faça sua pesquisa

terça-feira, 31 de março de 2020

APRENDENDO COM CHICO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Como demonstrado em duas postagens anteriores, (SERVE PARA TODOS e REFLETINDO COM CHICO XAVIER), a trajetória cumprida por Chico Xavier em sua ultima existência foi, paulatinamente, transformando-o num verdadeiro Mestre nos temas por ele tratados. Neste terceira parte, mais alguns ensinamentos para nossa reflexões. Revelam inclusive as agruras e desafios enfrentados pelo excepcional Ser humano admirado por todos. 1- Nosso perispírito ainda é matéria e estamos infinitamente longe da substância espiritual pura, sem a matéria qual a conhecemos em nosso veículo de manifestação.  2- A discussão, sem proveito, por mais de uma hora, é uma espécie de cachaça. Entontece e perturba.  3- Diz Emmanuel que “polemizar é remexer uma tina d’água, serviço vão que cansa os braços inutilmente. E se temos de remexer a água, debalde, melhor será distribuí-la, tão limpa quanto possível, com os sedentos que vão marchando conosco, em piores condições que as nossas”. 4- Como não temos tempo de parar a fim de contar histórias e alinhavar palestras, somos obrigados a deixar o problema por conta do Cristo. 5- Emmanuel costuma dizer-me que “quando aceitamos o incenso do mundo, vamos perdendo o contato com a Vontade de Deus”. 6- Os nossos Benfeitores Espirituais costumam afirmar que só os inúteis não possuem adversários e que a paz procurada pela maioria das criaturas é simplesmente a paz fantasiosa do cemitério. 7-O tempo é o maior selecionador do Cristo. 8- Que a calúnia siga o escuro caminho que lhe compete e, quanto a nós, com o amparo de Jesus, havemos de seguir pelo roteiro da boa vontade e do serviço incessante. (...) 9- A vida é uma luz que se alarga para todos. 10- O ataque fala sempre pé procedência. O trabalhador fiel ao bem não dispõe n de intenção, nem de tempo para assaltar o nome e serviço dos outros. 11- A Justiça Verdadeira vem das mãos de Deus. Enquanto nos acusam e condenam, prossigamos trabalhando. 12- O quadro deste mundo é justamente o que vemos — o mal não encontra dificuldades para expressar-se, mas o bem vive rodeado de obstáculos. 13- A missão do alicerce é a de suportar o peso de um edifício inteiro. Imaginemos o que seria de nós, se os nossos amigos espirituais solicitassem dispensa dos encargos a que os constrangemos. 14- Atravessamos uma época sombria, e num barco de compromissos graves como esse em que navegamos mais valerá sermos substituídos por ordem superior, a fim de que não nos seja imputada a culpa pela perturbação ou pelo soçobro de muitos. 15- Quanto às marteladas, nem de leve pensemos em diminuição delas. Enquanto estivermos por aqui e, principalmente, enquanto estivermos trabalhando, pelo mundo seremos aguilhoados e perseguidos sem pausa de descanso. 16- Que o Senhor não nos negue, por misericórdia, a oportunidade de algo sofrer e algo fazer, a benefício de nós mesmos, no resgate do pretérito escuro e triste. 17- Cada coração dá o que possui e, por isso, rogo ao Alto nos ajude e auxilie. 18- O antigo lema de Allan Kardec — “Fora da Caridade não há salvação” — é uma bandeira para todos. Compreendo que nos cabe defender a pureza doutrinária, mas, a título de “pureza doutrinária”, não podemos esquecer que estamos com o Divino Mestre numa obra de educação, a partir de nós mesmos. E como realizar essa obra se fugimos do próximo, alegando que o próximo não pensa como nós? 19- Emmanuel costuma dizer que “o Espiritismo, tanto quanto o Evangelho, é dinâmico” e somente agindo nos programas da Doutrina é que alcançaremos os seus objetivos de redenção. Se estivermos unidos no trabalho infatigável do bem, leais à boa consciência e firmes na prestação de serviço ao próximo, naturalmente colocaremos o Espiritismo no elevado nível em que deve situar-se, como legítimo orientador de quaisquer fenômenos de origem espiritual, sem perturbações e sem atritos. Isso, porém — diz-nos Emmanuel —, depende de nós e não de legendas religiosas, na feição literal. 20- Por vezes, sinto que o cansaço me atinge. Não é o desânimo. É uma aflição que não sei precisar bem se é do corpo para a alma ou da alma para o corpo.” 21- Sabes que não passo de pobre lutador em meio ao chão da vida terrestre. Sofro as vicissitudes do meu clima de serviço e trago nos meus ombros o fardo das provações que fiz por merecer.



 CORONAVÍRUS EM 6 ANGULOS DIFERENTES
5- Apesar de os Espíritos terem insistido que na Lei de Deus “não há efeito sem causa” – ou seja, nada acontece por acaso – , pois, o sofrimento humano, em qualquer circunstância, sempre tem sua razão de ser, Allan Kardec  quis saber das causas dos problemas que afetam as famílias, as comunidades, as nações e, enfim, a humanidade toda.
        Foi o Espírito Clélia Duplantier que veio esclarecer a questão. Como a finalidade da reencarnação é o aperfeiçoamento do Espírito, cada vez que reencarna, ela está se submetendo a uma nova experiência que deve contribuir para seu adiantamento. Nenhum Espírito nasce por acaso, E, quando nasce, ele traz consigo três níveis de compromisso.
        O primeiro é o compromisso consigo mesmo. Cada um de nós é responsável por sua vida e, por isso, não responde apenas pela sua própria sobrevivência, mas principalmente pela capacidade de conviver bem com seus semelhantes. O segundo nível é com a família e com aqueles com quem convive: cada um, além de pensar em si, deve contribuir para o bem dos que estão ao seu lado, participando de sua experiência de vida. E o terceiro compromisso é com a sociedade, ou mesmo com a humanidade, porque – queiramos ou  não, nesta vida, todos dependem de todos e, se estivermos unidos, saberemos caminhar junto, atuando pelo bem comum. Se estivermos desunidos e armados, todos nos destruiremos.
        Dessa colocação já podemos tirar várias conclusões sobre o que o coronavirus está querendo conosco. A maioria vê o COVID 19 (doença causada pelo coronavirus) apenas e tão somente como um grave problema. Segundo o Espiritismo, essa pandemia ou qualquer outra que nos antecedeu na História, faz parte de nosso currículo de aprendizagem. Ela não veio por acaso. Veio como prova.
        Você já percebeu que, sem problemas para resolver, nos acomodaríamos? Você já percebeu que os problemas servem para nos chamar a atenção sobre a necessidade de mudanças? Você já percebeu que a humanidade só evoluiu, ao longo dos milênios, porque enfrentou problemas e encontrou soluções?
        Num momento como este, em que todos nos sentimos ameaçados com a propagação da COVID 19, a atitude de cada um, diante da Lei de Deus ou de sua consciência, é de assumir o seu próprio papel, não apenas para se poupar ou para proteger sua família (o que é indispensável), mas também para ajudar a salvar a humanidade, a que todos pertencemos.
        É por isso que, por força da necessidade, vemos as autoridades do mundo todo se mobilizarem, esquecendo problemas menores e acionando recursos materiais e humanos para o combate à doença. Mas não só isso, também procurando esclarecer o povo de suas responsabilidades diante de uma situação crítica que, por ser tão crítica, não dispensa o esforço de ninguém. Toda pessoa – aqui ou em qualquer lugar do mundo – neste momento, deve estar engajada nessa luta pelo bem da humanidade. Temos que salvar a embarcação ou  todos vamos nos afogar.
        A questão, portanto, não se limita à maior ou menor gravidade da doença, mas ao estrago que ela já está e continuará fazendo, inclusive em termos econômicos, porque, se não conseguirmos controlar sua propagação, nosso país e o mundo todo conhecerão um grave período de recessão, que comprometerá a vida de todas as nações
        Século XXI. Já é hora de acordamos para a realidade ampla da vida. Sim, somos Espíritos imortais passando por uma experiência humana, mas esta experiência representa muito em nosso caminho evolutivo;  é o nosso campo de ação para o desenvolvimento de nossas potencialidades, o nosso estágio de aprendizado social e a oportunidade de aprendermos novos hábitos e desenvolvermos novas virtudes para sairmos daqui numa condição espiritual melhor do que quando aqui chegamos.




















segunda-feira, 30 de março de 2020

TRANSIÇÃO; PROGRESSO PLANETÁRIO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




              CORONAVÍRUS EM 6 ANGULOS DIFERENTES
5- Com certeza nunca tivemos uma experiência tão impactante, com tanta insegurança e apreensão em relação a uma epidemia, como a que estamos vivendo hoje. A partir do momento que a China alarmou o mundo sobre a dimensão do problema, que poderia se tornar uma pandemia, como de fato aconteceu, o mundo entrou em polvorosa e todas as áreas de atividade acabaram sendo afetadas.
Se, por um lado, sabemos do potencial de uma doença de fácil propagação, contra a qual temos que nos armar, por outro ficamos inseguros diante das incertezas de uma sociedade em pânico.
         A mídia, responsável pela informação, encontrou nesse episódio um farto manancial de trabalho, que vem explorando dia após dia e, sabe Deus, até quando. Com todo conhecimento e recursos de que podemos dispor atualmente, no campo da medicina e da pesquisa, a luta entre o homem e o vírus acaba se transformando numa verdadeira batalha em que, a esta altura, o homem ainda está em desvantagem.
         Tanto melhor para os órgãos informativos. Para quem informa, quanto mais demorado o fato, tanto melhor. A notícia, divulgada repetidas vezes e de forma dramática, contribui para que a população fique envolvida por um clima de insegurança e medo e, muitas vezes, de pânico.
         Neste caso, há duas posturas que as pessoas de bom senso sabem diferenciar:  a primeira é de quem não leva a sério as notícias. E a segunda, é a dos que se apavoram diante da profusão de informações, achando que não haverá solução, que tudo estaria perdido.
         Nem uma coisa, nem outra. A vida nos tem ensinado.
         Se abrimos O LIVRO DOS ESPÍRITOS, no capítulo dedicado à “Lei de Destruição”, passamos a entender que as calamidades naturais – como é o caso da COVID 19, é mais uma experiência que  humanidade tem que passar. Para o Espiritismo, mais do que o corpo, somos Espíritos imortais em processo de aperfeiçoamento, mas as experiências difíceis que experimentamos neste mundo fazem parte de nosso currículo de aprendizado.
         Então, não devemos ver apenas o lado negativo do problema, mas muito mais o que ele nos tem a oferecer. Isso tanto para a evolução espiritual dos indivíduos, como para o progresso geral da humanidade.
Você sabia que os períodos de maior prosperidade, nos mais variados setores da vida humana- como na ciência, por exemplo – aconteceram depois de grandes calamidades?
As doenças sempre nos ajudaram a perceber o valor da disciplina, a necessidade do estudo e a busca de aperfeiçoamento de nossas instituições para que haja mais justiça e mais solidariedade entre os homens. Quando nos voltamos para o problema com esses olhos, não só crescemos em entendimento e compreensão, como sentimos que é principalmente através das dificuldades que Deus nos aponta caminhos.
Sobre isso, Allan Kardec, em nota à questão 741 de O LIVRODOS ESPÍRITOS, afirmava há mais de 160 anos atrás: 
“Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso incluir na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fartais à produção da terra. Mas, o homem não encontrou na ciência, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e na irrigação, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou, pelo menos atenuar os desastres?(...) Que não fará o homem por seu bem estar material, quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando, ao cuidado de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade por seus semelhantes?”


        

















domingo, 29 de março de 2020

NÃO INTERESSA SABER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Reproduzindo o pensamento dos Espíritos que com ele trabalhavam, Chico Xavier disse certa vez que “morrer é apenas mudar de Plano Existencial como alguém que se transferisse de uma cidade para outra”. Apesar do incontestável fato de que todos morrerão um dia, e, extraordinário volume de documentos por ele gerados - especialmente nas últimas três décadas - através da sua mediunidade, a maioria das pessoas prefere ignorar o tema. Optam por sucumbir aos apelos do materialismo alienante, da frenética perseguição de metas e valores dos quais, a qualquer momento terão de se afastar motivado por um acidente, por um colapso em área vital do corpo físico, por uma doença qualquer. E, apesar da naturalidade do processo de mudança, do Espiritismo disponibilizar milhares de convincentes depoimentos de quem passou pela experiência, a verdade é que o que vai fazer a diferença é a forma como se viveu na Dimensão em que nos encontramos. Na obra NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, o Espírito André Luiz reproduz ponderação do Instrutor Áulus em que afirma que “-Trazemos conosco os sinais de nossos pensamentos, de nossas atividades e de nossas obras, e o túmulo nada mais faz que o banho revelador das imagens que escondemos no mundo, sob as vestes da carne”. Comparações entre depoimentos expostos por Allan Kardec na segunda parte d’ O CÉU E O INFERNO ou A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO, os obtidos através de Chico Xavier, mostram que a época não faz diferença. A situação do pós-morte, é, portanto, absolutamente pessoal, refletindo a realidade essencial, íntima, do individuo. No número de dezembro de 1860, da REVISTA ESPÍRITA, encontramos interessante caso incluído pelo editor. Trata-se de três comunicações de uma mulher de nome Clara, conhecida em vida da médium Sra Costel, revelando atroz sofrimento, justificado pela conduta e caráter sustentado enquanto encarnada. Era, segundo avaliação, dominada por um extremo egoísmo e personalismo, refletido, por sinal, na última comunicação por querer que a médium se ocupasse somente com ela. Na primeira mensagem, tentando explicar sua situação, sugere: -“Procura compreender o que é um dia que jamais acaba. É um dia, um ano, um século? Que serei eu? As horas não se marcam; as estações não variam; eterno e lento como a água que brota do rochedo, esse dia execrado, esse dia maldito pesa sobre mim como um estojo de chumbo... Sofro!... Nada vejo em volta de mim, senão sobras silenciosas e indiferentes... Sofro!”...  Na segunda: -“Minha desgraça cresce dia a dia; cresce à medida que o conhecimento da Eternidade se desenvolve em mim. Ó miséria! Quanto vos maldigo, horas culpadas, horas de egoísmo e de esquecimento em que, desconhecendo toda caridade, todo devotamento, eu só pensava no meu bem estar!”, sugerindo mais à frente: -“Que direi a ti, que me escutas? Vigia incessantemente sobre ti; amas aos outros mais que a ti mesma; não te demores nos caminhos do Bem estar; não engordes o teu corpo à custa de tua alma. Vigia, como dizia o Salvador a seus discípulos. Não me agradeças estes conselhos: meu Espírito os concebe, mas meu coração jamais os ouviu”. Na terceira: -“Venho procurar-te aqui, já que me esqueces. Crês que preces isoladas e o meu nome pronunciado bastarão para acalmar o meu sofrimento? (...) Eu quero, entende, eu quero que, deixando tuas dissertações filosóficas, te ocupes de mim; que os outros também se ocupem”. Solicitado a opinar, um guia espiritual da Sociedade Espírita de Paris disse: -“Esse quadro é verdadeiro, não estando, absolutamente exagerado. Talvez perguntem o que fez essa mulher para estar tão mal. Cometeu algum crime terrível? Roubou? Assassinou? Não. Nada fez que tivesse merecido a justiça dos homens. Ao contrário, divertia-se com aquilo a que chamai a felicidade terrena: beleza, fortuna, prazeres, adulação, tudo lhe sorria, nada lhe faltava e, vendo-a, assim, diziam: Que mulher feliz!. Invejavam sua sorte. Que fez ela? Foi egoísta; tinha tudo, menos um bom coração. Se não violou a lei dos homens, violou a Lei de Deus, porque desconheceu a caridade, a primeira das virtudes. Só amou a si mesma. Agora ninguém a ama. Não deu nada; nada lhe dão. Está isolada, cansada, abandonada, perdida no espaço, onde ninguém pensa nela, ninguém se ocupa com ela. Isso é o seu suplício. Como só buscou os prazeres mundanos que hoje não mais existem, fez-se o vazio em seu redor. Só vê o nada e o nada lhe parece a Eternidade. Não sofre torturas físicas; os diabos não vem atormentá-la, mas isto não é necessário. Ela própria se atormenta, sofre demasiado por que esses diabos seriam ainda seres que pensavam nela. O egoísmo constitui sua alegria na Terra; perseguiu-a. Agora é o verme que lhe rói o coração; é o seu verdadeiro demônio. Ah! Se os homens soubessem quanto lhes custa ser egoístas!. Entretanto, Deus vô-lo ensina todos os dias, pois vos envia tantos Espíritos egoístas à Terra para que, desde esta vida, eles se castiguem uns aos outros e melhor compreendam, pelo contraste, que a caridade é o único contra-veneno dessa lepra da Humanidade”.

 CORONAVÍRUS EM 6 ANGULOS DIFERENTES

4- Neste momento não há outro espaço nos noticiários do mundo: o coronavirus tomou conta de tudo. Se ele ainda não contaminou toda a população, contaminou pelo menos a imprensa e, tomando conta da imprensa, nos afetou a todos, porque hoje a informação é o maior poder do mundo. E, antes que o vírus ataque milhares ou milhões de corpos humanos que vivem neste planeta, todos vulneráveis à sua invasão, ele já atingiu, com certeza, a maior parte das mentes humanas, criando insegurança e medo, e levando muitos à perplexidade..  
Que será que está acontecendo no mundo?  Depois de 10 mil anos de civilização, cerca de 500 anos de ciência, em que fizemos inúmeras descobertas e invenções, traçando um caminho para um futuro promissor, o que nós, humanidade, deixamos de fazer?
Será o fim dos tempos? – perguntam alguns. Será este o cerco final que nos manterá refém de uma condição da qual não conseguiremos escapar? Onde erramos?
Neste momento de tanta insegurança e incerteza, muitos questionam, portanto,  se não estaríamos chegando ao fim do mundo e se o caos que estás sendo criado não seria castigo de Deus.
No Espiritismo não acreditamos em castigo divino; pelo contrário, acreditamos na misericórdia de Deus. Também, não acreditamos no fim, até porque, diante das leis da vida, todo fim é um recomeço e todo recomeço uma oportunidade a mais de aprendizado e evolução.
A Doutrina Espírita é o Consolador que procura reviver, em Espírito e Verdade, a mensagem simples e cristalina de Jesus. Utilizando a fé raciocinada, acredita que nada acontece por acaso, que não é por acaso que  a humanidade se vê obrigada a desacelerar seus passos e a parar. Parar para lutar contra um inimigo invisível que ameaça tomar conta do planeta, parar para refletir e estudar melhor o caminho que deve seguir daqui em diante, compreendendo que o apegos aos valores materiais, que nos tem feito tão egoístas e tão orgulhosos, não é solução para os nossos problemas, mas fatores de agravamento do sofrimento humano.
O homem, que se sente tão inteligente e tão poderoso, o que vai fazer de sua inteligência e de seu poder agora? Não seria mais sensato, além de tudo que está fazendo para conter a doença, rever a forma como tem vivido e redirecionar seus passos para o cultivo de bons sentimentos e a vivência da verdadeira fraternidade? De que valem as disputas pelo domínio, a corrida desenfreada pelo poder, transformando a vida num inferno de preconceitos, violência e miséria? “De que vale ao homem conquistar o mundo – na fala de Jesus – se perder a sua alma?”
O que fizemos de nossa alma, se nos prendemos demasiadamente aos interesses do aqui e agora?
Diante do perigo eminente, que nos ameaça de fora, somos obrigados a nos pacificar por dentro, esquecendo nossas diferenças,  deixando as rixas de lado e  buscando consolidar o bem de todos.
Somos todos passageiros de um grande navio que, de repente, precisa enfrentar uma ameaçadora tempestade que nos surpreendeu em alto mar.
Não adianta bradar contra as ondas. É preciso encontrar os meios de salvar a embarcação. E, para isso, todos vão precisar de todos e numa hora dessa, todos compreenderemos porque devemos nos tratar como irmãos.