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sexta-feira, 27 de março de 2020

O QUE NÃO ENXERGAMOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


O Espiritismo confirma o que já era conhecido por Culturas ancestrais: somos a continuidade de outras realidades imperceptíveis aos nossos sentidos físicos. No século 20, através da contribuição de inúmeros médiuns a realidade se alargou mais ainda, especialmente através de Chico Xavier. Na segunda obra do Espírito André Luiz, OS MENSAGEIROS (feb, 1944) comentário do Instrutor Aniceto dá uma ideia disso: - Há, porém, André, outros Mundos Sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas Esferas que se interpenetram. Outra Entidade informa que ‘cada uma dessas divisões compreende outras, conforme asseguram os Espíritos, distinguindo-se por vibrações distintas que se apuram à medida que se afastam do núcleo. No capítulo 1 do livro LIBERTAÇÃO (feb, 1), André Luiz nos repassa a informação que não temos Círculos Infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, Esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas e insubmissas criam zonas de tormentos reparadores. Semelhantes criaturas, no entanto, não se regeneram à força de palavras. Necessitam de amparo eficiente que lhes modifique o tom vibratório, elevando-lhes o modo de sentir e pensar. Para melhor entendimento, destacamos algumas imagens oferecidas por Espíritos em suas obras: 1- OS MENSAGEIROS,(feb, 1944, 34) - Entre dezoito e dezenove horas, atingimos uma casa singela de bairro modesto.  No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos dependuravam-se a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em contínuo vaivém. 2 - NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA, (10) - Um cooperador veio informar o Mentor sobre dolorosa ocorrência, que exigia a sua presença, generosa e sábia. Depois de registar o local do acontecimento, esse convidou-nos e partimos.  A regular distância do local para onde nos dirigíamos, vimos a agitação do aglomerado espiritual de características inferiores. A psicosfera densa tresandava, com odores carregados e desagradáveis. A turbamulta discutia, acaloradamente, e alguns truculentos marginais desencarnados se disputavam direitos sobre as pessoas que tombaram no lutuoso acontecimento. A menos de cem metros fomos recebidos pelo irmão Agenor, encarregado do atendimento naquela área com um grupo de servidores, que de pronto sintetizou a tragédia. Eram cinco jovens que pareciam embriagados e trafegavam com velocidade, quando outro veículo fez uma ultrapassagem rápida. O mesmo não concluíra o lance, quando freou violentamente em razão de um obstáculo à frente. Como também desenvolvesse alta velocidade e colhido pelo imprevisto, o jovem que vinha atrás tentou desviar-se, subindo ao passeio e chocando-se contra a balaustrada. O golpe muito forte rompeu a proteção, indo o carro cair nas águas lodosas do mangue, perecendo os seus ocupantes. ... Quando fomos vistos pelos Espíritos estúrdios, doestos e imprecações absurdas choveram sobre nós. Éramos quatro servidores em nome do Bem, enquanto os agressores formavam uma horda expressiva, ruidosa e agressiva. 3- CONSCIÊNCIA, (1) Uma luz negra dava ao ambiente um certo ar de mistério. As fisionomias das pessoas que ali se encontravam denotavam cansaço, peles amareladas e sem viço, olhares parados, lábios secos, cabelos úmidos de suor, bocas semi-abertas, mãos trêmulas. Os rapazes já deitados estavam sem suas camisas; as jovens, muitas delas bem crianças ainda, em peças sumárias. Luzes coloridas piscavam, aumentando o embalo da festa. Os desencarnados, dementados, aspiravam as emanações daqueles corpos doentes e intoxicados. 0 álcool misturado à droga tornava-os trapos humanos. No Plano Espiritual iniciamos o nosso auxílio. Espíritos desvairados disputavam, aos tapas, o contato com os dependentes. Em cada um deles podíamos ver grudados cerca de seis Espíritos desencarnados; muitos receberam os primeiros socorros, mesmo relutando, sendo isolados por uma proteção vibratória e, por mercê do Pai, foram adormecidos. Se a luz no Plano Físico era negra, no Espiritual mesclava-se de vermelho. Estupefato, pareceu-me ver apenas formas ovoides retorcendo-se e, principalmente, procurando colar-se ao cérebro e ao baço dos dependentes. (16) - Retornamos ao ambiente. Um jovem de dezesseis anos havia trazido cogumelo. Esse fungo, seco, não só foi misturado ao cigarro da maconha, como dele foi feito chá. Aí, sim, as alucinações foram terríveis. Isaac apressou-se a socorrer um garoto que se debatia; ele fazia a viagem, ignoravam o fato de que seu cérebro estava recebendo uma voltagem além da sua capacidade. Cercamo-lo, enquanto os médicos trabalhavam, mas os encarnados, felizes com a nova experiência, nem percebiam o seu desespero. Ali, aquele apartamento — que bem pode ser o apartamento ao seu lado — meia dúzia de jovens dilaceravam o seu corpo físico, violentando-o com doses letais. Quando dali saímos, perguntei a Enoque por que alguns deles jogavam fora a ponta que sobrava do baseado, dizendo: fica pro santo. Enoque riu, dizendo: — E você viu como os viciados desencarnados saboreavam as mutucas? Caso os viciados tivessem vidência ativa, veriam os tristes fatos que os rodeiam. Se no apartamento a turma era pequena, na parte espiritual eram disputados a tapa os corpos dos encarnados. Para os jovens, gostaríamos de escrever mais abertamente e talvez no futuro possamos fazê-lo. Contemplei condoído a cena: todos caídos, uns ressonando, outros apenas em viagem; as menininhas eram como sacos inúteis amontoados no chão. Alice falou-me: — Foi muito difícil viver ao lado dos suicidas, mas eles eram gente. Estes meninos estão tomando forma de animal e já não possuem raciocínio. Até onde irão? — Ao remorso — disse Karina.

             CORONAVÍRUS EM 6 ANGULOS DIFERENTES

 2-  Comentário de Ademar Junior. “Vi um vídeo de um famoso pastor que afirmava que o coronavirus é uma artimanha de satanás para espalhar o medo, deixando as pessoas frágeis e apavoradas. Depois parece que ele andou apagando esse vídeo.”
  Caro Ademar, acabamos de falar desse assunto. Não é assim que o Espiritismo vê. Problemas e dificuldades o ser humano sempre teve em todas as épocas, e continuará tendo, pois a vida será sempre um convite ao trabalho e ao progresso. Se tudo estivesse pronto e resolvido ao adentrarmos este mundo, perguntamos: o que estaríamos fazendo aqui?
 Na verdade, como ainda somos Espíritos pouco esclarecidos a respeito das leis da vida, ( estamos nos referindo , aqui, aos seres humanos em geral), buscamos facilidades e nos aborrecemos com os problemas. Tanto os problemas pessoais ( de cada um de nós), como problemas que afligem a família, a coletividade, o pais e a humanidade toda. Essa tendência ainda é muito comum. No entanto, sabemos – e a própria História da Humanidade nos dá conta disso – que o ser humano só chegou à condição em que se encontra hoje, porque, ao longo dos séculos e milênios, desde os tempos do homem da caverna,  ele enfrentou problemas e procurou os meios de resolvê-los.
 Temos imensa dificuldade de lidar com situações que atingem nossos interesses. Basta que alguém discorde de nós para que fiquemos aborrecidos, zangados -às vezes, inconformados e revoltados. Veja, por aí, como ainda somos crianças espirituais: não queremos ser contrariados. Falta em cada um de nós a virtude da humildade, ponto de partida de tudo quanto Jesus ensinou há dois mil anos. A humildade ( o contrário do orgulho) é o caminho para a verdade e, de posse da verdade, podemos compreender a extensão do amor, que é o contrário do egoísmo.
 Aliás, Jesus se utilizou de uma comparação muito apropriada quando falou das duas portas: a porta larga ( das facilidades e das comodidades ) e a porta estreita ( a porta do trabalho e dos desafios). Isso vale tanto para o indivíduo quanto para a coletividade. A humanidade, como um todo, tem os seus problemas, que nada mais são do que o reflexo da condição moral dos indivíduos que habitam este planeta. Ao longo de sua história, ela já conheceu inúmeros desastres, inúmeras calamidades, mas nem por isso desapareceu. Pelo contrário, o homem foi aprendendo a lidar com as dificuldades, a vencer obstáculos de toda ordem, alcançando um nível considerável de progresso.
  Para o Espiritismo só Deus existe, e Deus é o Bem Supremo. Dele vieram todas as coisas: é a causa e o fim de tudo. Por isso, é supremo; por isso é perfeito.  Isso quer dizer que não existe nenhuma outra força que possa se lhe opor. De modo que as calamidades, que acontecem no mundo, ou provêm do processo evolutivo da natureza que está em constante mudança ou decorre da ação do próprio homem. Contudo, mesmo assim, porque Deus é o Bem Supremo e não erra, até aquilo que julgamos um mal, na verdade, sempre concorre para o nosso bem.
  Se existem demônios, como muita gente ainda acredita, esses demônios somos nós mesmos, quando agimos com egoísmo e com espírito dominador. O próprio apóstolo Pedro, em determinado momento, foi chamado de satanás por Jesus, porque naquele momento ele agia mal. Sendo assim, Ademar, segundo a orientação espírita, não devemos ver neste episódio do coronavirus mais do que outro desafio que a humanidade precisa aprender a enfrentar. Não para se perder, mas para crescer, como veio crescendo através dos séculos, depois de ter vencido muitos obstáculos perigosos.
 Nós é que precisamos tirar uma lição de tudo disso. Já temos a dengue, o zika, a chicungunha, a febre amarela, o sarampo – outras tantas epidemias nos rondando. Será que temos aprendido a nos defender? Será que temos mudado nossos hábitos para ter uma vida mais saudável e mais segura? O que temos feito em nosso favor? O que temos feito pelo bem maior, que é a coletividade? Agora, Ademar, é o COVID-19. Será que saberemos atender os que as autoridades de saúde está recomendando?


















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