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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

O ESPÍRITO GASTRONOMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Gosto da boa mesa e das mulheres; viva o melão e a lagosta, o café e o licor!” ditou numa reunião espírita particular um Espírito, sob o nome de Baltazar, por meio de batidasEntendendo que “tais disposições de um habitante do outro mundo poderia dar lugar a um estudo sério, do qual poder-se-ia tirar um ensinamento instrutivo sobre as faculdades e sensações do Espíritos”, Allan Kardec resolveu evocá-lo na reunião da Sociedade Espírita de Paris, na reunião de 19 de outubro de 1860, conforme explica em matéria inserida no número da REVISTA ESPÍRITA, de novembro daquele ano. Buscava ainda obter mais informações sobre a fisiologia do corpo espiritual ou períspirito. Nas catorze perguntas a ele dirigidas, Baltazar ofereceu vários elementos para nossas reflexões. Um deles que estava “desencarnado há 30 anos, tendo morrido aos 80 de idadetendo sido advogado, neto e filho de gastrônomos – seus pais eram financistas que na antiga monarquia contratavam a cobrança de impostos -, e, lamentando estar diante de uma grande mesa vazia de alimentos, indagado como se serviria se estivesse carregada, respondeu que “sentiria seu aroma, como outrora lhes saboreava o gosto”. Comentando a colocação, Kardec diz: -“Sabemos que os Espíritos tem nossas sensações e percebem os odores tão bem quanto os sons. Não podendo comer, um Espírito material e sensual se repasta da emanação dos alimentos; saboreia-os pelo olfato, como em vida o fazia pelo paladar. Há, pois, algo de material em seu prazer; mas como, na verdade, há mais desejo do que realidade, este mesmo prazer, aguilhoando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas”. Sobre se seu corpo fluídico possuía um estômago, disse: “-um estomago fluídico também, onde só os aromas podem passar”. Questionado se vendo comidas gostosas sentia vontade de comer, usou interessante analogia para se explicar: -“Para mim, esses alimentos são o que são as flores para vós: cheirais, mas não comeis. Isso vos contenta. Então, também me satisfaço. Se, sentia prazer vendo os outros comerem, disse que “muito, quando estou perto”. Se, experimentava necessidade de comer e beber, esclareceu que necessidade, não; mas desejo, sim, sempre. Solicitado a explicar se o desejo ficava plenamente satisfeito pelo cheiro aspirado, se era a coisa se realmente comesse, contra argumentou: -“É como se eu vos perguntasse se a vista de um objeto que desejais ardentemente vos substitui a posse desse objeto”. Se o desejo que experimentava era um suplício por não haver prazer real, falou que “um suplício maior do que pensais. Mas, procuro atordoar-me, criando-me uma ilusão”. Ampliando a abordagem, Kardec lhe pergunta se dormia algumas vezes, apurando que não, ocupando-se por “rodar um pouco por toda parte, percorrendo feiras e mercados, vendo chegar a pesca, com isto se ocupando”. Se via Espíritos mais felizes que ele, disse que sim, alguns cuja felicidade consiste em louvar a Deus, o que não conhece pois seus pensamento roçam pela terra, finalizando a entrevista respondendo desconhecer as causas que os tornam mais felizes que ele, não as apreciando, como aquele que não sabe o que é um prato preferido e não o aprecia”. Ao se despedir, concluiu que talvez chegue a isso e, que iria procurar um jantarzinho muito delicioso e suculento”. Analisando a manifestação, Kardec diz que Baltazar “faz parte dessa classe numerosa de seres invisíveis que não se elevaram em nada acima da condição da Humanidade. Só tem de menos o corpo material, mas suas ideias são exatamente as mesmas. Não é um mau Espírito, não tem contra si senão a sensualidade, que, ao mesmo tempo, é para ele um suplício e um prazer; como Espírito, não é muito infeliz; é até feliz ao seu modo. Mas, Deus sabe o que o espera em nova existência! Uma triste volta, poderá fazê-lo bem refletir e desenvolver o senso moral, ainda abafado pela preponderância dos sentidos”. Um século depois, o Espírito André Luiz, através de Chico Xavier, discorrendo sobre a alimentação escreveu que “desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético”...



Os gêmeos xifópagos são dois Espíritos, cada qual com sua individualidade e seu perispírito? Por que isso acontece? ( Leninha)


Em primeiro lugar, vamos explicar o que são gêmeos xifópagos. São gêmeos que nascem unidos pelo tronco. O termo XIFÓPAGO provém de XIFÓIDE, apêndice terminal de um osso chamado ESTERNO, situado na frente do tórax onde se unem as costelas. Isto porque muitos xifópagos estudados eram unidos por esta parte do corpo. Mas ligações físicas podem se efetuar por diversos órgãos ou segmentos corporais, inclusive inviabilizando a gestação.


A medicina considera que esses casos – aliás, raríssimos – ocorrem por causa de um erro no código genético. Gêmeos idênticos são gerados a partir de uma mesma célula-ovo, que se separa até o nono dia de gestação. Segundo uma corrente de cientistas, quando há atraso nessa separação, pode ocorrer casos de gêmeos xifópagos, também conhecidos por siameses. Outra explicação é a separação incompleta de uma mesma célula, que daria origem apenas a um bebê.


Seja qual for a explicação científica, os casos são raros, mas causam grande impacto emocional, principalmente para os pais. Com o grande avanço medicina, hoje muitos casos já podem ser recuperados através de um delicado procedimento cirúrgico, quando se dá a separação das crianças, mas isso depende quase sempre das condições financeiras dos pais, principalmente nos países pobres. Na verdade, gêmeos xifópagos são duas crianças e, portanto, dois Espíritos. Do ponto de vista espírita não é difícil compreender que todos os casos de animálias de nascimento, além das causas genéticas ou congênitas, devem ter causas espirituais – ou seja, problemas de existências anteriores.


Segundo o princípio da causalidade, que é uma lei da natureza – “ não há efeito sem causa” – Com certeza, a irresistível atração entre os Espíritos pode provocar referida anomalia, mas isso as causas que determinaram essa situação depende de cada caso, pois essa atração sempre resulta numa situação extremamente desconfortável. Alguns Espíritos dizem que o ódio ou o sentimento de culpa entre os Espíritos podem provocar situações com essa.


O Dr. Ricardo Di Bernardi, médico em Santa Catarina, afirma que “Espíritos, que se odeiam, por exemplo, mantêm um fluxo de energia entre si, prendendo-se reciprocamente. Em muitas circunstâncias não há possibilidade, a curta e mesmo a médio prazo, de se dissolver estas ligações para a recuperação psíquica dos envolvidos.” Desse modo, em nível humano, a condição desses Espíritos, com certeza, está ligada a situações anteriores de convivência, em outras encarnações. Contudo, a misericórdia de Deus permite que, com o progresso da medicina, até situações como essa possam ser amenizadas através de procedimentos cirúrgicos adequados.


Os gêmeos xifópagos, como dissemos, representa um caso doloroso para os pais e muitos mais para esses Espíritos. Sem a lei da reencarnação, não teríamos como explicar a razão de tão grandes sofrimentos. Desse modo, conceber que a vida é uma só e que Deus decide como quiser as condições em que cada um nasce neste mundo, seria absurdo do ponto de vista de sua Justiça, de sua Bondade e de sua Perfeição.

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