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quinta-feira, 16 de março de 2023

UMA ENTREVISTA SURPREENDENTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Um dos países mais habitados do Planeta, a Índia conserva tradições milenares que denotam, especialmente em relação à condição da mulher, o quanto parte de seu povo precisa avançar no caminho do progresso espiritual. Episódios recentes envolvendo estupros coletivos estampados nos noticiários internacionais mostram que a inspiração, por exemplo, de grande parte do que se conhece hoje no aspecto religioso, da comunicação através da escrita, perdeu-se na esteira do tempo, desfigurado em milhares de seitas derivadas da chamada zoolatria, simbolizando as divindades de devoção a milhares de criaturas humanas. Aqueles Espíritos exilados do Sistema Capela alocados por Jesus naquela região da Terra, que detentores de maiores conhecimentos sobre os aspectos filosófico/religiosos, devem tem cumprido suas tarefas, liberando-se para seguir seus programas evolutivos em outras das moradas da Imensidão do Cosmos. Além do casamento infantil, uma das tradições sustentada pela cultura hindu era o cerimonial do sacrifício da esposa viúva, amarrada e sacrificada viva na fogueira da pira onde o corpo de seu marido era cremado, pela “humilhação de seu pai viver enquanto seu marido morrera”. Conhecida como sati, apesar da proibição governamental, persiste pelas dezenas de relatos de ocorrências nas últimas décadas, exigindo um esforço contínuo por parte das autoridades para sua erradicação, bem como a variação do enterramento vivo, em regiões onde a prática excepcional do enterramento prevalece. A propósito, no item 232 d’ O LIVRO DOS MÉDIUNS, recolhemos a informação que “se tomarmos cada povo em particular, poderemos, pelo caráter dominante dos habitantes, pelas suas preocupações, seus sentimentos mais ou menos morais e humanitários, dizer de que ordem são os Espíritos que, de preferência, se reúnem no seio dele”. Nas pesquisas da Sociedade Espírita de Paris, o assunto foi pesquisado, como revelado na edição de dezembro de 1858 da REVISTA ESPÍRITA. Anota Kardec: -“Desejávamos interrogar uma dessas mulheres da Índia, sujeitas ao costume de queimar-se sobre o cadáver do marido. Não conhecendo nenhuma, tínhamos pedido a São Luiz nos enviasse uma em condições de responder às nossas perguntas de maneira satisfatória. Ele nos respondeu que de boa vontade o faria oportunamente. Na sessão de 2 de novembro de 1858, o Sr. Adrien, médium vidente, avistou uma, disposta a falar, e dela nos deu a seguinte descrição: Olhos negros e grandes, com a esclerótica amarela, rosto arredondado, faces salientes e gordas, pele açafroada e trigueira, cílios longos e supercílios arqueados e negros; nariz um pouco grande, ligeiramente achatado; boca grande e sensual, belos dentes largos e iguais; cabelos lisos, abundantes, negros e empastados de gordura. Corpo bem gordo, grande e atarracado. Roupagem de seda, deixando o peito meio descoberto. Pulseiras nos braços e nas pernas”. As onze perguntas que constituíram a entrevista feita por Kardec resultaram em informações interessantes para nossas reflexões. 1- Quanto a época em que viveu na Índia e teve seu corpo queimado com o do marido, sinalizou não se lembrar, dado fornecido pelo dirigentes espiritual dos trabalhos que disse ter sido cem anos antes. 2 – Chamara-se Fátima, tendo professado a religião maometana e, embora tendo nascido muçulmana, por ser mulher, teve de se conformar com o costume da região onde morava, submetendo-se à religião do marido que era seguidor de Brahma, considerando que as mulheres não se pertencem. 3 – Que tinha 20 anos quando morreu. 4 – Sobre se teria se sacrificado voluntariamente, disse que no fundo teria preferido não fazê-lo, pensamento comum entre as mulheres que precisavam seguir o costume. 5 – Que o sentimento que poderia ter ditado esta lei foi a superstição por imaginarem que queimando a esposa juntamente com o corpo do marido, agradavam à Divindade, crendo que resgatavam as faltas daquele que perderam, ajudando-o a viver feliz no outros mundo. 6 – Que nunca procurara rever seu marido. 7 - Que poucas mulheres se sacrificavam de boa vontade - uma em mil -, embora no fundo não desejassem fazê-lo. 8 – Que no momento em que se extinguiu sua vida corporal experimentou perturbação, sentindo um escurecimento, não sabendo o que se passou depois, sendo que suas ideias se tornaram claras muito tempo depois; que ia a toda parte, embora não se vendo bem; que ainda não se sentia completamente esclarecida, necessitando passar por muitas encarnações para se elevar, más que não se queimaria mais por não ver a necessidade de alguém atirar-se às chamas a fim de levar-se, sobretudo por faltas que não cometeu” Terminando por pedir preces em seu favor para ter mais coragem a fim de suportar as provas a ela enviadas, ouve Kardec observar que as preces que lhe seriam oferecidas seriam cristãs e responde: -“Só há um Deus para todos os homens”. Concluindo a matéria, há o seguinte comentário: -“Em várias sessões seguidas, a mesma mulher foi vista entre os Espíritos que as assistiam. Disse que vinha para instruir-se. Parece que foi sensível ao interesse por ela demonstrado, porque nos acompanhou em várias outras reuniões e até na rua”.



Gosto muito da Prece de Cáritas. Gostaria de saber quem é seu autor e se ela surgiu no Espiritismo ou já existia antes?

Cáritas é o nome dado por um espírito que se comunicava através de uma  das grandes médiuns do século XIX , conhecida por Madame W. Krell. Ela trabalhava num grupo da cidade de Bordéus, na França. Madame Krell foi uma das grandes psicógrafas da história do Espiritismo. Por ela vieram muitos textos em prosa e poesia, atribuídos a escritores e figuras proeminentes da História, como os escritores franceses, Lamartine, Alexandre Dumas, Pascal, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, e o inglês Edgard Allan Poe. Ela recebeu também O Espírito da Verdade, que dirigiu os trabalhos de Kardec, e autores antigos, como Esopo e Fénelon.

A Prece de Cáritas, hoje muito conhecida no Brasil, foi, portanto, trazida e difundida pelos espíritas. Curiosamente, essa prece foi psicografada numa noite de Natal, 25 de dezembro do ano de 1873, e ditada pelo Espírito de uma mulher, que se apresentou com o cognome de Cáritas. Dela são, ainda, outras comunicações: "Como servir a religião espiritual"e "A esmola espiritual". Todas as mensagens que Madame Krell psicografada em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro, que em português, chamaria “Esplendores da Vida Espiritual”, publicado na França, em maio de 1875.

Acredita-se que Cáritas foi, no passado, a figura de Irene, martirizada em Roma no ano 305, quando das perseguições do Imperador Diocleciano. Canonizada pela Igreja, ela veio a ser conhecida como Santa Irene - ela e suas irmãs foram convertidas ao Cristianismo. Diocleciano determinou perseguição aos cristãos, e ela foi acusada de possuir "livros proibidos" e, por isso mesmo, foi condenada à fogueira, enquanto suas irmãs foram degoladas à sua frente.

Veja o que Cáritas, através da médium, Madame Krell, diz sobre a esmola: "A esmola, meus amigos, algumas vezes é útil, porque alivia os pobres. Mas é quase sempre humilhante tanto para quem dá, quanto para quem a recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor e o beneficiário e, além disso, se disfarça de tantas maneiras! A caridade pode ser praticada mesmo entre colegas e amigos, sendo indulgentes uns para com os outros, perdoando-se mutuamente suas fraquezas, cuidando de não ferir o amor-próprio de ninguém."








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