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domingo, 10 de dezembro de 2023

CHOCANTE, MAS LÓGICO; EM BUSCA SA VERDADE COM O PROFESSOR

 

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Considerando o perfil dos Espíritos ligados ao Planeta Terra no seu processo evolutivo apresentado no capítulo 3 d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, entende-se parte da realidade observada atualmente. Acrescentando a isso o fato de que numa hipotética existência de 60 anos, apenas v20 são aproveitados, visto que 20 dispende-se no sono físico, e outros 20 no processo de ascensão à vida adulta, deduz-se quanto é moroso o progresso da Individualidade. A análise de Allan Kardec reproduzida na REVISTA ESPÍRITA de janeiro de 1864 em resposta a um leitor dá uma dimensão do problema: -“Ignoramos absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações da alma; é um desses princípios das coisas que estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são criadas simples e ignorantes, tendo todas, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que a alma tem consciência bastante clara de si mesma, para ser responsável por seus atos; não é senão após a centésima, talvez após a milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento de sua inteligência; é assim, por exemplo, que um selvagem que come os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, no entanto, já se acham bem longe de seu ponto de partida. Durante longos períodos, a alma encarnada é submetida à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa a séria responsabilidade. (...) Se houvesse acaso ou fatalidade, toda responsabilidade seria injusta. Como dissemos, o Espírito fica num estado inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência não se faz senão aos poucos e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age livremente e com conhecimento de causa. (...) A Terra já foi, mas não é mais, um mundo primitivo; os mais atrasados seres humanos encontrados em sua superfície já se despojaram das primeiras fraldas da encarnação e os nossos selvagens estão em progresso, comparativamente ao que eram antes que seu Espírito viesse encarnar neste Globo Que se julgue agora o número de existências necessárias a esses selvagens para transpor todos os degraus que os separam da mais adiantada civilização; todos esses degraus intermediários se acham na Terra sem solução de continuidade e se pode segui-los observando as nuances que distinguem os diferentes povos; só o começo e o fim aí não se encontram; para nós o começo se perde nas profundezas do passado, que não nos é dado penetrar. Aliás, isto pouco importa, pois tal conhecimento em nada nos adiantaria. Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à nossa felicidade futura; portanto, estudemo-nos, a fim de nos aperfeiçoarmos. No ponto em que estamos a inteligência está bastante desenvolvida para permitir ao homem julgar sensatamente o bem e o mal, e é também deste ponto que a sua responsabilidade é mais seriamente empenhada, já que não mais se pode dizer o que dizia Jesus: “Perdoai-lhes, Senhor, porque não sabem o que fazem.”


A questão, que vamos tratar agora, vem da Adriana Regina, do Jardim Brasil, e diz o seguinte: “Hoje a gente ouve falar muito em amor a si mesmo. Parece que não é bem isso que aprendemos na vida, porque quase sempre agimos como pessoas egoístas, queremos tudo para nós e nada para os outros. Ora, se nós já somos egoístas, será que amar-se mais não vai aumentar ainda mais o nosso egoísmo?”

Não temos dúvida, Adriana, de que precisamos nos amar. Aliás, o primeiro compromisso que cada um tem nesta vida é consigo mesmo. Porém, esse amor para consigo significa aceitar-se como é, procurando melhorar sempre; cuidar-se para viver bem e para viver mais tempo possível nesta vida, evitando abusos e extravagâncias que possam comprometer a saúde e a vida. Isso é o mínimo que cada um deve esperar de si mesmo, para o cumprimento de sua missão na Terra. Amar-se significa dar a si o valor que realmente tem e compreender que Deus quer o melhor para nós, porque Deus nos ama a todos.

O problema do autoamor (ou do amor a si mesmo) está em saber como amar-se, até porque tudo na natureza tem limite. Vamos fazer uma reflexão sobre isso. Jesus foi categórico quando disse “amai o próximo como a si mesmo”. O que podemos entender dessa expressão? Naturalmente que o mesmo amor que cada um tem por si, deve ter para com o seu próximo. Se eu quero o meu bem-estar, devo desejar o mesmo para os outros. No entanto, há pessoas que não se respeitam a si mesmas. Elas se agridem, violentam-se, destroem sua saúde, acomodam-se na ignorância e tornam-se intratáveis, rudes e difíceis. Isso significa que elas não se amam. Ora., se elas não se amam, como poderão amar o próximo?.

Quando falava de amor ao próximo, Jesus estava querendo dizer que o amor não pode estar confinado em nós, como ele fosse apenas para nós. Tanto erra aquele que se despreza e se destrói, quanto aquele que só pensa em si, destruindo os outros. O amor precisa ser distribuído entre todos com quem convivemos. O amor confinado, guardado, recusado ao outro, é o que chamamos de egoísmo, e acaba se transformando em doença. Para Jesus, portanto, o amor – para ser amor - precisa ser compartilhado. Desta colocação, podemos tirar algumas conclusões importantes, Adriana.

Primeira: se não nos amamos, não podemos amar o próximo; quem não está bem consigo mesmo, não pode estar bem com ninguém. Segunda conclusão: se dirigimos todo amor a nós mesmos, ou seja, o que chamamos de egoísmo, guardamos o amor só para nós, e também não podemos amar o próximo. Terceira: será que sabemos nos amar? Será que esse apego, que sentimos por nós, preocupando-nos apenas conosco, como se fossemos a pessoa mais importante do mundo – será que isso é amor?

Alguns estudos espíritas nos têm levado à conclusão que, quase sempre, não sabemos nos amar. Existe em nós muita rejeição por nós mesmos – uma espécie de autopunição porque não somos o que queríamos ser e nem temos o que queríamos ter. Muitos não se aceitam, mas não têm consciência disso: pensa que se amam, mas se odeiam e se machucam, provocando ou agravando enfermidades. Vivem em conflito íntimo, querendo ser o que não são.

Você, por exemplo, está contente consigo mesma? Quando estamos bem conosco mesmos, agradecemos a Deus todos os dias pela maravilha da vida. Mas quando o conflito se instala dentro de nós, por mais que lutemos pelos nossos interesses, na verdade estamos nos guerreando, estamos nos punindo, não estamos nos aceitando como somos. E, quando isso acontece, torna-se impossível amar o próximo, simplesmente porque ainda não aprendemos a nos amar nem a nós mesmos.


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