materialização de Jesus, lembrou ainda que a religião do Espírito, sem o túmulo, a religião que não tem cadáver, é o Cristianismo, que o Espiritismo hoje está revivendo! O Cristianismo é uma religião sem cadáveres, pois começou com Jesus Cristo ressuscitado: foi o grande morto redivivo para demonstrar que não há morte. Emmanuel lembrou também o fenômeno do Tabor – vamos nos referir apenas ao Evangelho para dizer que as nossas religiões, as religiões nascidas do Cristianismo estão corretas na essência, porque elas cuidam da imortalidade da alma; se há algum assunto fora disso, não corre por conta do Evangelho; o Evangelho diz que quando Jesus subiu ao Tabor, diante dos discípulos, lá estavam Moisés e um outro varão devidamente materializados. Ora, é muito importante para nós, recordar que as grandes verdades da Antiguidade são as verdades modernas, por muito que queiramos traçar figurino para atividades de interpretação do mundo; acrescentou ainda o nosso benfeitor Emmanuel, cuja voz estou ouvindo desde o ano de 1931. Desde essa data, o Espírito de Emmanuel está cuidando de mostrar a raiz do Espiritismo no Evangelho de Jesus e a grandeza do Evangelho no Espiritismo como desdobramento um do outro. Porque toda a pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo transcorreu entre fenômenos mediúnicos: voz direta no dia do encontro de Jesus com João Batista; no dia de Pentecoste; quando os Apóstolos se sentiram com a missão de evangelizar; a materialização de Jesus depois da crucificação; a cura dos obsediados por Espíritos das trevas em túmulos; visões; etc (...). Nós não podemos esquecer estes assuntos! Não podemos querer afastar o problema espiritual da nossa vida por uma questão de fuga, de fuga à responsabilidade. Não podemos fugir da Verdade: a vida continua após a morte (...). Creio que se eu desencarnar, agora, levo uma alegria muito grande no meu coração por que tive a honra, e a felicidade, de ver dezenove médicos, homens de uma cultura profunda, homens de muita responsabilidade – juntos de uma pessoa tão insignificante como eu, que não sou nada, que sou apenas um pobre sertanejo de Minas Gerais, de curso primário -, ver esses homens, psiquiatras, cardiologistas, ginecologistas, cirurgiões, clínicos, todos da mais alta distinção, com esta coragem de não buscar fuga nenhuma, nem mesmo em nome de qualquer princípio ligado à Metapsíquica ou Parapsicologia, dois ramos da ciência que eu, como espírita, respeito imensamente, mas que a gente gostaria de ver o Espiritismo mais respeitado: queiramos, por exemplo, que a tese espírita recebesse mais apreço... Ver esses dezenove homens aceitarem a tese espírita, sentir que ela deva ser respeitada, pelo menos”. O comentário pertence ao médium Chico Xavier, testemunha das experiências levadas a efeito em Uberaba (MG), no início dos anos 60, sob a orientação do Espírito André Luiz contando com a presença de dezenove médicos convidados para pesquisar a mediunidade de efeitos físicos de Otília Diogo , de Andradas e Walter Rezende, através de quem materializaram-se os Espíritos citados. Tais experimentos foram frustrados após prolongada polêmica desencadeada por publicação de grande circulação na época, causando sérios prejuízos, sobretudo ao equilíbrio da médium, surpreendida tempos depois em práticas fraudolentas, no episódio preservado na história do Espiritismo no livro OTÍLIA DIOGO E A MATERIALIZAÇÃO DE UBERABA, de Jorge Rizzini, pela Edicel.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Influência Espiritual Em Nível Extremo
Na fase de Pedro Leopoldo (MG), Chico Xavier, nos anos 40
e 50,esteve cercado por reconhecidos intelectuais espíritas que puderam
absorver revelações impressionantes, muitas das quais guardadas para si, a pedido do
próprio médium. Entre eles, estava o Newton Boechat que ao longo de várias
existências recentes esteve ligado aos assuntos religiosos. Há registros de seu
envolvimento com as lutas da reforma em países europeus do século 18. Na
encarnação atual, contavam os que o conheceram, “sabia de cor capítulos
inteiros das Sagradas Escrituras”. Segundo o jornalista Luciano dos Anjos, “um
computador bíblico, programado no passado, e capaz de dar-nos, imediatamente, o
versículo exato da passagem evangélica, o versículo exato da passagem
evangélica que ao acaso se lhe suscitasse”. Algumas das suas memórias,
preservou em livros como IDE E PREGAI
e O ESPINHO DA INSATISFAÇÃO, ambos
publicados pela FEB. Do primeiro, destacamos um dos impressionantes casos
registrados na convivência com o amigo de Pedro Leopoldo. Conta ele: “Março de 1954. Centro Espírita Luiz Gonzaga. Segunda-feira, dezenove e trinta minutos. Chico
Xavier, recém-chegado, recebia pequeno grupo de confrades de fora e uma porção
de abraços. Pouco antes da sessão começar, naquela noite, ela entrou. Corpo
magro, sorriso sarcástico, afetação nos gestos, olhos revirados nas órbitas,
andar agitado, trajes berrantes, excesso de pintura. Dava-nos a ideia nítida de
estar fortemente obsidiada. De um dos braços pendia a bolsa vermelha, já gasta,
semiaberta, abarrotada de papelório, melhor, de receitas assinadas por respeitáveis
esculápios da Capital mineira. Olga, como a chamaremos, de quando em vez,
falando desconexamente, dava tapas violentos em seus próprios ombros magros e,
tudo isto, mesclado com citações incongruentes, ditas para piedade geral. Chico
Xavier aproximou-se da pobre moça. Consolou-a. Citou-lhe frases curtas de
estímulo espiritual, mas, ela, longe de perceber e muito menos, sentir, falava
continuamente e, agora, apanhava uma daquelas receitas que eram comentadas,
acompanhadas sempre e sempre de fortes palmadas nos ombros. “–Você pensa que eu falo com ela?” – perguntou-me
o médium. “-??”. “-Não, não. Estou
conversando diretamente com a entidade espiritual que a influência... Foi sua
avó, desprendida do corpo físico, há sete anos. Não preparada para a vida no “outro
lado”, presa, ainda, de acentuados desequilíbrios que alimentou, apoderou-se da
neta, por afinidade. A rigor, “COME-LHE O CALOR”.
Olga, escrava de seus caprichos, é lhe perfeita médium, devido à trajetória
idêntica que vem imprimindo à vida”. E concluiu: “-Vejo-a bem(referindo-se ao Ser desencarnado). Chama-se Mara J.B.. Vamos doutrina-la e, creio, com o processamento
da reunião desta noite, a neta cairá, ainda por momentos, em seu habitual
estado. É um caso categórico de obsessão, como os citados sobejamente na
literatura mediúnica. O certo é que ao principiar a reunião evangélico-doutrinária,
Olga aquietou-se, ouviu placidamente o comentário, desdobrado por inúmeros
oradores da noite. Acerquei-me dela, lá no saguão do Luiz Gonzaga. Conversamos
naturalmente. Disse ali estar, vez primeira, na esperança de conseguir um
bálsamo para o seu sofrimento. Não conhecia Chico, anteriormente. Sentia coisas
estranhas e era avassalada por “força desconhecida” que a LEVAVA A FAZER O QUE NÃO PODIA...E NÃO QUERIA. Desviava-a
para situações menos dignas, lidibinosas. Após, cessado o “assalto”, a “força” se
saciava, retirando-se, deixando-a aniquilada. E
desencantada sentia-se, depois de passar essa crise, ela mesma, com sua
lucidez. Mas, os momentos em que assim se sentia eram tão efêmeros. De ‘sopetão’, roendo-me a curiosidade, fiz
a pergunta: “-Como se chamava a sua avó?”.
“-Chamava-se....Já morreu. Era Mara J.B.(pronunciou pausadamente o nome por
inteiro da entidade de além-túmulo anteriormente registrada pela mediunidade do
Chico). Fenômeno curioso!. O
vampirismo além da vida! Tal avó, tal neta!. Uma, sustentáculo da outra,
carregando o mesmo fardo, a mesma viciação mental!.. Julho de 1955..Um dia de
Sol.Galeria...,casa de lanches finos, Av Afonso Pena, Belo Horizonte. Parado à
porta, eu observava interessante movimentação de automóveis ao longe, vendo até
que ponto chegava a perícia de um motorista, quando... “-Vem!Vem!”. Era a Olga!. Transtornada, com as mesmas manias e,
com ela, pelos sintomas, em torturada influenciação, a avó desencarnada!. Nem
me reconhecera a moça, nem se lembrava de mim. O Ser invisível obumbrava-lhe,
uma vez mais, a consciência... Queria perpetuar o seu domínio!. E lá se foi,
outra vez, passos largos, bolsinha a tiracolo, agitada, afetada, chamando a
atenção dos homens”. ACESSE QUALQUER UM DOS LINKS DESTE BLOG E MERGULHE UM POUCO MAIS NO UNIVERSO DA INFORMAÇÃO ESPÍRITA. BASTA UM CLIQUE!
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Ainda o Grave Problema das Influências Espirituais
Comprovada a influência dos Espíritos em
nossos pensamentos e atos como revelado na questão 459 d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
considerando o dado fornecido por André
Luiz na obra psicografada EVOLUÇÃO EM
DOIS MUNDOS (1959,feb) que dois terços dos 20
bilhões de Espíritos que habitam as diferentes Dimensões Espirituais ( Universos Paralelos) existentes
ao redor do Planeta ainda se mantem presos às realidades das quais se afastaram
pelo inevitável problema da morte física, bem como, os perfis dos Espíritos
Imperfeitos traçados no Capítulo Primeiro do Livro Segundo da obra
base do Espiritismo, tornam-se
compreensíveis muitos fenômenos observados na vida em sociedade. Ainda na série de artigos desenvolvidos em
vários números da REVISTA ESPÍRITA
por Allan Kardec, alguns dos quais compilados por companheiros da União Espírita
Belga com a concordância do próprio Codificador, em mensagem mediúnica datada
de 6 de setembro de 1950, no livro A
OBSESSÃO (1974, clarim), encontramos outros elementos interessantes para
nosso aprendizado e reflexões: 1- Os Espíritos inferiores ainda se acham sob a
influência da matéria, entre eles se encontrando todos os vícios e paixões da
Humanidade, paixões que eles carregam ao deixar a Terra e trazem ao se
reencarnarem, desde que se não emendaram, o que produz os homens perversos. 2- Prova a experiência que são sensuais de diversas categorias, obscenos,
lascivos, satisfeitos com os lugares baixos, impelindo e excitando à orgia e ao
deboche, a cuja vista se repastam. 3- Há
certos tipos de obsessões que não deixam dúvidas quanto à qualidade dos
Espíritos que as produzem. 4- Quando se estudam as várias impressões
corporais e os contatos sensíveis por vezes produzidos por certos Espíritos;
quando se conhecem os gostos e as tendências de alguns deles; e se por outro lado, se examina o caráter de certos fenômenos histéricos, pergunta-se se não
representariam um papel nessa afecção, como representam na loucura obsessional?
Uma das situações analisadas por Kardec
no que concerne ao tema influência espiritual ou obsessão
é a chamada obsessão coletiva. Parte de um caso real havido numa localidade
chamada Morzine em que um grupo de mulheres ali residentes foi
sendo envolvido progressivamente num
processo de perturbação que se arrastou por vários meses, no ano de 1857. Houve
o registro de apenas um homem no processo, por sinal, a única vítima fatal. Por
extensão, associando-se as características com fatos contemporâneos, fica claro
como episódios de violências coletivas tornam-se realidade em nosso Plano Existencial:
suicídios
coletivos; criaturas humanas, jovens e adultos capazes de revestir
o próprio corpo de explosivos em nome de promessas absurdas para
atender a interesses político-religiosos; brigas entre torcidas organizadas; violências
sexuais perpetradas em grupo tão comuns nos dias atuais; programas
de televisão em que a sensualidade excita e instiga a vivência mais
primitiva e irresponsável do sexo, entre outras. Basta um líder com a capacidade de convencimento; um escritor com habilidade para concatenar ideias. São “presas” fáceis para entidades em que a predominância
da matéria sobre o Espírito se revela, a propensão ao mal, a
ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhe seguem.
Veem a felicidade dos bons e essa visão é para eles um tormento incessante, por
que lhes faz provar as angústias da inveja e do ciúme. Fenômenos perturbadores
que impactam, semeando a dor, a insegurança, a descrença. Como diz a sabedoria
dos ditos populares, “semelhantes se atraem”, individual e
coletivamente. Sem o empecilho das barreiras vibratórias que separam os
diferentes Planos e Sub-planos níveis e sub-níveis existenciais. Graças à sintonia mental. Agora se sabe. CONHEÇA AS VARIADAS OPÇÕES DE ACESSO AO CONHECIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA CLICANDO QUALQUER UM DOS LINKS SUGERIDOS NESTE BLOG. UMA FORMA INTERESSANTE DE PENETRAR NO FASCINANTE MUNDO REVELADO PELO ESPIRITISMO
sexta-feira, 5 de abril de 2013
O Grave Problema Das Influências Espirituais
Naturalmente, a resposta à questão 459 – os Espíritos
influenciam em vossos pensamentos e atos muito mais que imaginais e, invariavelmente
são eles que vos conduzem -, d’O
LIVRO DOS ESPÍRITOS, abriu caminho para diversas reflexões e deduções de
Allan Kardec, posteriormente referendadas pela Equipe Espiritual que o
assessorava ou confirmadas pelos inúmeros relatos a ele enviados por leitores e
correspondentes de várias partes da Europa e Norte da África. Tal revelação
possibilita a compreensão de muitos fatos observados ao longo da História da
Humanidade. Em 1969, o erudito espírita Wallace Leal Rodrigues assinou o
prefácio de obra por ele traduzida do original organizado pela União Espírita
da Bélgica intitulada A OBSESSÃO (clarim),
segundo consta na folha de rosto, impressa em francês com a aprovação do próprio
Espírito de Allan Kardec em comunicação datada de seis de setembro de 1950. O
livro consiste numa compilação de artigos publicados ao longo de vários anos
nos números da REVISTA ESPÍRITA,
abordando vários aspectos do fenômeno a que todos estamos expostos. Compulsando-lhe
as páginas, recolhemos alguns dados interessantes que reproduziremos a seguir
para ampliação do nosso entendimento do problema: 1- O
homem que vive em meio ao Mundo Invisível está incessantemente submetido a
essas influências, do mesmo modo que às da atmosfera que respira. 2-
Essas influências se traduzem por efeitos morais e fisiológicos, dos quais não se dá
conta e que, frequentemente, atribui a causas inteiramente contrárias. 3- Essas influências diferem, naturalmente,
segundo as boas ou más qualidades do Espírito. Se ele for bom e benevolente, a influência
será agradável e salutar; como as carícias de uma terna mãe, que toma o filho
nos braços. Se for mau e perverso, será dura, penosa, de ânsia e por vezes
perversa: não abraça – constringe. 4- Vivemos
num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos
ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais,
mas em cujo meio o homem sempre conserva o seu livre arbítrio, atributo
essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. 5- Isto é inteiramente independente da
faculdade mediúnica, tal qual esta é vulgarmente compreendida. 6- Estando a ação do Mundo Invisível, na ordem
das coisas naturais, ele se exerce sobre o homem, abstração feita de qualquer
conhecimento espírita. Estamos a ela submetidos como o estamos à ação da
eletricidade atmosférica, mesmo sem saber Física, como ficamos doentes, sem
conhecer Medicina. 7- Assim
como a Física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas
doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a dos fenômenos devidos às
influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, perecerá
inexplicável. 8- A
ação dos maus Espíritos, sobre as criaturas que influenciam, apresenta nuanças
de intensidade e duração extremamente vaiadas, conforme o grau de malignidade e
de perversidade do Espírito e, também, de acordo com o estado moral da pessoa,
que lhe dá acesso mais ou menos fácil. Por vezes, tal ação é temporária e acidental,
mais maliciosa e desagradável que perigosa. 9- A
mediunidade é o meio direto de observação. O médium – permitam-nos a comparação
– é o instrumento de laboratório pelo qual a ação do mundo invisível se traduz
de maneira patente. E, pela facilidade oferecida de repetição das experiências,
permite-nos estudar o modo e as nuanças desta ação. Destes estudos e
observações nasceu a ciência espírita. 10-
Todo individuo que,
desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium.
Por isso pode dizer-se que todo mundo é médium. Mas, é pela mediunidade efetiva, consciente
e facultativa, que se chegou a constatar a existência do Mundo Invisível e,
pela diversidade das manifestações obtidas ou provocadas, que foi possível
esclarecer a qualidade dos seres que o compõem e o papel que representam na
natureza. O médium fez
pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo Mundo dos infinitamente
pequenos”.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Revelações
Dois de abril assinala a data do início da mais recente
encarnação do Espírito identificado como Francisco Cândido Xavier. Reconduzido
pela Espiritualidade à nossa Dimensão, deveria, juntamente com velho conhecido
de outras Eras - o Espírito Emmanuel -, dar sua contribuição para a expansão
das ideias enfeixadas sob a denominação Espiritismo pelo educador francês
oculto no pseudônimo Allan Kardec, a partir de meados do Século Dezenove. Pelo
histórico possível de ser acessado por qualquer pesquisador, restrições físicas
e econômicas, foram a tônica da caminhada de Chico por mais de nove décadas. Em
diálogo informal mantido com amigos ainda na fase de Pedro Leopoldo, provavelmente aí pelo fim da década de
quarenta do Século Vinte, reproduzido parcialmente no capítulo 78, do livro RECORDAÇÕES DA CHICO XAVIER (lake,1974),
escrito por R.A.Ranieri, teria dito: “-Eu, por exemplo, é a primeira reencarnação
de homem que tenho. A Espiritualidade Superior, quando eu fui reencarnar,
estava preocupada com isso, achava que eu poderia fracassar... Há uma linha de
reencarnação, acredito, da qual é muito difícil escapar. O Espírito precisa se
preparar para isso”. Recolhendo outros fragmentos, pode-se recompor
parte da trajetória evolutiva deste Espírito no nosso planeta. Parte,
destaca-se de uma obra de 2006, onde o jornalista Carlos Alberto Braga Costa
ouviu durante algumas semanas Arnaldo Rocha que de outubro de 1946 a 1958,
privou de forma quase diária da intimidade de Chico, em Pedro Leopoldo. Desses
encontros organizou o livro CHICO, DIÁLOGOS E RECORDAÇÕES (uem,2006). A partir
dali, de forma sintética, temos uma visão da cronologia de algumas encarnações
de Chico. Segundo relato na página 108, “o próprio Chico relatou-nos sobre seus
primeiros passos aqui na Terra, revelados a ele pela Espiritualidade Amiga.
Esses passos tiveram seu início no Egito Antigo, quando ele fora a faraó
Hatshepsut, personagem do livro ROMANCE
DE UMA RAINHA (feb) , de J.W.Rochester, pela médium Wera Krijanovski. Foi a
primeira faraó mulher, soberana do Alto e Baixo Egito, herdeira de Tuthmósis I,
aí pelo Século Dezesseis A.C. O próximo registro nos leva ao Século Nove A.C.,
também no Egito, onde sua identidade era Chams, ligada à nobreza, personagem do
livro SEMÍRAMIS (lake), de Camilo
Chaves. Retorna no Século Sete A.C., citada como uma adolescente médium,
encaminhada ao Templo de Apolo, por um tio, o Emmanuel do Século Vinte. Depois,
Flávia, no Século Primeiro, filha de Publio Lêntulos, do livro HÁ DOIS MIL ANOS (feb). Ressurge como
Lívia, filha adotiva de Basílio, do AVE
CRISTO (feb). Reaparece como Clara, ligada à família Buillon, citada no
capítulo Revendo o Passado do livro MEIMEI
– VIDA E MENSAGEM (clarim). Renasce como Joana de Aragão e Castela, filha
do Rei Fernando e Isabel, patrocinadores de Cristóvão Colombo, no Século
Dezesseis. Em regressão de memória descrita no livro O ESPINHO DA INSATISFAÇÃO (feb), de Newton Boechat, testemunhou a
fatídica Noite de São Bartolomeu na condição de uma adolescente protegida pela
Duquesa de Nemours, conselheira da Rainha Catarina de Médicis. Ainda na França
do Século Dezoito, renasceu Jeanne D’Arencourt, criada de uma Duquesa de Arras,
ligada à corte de Luiz XV, conforme revelado na obra UM AMOR, MUITAS VIDAS (lachatre), de Jorge Damas sobre a vida de
Cesar Burnier que revela o mesmo fato em EU
FUI CAMILLE DEMOULINS (lachatre), de Hermínio Correia de Miranda. Por fim,
no Século Dezenove, teria vivido na Espanha, em Barcelona, até 1880, com o nome
Dolores Del Sarte Hurquesa Hernandes, casada como um vinhateiro chamado Pablo
Hernandes. Essa encarnação na Espanha, envolveu outros personagens próximos a
ele na existência do Século XX, como se pode depreender na leitura de carta de
próprio punho de primeiro de dezembro de 1966 (paginas 236/ 243), inserida no
importante livro CHICO XAVIER – LUZ EM
NOSSAS VIDAS (ceu), de Nena Galves, em que Chico externa seus anseios de
retornar às terras da Península Ibérica, onde estivera na tarefa empreendida
naquele ano na Europa, a convite de espíritas do Velho Continente. APRIMORE SEU CONHECIMENTOS SOBRE A VISÃO ESPÍRITA SOBRE DIVERSOS ASSUNTOS, ACESSANDO QUALQUER UM DOS LINKS DESTE BLOG. BASTA UM CLIQUE E VOCÊ VIAJA PELOS CAMINHOS TRAÇADOS PELA ESPIRITUALIDADE
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