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domingo, 15 de março de 2020

APRENDEREMOS?; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Os acontecimentos recentes que paralisam a Humanidade do Planeta certamente oferecem uma lição inusitada com a qual não contávamos. Será, contudo que a aprenderemos?  Como o Espiritismo vê a questão? Dias atrás no conteúdo DOENÇAS PSÍQUICAS apresentamos neste BLOG a explicação de como processos virais surgem na nossa Dimensão encontrando meios de instalação e proliferação no corpo utilizados por nós Seres Humanos para evoluir. Uma explicação, na verdade revelada em 1943. A maioria esmagadora dos indivíduos de nossa espécie continuará ignorando-a. Como a própria Doutrina Espírita. A propósito, o astrônomo e médium Camille Flammarion,   no discurso proferido quando do sepultamento de Allan Kardec afirmou que ‘o Espiritismo não é uma religião, mas uma Ciência, da qual conhecemos apenas o a,b, c’. Sobre isso, o Codificador pondera que essencialmente positivo em suas crenças, ele repele todo misticismo, desde que não se entenda esta denominação, como o fazem os que em nada creem, à crença em Deus, na alma e na vida futura. Induz, é certo, os homens a se ocuparem seriamente com a Vida Espiritual, mas porque essa é a vida normal, sendo nela que se têm de cumprir os nossos destinos, pois que a Vida Terrestre é transitória, passageira. Pelas provas que apresenta da realidade da Vida Espiritual, ensina aos homens a não atribuírem mais que relativa importância às coisas deste mundo, dando-lhes assim força e coragem para suportar com paciência as vicissitudes da vida terrena. Ensina-lhes que, morrendo, não deixam para sempre este mundo; que podem a ele voltar, a fim de aperfeiçoarem sua educação intelectual e moral, a menos que já estejam bastante adiantados para merecerem passar a um mundo melhor; que os trabalhos e progressos que realizem, ou para cuja realização contribuam, lhes aproveitarão, concorrendo para que melhorada se lhes torne a posição futura.  Analisando sob o ponto de vista do grande pesquisador Allan Kardec o inusitado problema enfrentado pela Terra nesses dias, encontramos n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS o conteúdo a seguir para nossas reflexões. Escreveu: - Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às produções da Terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e quando, aos cuidados da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com os seus semelhantes?  Buscando colher informações com a Espiritualidade que o assessorava questionou: Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores? Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.— Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso? Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na Eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles. Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser. Se considerasseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao Infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar. Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo. Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e a abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.  A propósito dessa possibilidade, já no século 20, o Espírito Emmanuel através de Chico Xavier na obra O CONSOLADOR (feb;1940) acrescentou detalhes interessantes respondendo à pergunta: como se processa a provação coletiva? - Na provação coletiva verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O Mecanismo da Justiça, na Lei das Compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais, “doloroso acaso”, as circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam? Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por porem-no a braços com as mais aflitivas necessidades? Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo. Dado é ao homem evitar os flagelos que o afligem? Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.

 Problema trazido por leitora que não quer se identificar. “Trago o problema de uma amiga, que é mulata, e se casou há cerca de um ano com um homem branco, quase loiro. Acontece a família dele não a aceita. Não é uma guerra declarada, mas uma guerra silenciosa, que ela percebe e sofre, sem falar sobre isso com seu marido. Ela gosta muito dele e o admira. Sabe que ele percebe o problema, mas também não fala sobre isso, talvez para que não sofra ainda mais. Sabe que o Espiritismo é contra o preconceito, mas não vê como pode ajudar a amiga, além de ouvir suas lamentações e conversar com ela.

 Se você já leu algo sobre o Espiritismo (parece que sim) ou mesmo se acompanha nosso programa, deve saber o quanto a doutrina, seguindo os passos de Jesus, combate qualquer tipo de preconceito. Não é nada confortável a situação de sua amiga mas, sem dúvida, foi uma opção que ela e o marido fizeram, sabendo de antemão o que poderiam enfrentar. É claro que, no caso de jovens enamorados, sempre há uma expectativa de que as coisas vão melhorar e que, mais cedo ou mais tarde, ela acabará sendo aceita, até por força das circunstâncias.
 Também queremos acreditar que isso ainda aconteça, pois todos estamos sujeitos a mudanças, até por força do amadurecimento e dos sofrimentos que a vida nos impõe e o processo ininterrupto da evolução. Quem chega ao nível de compreensão do Espiritismo não pode concordar com o preconceito, pois – antes de sermos humanos ou de pertencermos a este ou àquele grupo racial ou social – somos Espíritos, e os Espíritos podem reencarnar em qualquer lugar, sexo, povo ou classe social.
 Sabendo disso, colocamo-nos ao lado de sua amiga e vemos em você uma atitude louvável em interceder por ela, pois, pelo visto trata-se de uma boa esposa, que não quer que seu marido sofra. Por outro lado, a mensagem espírita serve de apoio e orientação a quem passa por problema dessa natureza, pois para o Espiritismo todos somos iguais perante Deus e irmãos de um mesmo pai. Talvez não exista uma doutrina moderna que tenha tanto argumento contra qualquer tipo de preconceito como o Espiritismo.
  Todavia, dentro dos postulados espíritas de respeito e amor ao próximo, achamos que sua amiga deve continuar mantendo uma postura digna diante daqueles que não a aceitam. Isso é mais que importante,  é fundamental. Ela deve tomar cuidado para não cometer algum deslize que possa comprometer sua dignidade como pessoa humana e como esposa, a fim de que seus adversários não tenham em que se apegar para desautorizá-la ou criticá-la. Se ela quer manter seu casamento, tudo que puder fazer para alcançar esse objetivo vai atender aos anseios de sua consciência.
 Por certo virão filhos. Sobre isso você nada falou, mas certamente você ela está aguardando uma situação mais oportuna. Talvez seja por enquanto a melhor decisão, mas leve em consideração que os filhos podem ser uma chave de solução do problema. Mais cedo ou mais tarde – se ela conseguir souber manter o equilíbrio – até mais cedo do que pensa, a situação pode melhorar e até vir a se solucionar de forma definitiva.
 Uma sugestão seria aproximar-se do Espiritismo, até de maneira velada, para não complicar mais a situação. Você, cara ouvinte, poderia intermediar essa aproximação. A doutrina, com sua vasta bibliografia, quando compreendida na sua essência ajuda a fortalecer bons sentimentos, pode proporcionar-lhes mais argumentos para que  se mantenham com a consciência tranquila, ainda que sofrendo o desconforto da discriminação da qual sua amiga é vítima. Neste aspecto, o casal pode conversar, buscando ajuda para atender às necessidades espirituais deles e de sua família.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, neste momento, é o livro mais indicado, para começarem a ler, fazendo suas orações em favor dos familiares e de vocês mesmos. Por esse livro, eles poderão entender também por que está passando por esta situação, quais as causas anteriores dessa situação e de que modo procurarão superar esse obstáculo, mantendo a fé em Deus e a confiança em si mesmos. 

















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