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sexta-feira, 24 de março de 2023

MAIORIDADE PENAL- PONTOS A REFLETIR ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 - “Hoje ouvimos falar de muitos crimes cometidos por meninos de 10, 14 anos. Deveríamos tratar de códigos que dessem a maioridade aos 14 anos. A criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas muito depressa, motivada pela televisão, etc. Precisávamos da criação de leis que ajudem a criança a não se fazer delinquente nem viciada. O Governo não pode ser responsável por todas as nossas modalidades de penúria; não podemos exigir que nossos ministros venham a fazer intervenções em nossas vidas familiares. O problema da penúria é nosso. (...). Não temos uma disposição muito ativa em torno da criança considerada desvalida. Nós fazemos distribuições anuais, mas nos esquecemos que criança, almoça todo dia, estuda todo dia, toma banho todo dia”. Por incrível que possa parecer a opinião pertence ao médium Chico Xavier, tendo sido expressa ainda nos anos 80 do século 20, portanto, bem antes dele desencarnar, tendo sido preservada como o fragmento 261 do livro O EVANGELHO DE CHICO XAVIER (Didier), organizado por Carlos Antonio Baccelli. Ainda estavam longe os tristes registros de extrema violência praticada pelos chamados menores de idade, especialmente nas últimas semanas. Suas considerações encontram correspondência noutra avaliação expressiva: -“Uma sociedade decadente tem certamente necessidade de leis mais severas; infelizmente essas Leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a cortar a raiz do mal. Consolida seu parecer com as seguintes palavras: -“Somente a educação pode reformar os homens, que assim não terão mais necessidade de leis tão rigorosas”. Nos eventos recentes, observa-se que como traço comum além da violência, o sexo e as drogas. Quando Chico Xavier comenta que “a criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas muito depressa, motivada pela televisão”, ainda não estavam liberadas as imagens de estupros, mortes gratuitas, prostituição, etc, como ocorre hoje na chamada TV aberta, que através dessas situações disputa avidamente a atenção do publico que lhe rendera dividendos amparados por alguns pontos mais nas pesquisas de opinião publica realizadas continuamente para medir o interesse por este ou aquele assunto. Uma análise do perfil dos envolvidos certamente confirmará a precariedade das relações familiares em meio às quais renasceram e vivem. Educação é palavra desconhecida por aqueles que os trouxeram ao mundo. A Educação pública é tema apenas cogitado nas pretensões eleitoreiras sem se tornar efetivamente prioridade de legisladores e governantes. Sobra a educação das ruas, dos traficantes, dos integrantes de lares onde nada mais são que órfãos de pais vivos. Necessário despertar a consciência dos multiplicadores de opinião iludidos muitas vezes com discursos proferidos por indivíduos astutos que apenas se servem dos exemplos negativos que sempre existiram a fim de tomar-lhes o lugar e se locupletarem de poder e vantagens econômicas. A situação atual confirma o observado pelo intelectual e educador francês Denizard Hippolite Léon Rivail, ou simplesmente Allan Kardec, mais de um século antes, quando escreveu que “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato? Quando essa arte (EDUCAÇÃO MORAL) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisto está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Ante essas observações, não é difícil concluir que quaisquer mudanças somente serão alcançadas por políticas de médio prazo. Mais uma vez temos que concordar com Allan Kardec: -“A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisto, está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Suas palavras, contudo continuam ignoradas, perdidas no vazio das teorias e defesas sem real interesse pela solução dos problemas que certamente se multiplicarão e agravarão avassaladoramente. Assim como começamos, terminamos com outro relato depoimento de Chico Xavier baseado nas suas experiências pessoais: -“Às sextas e sábados, ouço habitualmente nas duas noites, 500 a 800 pessoas, sendo que 60 por cento nos trazem problemas perfeitamente evitáveis. Se essas criaturas tivessem tido cuidado de educarem seus filhos, conversando sobre Deus, em respeito a Deus, em trabalho, ensinando o serviço... Quando cercam a criatura aos 28 anos, ela já está perdida”.



Eu quero saber se todo sofrimento das vítimas dessas enchentes, que acontecem no Brasil, está no carma daquelas pessoas.


O sofrimento é uma condição dos Espíritos encarnados neste planeta. Ele não decorre apenas do “carma”, como muita gente pensa. “Carma”, aqui, no sentido de expiação, pagamento de dívidas morais, de erros do passado... Muitos Espíritos, que podem estar entre as vítimas das enchentes ( ou de outra calamidade qualquer), na verdade, estão passando por uma “prova”, ou seja, por uma escolha que eles mesmos fizeram, que quiseram se submeter a uma situação muito difícil para testar seu próprio desempenho diante do perigo, almejando um progresso espiritual.


Mas isso estaria acontecendo somente com aquelas pessoas, que se mostram mais resignadas diante dos males que sofrem, que sabem absorver o problema sem se desesperar e até prestar ajuda aos mais atingidos. Como são milhares de pessoas, vítimas dessa calamidade, é bem possível que, entre as próprias vítimas, encontremos diferentes situações espirituais, até mesmo os que vieram em missão e os que dão exemplo de atitudes heróicas, pondo a vida em risco ou até perdendo a própria vida, no afã de ser útil, ajudando o próximo.


Contudo, é certo que muitos deles expiam faltas do passado, em que foram solidários no mal que então praticaram. Esses, sim, são os que podemos dizer que experimentam um “carma”, ou seja, um sofrimento decorrente dos danos que causaram. Por outro lado, é sempre bom lembrar que não existe um destino certo e irrevogável para as pessoas, nem mesmo para aquelas que estão sendo vítimas do mal que provocaram. Todos, em qualquer situação em que se encontrem, sempre têm chance de mudar seu destino, desde que resolvam mudar suas atitudes e conduta perante a vida.







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