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quarta-feira, 11 de março de 2020

DOENÇAS PSÍQUICAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Allan Kardec comenta no capítulo 24 d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que ‘não pode haver mistérios absolutos, e Jesus está com a razão quando diz que não há nada de secreto que não deva ser revelado. Tudo o que está oculto será um dia descoberto’, acrescentando que se os Espíritos ainda não dizem tudo abertamente, não é por que haja na Doutrina mistérios reservados a privilegiados, nem por que coloquem a candeia debaixo do alqueire. Mas porque cada coisa deve vir no tempo oportuno. Eles dão a cada ideia o tempo de amadurecer e de se propagar antes de apresentarem uma outra, e dão aos acontecimentos o tempo de lhes preparar a aceitação’. Quase um século depois, um Espírito identificado pelo pseudônimo André Luiz com o auxilio de um médium brasileiro mais conhecido como Chico Xavier quase desconhecido à época materializa uma série de obras planejada por Entidades Superiores com fins de despertamento. A primeira revela a existência de uma colônia espiritual denominada NOSSO LAR, situada ao norte da cidade do Rio de Janeiro no Plano Invisível aos nossos olhos. Na segunda – OS MENSAGEIROS - revelará muitas observações a partir de sua integração em equipe designada para trabalhos no que ele chama de Crosta, a região ocupada pelos Espíritos encarnados que evoluem no Planeta Terra. Dentre as inúmeras revelações nela contidas, uma no capítulo 40 chama atenção. Refere-se às próprias percepções mais ampliadas que lhe permitem divisar realidade até então inimaginada. Diz ele: - Não observara, até então, o que agora verificava, extremamente surpreendido. Dantes, via somente os homens, os animais, veículos e edifícios chumbados ao solo. Agora, a visão dilatava-se. Reconhecia, de longe, o peso considerável do ar que se agarrava à superfície. Tive a impressão de que nadávamos em alta zona do mar de oxigênio, vendo em baixo, em águas turvas, enorme quantidade de irmãos nossos a se arrastarem pesadamente, metidos em escafandros muito densos, no fundo lodoso do Oceano. Antes que indagasse qualquer coisa ouviu de Aniceto, líder da equipe de que fazia parte: Estão vendo aquelas manchas escuras na via pública?  – São nuvens de bactérias variadas. Flutuam quase sempre também, em grupos compactos, obedecendo ao princípio das afinidades. Reparem aqueles arabescos de sombra... E indicava-nos certos edifícios e certas regiões citadinas. - Observem os grandes núcleos pardacentos ou completamente obscuros!... São zonas de matéria mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. Se demorarmos em nossas investigações, veremos igualmente os monstros que se arrastam nos passos das criaturas, atraídos por elas mesmas... E acrescentou: Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental. Como veem, o “orai e vigiai” do Evangelho tem profunda importância em qualquer situação e a qualquer tempo. Somente os homens de mentalidade positiva, na Esfera da Espiritualidade superior, conseguem sobrepor-se às influências múltiplas de natureza menos digna. A matéria mental emitida pelo homem inferior tem vida própria como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais. O homem terreno vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos, como almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a Medicina da alma absorverá a Medicina do corpo. Como afirmado pela Ciência materialista atualmente, o Universo da Microbiologia oferece entendimento para muitos dos problemas observados na saúde dos Seres Vivos, especialmente os humanos. Parte dessa compreensão vem através do Vírus observados inicialmente em 1892 e hoje perfazendo um total de mais de dois mil tipos. Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. São parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. Mas como agem sobre o corpo humano? Sabemos que a parte visível dos Seres dessa categoria é precedida por outra chamada Corpo Perispíritual, a qual, por sinal, dá forma à primeira desde sua concepção. A estrutura do Perispírito reveste, por sua vez o Espírito em evolução, na verdade o ‘operador’ de todo sistema integrado. Sem os extraordinários recursos óticos e de filtragem do Século 21, Allan Kardec quando da proposição do Espiritismo disponibilizou aos estudiosos as seguintes informações: - O perispírito dos encarnados, sendo de uma natureza idêntica à dos fluidos espirituais, assimila-os com facilidade, como uma esponja embebe-se de um líquido. Estes fluidos têm sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto pela sua expansão e sua radiação, confunde-se com ele. Estes fluidos, atuando sobre o perispírito, cada qual a seu turno, reagem sobre o organismo material com o qual esteja em contato molecular. Se os eflúvios forem de boa natureza, o corpo ressente-se de uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa; se as malignas forem permanentes e enérgicas, podem determinar desordens físicas. Certas doenças não têm outra causa.  O século 20 ampliou informações sobre a estrutura do Corpo Perispiritual dizendo que intermedia informações na dinâmica Espírito - corpo físico – Espírito através do que André Luiz chama de Centro de Força. Um dos mais importantes por estar ligado à saúde é o CENTRO CARDÍACO responsável pelo equilíbrio e intercâmbio das emoções (sentimentos). As violentas e descontroladas afetam diretamente a fisiologia do coração que pode sofrer até mesmo uma parada, provocando a morte. Esses desequilíbrios, por sua vez,  repercutem numa glândula situada nas suas proximidades chamada Timo, responsável pelo que se sabe hoje ao Sistema Imunológico do nosso corpo. Emoções fortes, Timo desarmonizado, diminui as barreiras que defendem nosso corpo da ação das microscópicas formas de vida como dos vigilantes Vírus e Bactérias, sempre a espreita das oportunidades de desarmonizarem a saúde do indivíduo.  Pelo que se ve, o repassado por André Luiz no livro citado no início dessa matéria explica os processos virais, individuais ou coletivos como o tão temido Coronavirus.

 Questão proposta pelo Cristiano, residente na cidade de Vera Cruz: “Qual a relação entre a frase “o amor cobre a multidão de pecados” com a Lei de Ação e Reação?”

Na verdade, Cristiano, quando Pedro proferiu essa frase, “o amor cobre a multidão de pecados”, ele quis dizer que todos podemos compensar nossos erros com o amor, e isso, sem dúvida, decorre da Lei de Ação e Reação, também conhecida como Lei de Causa e Efeito ou Lei da Causalidade.
Essa questão é quase matemática, pois nesse caso, os pecados, significam dividas e os atos de amor significam pagamentos. Por maior a dívida contraída, quando começamos a pagá-la, mesmo que seja em suaves prestações, automaticamente vamos amortizando o montante a pagar, até a cobertura total da dívida, o que certamente vai exigir algum tempo. Quanto tempo? Isso depende do ritmo de crescimento espiritual de cada um.
Do ponto de vista moral, Cristiano, pecar quer dizer “errar contra alguém, causar-lhe prejuízo, moral ou material”. Segundo o Espiritismo, por maior o prejuízo que causamos, por maior a dor que provocamos no outro, sempre haverá oportunidade de cobri-los, ainda que seja em longas e suaves parcelas de amor. Amor aqui, no sentido que Jesus usou esta palavra , é o amor fraterno, incondicional. Portanto, não é amor contemplação ou simplesmente amor declaração, mas o amor-ação que, no Espiritismo, damos o nome de caridade.
  Muita gente ainda pensa que caridade é apenas dar esmola ou socorrer alguém num momento de necessidade. Isso também é caridade, mas está longe de ser toda a caridade a que Jesus se referiu, quando falou do amor fraterno, do amor que respeita, que compreende, que se solidariza e até que se sacrifica em favor do próximo, como o samaritano da parábola.  Só a reiterada prática desse amor é capaz de anular os efeitos do pecado, à medida que vai amortizando e, portanto, diminuindo a dívida moral.
 No Espiritismo dá para entender bem esse mecanismo de amortização ou quitação gradativa da dívida pela lei da reencarnação. Isso porque não é possível alguém se redimir de seus erros e cobrir tudo que deve a todos numa única existência. Quase sempre levamos para a outra vida problemas não resolvidos, pendências não satisfeitas, em face do mal causado. Mas, reencarnando, passamos a ter oportunidade de ir cobrindo essas dívidas através da prática do bem, que é a única forma de manifestar o amor fraterno.
Fica clara, portanto, a frase de Pedro, quando fala que o amor cobre a multidão de pecados, pois isso acontece, não apenas numa existência – que, por sinal, pode ser muito curta – mas ao longo das existências sucessivas pelas quais o Espírito endividado vai passando. À medida que ele vai se despertando para os valores espirituais, fazendo o bem e evitando o mal ( ou seja, amando), ele vai se sentindo liberto da opressão que tanto suas vítimas, como sua própria consciência, exercem sobre ele.
Em última análise, Pedro quis dizer que o amor é o único caminho da felicidade ou da bem aventurança. Logo, todos os ensinamentos de Jesus  se resumem no amor fraterno, incondicional e sobretudo ativo, realizador, que é a caridade.  “Fora caridade não há salvação” – eis o lema da Doutrina Espírita,  Por isso o mandamento maior,  amai-vos uns aos outros, pois somente amando o próximo, que é filho de Deus, podemos amar a Deus.


















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