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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

REENCARNAÇÃO - A LÓGICA DOS ARGUMENTOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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A pluralidade das existências, da qual o Cristo colocou o princípio no Evangelho, sem, contudo, defini-lo mais do que muitos outros, é uma das Leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, no sentido que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso. Por esta Lei, o homem explica todas as anomalias aparentes que a vida humana apresenta; as diferenças de posições sociais; as mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis para a alma as vidas precocemente interrompidas; a desigualdade das aptidões intelectuais e morais, explicadas pela antiguidade do Espírito, que mais ou menos viveu, mais ou menos aprendeu e progrediu, e que traz, em renascendo, a aquisição de suas existências anteriores”. Vejamos outros dos argumentos levantados por Allan Kardec no número de setembro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA: 1- Com a doutrina da criação da alma em cada existência, cai-se no sistema das criações privilegiadas; os homens são estranhos uns aos outros, nada os religa, os laços de família são puramente carnais; não são solidários de um passado em que não existiam; com a do nada depois da morte, toda relação cessa com a vida; eles não são solidários do futuro. 2- Pela reencarnação, são solidários do passado e no futuro; suas relações se perpetuam no Mundo Espiritual e no Mundo Corpóreo, a fraternidade tem por base as próprias leis da Natureza; o Bem tem um objetivo, o mal as suas consequências inevitáveis. 3- Com a reencarnação caem os preconceitos de raças e de castas, uma vez que o próprio Espírito pode renascer rico ou pobre, grande senhor ou proletário, senhor ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, não há nenhuma que prepondere em lógica o fato material da reencarnação se, pois, a reencarnação funda-se sobre uma lei da Natureza, o princípio da Fraternidade Universal, funda-se sobre a mesma lei no da igualdade dos Direitos Sociais, e, consequentemente no da Liberdade. Os homens não nascem inferiores e subordinados senão pelo corpo; pelo Espírito, eles são iguais e livres. 4- Tirai ao homem o Espírito livre, independente, sobrevivente à matéria, dele fareis uma máquina organizada, sem objetivo, sem responsabilidade, sem outro freio que o da lei civil, e bom para explorar como um animal inteligente. Nada esperando depois da morte, nada nos detém para aumentar os gozos do presente; se sofre, não tem em perspectiva senão o desespero e o nada por refúgio. Com a certeza do futuro, a de reencontrar com aqueles a quem amou, o medo de rever aqueles a quem ofendeu, todas as suas ideias mudam. (...) 5- Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não é somente irreconciliável com a Justiça de Deus, que torna todos os homens responsáveis pela falta de um único, ela seria um contra-senso, e tanto menos justificável quanto a alma não existia na época em que se pretende fazer remontar a sua responsabilidade. Com a preexistência e a reencarnação, o homem traz, em renascendo, o germe de suas imperfeições passadas, as faltas das quais não pôde se corrigir e que se traduzem por seus instintos natos, suas propensões a tal ou tal vício. Está aí o seu verdadeiro pecado original, do qual sofre muito naturalmente as consequências.



A advogada Vera Lúcia Gonçalves, pergunta como é que acontece a desencarnação de uma criança e como ela chega ao plano espiritual.

De todas as mortes, a mais comovente e dolorida, principalmente para os pais, é a de uma criança, muitas vezes em tenra idade. Muita gente fica perguntando por que Deus permite isso, se não seria injustiça tirar a vida de um ser que nem sequer compreende a vida. Há casos mais comoventes ainda, quando essa morte é precedida de muito sofrimento, como vemos acontecer todos os dias nas mais variadas famílias.

Não raro, são crianças que, desde cedo, se tornam vítimas de doenças insidiosas, como o câncer por exemplo, sendo submetidas, por isso mesmo, a tratamentos agressivos como quimioterapia, radioterapia, sob os olhares espantosos das pessoas e o sofrimento indisfarçável da família, que não entende o que está acontecendo. Então, fica aquela velha pergunta no ar: “Por que Deus faz isso? Por que Deus tira meu filho tão cedo e de forma tão violenta e cruel?”

Desencarnação de crianças é um tema da Doutrina Espírita, que trata o assunto com serenidade, compreendendo que na Lei de Deus nada acontece por acaso, pois a criança não é um ser recentemente criado ( como muita gente pode pensar), mas é um Espírito que vem de experiências anteriores e que se vê envolvido numa situação que ele próprio pode ter desencadeado ou, até mesmo, tratar-se de uma experiência difícil que lhe proporcionará um avanço no processo evolutivo.

Mas, se as almas fossem criadas para uma única vida, que iríamos pensar de Deus? Por que Deus – que é bom e misericordioso, como ensinou Jesus - deixaria um ser tão pequenino e frágil sofrer de maneira tão brutal, sem que lhe conferir qualquer direito de defesa? Por que uns morrem tão cedo e outros vivem tanto? Por que as mortes súbitas e aparentemente fáceis e outras demoradas, sofridas e torturantes? Que mistério há em torno da morte de uma criança? Questões como estas, Vera, é que levou muita gente ao ateísmo.

As crianças, que passam para o mundo espiritual, explica por sua vez o Espiritismo, são Espíritos que estão seguindo sua própria trajetória de desenvolvimento ao longo de sucessivas encarnações. Não nasceram doentes ou não se tornaram doentes por mero acaso e tampouco pela vontade de Deus. Elas estão caminhando em busca de seus elevados destinos e, quando daqui partem, encontram acolhida no mundo espiritual.

Especialmente no livro “ENTRE A TERRA E O CÉU”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, encontramos o caso do menino Júlio, que veio a desencarnar aos 10 anos de idade, vítima de afogamento. Trata-se apenas de um caso, mas quem ler esse livro e se inteirar da história espiritual de Júlio vai entender como funcionam as leis da natureza com relação ao destino do homem. As experiências da infância, inclusive a doença e a morte, fazem parte de seu longo aprendizado, tanto quanto das necessidades específicas de cada Espírito.

Nesse caso, houve um atendimento a Júlio - que, nesta encarnação, nem poderia entender o que lhe aconteceu, por causa de sua pouca idade. Mas ele foi conduzido, no plano espiritual, a um acolhimento especial, chamado Lar da Bênção – uma espécie de lar-escola, próprio para receber crianças recém-desencarnadas, um serviço extensivo de Nosso Lar. Cada criança tem sua história e, portanto, as razões pelas quais ali se encontram, grande parte delas preparadas para reencarnar novamente.

Interessante observar que, geralmente, as mães dessas crianças, que ficaram pranteando na Terra a perda dos filhos, podiam visita-los em espírito. E isso acontecia quando elas dormiam e podiam, assim, desprender-se espiritualmente indo ao encontro dos seres amados. É claro essas mães – quando acordavam, no dia seguinte ou depois de um cochilo – não faziam uma idéia clara do que aconteceu, mas lembravam-se de ter tido algum contato com os filhos.

Por outro lado, as visitas não só atendiam aos anseios das mães, mas também às necessidades desses Espíritos, ainda crianças, que precisavam de sua presença e de seu carinho, principalmente nos momentos imediatos que sucediam à desencarnação. Desse modo, Vera, como você percebe, as crianças sempre têm um acolhimento espiritual no outro plano da vida.

Ademais, devemos lembrar que Chico Xavier recebeu muitas mensagens de crianças desencarnadas dirigidas às suas mães e trazendo-lhes, de algum modo, o conforto que necessitavam ante a dor pungente da separação. Há um livrinho muito sugestivo a respeito, que é o CRIANÇAS NO ALÉM, onde encontramos cartinhas dessas crianças, na maioria das vezes escritas com a ajuda de benfeitores amigos do plano espiritual.

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