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sexta-feira, 26 de julho de 2024

CEITIL POR CEITIL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A manhã daquele domingo, sete de julho de 1975, surgia como excitante perspectiva de dias de refazimento e lazer para o professor Oswaldo Peixoto Martins que partia da sua querida Campos (RJ), juntamente com a esposa Ruth Maria, os três filhos (Analice, Luciana e André Luiz) e a ama deles, na direção das férias escolares do meio de ano. Quilômetros após, contudo, um acidente no trecho recém-inaugurado da BR 101, entre Campos-Rio, nas imediações de Casimiro de Abreu (RJ), alteraria, para ele e a pajem Eliceia de Souza Batista, o destino anteriormente estabelecido, poupando a esposa e suas crianças. No capotamento ocorrido numa perambeira fora da estrada, o Professor Oswaldo foi projetado fora do veículo, sendo encontrado pela esposa caído numa região de brejo, com água que teria sido suficiente para mata-lo por afogamento, caso não houvesse sido retirado por ela para um lugar mais seco. Profissional do magistério que prestava serviços em três estabelecimentos de ensino da cidade em que vivia, o professor Oswaldo viveria ainda por quatro horas, desencarnando no Hospital da cidade de Macaé (RJ), para onde foi removido do local do acidente. Sua desencarnação repercutiu em toda Campos, pela sua reconhecida contribuição na formação de tantos talentos ao longo dos anos. Sua esposa, tanto quanto ele, atuante no movimento espírita, particularmente na Escola Jesus Cristo, de Campos (RJ), recebeu notícias do marido através de uma mensagem psicografada na noite de 5 de agosto de 1974, pelo médium Chico Xavier, em reunião na cidade de Peirópolis (MG), endereçada à Dona Hilda Mussa Tavares, dirigente da instituição a que serviam , presente no local da comunicação espiritual. Assinava-a Lenora, filha do casal, desencarnada sete anos antes. Na esclarecedora e confortadora carta, a menina pede à mãe não chorar mais à noite chamando o papai, porque isso vai até ele “sem que nós possamos saber como evitar-lhe a dor de querer dar resposta sem as forças precisas”. Afirma: -“Papai não está morto. Ele e a nossa companheira estão hospitalizados. Muitos amigos estão velando por nós”. O médium Chico Xavier, no tocante à linha da carta – estávamos com o papai Oswaldo no dia 7 -, revelou à dona Hilda, a destinatária da carta, que seu filho Carlinhos (Carlos Vítor Mussa Tavares), também desencarnado, contou que “na véspera do desastre que vitimara o Prof. Oswaldo, ele, em companhia de outros Amigos Espirituais, conduzira o Espírito das meninas Analaura( desencarnada com apenas dois meses onze anos antes) e Lenora até junto de seu pai Oswaldo, que se encontrava em uma reunião de professores na Escola Técnica Federal, ficando as duas meninas, desde aquele momento, em companhia do papai, a fim de ajuda-lo espiritualmente para a dolorosa provação da manhã do dia 7. Outro detalhe – aqui foi sono aplicado – confirmado por sua esposa, era a sonolência dizia estar sentindo momentos antes do acidente, comentando com a esposa estar se sentindo muito cansado, desejando interromper por isso a viagem, o que acabou não fazendo. Na verdade, eram providências da Espiritualidade para que não sentisse dores motivadas pelos impactos que seu corpo sofreria ao ser arremessado violentamente à distância. Oito anos depois, no dia 4 de setembro de 1982, o Professor Oswaldo, psicografaria através de Chico uma extensa e emocionada carta à esposa onde, a certa altura, relata que “após despertar na vida nova, começou a perguntar a si mesmo qual a motivação daquela prova, incomodando a tantos amigos, recorreu a tantos mentores para conhecer a causa do acidente que, parecia vir até nós, através do nada, que um orientador, embora conhecendo a sua incapacidade para suportar mergulhos prolongados nos domínios das recordações mais recônditas, relativamente a mim mesmo, conduziu- me a certo instituo em que a hipnose é examinada e praticada nos alicerces de profunda veneração pelos valores humanos e, em minutos, mostrou-me um quadro que ele mesmo desarquivara de passado recente, no qual me vi tutelado por ama generosa, na qual reconheci nossa estimada Elicéia. Em exposição rápida vi-me, ao lado dela combinando a precipitação de um adversário num pântano, desalojando-o da carruagem na qual processaria viagem longa. Não posso dizer o que se passou em mim. Pedi o adiamento para qualquer nova revelação, que me pudesse advir, ante a qual, se surgisse, não me sentiria preparado e continuo a esperar por mim mesmo, no sentido de retomar a experiência”.



Os pais deram tudo ao filho e sempre se preocuparam com ele. Quando ele cresce, rebela-se contra os pais. Será que ele é um Espírito inimigo ou está obsidiado? (Pai anônimo)


Não existe desafio mais complicado neste mundo do que a educação. Muitos pais, no anseio de dar tudo ao filho, esquecem de lhes dar o principal – a presença, a participação em suas vidas, porque é isso que vai lhes conquistar a confiança. Por incrível que pareça, até hoje se confunde conforto material com bem-estar espiritual. Neste sentido, educar está se tornando cada vez mais difícil, porque hoje os adultos estão sendo mais exigidos a uma participação social, muitas vezes relegando os compromissos do lar a um segundo plano.


Por outro lado, os Espíritos, que estão reencarnando atualmente – mais inteligentes e mais exigentes – não se contentam com pouco. Eles querem os pais mais perto. Eles estão a exigir, cada vez mais, a sua presença. Precisamos tomar consciência disso, antes que seja tarde, porque, depois que a criança cresce, o principal momento da educação já passou, e aí vêm as conseqüências desagradáveis.


É claro que pode ocorrer que um filho seja um Espírito inimigo do pai. Mas, se ele veio naquele lar, foi para ser reeducado, foi para se reatar ou reconquistar relações e, principalmente nesses casos, só a doação pessoal dos pais é que podem compensar algum prejuízo causado no passado. Portanto, é importante que os pais, antes de pensar em dar coisas, dêem amor os filhos. Amor, no sentido de se colocarem ao seu lado.


É claro que aqui não estamos falando em excessos de desvelo e carinho, mas de participação, lembrando que os excessos costumam ser tão danosos ou mais danosos ainda, do que a falta. A educação consiste em ensinar a criança a reconhecer limites. E o que os filhos querem de seus pais é senti-los próximos, não apenas no sentido espacial (pois, os pais frequentemente estão trabalhando), mas no sentido espiritual, moral – para que estabeleçam, desde cedo, laços de confiança e simpatia.


A ação de obsessores sobre crianças é mais raro, até porque a criança tem uma proteção especial da espiritualidade. Não devemos ir por este caminho. Devemos entender que toda iniciativa de melhorar as relações entre pais e filhos devem nascer dos pais, e que a educação terá um efeito positivo na criança quanto mais cedo estiverem preparados para isso.



A QUESTÃO DAS CURAS NA LÓGICA DE ALLAN KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Resultados obtidos na área da saúde por algumas pessoas através da assistência oferecida por alguns médiuns ou Centros Espiritas surpreendem e intrigam os que deles tomam conhecimento. Será verdade ou possível? Na sequencia em texto incluído na edição de março de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, o esclarecimento do Espiritismo: Consideradas unicamente do ponto de vista fisiológico, as doenças têm duas causas, que até hoje não foram distinguidas, e que não podiam ser apreciadas antes dos novos conhecimentos trazidos pelo Espiritismo. É da diferença destas duas causas que ressalta a possibilidade das curas instantâneas, em casos especiais, e não em todos. Certas moléstias têm sua causa original na própria alteração dos tecidos orgânicos; é a única que a Ciência admite até hoje. E como, para a remediar, não conhece senão as substâncias medicamentosas tangíveis, não compreende a ação de um fluido impalpável, tendo a vontade como propulsor. Entretanto, aí estão os curadores magnéticos para provar que não é uma ilusão. Na cura das doenças desta natureza, pelo influxo fluídico, há substituição das moléculas orgânicas mórbidas por moléculas sadias. É a história de uma velha casa, cujas pedras carcomidas são substituídas por boas pedras; tem-se sempre a mesma casa, mas restaurada e consolidada. (...) A substância fluídica produz um efeito análogo ao da substância medicamentosa, com esta diferença: sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constituintes, age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que o podem fazer as moléculas mais grosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, enquanto as da matéria são fixas e invariáveis e não podem aplicar- se senão em determinados casos. Tal é, em tese geral, o princípio sobre o qual repousam os tratamentos magnéticos. Acrescentemos sumariamente, e de memória, já que não podemos aprofundar aqui o assunto, que a ação dos remédios homeopáticos em doses infinitesimais, é baseada no mesmo princípio; a substância medicamentosa, levada pela divisão ao estado atômico, até certo ponto adquire as propriedades dos fluidos, menos, todavia, o princípio anímico, que existe nos fluidos animalizados e lhes dá qualidades especiais. Em resumo, trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução, na economia, de materiais sãos, substituindo materiais deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medicamentos ordinários in natura; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; enfim, pelo fluido magnético, que não é senão matéria espiritualizada. São três modos de reparação, ou melhor, de introdução e de assimilação dos elementos reparadores; todos os três estão igualmente na Natureza, e têm sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica por que um tem êxito onde outro fracassa, porquanto seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementarem e a se completarem, conforme as circunstâncias, mas dos quais nenhum tem lastro para se julgar a panacéia universal do gênero humano. Cada um desses meios poderá, pois, ser eficaz, se empregado a propósito e adequado à especialidade do mal.



Minha mãe, durante toda sua vida, ouviu vozes. “Hoje ela está com 92 anos e o médico diz que é esclerose devido à idade. O que vocês acham?”

Evidentemente, o médico, nada sabendo de Espiritismo, e desconhecendo o histórico de sua mãe, só pode atribuir suas percepções a causas físicas, no caso, ao envelhecimento. Popularmente, a esclerose é mais conhecida como uma degeneração própria da idade que vai aos poucos avançando, podendo levar a pessoa a episódios de delírio ou alucinação.

No caso, em questão, se sua mãe já veio tendo experiências de clariaudiência ao longo da vida, o que ela apresenta hoje, aos 92 anos, não pode ser apenas e tão somente um simples episódio de alucinação, embora devamos reconhecer que, no caso, a mediunidade se vê comprometida pelos seus problemas de saúde e pela sua condição emocional.

Em várias obras espíritas, inclusive nas obras de Allan Kardec, vemos referências à fase final da existência física, quando o Espírito, com o enfraquecimento do corpo, vai aos poucos descortinando o mundo espiritual. Kardec chama de emancipação da alma a esse fenômeno, que só pode ser bem observado no paciente por pessoas que têm conhecimento espírita, inclusive médiuns, e que sabem avaliar o significado desses momentos.

Com o avançar da idade é natural que os laços, que prendem o Espírito ao corpo vão se afrouxando pouco a pouco, dando lugar a uma série de percepções, mais presentes em algumas pessoas e menos presentes em outras. No entanto, em meio a tais percepções espirituais também existe a influência do organismo que está se debilitando, perdendo o domínio sobre várias funções, inclusive o discernimento.

Se a percepção mediúnica já não é tão clara em momentos em que o médium está em plena lucidez, evidentemente, se torna mais confusa nos anos derradeiros de sua vida, razão porque muitas vezes a percepção do mundo espiritual se mistura com a forma distorcida de vê-lo ou interpretá-lo. Enquanto isso, a senilidade avançada tende a distanciar cada vez mais a pessoa da realidade física, até que o Espírito se liberte do corpo.

Por outro lado, não devem faltar assistência e acompanhamento médico ao idoso, sem se esquecer da assistência espiritual que precisa receber. Essa assistência começa na formação de um ambiente de tranquilidade e paz, que lhe proporcione condições de repouso. A prece, o passe e a água fluidificada complementam esse atendimento e lhe proporcionam a assistência integral corpo-espírito.