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domingo, 3 de agosto de 2025

  A OBSESSÃO NA VISÃO DO ESPÍRITO DE UM MÉDICO DESENCARNADO (Parte 1); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Quando, em 1952,  assumiu a direção do Grupo que recolocaria o médium Chico Xavier no trabalho de desobsessão interrompido desde a morte de José Xavier anos antes, Arnaldo Rocha solicitou ao Espírito Emmanuel que apresentasse material sobre o assunto ouvindo dele que iria pensar. Dias depois, apresentou ao Grupo de trabalhadores através do médium o Espírito do Dr Francisco Menezes Dias da Cruz, explicando ser profundo conhecedor do assunto. Este repassou psicofonicamente pelo Chico algumas mensagens focando sob diferentes ângulos a temática, material posteriormente aproveitado nas obras INSTRUÇÕES PSICOFONICAS e VOZES DO GRANDE ALÉM, publicados pela editora da FEB. Desde o surgimento do ESPIRITISMO um século antes, muito se avançou na compreensão da influência revelada pela Espiritualidade na questão 459 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS que explicita quea influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos é maior do que cremos porque, frequentemente, são eles que nos dirigem”. Na REVISTA ESPÍRITA de outubro de 1858, três anos, portanto antes do surgimento d’O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec já tinha escrito que a “obsessão é a ação quase permanente de um Espírito que leva a pessoa a ser solicitada por uma necessidade incessante de agir desta ou daquela maneira e de fazer isto ou aquilo”. Já no século 20, no surpreendente livro PENSAMENTO E VIDA, Emmanuel explicou que “Obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si” e que “Não há, obsessão unilateral, nutrindo-se toda ocorrência desta espécie à base de intercâmbio mais ou menos completo”. A observação desde o surgimento das Obras Básicas demonstrou que o processos obsessivos podem ser de dois tipos: 1- INDIVIDUAL   / 2- COLETIVO, expressando-se de forma CONSCIENTE    / INCONSCIENTE, podendo evoluir da obsessão simples para: Fascinação uma espécie de ilusão produzida, ora pela ação direta de um Espírito estranho, ora por seus raciocínios capciosos; e esta ilusão produz um logro sobre as coisas morais, falseia o julgamento e leva a tomar-se o mal pelo Bem. e Subjugação (ou possessão) ligação moral que paralisa a vontade de quem a sofre, impelindo a pessoa às mais desarrazoadas ações e, por vezes, às mais contrárias ao seu próprio interesse. As CONDIÇÕES NECESSÁRIAS para sua instalação dependerão sempre da situação do Espírito desencarnado derivada de dependências desenvolvidas enquanto  esteve encarnado. Os FATORES INDUTORES são as substancias aditivas (álcool, drogas, etc); comportamentos emocionais (trocas de energias); comportamentos sensoriais (sexo, alimentação); desejo de vingança por divergências originadas em vidas anteriores (lesões afetivas, prejuízos); ações coletivas objetivando disseminar a desordem (familiar e social) dificultando a evolução planetária. Por quais indícios poderíamos indentificá-los: 1 -   Desestruturação Familiar 2 -   Descontentamento e Desencanto resultantes de críticas sofridas ou feitas 3 -   Ânsia dissimulada pelo poder 4 -   Encantamento e Deslumbramento por si mesmo 5 - Atração e Fixação em temas ligados à sexualidade desequilibrada ( sexo promíscuo, fora do casamento, na mente de pessoas pervertidas, desejo de prazer custe o que custar, etc) 6 -   Agressividade descontrolada no trânsito, em casa, no trabalho 7 -    Interesse anormal por minúcias de crimes bárbaros, violências passionais 8 -  Crescimento incessante do consumo de álcool, drogas, sexo descompromissado, liberação dos sentidos primitivos. 9 -    Vulgarização pela televisão dos costumes através de programas com fachadas de populares, exaltando valores supérfluos, liberalidade sexual, importância do sucesso a qualquer custo, o despropósito dos bons princípios, a astúcia para levar vantagem em tudo o enaltecimento das futilidades e dos falsos heróis. Atualmente sabemos quea mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura” e quea obsessão em qualquer tipo pelo qual se expresse, está profundamente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura”. Sendo assim, “pensamento é a base de tudo, alavanca de ligação para o Bem e para o mal. Aprendemos também que “o pensamento é atributo característico do Ser espiritual, da individualidade”. Aprendemos também que o pensamento é FLUIDO, matéria, radiação mental;   que “pensamentos modificam propriedades dos FLUIDOS, os quais são veículos do pensamento;
que  além dos pensamentos comuns (experiência rotineira), emitimos com mais frequência os pensamentos nascidos dodesejo-centralque nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade”. EXEMPLIFICANDO: Crueldade é o reflexo do criminoso,  cobiça é o reflexo do usurário,  maledicência é o reflexo do caluniador,  escárnio é o reflexo do ironista ,   irritação é o reflexo do desequilibrado,    elevação moral é o reflexo do santo. Sendo assim, “emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida, - agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos. Assimilamos dos outros o que damos e nós. Entre emissão e recepção, prevalece o imperativo da sintonia.  Acumuladores, retemos forças construtivas ou destrutivas que geramos. Atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes. Determo-nos em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influência, sobre nós e sobre os outros. Focando na DINÂMICA DA OBSESSÃO EM PROCESSOS INTENCIONAIS veremos que as Estratégias/ Vantagens dos Espíritos desencarnados, fundamentam-se na  1 - Invisibilidade 2 - Disponibilidade de Tempo   3 – Individualismo 4 -Ambição ilimitada  5 -Propensão a todo tipo de tentação  6 -Fraqueza, Imperfeição, egoísmo 7 - Fé vacilante e fraca  8 - Sexo desvirtuado  9- Campo mental favorável ( vaidade, sentimento de inveja) 10-   Projeções Mentais dirigidas.  (segue)

COM A PALAVRA O PROFESSOR JOSÉ BENEVIDES CAVALCANTE 


   “Se Deus criou Adão e Eva imperfeitos e moralmente fracos, eles só poderiam desobedecê-lo. Mas, por causa disso, Deus os expulsou do paraíso, como está escrito na Bíblia. Então, eu pergunto, por que Deus os criou?  Eles nem poderiam ser castigados, porque não pediram para ser criados, porque não tinham culpa de serem imperfeitos e porque eram vítimas indefesas do Todo-Poderoso.. Será que Deus não sabia o que estava fazendo?  ( João Luiz Mangeli – Marília)

 

João Luiz, boa a pergunta!... Você está usando o raciocínio para compreender uma narrativa que, do nosso ponto de vista do homem de hoje, não é lógica e, portanto, do ponto de vista da razão, não pode ser entendida. Na verdade, a criação bíblica do homem é um mito. O que é mito? Mito é toda narrativa da antiguidade, em que o homem procurava explicar as coisas pela forma como imaginava que tivesse sido. Os mitos sempre envolvem poderes mágicos e sobrenaturais e existem em todas as culturas antigas, inclusive a dos hebreus, autores de um dos mitos da criação.

 

  Será, portanto, que eles estavam errados? Não, propriamente. Era essa a forma como podiam conceber Deus. Cada povo concebia suas divindades da sua maneira. Aliás, toda concepção humana é imperfeita. Até hoje, passados milhares de anos, o Deus que nós concebemos também é imperfeito, porque nossa inteligência é limitada e não pode compreender a perfeição. Com certeza, Deus é muito mais do que qualquer um de nós pode imaginar. É algo que ainda está fora de nossas cogitações. Muito mal estamos tentando conhecer o mundo concreto, e nem sequer conhecemos a nós mesmos.

 

No “Gênese”, primeiro livro da Bíblia, livro atribuído a Moisés, fala-se da criação. Era assim que o homem, vários séculos antes de Cristo, imaginava que fosse. E assim ficou na concepção popular do povo ocidental, até porque, nesse passado distante toda informação, todo conhecimento passava de geração em geração através da palavra falada – a chamada tradição oral, até alguém, depois de muito tempo, escrevia alguma coisa. A escrita era algo muito raro e difícil e a grande maioria não sabia ler.

 

É claro que, hoje, quando pensamos em Deus como a Suprema Perfeição, não podemos conceber que ele cometa algum erro, que se engane a respeito do que for. Caso contrário, não pode ser Deus. Mas, a idéia de Deus – ou seja da Perfeição – é algo que não cabe em nossa cabeça. O universo é extraordinariamente imenso para imaginarmos, sequer, a extensão de tudo que foi criado, de modo que, não podendo compreender nem mesmo a criação, como é que vamos compreender o Criador?

 

Quando Jesus esteve entre nós, sendo um Espírito de elevados conhecimentos, ele procurou simplificar a idéia de Deus para o seu povo, tirando de Deus tudo aquilo que manchava sua imagem. Por exemplo, ele tirou aquela imagem de um deus imperfeito, fraco, vingativo, violento. Ele procurou tirar tudo isso da cabeça do povo, e buscou uma figura mansa,  terna, bondosa, compreensiva – que é o pai. Assim, Jesus chamou Deus de Pai, porque era de um pai que o povo precisava, e não de um rei cheio de caprichos e violento.

 

Portanto, João Luiz, a idéia de Deus – como tudo neste mundo – veio sofrendo modificações ao longo dos séculos, de modo que aquele deus de Moisés ficou para trás. Os profetas que o sucederam e, principalmente, Jesus mudou completamente essa concepção, e trouxe para o homem de hoje a idéia de Deus, nosso Pai, como a suprema perfeição.


 

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