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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

QUEM FEZ O ESPIRITISMO?; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A História da Humanidade constitui-se de descobertas ou revelações que requerem anos e até séculos para que possam ser incorporadas pelo inconsciente coletivo. Contando pouco mais de meio século, esbarrando na resistência da intolerância religiosa e da ignorância, nos atavismos individuais, avança em meio às confusões derivadas da falta de maior conhecimento e estudo de suas obras básicas. Allan Kardec no número de abril de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, incluiu material de sua autoria que nos ajuda a entender melhor a proposta revolucionária de que foi o grande Codificador. Escreve: - Quem fez o Espiritismo? É uma concepção humana pessoal? O Espiritismo é o resultado do ensino dos Espíritos, de tal sorte que, sem as comunicações dos Espíritos, não haveria Espiritismo. Se a Doutrina Espírita fosse uma simples teoria filosófica nascida de um cérebro humano, não teria senão o valor de uma opinião pessoal; saída da universalidade do ensino dos Espíritos, tem o valor de uma obra coletiva, e é por isto mesmo que em tão pouco tempo ela se propagou por toda a Terra, cada um recebendo por si mesmo, ou por suas relações íntimas, instruções idênticas e a prova da realidade das manifestações. Pois bem! é em presença deste resultado patente, material, que se tenta erigir em sistema a inutilidade das comunicações dos Espíritos. Convenhamos que se elas não tivessem a popularidade que adquiriram, não as atacariam, e que é a prodigiosa vulgarização dessas ideias que suscita tantos adversários ao Espiritismo. Os que hoje rejeitam as comunicações não se assemelham a essas crianças ingratas que negam e desprezam os pais? Não é a ingratidão para com os Espíritos, a quem devem o que sabem? Não é servir-se do que eles ensinaram para os combater, voltar contra eles, contra seus próprios pais, as armas que nos deram? Entre os Espíritos que se manifestam não está o Espírito de um pai, de uma mãe, dos seres que nos são mais caros, dos quais se recebem essas tocantes instruções que vão diretamente ao coração? Não é a eles que devemos ter sido arrancados da incredulidade, das torturas da dúvida sobre o futuro? E é quando se goza do benefício que se desconhece a mão do benfeitor? Que dizer dos que, tomando sua opinião pela de todo o mundo, afirmam seriamente que, agora, não querem comunicações em parte alguma? Estranha ilusão! que um olhar lançado em torno deles baste para fazer desvanecer-se. Por seu lado, que devem pensar os Espíritos que assistem às reuniões onde se discute se se devem condescender em os escutar, ou se se deve, ou não, excepcionalmente, permitir-lhes a palavra para agradar os que têm a fraqueza de se prenderem às suas instruções? Sem dúvida lá se acham Espíritos ante os quais se cairia de joelhos se, nesse momento, eles se apresentassem à vista. Já pensaram no preço que podia ser pago por tal ingratidão? Tendo os Espíritos a liberdade de comunicar-se, independentemente do seu grau de saber, resulta que há uma grande diversidade no valor das comunicações, como nos escritos, num povo onde todo mundo tem a liberdade de escrever e onde, por certo, nem todas as produções literárias são obras-primas. Segundo as qualidades individuais dos Espíritos, há, pois, comunicações boas pelo fundo e pela forma; outras que são boas pelo fundo e más pela forma; outras, enfim, que nada valem, nem pelo fundo, nem pela forma. Cabe-nos escolher. Rejeitá-las em bloco, porque algumas são más, não seria mais racional do que proscrever todas as publicações, só porque há escritores que produzem banalidades? Os melhores escritores, os maiores gênios, não têm partes fracas em suas obras? Não se fazem seleções do que produzem de melhor? Façamos o mesmo em relação às produções dos Espíritos; aproveitemos o que há de bom e rejeitemos o que é mau; mas, para arrancar o joio, não arranquemos o bom grão.




Eu aprendi muita coisa conversando com amigos espíritas e lendo livros espíritas, principalmente quando passei por momentos difíceis em minha vida, mas tenho medo de mudar de religião. Quando penso em deixar a religião dos meus mais, a religião em que eu fui criada, me dá uma angústia e eu recuo logo. Isso é normal? É assim mesmo? (ANONIMA)


O Espiritismo não pede que ninguém deixe sua religião para abraçá-lo. O máximo que a doutrina faz é mostrar como concebe Deus, como concebe o mundo e a vida. Diante disso, as pessoas devem ser livres para decidir o que devem e o que não devem fazer, cuidando-se para não assumir uma decisão precipitada. Não fazendo sectarismo, o Espiritismo não disputa adeptos, mas quer que aqueles que decidam por ele, saibam que estão agindo bem e venham com a certeza de terem feito o que pede sua consciência.


Allan Kardec dizia que o Espiritismo é maior auxiliar das religiões, porque ele fortalece nas pessoas a certeza da existência de Deus e da imortalidade da alma. Tanto assim que há pessoas que confessam que o conhecimento espírita as ajudou a se firmarem mais em sua fé. E devido à sua visão filosófica abrangente, acima das diferenças religiosas, pessoas das várias religiões dele se aproximam, mas nem todas se sentem bastante seguras para assumirem a condição de espíritas. É que, de uma doutrina para outra, há sempre uma fase de transição, que exige reflexão e amadurecimento. Portanto, é natural que você se sinta assim, até que possa se assegurar do que realmente precisa.


A consciência espírita, como dissemos, é algo que o tempo ajuda a conquistar, razão por que não é conveniente uma decisão precipitada em direção ao Espiritismo, pois a doutrina prefere que a pessoa seja um bom católico, um bom evangélico, um bom judeu, ou um bom seguidor de qualquer religião, a um espírita que não tem consciência da responsabilidade que assumiu perante si mesmo, perante Deus e perante a humanidade. Portanto, fique tranquila, que o tempo dirá que direção tomar. O importante e fundamental é que você colha no Espiritismo tudo aquilo que a ajude a se fortalecer na fé em Deus e na confiança em si mesma.


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