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sexta-feira, 26 de abril de 2024

ALLAN KARDEC E OS SERVIÇOS DE CURA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Observa-se na atualidade, especialmente, na área da abrangência da cidade de São Paulo (SP), a eclosão de inúmeros trabalhos focados na cura de doentes de toda espécie. Embora a finalidade precípua do Espiritismo seja despertar a consciência da individualidade que, na verdade, é a verdadeira responsável pela manifestação das enfermidades, as quais funcionam como filtros ou freios para as tendências viciosas do Espírito ainda ignorante quanto à sua razão de existir, o fato é que tais mecanismos de auxílio podem levar a criatura a se aperceber que a vida não se resume ao tempo de permanência nesta Dimensão. Houve algo antes e haverá um depois. Desse modo os esforços nessa área cumprem um papel igualmente importante. Na REVISTA ESPÍRITA de novembro de 1866, Allan Kardec desenvolve interessante matéria sobre a questão, da qual destacamos alguns pontos para a reflexão de dirigentes, trabalhadores ou mesmo assistidos, para que os processos obsessivos não se constituam na verdade por traz dos “fenômenos” observados: 1- Há uma diferença radical entre os médiuns curadores e os que obtêm prescrições médicas da parte dos Espíritos. Estes em nada diferem dos médiuns escreventes ordinários, a não ser pela especialidade das comunicações. Os primeiros curam só pela ação fluídica, em mais ou menos tempo, às vezes, instantaneamente, sem o emprego de qualquer remédio. O poder curativo está todo, inteiro no fluido depurado a que servem de condutores. 2- A Teoria deste fenômeno foi suficientemente explicada para provar que entra na ordem das Leis Naturais e que nada há de miraculoso. É o produto de uma aptidão especial, tão independente da vontade quanto todas as outras faculdades mediúnicas; não é um talento que se possa adquirir; não se faz um médium curador como se faz um médico. 3- A aptidão para curar é inerente ao médium, mas o exercício da faculdade só tem lugar com o concurso dos Espíritos. De onde se segue que se os Espíritos não querem, ou não querem mais servir-se dele, é como um instrumento sem músico, e nada obtém. Pode, pois, perder instantaneamente a sua faculdade, o que exclui a possibilidade de transformá-la em profissão. 4- Um outro ponto a considerar é que sendo esta faculdade fundada em leis naturais, tem limites traçados pelas mesmas. Compreende-se que a ação fluídica possa dar a sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna um verdadeiro agente terapêutico; mas é evidente que não pode remediar a ausência ou a destruição de um órgão, o que seria um verdadeiro milagre. Há, pois, doenças fundamentalmente incuráveis, e seria ilusão crer que a mediunidade curadora vá livrar a Humanidade de todas as suas enfermidades. 5- Há que levar em conta a variedade de nuanças apresentadas por esta faculdade, que está longe de ser uniforme em todos os que a possuem. Ela se apresenta sob aspectos muito diversos. Em razão do grau de desenvolvimento do poder, a ação é mais ou menos rápida, extensa e ou circunscrita. Tal médium triunfa sobre certas moléstias em certas pessoas e, em dadas circunstâncias e falha completamente em casos aparentemente idênticos. 6- Opera-se neste fenômeno uma verdadeira reação química, análoga à produzida por certos medicamentos. Atuando o fluido como agente terapêutico, sua ação varia conforme as propriedades que recebe das qualidades do fluido pessoal do médium. Ora devido ao temperamento e à constituição deste último, o fluido está impregnado de elementos diversos, que lhe dão propriedades especiais. Daí resulta uma ação diferente, conforme a natureza da desordem orgânica; esta ação pode ser, pois, enérgica, muito poderosa em certos casos e nula em outros. 7- Só a experiência pode dar conhecer a especialidade e a extensão da aptidão; mas, em princípio, pode dizer-se que não há médiuns curadores universais. 8- A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estuda-las; que a natureza tem leis e recursos que eles ignoram; que o elemento espiritual, que eles desconhecem, não é uma quimera, e que quando o levarem em conta, abrirão novos horizontes à ciência e terão mais êxitos que agora. 9- Há, pois, para o médium curador a necessidade absoluta de se conciliar o concurso dos Espíritos Superiores, se quiser conservar e desenvolver sua faculdade, senão, em vez de crescer ela declina e desaparece pelo afastamento dos bons Espíritos. A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração, a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir”.



Eu gostaria de saber por que têm pessoas que, logo que morrem, já dão comunicação, e outras que nunca se comunicam? Eu nunca recebi uma palavra de minha mãe, desde que ela morreu, faz 10 anos, e eu e ela sempre tivemos uma ligação muito grande. Depois que ela morreu, eu só pude vê-la em sonho uma vez, mas gostaria de receber uma mensagem, pois isso me daria muito conforto. ( M.C.S.O.)


As coisas nem sempre são como imaginamos. Entretanto, é bom que você saiba que as comunicações através de médiuns não são tão simples como é para nós pegar um telefone e ligar para outra pessoa à distância. É claro que, mesmo para telefonar para alguém, antes de tudo é preciso que eu tenha um telefone em condições de chamar e que a pessoa, do outro lado, também tenha um telefone para receber a ligação. As manifestações mediúnicas, também, dependem de várias condições.


Se você viu o filme “Ghost”, deve ter verificado como foi difícil para o rapaz desencarnado entrar em contato com a namorada; e o motivo era urgente!... As comunicações mediúnicas dependem de vários fatores como, por exemplo: a vontade do comunicante, a suas condições emocionais e espirituais ( às vezes, ele quer, mas não consegue), a disponibilidade de médium (nem todo médium serve para um determinado Espírito; é preciso haver sintonia mental entre ambos), a insegurança do comunicante ( que não quer decepcionar e que tem medo de não se fazer acreditado), a disponibilidade do familiar ( onde ele está, se pode ter acesso a um centro ou a um médium), e assim por diante.


A maior dificuldade de uma comunicação mediúnica reside, entretanto, no médium. Temendo que sua mensagem seja deturpada, o Espírito pode não se comunicar, porque não confia no médium. Entretanto, cara ouvinte, a comunicação com os entes queridos desencarnados não se dão apenas e tão somente através de médiuns. Elas ocorrem frequentemente durante o nosso sono, como foi o seu caso, que sonhou com sua mãe. Com certeza, embora você se lembre de um sonho, devem ter havido muitas outras ocasiões de que você não se lembra, razão pela qual sua mãe ficou tranqüila.


Mas, se você se preparar melhor interiormente, porque essa receptividade depende muito de nossas condições íntimas, é bem possível que, daqui em diante, você volte a se encontrar mais vezes com sua mãe. A receptividade é muito importante para isso, no sem tido de possibilitar que esse contato espiritual, gravado no inconsciente, venha para o consciente, e promova a lembrança. De resto, podemos lhe dizer que as comunicações mediúnicas não interessam a todos os Espíritos, da mesma forma que nós, os encarnados, sempre escolhemos um meio mais adequado de nos comunicar uns com os outros.