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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

ANJO DA GUARDA: A VISÃO DO ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Várias gerações influenciadas por ensinos religiosos se formaram acreditando na existência do Anjo da Guarda, o personagem capaz de proteger-nos ou livrar-nos de perigos eminentes ou atitudes de consequências imprevisíveis. Seria apenas uma fantasia ou ficção? No número de janeiro de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz mensagem espontânea assinada conjuntamente pelos Espíritos São Luiz e Santo Agostinho, oferecendo dados importantes para nossa reflexão sobre o tema. Indagam: -“Pensar que tendes sempre junto a vós seres que vos são superiores, que aí estão sempre para vos aconselhar, sustentar, ajudar a subir a áspera montanha do Bem, que são os amigos mais certos e mais delicados que as mais íntimas ligações que possais estabelecer nesta Terra, não é uma ideia consoladora?”, acrescentando: -“Estes seres aí estão por ordem de Deus; foi ele que os pôs ao vosso lado; aí se acham por amor a Ele e junto a vós realizam bela e penosa missão. Sim; onde quer que estejais, estarão convosco: os calabouços, os hospitais, os lugares de deboche, a solidão, nada vos separa destes amigos que não vedes, mas cujos suaves impulsos vossa alma sente, como escuta os sábios conselhos”. Em outro trecho afirmam: - “Cada Anjo da Guarda tem o seu protegido, sobre o qual vela, como um pai sobre o filho; é feliz quando o vê seguir o bom caminho e sofre quando seus conselhos são desprezados”. Meses depois, a versão definitiva d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS dedicaria trinta e três perguntas ao assunto, disponibilizando mais elementos para ampliar nosso entendimento, inserindo a referida mensagem como um adendo à questão 495. Dentre eles, destacamos: 1- Trata-se de um Espírito protetor de uma ordem elevada; 2- Acompanha seu tutelado do o nascimento até a morte, frequentemente o seguindo depois dela, na vida espiritual, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas, consideradas fases bem curtas na vida do Espírito; 3- Para o protetor é, às vezes, um prazer, noutras uma missão ou um dever; 4- Em caso de deixar sua posição para cumprir diversas missões, são substituídos; 5- Afasta-se quando vê que seus conselhos são inúteis pela vontade mais forte do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, não o abandonando completamente, sempre se fazendo ouvir, voltando logo que chamado; 6- Jamais fazem o mal, deixando que o façam os que lhe tomam o lugar; 7- Quando deixa seu protegido se extraviar na vida, não é por incompetência sua, mas porque ele não o quer, saindo seu protegido mais instruído e perfeito, assistindo-o, porém, com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, infelizmente nem sempre ouvidos; 8- Há circunstâncias em que a presença do Espírito protetor não é necessária; 9- Sua ação não é ostensiva pelo fato de que se o fosse o protegido não agiria por si mesmos e não progrediria, visto necessitar da experiência, exercitar suas forças, sendo a ação dos Bons Espíritos efetuada de forma a lhe deixar o livre arbítrio; 10- Quando vê seu protegido seguir o mau caminho, sofre com seus erros e os lamenta mas essa aflição nada tem das angústias da paternidade terrena, porque ele sabe que há remédio para o mal, e que o que hoje não se fez, amanhã se fará. Em nota, Allan Kardec, comenta: Dessas explicações e das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se ligam ao homem podemos deduzir o seguinte: 1- O Espírito Protetor, anjo da guarda ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o homem na vida e o ajudar a progredir, sendo sempre de natureza superior à do protegido; 2- Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por meio de laços mais ou menos duráveis, com o fim de ajuda-las na medida de seu poder., frequentemente bastante limitado, sendo bons, mas às vezes pouco adiantados.




É compreensível o mandamento de Jesus que diz que não devemos julgar o próximo. Mas parece que essa regra não funciona nos dias de hoje. Vemos homens corruptos e violentos, principalmente na política, e não sabemos mais em quem podemos confiar. Aqueles, que hoje acusam, amanhã acabam sendo acusados dos mesmos atos que condenaram. Por isso que digo que é compreensível o que Jesus ensinou, mas se não houver uma ação enérgica contra os maus, logo todo mundo vai ser vítima deles. (Anônimo)


Quando Jesus diz para “não julgar”, ele está se referindo ao julgamento moral, certamente; àquela fraqueza que temos em fazer mau juízo dos outros e sair espalhando por aí seus defeitos, como se nós mesmos não tivéssemos defeito algum. Não é isso que nos acontece sempre? Somos rápidos em julgar os outros, mas talvez muito mais rápidos em nos defender quando alguém nos aponta um erro, não é mesmo? A colocação de Jesus foi muito clara: “Como é que vês o cisco, que está no olho de teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave de teu olho para depois tirares o cisco que está no olho de teu irmão”.


Em nossa vida pessoal, de todos os dias, deveríamos adotar esse princípio, que é fundamental para que possamos conviver bem com o semelhante e – mais do que isso – para que possamos estar bem conosco mesmos. Entretanto, essa colocação de Jesus, de forma alguma, invalida a crítica. Aliás, existem dois tipos de crítica: a crítica ferina, mordaz, mau intencionada, que só serve para rebaixar, humilhar ou tornar uma pessoa desacreditada, e a crítica construtiva, elevada, que tem por objetivo esclarecer, ajudar e até proteger.


Jesus, embora sempre se mostrasse indulgente para com as fraquezas dos outros, chegando a perdoar os próprios agressores antes de morrer na cruz, não usou de meias palavras para criticar os fariseus. Ele condenou suas atitudes em relação ao povo, a quem enganava e explorava em nome de Deus. Neste sentido, Jesus também alertava o povo em relação aos perigos que corria, e chegou a dizer ensinar os discípulos a terem muito cuidado com aqueles que exploram a fé das pessoas mais simples para tirarem vantagem.


A Doutrina Espírita procura seguir os ensinamentos de Jesus em relação à utilização da crítica. Existem, de fato, a crítica construtiva e a crítica destrutiva. No capítulo 10 de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, itens 19 a 21, Kardec formula algumas perguntas para esclarecer esse ponto. Ele pergunta se nunca não devemos repreender o próximo, e São Luiz responde que tudo depende da intenção ou do sentimento de quem faz a crítica: se for para o bem, a crítica é válida. Diz mais, que a censura só deve existir quando ela traz prejuízo aos outros. Neste caso, ela não é só um direito, mas um dever.


Entretanto, mais do que criticar, todos precisamos ser criticados, quando estamos errados ou quando estamos agindo com segundas intenções. A crítica, neste caso, funciona como um instrumento de controle social e também para nos ajudar a descobrir nossos próprios defeitos. Com certeza, se nós recebêssemos elogios e se nossos erros jamais fossem apontados, não teríamos como progredir moralmente. Assim, devemos ser indulgentes na crítica que fazemos - agir com equilíbrios e bons propósitos; e devemos ser tolerantes na crítica que recebemos, aprendendo a nos corrigir para melhorar.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O QUE TODOS QUEREM SABER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Convivendo com fatos relacionados ao Mundo Espiritual, natural que se queira mais informações sobre essa realidade invisível ao sentido da visão de que somos dotados. Paulatinamente, desde o surgimento do Espiritismo várias entidades desencarnadas, através de inúmeros médiuns, tem transferido para nossa Dimensão informes tão precisos quanto possível, até pelas restrições de nosso vocabulário para definir e explicar coisas para que ainda não temos palavras. Um deles operoso trabalhador na seara espírita de Belo Horizonte (MG), desencarnado em 1953. Pouco depois, manifestou-se por intermédio de Chico Xavier durante reunião havida no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na noite de 7 de outubro de 1954. Seu nome Efigênio Victor que, enquanto encarnado, funcionou como médium em duas Casas Espíritas da capital mineira. Comentando que alimentou por anos tal curiosidade, recém chegado ao outro Plano, sua primeira comunicação mediúnica não poderia falar de outra coisa que não fosse suas impressões sobre a Vida no chamado Além. Tentando explicar o que fosse possível, diz o Espírito: -“Operamos aqui em bases de matéria noutra modalidade vibratória. Possuímos nossa sede de trabalho em Cidade Espiritual, que se localiza nas regiões superiores da Terra ou, mais propriamente, nas regiões inferiores do Céu. Gradativamente, a Humanidade compreenderá, com dados científicos e positivos, que há no Planeta outras faixas de vida. Na elucidativa mensagem repassada psicofonicamente através de Chico Xavier, Efigênio, a certo trecho diz: -“Acima da crosta terrestre comum, temos uma cinta atmosférica que classificamos por ‘cinta densa’, com a profundidade aproximada de 50 quilômetros e, além dela, possuímos a ‘cinta leve’, com a profundidade aproximada de 950 quilômetros, somando 1000 quilômetros acima da Esfera em que os encarnados respiram. Nesse grande mundo aéreo, encontramos múltiplos exemplares de almas desencarnadas, junto de variadas espécies de criaturas sub-humanas, em desenvolvimento mental no rumo da Humanidade.”. Quase vinte anos antes, o Espírito daquela que foi mãe de Chico Xavier, Maria João de Deus no livro CARTAS DE UMA MORTA (lake), revelou: -““A Terra é o centro, isto é, a sede de grande número de Esferas Espirituais que a rodeiam de maneira concêntrica. Não posso precisar o número dessas esferas, porque elas se alongam até um limite que a minha compreensão, por enquanto, não pode alcançar. Acrescentou também: -“Quanto mais evoluído o Ser, mais elevada será sua habitação, até alcançar o ponto em que essas Esferas se interpenetram com as de outros mundos mais perfeitos”. (...).Temos casas, pássaros, animais, reuniões, institutos como os das famílias terrenas, onde se agrupam os Espíritos através das mais santas afinidades”. Mais à frente, o Espírito André Luiz reproduz no livro OS MENSAGEIROS (1944; feb), uma informação do Instrutor Aniceto de que “há, porém, outros Mundos Sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas Esferas que se interpenetram.  Cada uma dessas divisões compreende outras, conforme asseguram os Espíritos, distinguindo-se por vibrações distintas que se apuram à medida que se afastam do núcleo. Os que estão acima podem transitar pelas esferas que lhe estão abaixo; os que estão nas Esferas Inferiores não podem, sozinhos, passar para as Esferas Superiores”. Se cortarmos uma cebola ao meio, teremos uma ideia de como se superpõem e interpenetram essas Esferas, Planos e Sub-Planos”.




Uma coisa, que não concordo com os espíritas, é que eles querem aceitar algumas coisas da Bíblia Sagrada e não querem aceitar outras. Mas, se a Bíblia é a palavra de Deus, se tudo que está escrito lá foi inspiração divina, ou ela é aceita ou não é; não existe meio termo... (comentário de um anônimo)


O que é uma coisa sagrada, caro ouvinte? Do ponto de vista das religiões, sagrado é tudo o que provém de Deus e não do homem, portanto é divino e não humano. Sendo divino, não pode ser tocado, muito menos alterado ou sujeito a interpretações, porque tudo o que vem de Deus, como Ele, deve ser absoluto, entendido de uma única maneira e, portanto, deve ser aceito como está escrito. A maioria dos livros sagrados surgiram na antiguidade, há milênios, e são muitos. Não é só a Bíblia, que é considerada sagrada. Na verdade, cada povo da antiguidade tinha seus objetos sagrados, mas o que era sagrado para um não era para outro.


Cada povo, cada cultura diferente, tinha suas crenças, conforme seu entendimento da natureza, e sobre essas crenças criou sua religião, seus cultos, seus objetos sagrados, inclusive os livros – se bem que os livros da antiguidade, porque naquela época não havia papel e nem imprensa, nada tinham a ver com os livros de hoje. Por exemplo: para os antigos egípcios, o livro sagrado era “O Livro dos Mortos”, para os hindus o “Vedas”, para os mulçumanos o “Alcorão”, e assim por diante.


O caminhar da humanidade se deu através de milênios e na antiguidade os conhecimentos e a visão de vida eram muito diferentes de hoje. Basta dizer que, por milênios, a religião – fosse ela qual fosse, no oriente ou no ocidente – era quem determinava a verdade, que se fazia obedecer e não admitia ser contrariada, pois não havia outro campo de conhecimento que pudesse competir com ela. Ainda não existia a ciência. Foi a infância da humanidade, onde o mundo era visto de uma forma fantástica e as crenças e as superstições espalhavam com muita facilidade.


Os livros antigos, que nos trouxeram muitas informações dos fatos e das culturas antigas, misturam realidade com fantasia; não porque o homem quisesse mentir, mas porque era assim que ele via o mundo. Por isso, quando abrimos a Bíblia, vamos encontrar, principalmente nos primeiros livros, uma história fantástica, onde tudo acontecia de forma mágica ou miraculosa – coisas que, evidentemente, não mais verificamos em nossos dias. Não é que elas aconteceram e agora não acontecem mais, mas, sim, porque, naqueles tempos o homem interpretava os fenômenos da vida de uma forma ingênua, assim como uma criança vê os encantamentos do mundo.


A Doutrina Espírita tem um grande respeito por todos os livros considerados sagrados, mas especialmente pela Bíblia, pois admira o caminhar do povo hebreu, que abriu para o mundo uma grande perspectiva, do ponto de vista religioso. No entanto, a Bíblia é a reunião de textos muitos antigos que procuram passar para a posterioridade a história de um povo. Como os hebreus eram um povo muito religioso, não dá para separar a sua história social e política de sua história religiosa, porque elas acontecem simultaneamente. Mas é impossível estudar a Bíblia, sem encontrar inconsistência e contradições. Qualquer de bom senso, ao lê-la, deve separar a realidade do mito, que é o que procuramos fazer.


Para a Doutrina Espírita, o principal desses textos são os ensinamentos de Jesus, que veio depois de grande profetas. Jesus, que não foi aceito pelos judeus (embora ele próprio fosse judeu) rompeu com a tradição milenar para ensinar coisas novas, preocupando-se com a problemática da convivência, do respeito humano, do amor ao próximo e passando aos homens de seu tempo a idéia da imortalidade e uma nova concepção de Deus. Vemos na Bíblia, portanto, um caminhar de séculos e séculos, em que o pensamento daquele povo veio de modificando, principalmente pelas influências religiosas que sofreram de diversos povos.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

EXPIAÇÃO E PROVA-DIRIMINDO DÚVIDAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Expositores, facilitadores, palestrantes costumam comentar o tema Expiação e Provas de uma forma diferente da comentada por Allan Kardec respondendo a indagação de seguidor do Espiritismo nascida em seu grupo de estudos na cidade de Moulllins, interior da França, sobre a Expiação ocorrer ou não durante a encarnação dos Espíritos, apoiando-se na expressão empregada em muitas comunicações. É na seção Questões e Problemas do número de setembro de 1863 da REVISTA ESPÍRITA, que se ocupa dos argumentos do consulente que se vale de “várias comunicações, dadas por Espíritos diferentes, qualificando indistintamente as expiações e as provas, males e tribulações que formam o quinhão de cada um de nós, durante a encarnação na Terra. Resulta - segundo ele -, nesta aplicação de duas palavras, muito diversas da significação, a uma mesma ideia, certa confusão, sem dúvida pouco importante para os Espíritos desmaterializados, mas que, entre os encarnados, dá lugar a discussões, que seria interessante fazer cessar por uma definição clara e precisa e explicações fornecidas pelos Espíritos Superiores, e que fixasse, de modo irrevogável, este ponto da Doutrina”. Opina Allan Kardec: -“A distinção estabelecida pelo autor da nota, entre o caráter da expiação e o das provas é perfeitamente justa. Contudo não poderíamos partilhar de sua opinião no que concerne à aplicação desta teoria à situação do homem na Terra. A expiação implica necessariamente a ideia de um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falta cometida; a prova implica sempre a de uma inferioridade real ou presumível, porque o que chegou ao ponto culminante a que aspira, não mais necessita de provas. Em certos casos, a prova se confunde, com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente. O candidato que se apresenta para receber uma graduação, passa por uma prova. Se falhar, terá que recomeçar um trabalho penoso; esse novo trabalho é a punição da negligência no primeiro; a segunda prova é, assim, uma expiação. Para o condenado a quem se faz esperar um abrandamento ou uma comutação, se se conduzir bem, a pena é ao mesmo tempo uma expiação por sua falta, e uma prova para sua sorte futura. Se, à sua saída da prisão, não estiver melhor, sua prova é nula e um novo castigo conduzirá a uma nova prova. Agora, se considerarmos o homem sobre a Terra, vemos que ele aí suporta males de toda sorte e, por vezes, cruéia. Esses matles tem uma causa. Ora, a menos que se os atribua a um capricho do Criador, é-se forçado a admitir que a causa esteja em nós mesmos, e que as misérias que experimentamos não podem ser resultado de nossas virtudes. Então tem sua fonte nas nossas imperfeições. Se um Espírito encarnar-se na Terra em meio à fortuna, as honras e todos os prazeres materiais, poder-se-á dizer que sofre a prova do arrastamento; para o que cai na desgraça por sua conduta ou sua imprevidência, é a expiação de suas faltas atuais e pode-se dizer que é punidopor onde pecou. Mas que dizer daquele que, após o nascimento, está a braços com as necessidades e as privações, que arrasta uma existência miserável e sem esperança de melhora, que sucumbe ao peso de enfermidades congênitas, sem ter ostensivamente nada feito para merecer tal sorte? Quer seja uma prova, quer uma expiação, a posição não é menos penosa e não seria mais justa do ponto de vista do nosso correspondente, porque se o homem não se lembra da falta, também não se lembra de haver escolhido a prova. Assim, há que buscar alhures a solução da questão. Como todo efeito em uma causa, as misérias humanas são efeitos que devem ter a sua; se esta não estiver na vida atual, deve estar numa vida anterior. Além disso, admitindo-se a Justiça de Deus, tais efeitos devem ter uma relação mais ou menos íntima com os atos precedentes, dos quais são, ao mesmo tempo, castigo para o passado e prova para o futuro. São expiações no sentido de que são consequência de uma falta e provas em relação ao proveito delas tirado. Diz-nos a razão que Deus não pode ferir um inocente. Assim, se formos feridos e se não somos inocentes o mal que sentimos é o castigo, a expiação, a maneira porque o suportamos é a prova. (...). Em resumo, se certas situações da vida humana tem, mais particularmente, o caráter de provas, outras, incontestavelmente, tem o de expiação, e toda expiação pode servir de prova”.




Quero saber se é possível uma comunicação espiritual com uma pessoa da família que faleceu recentemente. (Claudine Maria)



Possível é, mas ninguém pode garantir isso. A mediunidade ainda é o problema mais sério dentro do centro espírita. Dizemos isso, porque a falta de conhecimento, de estudo mesmo do Espiritismo e da mediunidade, de preparação, de exercício consciente e, sobretudo, de espírito de dedicação ao próximo, são fatores de dificultam o intercâmbio sério e consciente com o plano espiritual. Assim, não basta uma instituição se denominar espírita – e muito menos uma pessoa se qualificar como médium – para que dela possa se obter a comunicação que se quer.



Chico Xavier foi o médium que mais se prestou a esse tipo de serviço: obter comunicações de entes queridos, a pedido de seus parentes. Milhares de cartas vieram através dele. No entanto, esse número, por maior nos pareça, representa apenas e tão somente uma fração muitíssimo pequena do número de pessoas que o procuraram. O próprio Chico, mesmo tendo habilidade para esse tipo de trabalho, achava-o muito difícil e geralmente comentava “o telefone só toca de lá para cá e não daqui para lá”. Isso significa que quem estabelece as condições de comunicação é a Espiritualidade, e não nós, os encarnados. Desse modo, ninguém – nem mesmo o Chico Xavier – pode garantir que vai obter determinada comunicação.



Há pessoas que, na ânsia de obter uma comunicação, vai ao primeiro médium e até compra seu serviço. Situações dessa natureza deturpam totalmente o sentido elevado da mediunidade, pois nenhum médium pode garantir determinada comunicação. E, se garantir, desconfie dele. Assim mesmo, toda vez que queremos forçar alguma situação, contribuímos para que ela aconteça, mas a comunicação, quase sempre, não é autêntica. O próprio médium ou qualquer Espírito pode simular uma mensagem que nada tem a ver com o familiar desencarnado. Portanto, é preciso cuidado.



Além disso, prezada ouvinte, o campo da mediunidade série e compromissada com a verdade é muito amplo. Os médiuns geralmente são especializados; quer dizer, eles se dedicam a um determinado tipo de mediunidade. E isso faz com que existam médiuns que se prestam a trazer comunicações de Espíritos familiares, assim como existem grupos mediúnicos que frequentemente recebem esse tipo de mensagem. Para isso, eles precisam especializar a mediunidade nesse campo, dedicarem-se a isso, razão pela qual nem todo médium é capaz de receber uma comunicação dessa natureza. A fim de tentar obter qualquer comunicação, você deveria procurar um grupo de pessoas idôneas, que se preste a esse tipo de comunicação.

domingo, 28 de janeiro de 2024

MUITO ALÉM DO QUE VOCÊ VÊ ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A explicação é de Allan Kardec, fundamentada nas observações e informações reveladas pelos Espíritos que o auxiliaram na formulação dos conteúdos do Espiritismo. Segundo ele, o ponto de partida de tudo que há é o que chama de Fluido Cósmico Universal. Diz que “o fluído cósmico, conquanto emane de uma fonte universal, se individualiza, por assim dizer, em cada Ser, adquirindo propriedades características, que permitem distingui-lo de todos os outros. Nem mesmo a morte apaga esses caracteres de individualização, que persistem longos anos após a cessação da vida (...). Cada um de nós tem, pois, seu fluido próprio, que o envolve e acompanha em todos os movimentos, como a atmosfera acompanha cada planeta. É muito variável a extensão da irradiação dessas atmosferas individuais. Achando-se o Espírito em estado de absoluto repouso, pode essa irradiação ficar circunscrita nos limites de alguns passos; mas, atuando a vontade, pode alcançar distâncias infinitas. A vontade como que dilata o fluido, do mesmo modo que o calor dilata os gases. As diferentes atmosferas individuais se entrecruzam e misturam, sem jamais se confundirem, exatamente como as ondas sonoras que se conservam distintas, a despeito da imensidade de sons que simultaneamente abalam o ar. Pode-se, por conseguinte, dizer que cada indivíduo é centro de uma onda fluídica, cuja extensão se acha em relação com a força da vontade, do mesmo modo que cada ponto brilhante é centro de uma onda sonora, cuja extensão está na razão propulsora do fluido, como o choque é a causa de vibração do ar e propulsor das ondas sonoras. Das qualidades peculiares a cada fluido resulta uma espécie de harmonia ou desacordo entre eles, uma tendência a se unirem ou evitarem, uma atração ou repulsão, numa palavra: as simpatias ou antipatias que se experimentam, muitas vezes sem manifestas causas determinantes. Se nos colocamos na esfera de atividade de um indivíduo, sua presença não raro se nos revela pela impressão agradável ou desagradável que nos produz seu fluido. Se estamos entre pessoas de cujos sentimentos não partilhamos, cujos fluidos não se harmonizam com os nossos, penosa reação entra a oprimir-nos e sentimo-nos ali como nota dissonante num concerto! Se, ao contrário, muitos indivíduos se acham reunidos em comunhão de propósitos e intenções, os sentimentos de cada um se exaltam na proporção mesma da massa das forças atuantes. Quem não conhece a força de arrastamento que domina as aglomerações onde há homogeneidade de pensamentos e de vontades? Ninguém pode imaginar, a quantas influências estamos assim submetidos, à nossa revelia”. Embora reconhecendo não poder pronunciar-se afirmativamente sobre a possibilidade, Kardec cogita: -“Não podem essas influências ser a causa determinante de certas ideias, dessas ideias que em dado momento se nos tornam comuns e a outras pessoas, desses pressentimentos que nos levam a dizer: paira alguma coisa no ar, pressagiando tal ou tal acontecimento? Enfim, certas sensações indefiníveis de bem estar ou mal estar moral, de alegria ou tristeza, não serão efeitos da reação do meio fluídico em que nos encontramos, dos eflúvios simpáticos ou antipáticos que recebemos e que nos envolvem como as emanações de um corpo odorífico?”. Acrescenta “que é preciso convir, pelo menos, que a teoria do Fluido Cósmico individualizado em cada Ser sob o nome de fluido perispirítico, abre um campo inteiramente novo para a solução de uma infinidade de problemas até agora insolúveis”. Evoluindo seu raciocínio, afirma que “em seu movimento de translação, cada um de nós leva consigo a sua atmosfera fluídica, como caracol leva sua concha; esse fluido, porém, deixa vestígios da sua passagem; deixa um como sulco luminoso, inacessível aos nossos sentidos, no estado de vigília, mas que serve para que os sonâmbulos reconstituam os fatos ocorridos e examinem os motivos que os ocasionaram. Toda ação física ou moral, ostensiva ou não, de um Ser sobre si mesmo, ou sobre outro, pressupõem, de um lado, uma força atuante e, de outro, uma sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força. Ora, não sendo todos os homens dotados da mesma energia fluídica, ou, não tendo o fluido perispirítico, em todos, a mesma potência ativa, explicado fica por que, nuns, essa potência é quase irresistível, ao passo que, noutros, é nula; por que algumas pessoas são muito sensíveis à sua ação, enquanto outras refratárias”. 




(Leninha) Por que tanta polêmica em torno das células-tronco? Existem ou não espíritos nesses embriões?


A questão não é simples, Leninha e não há única posição a respeito. Gostaríamos de ter respostas seguras e definitivas para todas as perguntas. Entretanto, muitas coisas ainda ignoramos, mas estamos em busca de explicações. Para os ouvintes se situarem na questão, gostaríamos de dizer que, no Brasil, a despeito de várias campanhas contra, já temos uma lei que autoriza os cientistas a fazerem pesquisas com células-tronco embrionárias. Mas o que são células-tronco e por que existe tanta polêmica em torno delas?


|Já falamos disso, mas não custa repetir, porque o tema está em voga. Células-tronco embrionárias são as células que formam o embrião humano. Embrião é a fase inicial do ser humano no útero materno. Após a fecundação do óvulo da mãe pelo espermatozóide do pai, temos a concepção, ou seja, a geração de uma célula-ovo que, inicialmente, é apenas uma célula, mas que, em seguida, começa a se dividir e a se multiplicar rapidamente, formando o embrião. Após a fase de embrião vem o feto e, num período aproximado de 9 meses de gestação, o corpo desse novo ser vai passar por várias fases de evolução dentro do útero materno, até seu nascimento.


Acontece que, desde a década de 1970, já temos a chamada reprodução assistida, em que é possível provocar, fora do corpo da mulher, a fecundação artificial, obtendo-se embriões. Tais embriões são introduzidos no útero de mulheres que têm dificuldades ou estão impedidas de engravidar, a fim de que tenham filhos. Uma grande quantidade desses embriões congelados em laboratório, não são utilizados e, mais tarde, serão descartados. A lei, recentemente aprovada, permite que eles possam ser usados para pesquisas no tratamento de doenças degenerativas, principalmente as que afetam o sistema nervoso, como o Mal de Parkinson e o Mal de Alzheimer e as lesões que causam paralisias irreversíveis.


As células-tronco embrionárias, ao que tudo indica, têm uma propriedade extraordinária. Elas podem produzir qualquer tipo de célula, ou seja, célula de qualquer tecido do corpo, até mesmo células nervosas. Desse modo, a partir da implantação dessas células, teoricamente, seria possível obter a regeneração de tecidos lesados e, conseqüente, a cura de pacientes acometidos dessas doenças, até hoje consideradas incuráveis. Contudo, há uma parcela da população, notadamente religiosos, que são contra a utilização dessas células, pois consideram que a vida humana começa já na fecundação e, desse modo, ao se usarem embriões para pesquisa, estariam sacrificando vidas humanas. Eis o problema.


Contrários à lei está a Igreja Católica, outras religiões e até mesmo segmentos do movimento espírita. Segundo O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a reencarnação começa na concepção, mas só se completa com o nascimento. Se isso for levado ao pé da letra, a morte de um embrião significaria a interrupção de um processo reencarnatório iniciado. Entretanto, n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a questão 356 diz que pode haver concepção sem reencarnação e, nesses casos, o ser não sobrevive.


Assim, temos conosco que é possível que, no caso dos embriões congelados ( que, mais cedo ou mais tarde, serão descartados) pode não haver Espíritos, mesmo porque , nos projetos da Espiritualidade, que sempre precedem os projetos humanos, devem existir planos referentes a pesquisas nesse campo, onde podem ser utilizados embriões. Entretanto, isso é apenas uma hipótese. Baseado nisso é que alguns segmentos do movimento espírita, mais cuidadosos, manifestaram-se contra a lei, notadamente a Associação Médico-Espírita do Brasil. Ela defende a tese de que, para possíveis tratamentos de pacientes, é possível utilizar células-tronco de adultos, extraídas da medula e da pele, não havendo necessidade de se recorrer às embrionárias, que representa um obstáculo à reencarnação. Esta também é uma possibilidade, já que existem pesquisas nesse campo, que já deram sinal de sucesso no tratamento de alguns pacientes.



sábado, 27 de janeiro de 2024

O QUE OS HISTORIADORES NÃO CONTAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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A Historia oficial dos líderes, povos, países, governantes, ao longo de grande parte da evolução da Humanidade, foi sempre escrita sob encomenda, registrando dados e passagens que nem sempre expressam os fatos integralmente. Num país, por exemplo, apenas as ocorrências desenroladas no centro do poder, envolvendo personagens mais diretamente a ele ligados, são preservados. O que acontece no interior, raramente é contado. O Antigo Testamento, em vários de seus escritos, mostra a dependência de Reis, Faraós e Soberanos de oráculos e pitonisas que lhes decifravam sonhos, pressentimentos ou até mesmo a influência dos Astros, diante de decisões a serem tomadas. O tempo foi, aparentemente, afastando uns e outros, minimizando essa influência. Allan Kardec na edição de março de 1864 da REVISTA ESPIRITA, incluiu interessante matéria intitulada UMA RAINHA MÉDIUM, construída a partir de notícias veiculadas em vários jornais da época como Opinion Nationale e Siècle, veiculados em 22 de fevereiro do mesmo ano. Tais escritos fazem referência à fatos envolvendo a Rainha Vitória, que durante sessenta e quatro anos esteve à frente do trono da Inglaterra. Ela, cujo nome completo era Alexandrina Vitória Regina, era erudita, amante das letras, apreciava as artes, tocava piano e praticava a pintura. Marcou a historia daquele país de tal forma que seu reinado é denominado Era Vitoriana, por uma série de ações na área sócia,l como a abolição da escravatura no Império Britânico; redução da jornada de trabalho para dez horas; instalação do direito ao voto para todos os trabalhadores; expansão das Colônias; grande ascensão da burguesia industrial, entre outros feitos. Assumindo o trono aos 18 anos, teve nove filhos com o primo e Príncipe Alberto, com quem, por um amor profundo casou aos 21. Enviuvou aos 42 anos, conservando luto até sua morte, quatro décadas depois. Comentando a citada notícia, diz Kardec: “Uma carta de pessoa bem informada revela que, recentemente, num conselho privado, onde fora discutida a questão dinamarquesa, a Rainha Vitória declarou que nada faria sem consultar o príncipe Alberto( morrera). E com efeito, tendo-se retirado por um pouco para seu gabinete, voltou dizendo que o “príncipe se pronunciava contra guerra. Esse fato e outros semelhantes transpiraram e originaram a ideia de que seria oportuno estabelecer uma regência”. Seguindo o Codificador acrescenta: “-Tínhamos razão ao escrever que o Espiritismo tem adeptos até nos degraus dos tronos. Poderíamos ter dito: até nos tronos. Vê-se, porém, que os próprios soberanos não escapam à qualificação dada aos que acreditam nas comunicações de Além-túmulo(...). O Journal de Poitiers, que relata o mesmo caso, o acompanha desta reflexão: Cair assim no domínio dos Espíritos não é abandonar o das únicas realidades que tem de conduzir o mundo?”. Até certo ponto concordamos com a opinião do jornal, mas de outro ponto de vista. Para ele os Espíritos não são realidades, porque, segundo certas pessoas, só há realidade no que se vê e se toca. Ora, assim, Deus não seria uma realidade e, contudo, quem ousaria dizer que ele não conduz o mundo? Que não há acontecimentos providenciais para levar a um determinado resultado? Então, os Espíritos são instrumentos de sua vontade; inspiram os homens, solicitam-nos, mau grado seu, a fazer isto ou aquilo, a agir neste sentido e não naquele, e isto tanto nas grandes resoluções quanto nas circunstâncias da vida privada. Assim, a esse respeito, não somos da opinião do jornal. Se os Espíritos inspiram de maneira oculta, é para deixar ao homem o livre-arbítrio e a responsabilidade de seus atos. Se receber inspiração de um mau Espírito, pode estar certo de receber, ao mesmo tempo, a de um bom, pois Deus jamais deixa o homem sem defesa contra as más sugestões. Cabe-lhe pesar e decidir conforme a sua consciência. Nas comunicações ostensivas, por via mediúnica, não deve mais o homem abnegar o seu livre-arbítrio: seria erro regular cegamente todos os passos e movimentos pelo conselho dos Espíritos, por que há os que ainda podem ter ideias e preconceitos da vida. Só os Espíritos Superiores disso estão isentos(...). Em princípio os Espíritos não nos vem conduzir; o objetivo de suas instruções é tornar-nos melhores, dar fé aos que não a tem e não o de nos poupar o trabalho de pensar por nós mesmos”.





(Leninha) Por que tanta polêmica em torno das células-tronco? Existem ou não espíritos nesses embriões?


A questão não é simples, Leninha e não há única posição a respeito. Gostaríamos de ter respostas seguras e definitivas para todas as perguntas. Entretanto, muitas coisas ainda ignoramos, mas estamos em busca de explicações. Para os ouvintes se situarem na questão, gostaríamos de dizer que, no Brasil, a despeito de várias campanhas contra, já temos uma lei que autoriza os cientistas a fazerem pesquisas com células-tronco embrionárias. Mas o que são células-tronco e por que existe tanta polêmica em torno delas?


Programas atrás já falamos disso, mas não custa repetir, porque o tema está em voga. Células-tronco embrionárias são as células que formam o embrião humano. Embrião é a fase inicial do ser humano no útero materno. Após a fecundação do óvulo da mãe pelo espermatozóide do pai, temos a concepção, ou seja, a geração de uma célula-ovo que, inicialmente, é apenas uma célula, mas que, em seguida, começa a se dividir e a se multiplicar rapidamente, formando o embrião. Após a fase de embrião vem o feto e, num período aproximado de 9 meses de gestação, o corpo desse novo ser vai passar por várias fases de evolução dentro do útero materno, até seu nascimento.


Acontece que, desde a década de 1970, já temos a chamada reprodução assistida, em que é possível provocar, fora do corpo da mulher, a fecundação artificial, obtendo-se embriões. Tais embriões são introduzidos no útero de mulheres que têm dificuldades ou estão impedidas de engravidar, a fim de que tenham filhos. Uma grande quantidade desses embriões congelados em laboratório, não são utilizados e, mais tarde, serão descartados. A lei, recentemente aprovada, permite que eles possam ser usados para pesquisas no tratamento de doenças degenerativas, principalmente as que afetam o sistema nervoso, como o Mal de Parkinson e o Mal de Alzheimer e as lesões que causam paralisias irreversíveis.


As células-tronco embrionárias, ao que tudo indica, têm uma propriedade extraordinária. Elas podem produzir qualquer tipo de célula, ou seja, célula de qualquer tecido do corpo, até mesmo células nervosas. Desse modo, a partir da implantação dessas células, teoricamente, seria possível obter a regeneração de tecidos lesados e, conseqüente, a cura de pacientes acometidos dessas doenças, até hoje consideradas incuráveis. Contudo, há uma parcela da população, notadamente religiosos, que são contra a utilização dessas células, pois consideram que a vida humana começa já na fecundação e, desse modo, ao se usarem embriões para pesquisa, estariam sacrificando vidas humanas. Eis o problema.


Contrários à lei está a Igreja Católica, outras religiões e até mesmo segmentos do movimento espírita. Segundo O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a reencarnação começa na concepção, mas só se completa com o nascimento. Se isso for levado ao pé da letra, a morte de um embrião significaria a interrupção de um processo reencarnatório iniciado. Entretanto, n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a questão 356 diz que pode haver concepção sem reencarnação e, nesses casos, o ser não sobrevive.


Assim, temos conosco que é possível que, no caso dos embriões congelados ( que, mais cedo ou mais tarde, serão descartados) pode não haver Espíritos, mesmo porque , nos projetos da Espiritualidade, que sempre precedem os projetos humanos, devem existir planos referentes a pesquisas nesse campo, onde podem ser utilizados embriões. Entretanto, isso é apenas uma hipótese. Baseado nisso é que alguns segmentos do movimento espírita, mais cuidadosos, manifestaram-se contra a lei, notadamente a Associação Médico-Espírita do Brasil. Ela defende a tese de que, para possíveis tratamentos de pacientes, é possível utilizar células-tronco de adultos, extraídas da medula e da pele, não havendo necessidade de se recorrer às embrionárias, que representa um obstáculo à reencarnação. Esta também é uma possibilidade, já que existem pesquisas nesse campo, que já deram sinal de sucesso no tratamento de alguns pacientes.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

REENCARNAÇÃO -AVALIAÇÃO RACIONAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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No número de janeiro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz a primeira parte de um interessante e extenso texto por ele intitulado CARTA DA INCREDULIDADE. Explica que o fez após ter sido solicitado a apreciá-lo pelo amigo Sr. Canu, que o elaborara com a intenção de reparar os prejuízos causados a muitas pessoas que influenciara com suas ideias materialistas. O teor do documento mostrava-se tão bem fundamentado que Allan Kardec considerara oportuno publicar após obter autorização do autor. Dos vários aspectos por ele abordados, destacamos alguns relacionados ao tema reencarnação que dão uma perfeita ideia da sua dinâmica. Diz o seguinte: 1- A Humanidade, considerada coletivamente é comparável ao indivíduo; ignorante na infância, ela se esclarece à medida que avança em idade; o que se explica naturalmente pelo próprio estado de imperfeição em que estão os Espíritos para o adiantamento dos quais essa Humanidade foi feita; 2- Quanto ao Espírito considerado individualmente, não é numa só existência que ele pode adquirir a soma de progresso que está chamado a cumprir; é porque um maior ou menor número de existências corpóreas lhe são necessárias, segundo o uso que fará de cada uma delas. Mais ele tenha trabalhado para o seu adiantamento em cada existência, menos terá que sofrê-las. 3- Como cada existência corpórea é uma prova, uma expiação, um verdadeiro purgatório, tem interesse em progredir o mais prontamente possível, para ter a sofrer menos provas, porque o Espírito não retrograda; cada progresso cumprido por ele é uma conquista assegurada que nada poderia lhe tirar. 4- Segundo este princípio, hoje averiguado, é evidente que quanto mais ele caminhar depressa, mais cedo chegará ao objetivo. Resulta do que precede que cada um de nós, hoje, não estamos em nossa primeira existência corpórea, muito longe disso, estamos mais distante ainda de última; 5- As nossas existências primitivas devem se passar em mundos bem inferiores à Terra, sobre a qual não chegamos senão quando o nosso Espírito chegou a um estado de perfeição em relação com este astro; 6- À medida que progredirmos, passaremos para Mundos mais avançados do que a Terra sob todos os aspectos, e isso, de degrau em degrau, avançando sempre para o melhor. Mas, antes de deixar um Globo, parece que se deve cumprir nele geralmente várias existências, cujo número, todavia, não é limitado, mas subordinado à soma do progresso que se terá adquirido.7- Tudo isso, pode ser verdadeiro, mas muitos podem argumentar: como não me lembro de nada, ocorrendo o mesmo com cada um de nós, tudo o que se passou em nossas existências precedentes é para nós como nulo; e se ocorre o mesmo em cada existência, pouco importa ao meu Espírito ser imortal ou morrer com o corpo, se, conservando a individualidade, não tem consciência de sua identidade. Com efeito, isso seria para nós a mesma coisa, mas não ocorre assim; não perdemos a lembrança do passado senão durante a vida corpórea, para reencontrá-la na morte, quer dizer, no despertar do Espírito, cuja verdadeira existência é a do Espírito livre, e para a qual as existências corpóreas podem ser comparadas ao sono para o corpo. 8- Em que se tornam as almas dos mortos enquanto esperam uma nova reencarnação? (...). Em geral, pouco se afastam dos vivos e, sobretudo, daqueles a quem são afeiçoados, quando se tem afeição por alguém.





Se o Espiritismo ensina que as pessoas sofrem para pagar os pecados que cometeram em outra vida, por que socorrer os pobres e marginalizados? Eles não estão sofrendo e pagando pelo que fizeram? “ Esta pergunta nos foi enviada por e-mail pelo ouvinte de iniciais B. A. M.


Alguns segmentos do hinduísmo, uma das religiões mais antigas do mundo, dizem exatamente o que você está dizendo. Quando Madre Tereza de Calcutá, freira católica, decidiu trabalhar em favor dos pobres da Índia e recebeu permissão da Igreja para iniciar sua missão, ela encontrou nessa crença seu grande problema. Pessoas ficavam doentes, eram abandonadas e acabavam morrendo de inanição. Quando ela se propôs a ajudá-los foi logo contrariada por um grupo de fanáticos que diziam que ela não podia interferir no “carma” dessas pessoas. Eles entendiam que o sofrimento é sempre um pagamento pelo erro cometido no passado e, por isso, devemos pessoas as pessoas sofrerem.


Não é esse o pensamento do Espiritismo. Todos temos por dever moral ajudar-nos uns aos outros, principalmente nas situações de emergência, onde existem grandes sofrimentos e de miséria. A solidariedade é uma lei da vida. Os seres vivos só existem e evoluem porque sempre houve mais solidariedade que competição na longa escalada evolutiva: hoje podemos entender melhor essa relação solidária da natureza com a ciência chamada Ecologia, onde vemos que uma espécie sempre depende de outra. Para nós, espíritas, a solidariedade humana é indispensável à vida. Logo, devemos nos amar, ajudando-nos mutuamente.


Não temos dúvida quanto ao funcionamento da Lei de Causa e Efeito. De fato, erros do passado influem em nossa vida presente e erros do presente vão gerar problemas atuais e futuros. Entretanto, nenhum de nós tem condições de fazer qualquer julgamento nesse sentido e muito menos usar esse princípio como pretexto para nos acomodar ou nos tornar indiferentes ante o sofrimento alheio. Primeiramente, porque nunca sabemos de onde se originou o problema que a pessoa está passando; ninguém pode afirmar seguramente que se trata de uma expiação. Pode não ser: há muitas causas para os sofrimentos humanos.


A solidariedade, no entanto, seja qual for a causa do sofrimento, serve para despertar as almas para os ideais superiores. Mesmo que elas tenham errado, não quer dizer que devam ser ignoradas ou abandonadas ou que seu sofrimento não deva ser amenizado ou tenha chegado ao fim. Jesus jamais abandonou ninguém; pelo contrário, foi ele quem disse que “os sãos não precisam de médico, mas os doentes”. Ora, a quem vamos socorrer? – os que necessitam, é claro. Não precisamos indagar por que sofrem ou o que fizeram para merecer isso. O homem da parábola, socorrido pelo samaritano, conforme Jesus contou, era um ilustre desconhecido. Jesus não questionou se ele merecia ou não o sofrimento que estava passando.


O socorro, que podemos prestar a alguém, portanto, faz parte da chamada “misericórdia divina”. Ao ajudarmos alguém estamos agindo como braços de Deus. E nós, quando estamos sofrendo, mesmo que essa dor provenha de nossas fraquezas ou de nossos erros, o socorro de alguém sempre será uma benção em nossa vida, mostrando que Deus está nos dando nova oportunidade de recomeçar. É assim que se dá a evolução.


No passado, quando a medicina era incipiente, quando não havia anestésicos e medicamentos mais eficazes para conter a dor, os pacientes sofriam bem mais que hoje. Atualmente, com o progresso da ciência e da tecnologia, já conseguimos reduzir em muito a mortalidade infantil, já conseguimos prolongar a vida humana e dar conforto e melhores condições de atendimento aos enfermos. Esse esforço da medicina para atenuar a dor não invalida a lei de causa e efeito. Quando não aprendemos de um jeito, aprendemos de outro, e, além disso, precisamos entender que nem sempre a resposta aos nossos erros é necessariamente o sofrimento.


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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

ENTENDENDO A TURBULENTA CONVULSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Se tentarmos conversar com uma criança de cinco anos sobre a Teoria da Relatividade será que obteremos sucesso? Se nos dirigirmos a um dos habitantes das diversas comunidades rurais da Papua-Nova Guiné para ouvi-lo sobre planejamento estratégico haveria reciprocidade? Se falássemos para um intolerante radical religioso que há inúmeras evidências confirmando a realidade da reencarnação, teríamos chance de prolongar o entendimento? Uma breve reflexão sobre tais questões resultariam numa óbvia resposta: não! As imagens se associadas a outra criada pelo Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier na mensagem O GRANDE EDUCANDÁRIO no livro ROTEIRO (feb,1952) sobre a Terra ser uma das muitas escolas dedicadas à evolução espiritual abrigando “mais de vinte bilhões de almas conscientes desencarnadas”, permitem-nos entender o que acontece neste momento do Planeta em que vivemos. Na segunda mensagem selecionada por Allan Kardec para compor as Instruções dos Espíritos do Capítulo 3 – Há Muitas Moradas Na Casa de Meu Pai, d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Santo Agostinho traça um perfil dos Mundos de Expiação e de Provas entre os quais se insere ainda a Terra. Diz, entre outras coisas, que “a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizarem certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral”, estando neste mundo como estrangeiros para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo feliz”, tendo “vivido em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tornava causa de perturbação para os bons”. Salienta, porém, que “não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens, constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados”. Acrescenta que “vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso, sendo de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos”. São Luiz na resposta à última pergunta d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, revela que o momento da “transformação predita para a Humanidade terrena” havia chegado, resultando não só “na remoção dos Espíritos maus mas também dos que tendem a deter a marcha das coisas”. Isto sugere a atuação de um comando a operar essas ações. Nos versículos 3 e 10 do Capítulo 1 do EVANGELHO de João, apresentado Jesus diz “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”, sugerindo não ser ele apenas mais que o Mestre reconhecido por todos os que estudam sua história. Obras mediúnicas recebidas por Chico Xavier como A CAMINHO DA LUZ de Emmanuel e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO assinada por Irmão X, revelam aspectos de planejamentos tecidos na Espiritualidade para encaminhar a evolução dos habitantes da Terra. Especialmente o segundo, prende-se à nova fase ou Ciclo – estimado recentemente pela ciência como de 2160 anos - em que iria começar entrar o planeta nos séculos seguintes. Para se ter uma ideia de como funcionam as coisas nos bastidores da evolução, em interessante questionamento sobre o fenômeno Joana D’Arc, a aldeã de Orleans, na França, que transformou-se em líder militar na vitória francesa sobre a ambição inglesa no século XIV,Chico Xavier explicou que “naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genitais, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século XIX que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos vivendo no século XX”.



- Sou mãe solteira e tenho uma filha que vai fazer quatro anos, que não gosta de mim. Há uma distancia entre mim e ela, que não sei explicar, embora seja sua mãe. Eu moro com minha mãe, e minha filha se dá muito bem com a avó e até com minha irmã, mas não comigo. Nossas relações são um pouco distantes, e eu também tenho dificuldade de me aproximar muito dela. Acho que isso pode ser de outra encarnação. Será que somos Espíritos inimigos? Não quero me identificar.


Nós, espíritas, sabemos que as relações do passado reencarnatório, de fato, influem nas relações do presente. Isso quer dizer que, se tivemos problema com alguém em encarnações anteriores e, agora, voltamos a nos encontrar, com certeza, essa dificuldade de convivência vai aparecer de alguma forma. Não temos dúvida, prezada mãe, que este é um ponto importante a considerar. Entretanto, não é o único. Não podemos justificar nossas dificuldades relacionamento apenas com esse argumento e nada fazer para melhorar. A Doutrina Espírita não está interessada em nosso passado. O passado já foi. Ela está interessada em que mudemos o presente para construir um futuro melhor.


Assim é nossa vida. Quando temos um problema, seja ele qual for, devemos – é claro – descobrir suas causas. Mas não basta levantar as causas; precisamos, agora encontrar um meio de sanar o problema: é isso que interessa. E é exatamente o seu caso. Você não deve permanecer contemplando o passado. Deve agir no presente, procurando um encontrar um meio de se aproximar de sua filha, de quebrar essa resistência ( que, segundo confessa, também existe em você), para adotá-la de uma vez como sua filha querida. Mas, se você continua a alimentar as diferenças do passado e ficar pensando nisso, com certeza, não vai superar esse problema.


A doutrina da reencarnação, ao contrário do que muita gente pensa, não serve para justificar nossos erros ou nossa incapacidade, mas, sim, para nos ajudar a dar um impulso para o futuro. O que passou não podemos modificar. Só podemos mudar o presente, e o futuro depende dele. É o que você deve fazer, procurando conhecer mais a fundo a doutrina moral do Espiritismo e sabendo exercitar a humildade, que é a forma mais adequada de nos reaproximar daqueles com quem trazemos diferenças do passado.


Além do mais, devemos considerar que os problemas, que estamos vivendo hoje, não podem ser apenas conseqüência do passado. São provenientes também dos erros que estamos cometendo agora e que precisam ser acudidos em tempo, a fim de que não causem dificuldades ainda maiores no futuro. Portanto, mãos à obra! Mude seu pensamento, combata qualquer resquício de ressentimento que, porventura, ainda possa existir no fundo de sua alma em relação à sua filha. Venha para o momento presente e faça dele uma nova luz, assim como o Sol, que se põe à tarde, mas nasce majestoso no dia seguinte.


À propósito, vamos dar-lhe uma sugestão. Converse com sua filha quando ela estiver dormindo. Fale bem baixinho ao seu ouvido, quase sussurrando, diga que você a quer, que você a ama e que você vai cuidar dela, dando-lhe proteção e carinho. Não precisa falar muito, mas apenas algumas poucas frases por dia poderão servir para ir rompendo com essa barreira entre vocês e, ela como criança, estará pronta a receber emanações de amor que só você, como mãe, pode de fato lhe proporcionar.


Lembre-se que o Espiritismo nos ensina a compreender e a perdoar, e é nesse sentido que se dá a reencarnação. Procure ler livros espíritas a esse respeito. Ainda é cedo, ainda dá tempo, mas não permaneça apenas na expectativa. Se a sua tese de que você e sua filha são Espíritos inimigos, você tem nas mãos, enquanto ela é criança, a solução do problema e o bom aproveitamento da encarnação.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

SUTILEZAS DA OBSESSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Situação que, segundo alguns Espíritos, atinge proporções epidêmicas, a obsessão continua ignorada e causando enormes malefícios à sociedade humana. As influências são sutis e, portanto, sem auto-análise, imperceptíveis. Na sequência alguns exemplos colhidos nas obras do médico André Luiz através de Chico Xavier. Caso 1 - EFEITO – Homem maduro, casado, acusando agoniada indisposição , como se estivesse sob o impacto de súbito desfalecimento, durante encontro que mantinha com mulher bem mais jovem em casa noturna. CAUSA – ação de espírito desencarnado – seu sogro na presente existência -, esmurrando-lhe a face, ao surpreendê-lo em atividade extraconjugal durante a madrugada com mulher bem mais jovem, enquanto sua esposa experimentava os sofrimentos físicos e morais do câncer que evoluia em seu corpo físico. (SD,3) Caso 2 – EFEITO – Homem, 45 anos presumíveis, abatido, acometido de tremores, suando, desferindo gritos de terror, corpo encharcado de álcool, do qual é dependente. CAUSA - Ação de quatro entidades desencarnadas que o submetiam aos seus desejos, alternando-se, uma a uma, para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Atuavam particularmente na estrada gástrica, inalando a bebida a volatizar-se da cárdia ao piloro. (NMM, 14) Caso 3EFEITO - Mulher desconfiada e abatida, corroída pelo ciúme em relação ao marido que procura controlar com perguntas e cobranças em relação ao seu tempo. CAUSA – Ação de entidade feminina, ignorante e infeliz, a ela imantada, perseguindo e subjugando-a, para conseguir deplorável vingança, inclusive durante o sono físico, através do qual se serve para controlar-lhe a vontade, por meio de diálogos em que emprega toda sua astúcia em argumentos convincentes. (Li,6) Caso 4 EFEITO– Mulher, desencarnada, despertando após a morte cercada de seres monstruosos que a arrebataram em verdadeiro torvelinho por prolongada faixa de tempo. CAUSA – Ações levadas a efeito na existência recém-terminada em que abusando do poder econômico, exerceu a autoridade com crueldade e rigor contra escravos de sua propriedade impondo a morte no tronco de servos objetivando o castigo geral, separava mães cativas de seus filhos, vendendo-os, por questões de harmonia domestica, sentindo-se apoiada nas decisões nos argumentos de padre que lhe fora confessor.(NL) Caso 5EFEITO- Mulher, jovem, revelando angústia e inconsciência, sob forte irritação, desarmonizando o ambiente para preocupação dos encarnados presentes. CAUSA – Ação de diversos perseguidores desencarnados, impondo-lhe terríveis perturbações, secundando outro, revelando um quadro psicológico de satânica lucidez, maneiras cruéis, colado ao seu corpo, em toda sua extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica, vingando-se de gesto assumido em existência passada em que ela, por simples capricho vendeu-lhe esposa e filhos, à época escravos de sua propriedade. (ML, 18) Caso 6 - EFEITO– Homem, idade madura, ex- investigador de polícia, dando mostras de graves perturbações, evidente moléstia nervosa, suor frio a banhar-lhe a fronte, extrema palidez, revelando-se torturado por pavorosas visões no campo íntimo, somente acessíveis a ele mesmo. CAUSA - Ações no exercício de sua função, onde, ao longo dos anos, humilhou e feriu, procedeu de maneira cruel, atraindo a ira de muita gente, isolando-se, contudo, do remorso, o que lhe poupou dos pensamentos de indignação de suas vítimas, imagens que passaram a circular-lhe a atmosfera psíquica, esperando ensejo de fazer-se sentir. Com a proximidade da senectude física, meditando sobre os caminhos percorridos, abriu grande brecha na fortaleza em que se entrincheirava, libertando subitamente as forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provocou para si mesmo, através da conduta irrefletida, quebrando-lhe a fantasiosa resistência orgânica, e, as energias desequilibradas da mente em desvario, desequilibraram os órgãos mais vulneráveis do corpo físico, especialmente o sistema nervoso e o fígado que, traumatizado inclina-se para a cirrose fatal. (LI, 11)






Pode um médium dar uma comunicação dele mesmo numa sessão espírita, sem saber e nem se lembrar de nada do que está dizendo? (Ivanilde Cataldi)


Pode, Ivanilde. Esse tipo de comunicação existe mais do que podemos imaginar. Trata-se do que chamamos em Espiritismo costumamos chamar de “comunicação anímica”. Neste caso, não está havendo mediunidade propriamente dita, ou seja, a pessoa não está servindo de intermediário para um Espírito desencarnado; ela está comunicando seus próprios conteúdos inconscientes, ou seja, é ela própria que está dando comunicação, mesmo sem o saber. Assim, numa sessão mediúnica pode haver dois tipos de comunicação: a comunicação mediúnica ( do Espírito) e a comunicação anímica (a que vem do próprio médium). Foi o pesquisador Alexander Aksakof (1832-1903) que usou o termo “animismo” para designar esse tipo de comunicação.


Para você entender melhor, vamos lhe explicar o seguinte: a mente humana ( hoje, isso está mais do que provado) tem uma parte consciente e uma inconsciente. Consciente é o que estamos lembrando atualmente e o fato de saber o que estamos fazendo agora. Inconsciente é a ação automática da mente, aquela que podemos fazer sem saber o que estamos fazendo ou sem precisar prestar a mínima atenção no que estamos fazendo. Os estudos, hoje, comprovam que a parte consciente é a menor, mas a parte inconsciente é aquela que possui toda a nossa história, todo o nosso passado, desta e de outras encarnações; portanto, ela é significativamente maior.


O inconsciente pode se manifestar e, geralmente, se manifesta em nossa vida, sem que o percebamos. Os sonhos, por exemplo, acontecem em nível inconsciente. Eles mostram conteúdos mentais de que não nos lembrávamos mais: assim, para você sonhar com uma pessoa que há muito não via, não precisa necessariamente estar lembrando dela. Portanto, esses conteúdos inconscientes geralmente se apresentam em estado de sono natural ou provocado, como na hipnose. E eles podem se apresentar também durante o estado de transe, que a pessoa vivencia na sessão mediúnica.


As comunicações anímicas, ao contrário do que se pode pensar, têm seu valor. Muitas vezes, expressando problemas e dificuldades inconscientes do próprio médium, ela pode ser trabalhada na sessão pelo doutrinador, trazendo alívio ou até mesmo resolvendo um conflito íntimo que a pessoa do médium, sem saber, estava vivendo. De outras vezes, a comunicação anímica pode trazer informações a respeito do passado do médium, quando ele está revelando facetas de sua personalidade em outra encarnação, situações não resolvidas que afloram na sua mente para serem devidamente tratadas.


Nem sempre é possível verificar, apenas por uma única comunicação, se é anímica ou mediúnica. Isso depende de seu conteúdo e do conhecimento e da perspicácia do dirigente da sessão. Mas nem sempre isto é importante, pois, seja o Espírito, seja para o próprio médium que está dando a comunicação, as orientações serão sempre moralmente elevadas e os ajudarão na solução ou no encaminhamento da solução de seu problema. Entretanto, queremos fazer uma observação final, Ivanilde: nas comunicações anímicas o médium está inconsciente ou semi-consciente; na verdade, ele não sabe o que está acontecendo Mas, se houver uma comunicação em que o médium está sabendo o que faz, então já não é mais animismo: trata-se de uma falsa comunicação ou de uma fraude.