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sexta-feira, 3 de março de 2023

A MAIOR DE TODAS AS SOMBRAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A ignorância sobre as questões espirituais é sem dúvida responsável por todas as perturbações observadas no organismo social da Terra na atualidade. O desconhecimento da visão ampla oferecida pelo Espiritismo é um dos fatores determinantes da predominância dos comportamentos incompreensíveis das criaturas humanas em várias partes do Planeta. Quando Allan Kardec em observação a respostas obtidas dos Espíritos Superiores e inseridas n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS perguntou “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?, a realidade era muito diferente da observada nos dias de hoje. O Espiritismo feneceu na região da Terra em que nasceu para ressurgir de forma admirável no Brasil, onde um médium à frente de milhares de outros produziu uma obra densa em algumas de suas contribuições, auxiliando a compreensão das informações revolucionárias sobre a sobrevivência, reencarnação, influências espirituais entre diferentes Dimensões, lei da Causa e Efeito, obsessão, mediunidade, entre outras. O estrago feito pelas religiões convencionais, associado à transformação das mesmas em meio de vida por muitos, produziram gerações nas últimas décadas altamente refratárias a quaisquer temas que possam ser relacionados. Como dizem muitos dentre os que se encontram engajados nos meios intelectuais e acadêmicos, há uma rejeição imediata e espontânea ante qualquer tentativa de se tocar em qualquer um dos assuntos citados. Estudos acerca do comportamento confirmam que refletimos no meio, o que carregamos no mundo interior, ou seja, só somos capazes de dar o que temos. O vazio existencial e cultural das lideranças condicionadas a se ajustarem à realidade materialista forma uma barreira neutralizante de tentativas mais objetivas de se levar à frente projetos de divulgação em massa das esclarecedoras verdades de que a Doutrina Espirita se compõem. Um século 21 que começa evidenciando tantas desigualdades sociais; em que a mulher em vários países em considerada inferior ao homem, em que os direitos individuais esbarram em preconceitos de várias origens; em que os interesses políticos não são necessariamente o bem estar da coletividade; não poderá avançar e terminar de forma melhor que terminou o século 20. O processo de alienação e manipulações ganha cada vez mais destaque em eventuais análises que se possa fazer. Kardec, à pergunta reproduzida no início deste texto, responde dizendo que “a desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Acrescenta ainda que “quando essa arte (educação moral) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis”. O mais grave de tudo isto é que isto foi escrito há mais de 150 anos, contudo, mantem-se aprisionado entre as páginas do livro que deveria ser o primeiro guia de todos os espíritas, mantendo-se ignorado inclusive entre estes. Há um enfase acentuado em programas de estudos evangélicos ou em torno das práticas mediúnicas. Na maioria das casas espíritas, a criança que representa o futuro da sociedade, não preocupa dirigentes. Não se prepara gerações de um dia para outro. Kardec, educador que era, em nota à questão 685 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, comenta que “há um elemento que não se ponderou bastante, e, sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar caracteres, aquela que cria hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos”. Sua percepção mostra-se acertada. Enquanto os que decidem manterem-se distraídos nas próprias presunçosas teorias, refletindo o quanto amam a si mesmo e o quanto não amam o próximo, a Humanidade continuará mergulhando num caos sem precedentes na sua História. Tal quadro alimentará as dores morais e físicas, tão presentes neste mundo de Expiação e Provas, contraditoriamente, tão sedento de paz e felicidade.



A Maristel, da Rua América, pergunta como que o Espiritismo vê essa questão do genoma humano. Será que são os genes que determinam todas as características físicas e psicológicas do Espírito que vai reencarnar?


Genoma humano é o conjunto de genes da espécie humana. Os genes contêm informações que passam de uma para outra geração, de pais para filhos, são considerados o código da vida. Numa visão puramente materialista, seria a base de todas as características que o novo ser, concebido no ventre materno, vai ter em sua vida. Genética é a disciplina científica que estuda os genes e, portanto, a hereditariedade. Trata-se de uma ciência relativamente recente, mas que se desenvolveu extraordinariamente nos últimos anos. Os geneticistas, de um modo geral, querem reduzir tudo à genética: as características morfológicas, psicológicas, inclusive as doenças.


Contudo, a ciência só tem visto o mundo pelo seu lado material e pelo seu aspecto imediato. Por isso, ela ainda não pode atinar para os fatores de ordem espiritual, que atuam sobre o fenômeno da transmissão hereditária. Para o Espiritismo, o mundo não se reduz à matéria: há, em tudo, inclusive na matéria, um lado espiritual, invisível, além de nossa acanhada percepção. Evidentemente, os genes têm um papel fundamental na vida do Espírito, enquanto ele está encarnado. Mas eles não agem por si mesmos e não são selecionados ao acaso, dos genes do pai e da mãe, como querem os geneticistas. O Espírito reencarnante tem uma influência decisiva na formação do genoma.


André Luiz, no livro “Missionários da Luz”, pela mediunidade de Chico Xavier, ao tratar da reencarnação de Segismundo, descreve como a carga magnética do Espírito determina a seleção genética que vai forma seu genoma. O autor espiritual mostra a importância da hereditariedade no fenômeno da reprodução, e considera que, quanto mais elevado o Espírito, menor é a influência genética no momento de sua encarnação. As espécies inferiores, como os vegetais e os animais, são totalmente dependentes do patrimônio genético, que herdam de seus ascendentes. No ser humano, não; aí entra o fator evolutivo, que vai gerenciar a formação do genoma.


No livro “Psicologia da Crença”, o Dr. Bruce H. Lipton, pesquisador em genética, defende a tese de que os genes não têm poder absoluto na vida de uma pessoa e que, desde sua concepção, a reunião desses genes depende de forças exteriores que, para ele, é o Espírito, o que faz do ser humano um ser especial sobre a face do planeta. È a membrana e não o núcleo da célula, onde se encontram os genes, que acaba direcionando o rumo que o individuo vai tomar. A educação é também uma força poderosa, que pode limitar a ação da hereditariedade no ser humano, segundo Lipton.


Em Doutrina Espírita, aprendemos que o Espírito é agente de seu próprio destino, ao longo de sua caminhada evolutiva. Ele é como um barqueiro, que dirige o seu barco em águas turbulentas. Seu objetivo é vencer o ímpeto da correnteza e conseguir atingir sua meta. Comparemos a correnteza com a carga genética e o Espírito como o remador, e vamos perceber a importância de nossa vontade, de nosso esforço, de nossa determinação e coragem, para vencer os obstáculos que a vida nos impõe.



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