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quinta-feira, 9 de março de 2023

ESCRITO, DESCONHECIDO, NÃO ENTENDIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O educador oculto por traz do pseudônimo Allan Kardec construiu a base de uma proposta que encaminha uma aliança entre ciência e religião. Sóbria, equilibrada, esclarecedora. Intelectual de amplos recursos publicou livros sobre a temática confirmando a existência de uma realidade – espiritual -, determinante desta - material -, bem como, a interação entre ambas; a pluralidade dos mundos habitados; o sentido evolucionista da Criação, entre outros aspectos. O ultimo dos seus trabalhos, produzido enquanto encarnado, A GÊNESE, procura explicar de forma racional a origem de toda a realidade em meio à qual existimos. Publicado em 1868, termina com três capítulos explicando a lógica que há nas chamadas predições. Formula a TEORIA DA PRESCIÊNCIA (capítulo XVI), analisa as PREDIÇÕES DO EVANGELHO (capítulo XVII), finalizando com uma abordagem intitulada OS TEMPOS SÃO CHEGADOS (capítulo XVIII). Praticamente ignorado pela comunidade científica de sua época, seu esforço encontrou no Brasil, amplo campo de desenvolvimento. Segundo se acredita devido à reencarnação em massa de voluntários altamente comprometidos em vidas passadas, com desvirtuamentos nas tarefas de despertamento e iluminação de Espíritos das diferentes Dimensões visíveis e invisíveis. Como nada é por acaso, naturalmente isso atendia a planificação programada nos bastidores de universos paralelos. E, como a natureza não dá saltos, a maioria dos fracassados, conservava atavicamente as influências das escolas religiosas a que estiveram ligados. Como consequência, a Doutrina codificada por Allan Kardec fixou-se muito mais no que se poderia chamar Espiritismo evangélico que nos seus aspectos científico/filosóficos. Quando a resposta à questão 1018 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, entre outros esclarecimentos, diz que “a transformação da Humanidade foi predita e chegais a esse momento”, está se referindo ao diálogo havido logo após Jesus e os discípulos terem saído do templo, conforme preservado no capítulo 24 do Evangelho de Mateus (“ouvireis falar de guerra e de rumores de guerra; tratai de não vos perturbardes, porquanto é preciso que essa coisas se deem; mas, ainda não será o fim, pois ver-se-á povo levantar-se contra povo e reino contra reino; e haverá pestes, fomes e tremores de terra em diversos lugares – todas essas coisas serão apenas o começo das dores”) e no capítulo 21 de Lucas(“Haverá sinais no Sol, na Lua e nas Estrelas, sobre a Terra haverá angústia das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas”). Os falsos profetas que se levantariam seduzindo muitas pessoas e a iniquidade abundante que esfriaria a caridade de muitos, prevista naquela conversa estão aí para quem quiser ver. Após dar sua visão sobre esses prognósticos, Kardec encerra seu último livro deixando aos leitores uma quantidade razoável de argumentos que demonstram que a Terra já vivenciava o final de mais um ciclo evolutivo, semelhante a outros transcorridos periodicamente no orbe terreno. Mas, o que poucos sabem é que praticamente a integra do capítulo 18, na verdade é “um conjunto de reflexões desenvolvidas a partir das instruções dadas pelos Espíritos sobre o mesmo assunto, num grande número de comunicações, a ele dirigidas e a outras pessoas”. Acrescido a elas, incluiu “o resumo de várias palestras que teve através de dois médiuns no processo chamado por ele de sonambulismo extático, e que, ao despertar, não conservavam nenhuma lembrança”. Segundo escreveu no número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, coordenou metodicamente as ideias, a fim de lhes dar mais sequência, eliminando todos os detalhes e acessórios supérfluos. Explicou também que os pensamentos foram reproduzidos muito exatamente, e as palavras também textualmente, tanto quanto foi possível recolhê-las pela audição. A observação dos acontecimentos havidos, desde um século antes do surgimento do Espiritismo até os dias atuais, num aceleramento crescente, confirmam a veracidade dos prognósticos ali agrupados. Allan Kardec admirado pelo seu bom senso, não parece ter errado justamente naquela que se constituiu no fechamento do chamado Pentateuco espírita. Lamentavelmente, porém, desconhecida pelos próprios seguidores do Espiritismo.

Eu tenho muito medo de morrer. Sempre que vejo alguma pessoa mais próxima morrer, sinto esse medo. Já comentei isso com alguns conhecidos e sempre me orientaram para não pensar em morte, para não ir a velório, mas parece que isso não resolve. Quanto menos quero pensar, mais penso. Foi o que sempre fiz. Acho que vocês podem me orientar. (Anônimo)


O medo em si tem um papel importante em nossa vida. Ele serve para nos preservar do perigo. Mas, quando esse medo se torna perturbador, então, ele, ao invés de nos proteger de alguma coisa, nos expõe ainda mais ao sofrimento. E o medo, tem a seguinte característica: quanto mais fugimos dele, mais ele nos persegue. Portanto, simplesmente fugir do medo, ou não querer admiti-lo, não resolve; pelo contrário, piora mais ainda a situação. Na verdade, precisamos aprender a encará-lo, a desafiá-lo de frente, mas com uma única condição: saber como fazer isso.


A Doutrina Espírita não tem medo de encarar a morte e o que ela pretende é que seus adeptos vejam a morte como um fenômeno inevitável e natural, mas, ao mesmo tempo, sublime e confortador. Sublime, porque faz parte da lei da natureza e, portanto, faz parte de nossa experiência evolutiva. Confortador, porque a morte não é o fim de nossa individualidade; prosseguimos além dela, porque o que morre é o corpo, mas nós, que somos Espíritos, sobrevivemos sempre. Jesus, além da morte, voltou para mostrar que a vida continua. Por essa razão, o espírita, de uma maneira geral, embora ame a vida e sofra quando perde um ente querido,


A convicção de que, na verdade, não morremos é que nos defende do medo perturbador. Se sabemos que a morte é inevitável, sabemos também que dela saímos para uma nova etapa da existência e que, portanto, a morte é apenas um fenômeno de passagem, não um estado definitivo de destruição ou aniquilamento da pessoa humana. Nesse sentido, ninguém morre, apenas desencarna. Entretanto, para que uma pessoa possa adquirir essa convicção, ela precisa ler, estudar e participar das atividades do centro espírita, falar e comentar a respeito. Desse modo, a morte nos torna tão familiar, que não é capaz de nos causar intranqüilidade e desespero – e venha quando vier, nós saberemos encará-la com fé e coragem.


Portanto, procure um centro, encontre um meio de estudar o Espiritismo ( todo centro tem uma biblioteca à disposição do público), participe de reuniões de estudo, assista a palestras, e você perceberá que não há nada de perturbador com a morte; que, na verdade, quando a conhecemos, deixamos de nos preocupar com ela, porque o que merece nossa preocupação é a vida, que estamos vivendo agora, e que nos pede uma participação efetiva na soluções de muitos problemas


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