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sábado, 18 de março de 2023

CRISTO - VISÃO AMPLIADA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Lacordaire, cujo nome completo é Jean Baptiste-Henri Dominique Lacordaire, é autor de mensagens de conteúdo significativo, incluídas por Allan Kardec em várias edições da REVISTA ESPÍRITA e três n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Considerado como um precursor do catolicismo moderno, foi Padre, jornalista, educador, deputado e acadêmico. Advogado aos 22 anos, ordenado Sacerdote aos 26, aos 28 passa a colaborar no jornal diário católico L’AVENIR, periódico que defende a liberdade religiosa e de ensino, defendendo também a separação da Igreja do Estado. Atraído pela Ordem Dominicana suprimida pela Revolução Francesa, Lacordaire assume, em 1830, o projeto de restabelecê-la na França, especialmente pela missão da mesma que era o de pregar e ensinar, bem como pelas regras de funcionamento, visto que todas as autoridades internas dos dominicanos se baseiam em estruturas democraticamente eleitas e com mandatos previamente limitados temporalmente. No mesmo ano, foi eleito, aos 29 de idade, para o parlamento francês, destacando-se pelos discursos inflamados em defesa da liberdade de expressão e de associação, provocando fortes reações entre os adversários. Escolhido para a Academia Francesa, apenas proferiu seu discurso de aceitação, desencarnando pouco depois, em 1861, aos 59 anos. Já no ano de 1862, ressurge em Paris, através da mediunidade, ofertando sua contribuição sobre temas importantes nas obras básicas do nascente Espiritismo. Uma delas curiosamente seria inserida na edição de fevereiro de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, numa coletânea com que Kardec compôs a seção Instruções dos Espíritos. Com um conteúdo revelador, Lacordaire diz o seguinte: -“Eis uma pergunta que se repete por toda a parte: O Messias anunciado é a pessoa mesma do Cristo? Perto de Deus estão numerosos Espíritos chegados ao topo da escada dos Espíritos puros, entre eles seus enviados superiores, encarregados de missões especiais. Podeis chama-los Cristos: é a mesma escola; são as mesmas ideias modificadas conforme os tempos. Não fiqueis, pois, admirados de todas as comunicações que vos anunciam a vida de um Espirito poderoso sob o nome do Cristo; é o pensamento de Deus revelado numa certa época, e que é transmitido pelo grupo dos Espíritos Superiores que se aproximam de Deus e recebe as suas emanações para presidir ao futuro dos Mundos que gravitam no Espaço. O que morreu na cruz tinha uma missão a cumprir, e essa missão se renova hoje por outros Espíritos desse grupo divino, que vem, eu vo-lo repito, presidir aos destinos do vosso mundo. Se o Messias de que falam essas comunicações não é a personalidade de Jesus, é o mesmo pensamento. É aquele que Jesus anunciou, quando disse: -‘Eu vos enviarei o Espírito de Verdade, que deve restabelecer todas as coisas’, isto é, reconduzir os homens à sã interpretação de seus ensinamentos, porque previa que os homens se desviariam do caminho que lhes havia traçado. Aliás, era necessário completar o que então não lhes havia dito, porque não teria sido compreendido. Eis porque uma multidão de Espíritos de todas as ordens, sob a direção do Espírito de Verdade, vieram a todas as partes do mundo e a todos os povos, revelar as leis do Mundo Espiritual, cujo ensino Jesus havia adiado e lançar, pelo Espiritismo, os fundamentos da nova ordem social. Quando todas as suas bases estiverem postas, então virá o Messias que deve coroar o edifício e presidir à reorganização com o auxílio dos elementos que tiverem sido preparados. Mas não creiais que esse Messias esteja só; haverá muitos que abraçarão, pela posição que cada um ocupará no Mundo, as grandes partes da ordem social: a politica, a religião, a legislação, a fim de as fazer concordar com o mesmo objetivo. Além dos Messias principais, surgirão Espíritos de escol em todas as partes do detalhe e que, com lugares-tenentes animados da mesma fé e do mesmo desejo, agirão de comum acordo, sob o impulso do pensamento superior. Assim é que, pouco a pouco, estabelecer-se-á a harmonia do conjunto; mas é necessário, previamente, que se realizem certos acontecimentos”.



Ouvi dizer que Allan Kardec, há 2 mil anos, foi um dos apóstolos de Jesus. Gostaria de saber qual deles ele foi e como descobriram isso. (Nelson Carvalho)


Não sabemos nada a respeito. Existem especulações que, na verdade, não levam a nada. Não adianta a gente ficar procurando esse tipo de informação, pois, mesmo que tivéssemos plena convicção disso, não teríamos como comprovar e poderíamos, até mesmo, cair no ridículo.. A reencarnação é um princípio básico da Doutrina Espírita, mas não deve servir para ficarmos especulando quem é a reencarnação de quem. A lei da reencarnação deve servir, sim, para demonstrar a Justiça Divina, e para adquirirmos consciência de nossas necessidades de evolução e aproveitar o máximo da vida atual para crescermos espiritualmente.


Certa ocasião, um ouvinte perguntou ao professor Herculano Pires, num programa que ele tinha na rádio Mulher de São Paulo, se era possível descobrir quem ele (ouvinte) havia sido na encarnação anterior. Herculano respondeu que, na Doutrina Espírita, o importante não é sabermos quem fomos, mas o que fomos e, para isso, basta examinar-se a nós mesmos. As nossas tendências, necessidades e dificuldades de hoje nos dão uma visão clara de nossas condições espirituais atuais e, sabendo o que somos hoje, é possível deduzir o que fomos no passado.


Recentemente, no meio espírita, também houve uma especulação sobre o passado de Chico Xavier. Alguns achavam que ele foi Allan Kardec; outros diziam que não. Essas situações acabam gerando um clima de disputa sobre a verdade, porque todo mundo quer estar com a verdade e, no calor da discussão, até se desrespeitam e agridem. Logo, essas especulações, em nossa opinião, servem para criar animosidades. Fica a critério de cada um, se assim entender, conhecendo a personalidade de Kardec, deduzir quem ele pode ter sido na antiguidade. Mas, repetimos, não é a finalidade do Espiritismo se preocupar com esse tipo de revelação, a não ser em caso de extrema necessidade.








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