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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

SUGESTIVA AMOSTRAGEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Considerando a prevalência do Plano Espiritual ou dos Universos Paralelos sobre a nossa realidade, torna-se importante ampliarmos nossos conhecimentos sobre os habitantes dessas Dimensões. Pioneiro nas prospecções sobre o assunto, Allan Kardec deixou-nos um legado disponibilizando elementos importantes para cogitações e reflexões sobre a influência que deles recebemos. Abrindo a segunda parte d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, em que aborda o Mundo Espírita ou dos Espíritos, desenvolve alguns raciocínios sobre uma Escala Espírita, resultante de uma classificação fundamentada no grau de desenvolvimento dos Espíritos, nas qualidades por eles adquiridas e nas imperfeições de que ainda não se livraram. Ressalva, contudo que ela nada tem de absoluta, podendo-se formar um número maior ou menor de classes, conforme o modo porque se considerar o assunto. Salienta que os Espíritos não pertencem para sempre e exclusivamente a esta ou àquela classe, realizando seu progresso gradualmente e como muitas vezes se efetua mais num sentido que noutro, eles podem reunir as características de várias categorias. Numa visão mais abrangente, na edição de outubro de 1858 da REVISTA ESPÍRITA, na matéria em que aborda o tema OBSEDADOS E SUBJUGADOS, alinha alguns pontos importantes para entendermos como eles agem em nossas vidas: 1) Os Espíritos não são iguais nem em poder, nem em conhecimento, nem em sabedoria. Como não passam de almas desembaraçadas de seu invólucro corporal, ainda apresentam uma variedade maior que a que encontramos entre os homens da Terra, por isso que vem de todos os mundos, e porque entre os mundos a Terra nem é o mais atrasado, nem o mais adiantado. Há, pois, Espíritos muito superiores, como os há muito inferiores; muitos bons e maus; muitos sábios e muitos ignorantes; há os levianos, mentirosos, astutos, hipócritas, etc. 2) Estamos incessantemente cercados por uma nuvem de Espíritos que, nem por serem invisíveis aos nossos olhos materiais, deixam de estar no espaço, em redor de nós, aos lado, espiando nossos atos, lendo nossos pensamentos, uns para nos fazer bem, outros para nos fazer mal, segundo os Espíritos bons ou maus. 3) Pela inferioridade física e moral de nossos Globo na hierarquia dos mundos, os Espíritos inferiores aqui são mais numerosos que os superiores. 4) Entre os Espíritos que nos cercam, há os que se ligam a nós, que agem mais particularmente sobre o nosso pensamento, aconselham-nos, e cujo impulso seguimos sem nos apercebermos. 5) Ligam-se os Espíritos inferiores àqueles que os ouvem, junto aos quais tem acesso e aos quais se agarram. Se conseguirem estabelecer domínio sobre alguém, identificam-se com o seu próprio Espírito, fascinam-no, obsediam-no, subjugam-no e o conduzem como se fosse uma criança. Aprofundando mais o tema, elucida que a obsessão jamais se dá senão por Espíritos inferiores. Os bons Espíritos não produzem nenhum constrangimento: aconselham, combatem a influência dos maus que afastam-se, desde que não sejam ouvidos”. No que tange ao grau de constrangimento e a natureza dos efeitos que produz, ele é que marca a diferença entre a obsessão simples, a subjugação e a fascinação. A obsessão, elucida, é a ação quase permanente de um Espírito estranho, que leva a pessoa a ser solicitada por uma necessidade incessante de agir desta ou daquela maneira e de fazer isto ou aquilo”. A fascinação, “é uma espécie de ilusão produzida ora pela ação direta de um Espírito estranho, ora por seus raciocínios capciosos; e esta ilusão produz um logro sobre as coisas morais, falseia o julgamento e leva a toma-se o mal pelo Bem. A subjugaçãoé uma ligação moral que paralisa a vontade de quem a sofre, impelindo a pessoa às mais desarrazoadas ações e, por vezes, às mais contrárias ao seu próprio interesse”. Considera Kardec que “por sua vontade, a pessoa pode sempre neutralizar a influência dos Espíritos imperfeitos, porque em virtude de seu livre arbítrio, há escolha entre o Bem e o mal. Se o constrangimento chegou a ponto de paralisar a vontade e se a fascinação é tão grande que oblitera a razão, então a vontade de uma terceira pessoa pode substituí-la”.


Eu sinto que a humanidade chegou ao limite com tanta violência e maldade que existem neste mundo. Os fatos, que estão acontecendo, causam pavor em todos nós. Parece que não há mais respeito e consideração pelo semelhante. A violência está aumentando ou invés de diminuir. Aonde vamos chegar?


Não temos dúvida de que este é um tema muito presente. Mas, ao contrário do que se pode pensar, ele não é nada novo, pois a violência sempre se fez presente de forma ostensiva na história da humanidade. Por mais que tenhamos progredido material e intelectualmente, ainda não superamos nossos impulsos agressivos, de modo que a violência está nos mais diferentes lugares: desde a violência doméstica, dentro de nossa casa, em nosso ambiente de trabalho ou na comunidade, até aquela que se verifica em nível internacional, como o terrorismo e a guerra.


Na Bíblia, livro sagrado dos judeus e cristãos, a violência está representada na figura de Caim que matou seu irmão Abel, indicando que, desde a antiguidade mais remota, já se tinha consciência de que jamais pudemos nos livrar dela. E isso não está apenas na Bíblia, mas nos livros sagrados de todos os povos e religiões do mundo. Afinal, o que é a história, senão o relato de guerras – invasões, conquistas, escravização e tantos problemas terríveis causados pela fome do poder e pela ambição humana?


N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, lemos que a guerra resulta da inferioridade moral do homem, do egoísmo, do orgulho, da fome do poder, da ignorância – tudo em relação aos bens materiais ou às vantagens imediatas que queremos ter, aqui e agora, mesmo que isso venha em prejuízos dos outros. É o que acontece dentro de casa, na relação entre as pessoas mais próximas e que, muitas vezes, dizem que se amam. Acontece em toda a vida social, pois a nossa visão é de que vale a lei do mais forte, de onde deriva todo sofrimento.


É claro que há mais violência agora do que no passado, pois no passado éramos poucos; hoje a população do globo aumentou muito. No tempo de Jesus a Terra devia ter em torno de algumas centenas de milhões de habitantes; hoje somos cerca de 8 bilhões, ou seja, mais de vinte vezes aquela população; e, nós sabemos que, quanto maior a aglomeração humana, principalmente nos grandes centros, mais conflitos de interesses, mais disputa e competição, mais conflitos e violência. Além do mais, sabemos muito pouco da violência real que existiu no passado, porque no passado mais distante não havia a facilidade de comunicação que temos hoje.


Um outro fator, que contribui para essa visão negativa do mundo, é o fato de valorizarmos demais os fatos violentos. Eles sempre aparecem mais do que o dia-a-dia pacífico e tranqüilo das pessoas e das coletividades. Sabemos que boa notícia não tem audiência, nem vende jornal, sendo que, na verdade, essa violência que nos assusta não é bem a regra do que está acontecendo, é a exceção. Contudo, não podemos ignorar o quanto ainda temos de caminhar individualmente para extirpar esse mal do mundo.


Apesar de estarmos num momento diferente, em que a legislação dos paises, em geral, são contra a violência, na verdade ainda não superamos o egoísmo e por isso continuamos batendo uns nos outros. De fato, é para se preocupar. Contudo, Emmanuel nos lembra muito bem, apoiado nos ensinamentos de Jesus, que deveríamos começar a exercitar o amor ao semelhante, pois a mudança da humanidade deve começar através da mudança de cada um de nós. Ele chega a dizer que, se nós não estamos conseguimos resolver os problemas menores que existem dentro de nossa própria casa, como queremos resolver os problemas maiores e mais complicados do mundo.


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