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sábado, 16 de agosto de 2025

FASCINANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 “Segundo a Teoria das Supercordas, mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. A surpreendente afirmação do Físico Marcelo Gleyser no livro CRIAÇÃO IMPERFEITA (2010, record) abre caminho para inúmeras reflexões e cogitações sobre a realidade em meio à qual vivemos. Nesse sentido, o Espiritismo com mais de 130 anos já oferecia avançada resposta através da questão 85 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS quando Allan Kardec reproduz a revelação dos autores espirituais da obra dizendo ser o “Mundo Espiritual mais importante que o Material, pois, de lá tudo procede e retorna”. Chico Xavier tinha tres anos quando na Inglaterra o reverendo George Vale Owen recebeu mediúnicamente uma série de mensagens de sua mãe, enfeixadas em 1920 no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb)  onde ela detalhava aspectos do Espiritual em que vivia após sua morte. Mais de uma década depois, o médium brasileiro tinha publicada a segunda obra da sua extensa produção mediúnica, onde aquela que foi sua mãe na encarnação encerrada em 2002, contava sua versão do que era a realidade da outra Dimensão encontrada depois de sua desencarnação em 1905. Cerca de nove anos depois, Chico Xavier ampliaria o conjunto dessas informações oferecendo-nos o primeiro da série escrita pelo Espírito do médico oculto no pseudônimo André Luiz, denominada NOSSO LAR minudenciando as interações entre os diferentes Planos Existenciais.  Em meio à recepção dos títulos da dita sequencia, o Espírito do professor, jornalista e cronista mineiro Abel Gomes, daria sua colaboração na ampliação das informações sobre a Vida no Plano Espiritual, em extensa e interessante mensagem incluída no quase desconhecido FALANDO A TERRA (1952, feb). Para se ter uma ideia da riqueza de detalhes da informação, reproduzimos um trecho das mesmas: - As inteligências aqui se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou freqüência vibratória, em que se encontram. Tenho visitado vastas colônias representativas de civilizações há muito tempo extintas para a observação terrestre. Costumes, artes e fenômenos linguísticos podem ser estudados, com admiráveis minudências, nas raízes que os produziram no tempo. A alma liberta adianta-se sem apego à retaguarda, esquecendo antigas fórmulas, como o pinto que estraçalha e olvida o ovo em que nasceu, abandonando o envoltório inútil e construtor em busca do oxigênio livre e do largo horizonte, na consolidação das suas asas; em contraposição, existem milhões de Espíritos, apaixonados pela forma, que se obstinam naquelas colônias, por muito tempo, até que abalos afetivos ou consciências os constranjam à frente ou ao renascimento no campo físico. Cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize. Não há surpresa para a ciência comum, neste n, porquanto, mesmo na Terra, muitas vezes, numa só área reduzida vivem o cristal e a árvore, a ameba e o pulgão, o peixe e o batráquio, o réptil e a formiga, o cão e a ave, o homem rude e o homem civilizado, respirando o mesmo oxigênio, alimentando-se de elementos químicos idênticos, e cada qual em mundo à parte. Além daqueles que sofrem deformidades psíquicas deploráveis, manifestadas no tecido sutil do corpo espiritual, não é difícil encontrarmos personalidades diversas, sem a capa física, vivendo mentalmente em épocas distanciadas. Habitualmente se reúnem àqueles que lhes comungam as ideias e as lembranças, formando com recordações estagnadas a moldura nevoenta dos quadros íntimos em que vivem, a plasmarem paisagem muito semelhante às que o grande vidente florentino descreveu na Divina Comédia. Há infernos purgatórios de muitas categorias. Correspondem à forma de pesadelo ou de remorso que a alma criou para si mesma. Tais organizações, que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem, são compreensíveis e justas. Onde há milhares de criaturas humanas, clamando contra si mesmas, chocadas pelas imagens e gritos da consciência, criando quadros 

aflitivos e dolorosos, o pavor e o sofrimento fazem domicílio. Aqui, as leis magnéticas se exprimem de maneira positiva e simples.



 

– Se eu entendi bem, a mediunidade, de que to Espiritismo fala, não acontece apenas entre os espíritas, mas entre pessoas de todas as religiões e, até mesmo, entre aquelas que não tem religião nenhuma. Segundo o Espiritismo, portanto, a mediunidade é um fenômeno universal, conforme podemos ler na Bíblia, no Alcorão e nos livros sagrados de todas as religiões. O que, no catolicismo, se chama de milagre, no Espiritismo se chama de mediunidade. È assim mesmo que o Espiritismo trata o assunto? (Ouvinte católico)

 

Exatamente. Há mais de 168 anos atrás, o Espiritismo surgiu para estudar e explicar esses fenômenos extraordinários, que vinham sendo visto em todas as épocas, apenas  como derrogação das leis da natureza. Por exemplo: a aparição ou a comunicação de pessoas falecidas, a previsão de fatos futuros, a produção de fenômenos físicos sem causa aparente, curas espirituais que a medicina não pode explicar, entre outros. A religião sempre ensinou que esse tipo de fenômeno contraria as leis naturais e só através deles torna-se possível comprovar a intervenção divina.

 

Isso quer dizer que a natureza e todos os fenômenos comuns da natureza, segundo essa crença, não são suficientes para provar a existência de Deus. Ora, para o Espiritismo a grandeza de Deus não está na derrogação de sua lei; pelo contrário, está no cumprimento dessa lei, porque ela é perfeita. Por isso, milagre acontece diariamente, com um novo raiar de sol, com a chuva, com o vento, com a vida que viceja sobre a terra, com os minerais, com os vegetais e com a flora  - e, principalmente o ser humano, com sua extraordinária inteligência e capacidade de realização.

 

Os fenômenos, chamados espíritas, ao longo da História, por falta de conhecimento sobre a vida espiritual, eram causa de temor. A Doutrina Espírita veio mostrar que eles são naturais, até porque o Espírito pertence à natureza – o Espírito não é sobrenatural, como comumente se pensa.  E mais que isso: nós todos, seres humanos, somos Espíritos – momentaneamente encarnados – porque, depois da morte do corpo, retornamos à nossa condição original de Espíritos desencarnados, mas cada um continua sendo ele mesmo, com sua individualidade e sua maneira de pensar.

 

Conta-se que Dom João Bosco, bispo católico, que viveu no século XIX, certa noite, foi surpreendido por sua mãe conversando no quarto com um desconhecido. Tratava-se de Luís Cômollo, seu amigo que, há muito, tinha falecido. João Bosco tratava essa questão em segredo, certamente receoso de que seu comportamento de médium vidente pudesse ser levado a conta de loucura. Mais tarde, Dona Margarida, sua mãe veio a falecer e, certo dia, ele pôde conversar também com a mãe, que lhe contou ter sofrido bastante, depois de passar por uma região purgatorial, mas que agora encontrava-se no céu.


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