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sábado, 25 de dezembro de 2021

ALLAN KARDEC E O SEXTO SENTIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Pele, olhos, ouvidos, língua, nariz são os sensores apontados pelo nossa Ciência como os responsáveis por captar as vibrações do mundo exterior e leva-las ao cérebro em forma de percepções para identificação e providências na relação do Ser humano com o meio. Quando do surgimento do Espiritismo, porém, Allan Kardec baseado nas observações e informações dadas pelos Espíritos propôs a existência de um sexto sentido que através de outro sensor, sabe-se hoje a glândula pineal ou epífise neural, interno no corpo humano, colocava as criaturas em relação com o Mundo Invisível. Graças a isso entendemos sua afirmação n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO de que a mediunidade faz parte da condição orgânica de qualquer pessoa. Qualquer um a pode ter, assim como vê, ouve e fala, e, n’ A GENESE de que os fenômenos espirituais são as mais das vezes espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida da parte das pessoas com quem eles se dão e que, em regra, são as que neles menos pensam. Essa a razão porque para Allan Kardec, todo individuo que, desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium, podendo dizer-se que todo mundo é médium. Acrescenta ainda que os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem-lhes os organismos materiais que lhes faltam para transmitir suas instruções; eis porque são capacitados com percepção para esse fim. Do extraordinário acervo legado aos estudiosos da Doutrina Espírita através da REVISTA ESPÍRITA, destacamos alguns de seus comentários provando sua proposição: 1-Sendo o homem composto de Espírito, períspirito e corpo, durante a vida as percepções se produzem, ao mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido espiritual; depois da morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando o períspirito, o Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja sutileza aumenta em razão do desprendimento da matéria. 2- Por este sentido recebemos os eflúvios fluídicos dos Espíritos, nos inspiramos, queiramos ou não, em seus pressentimentos e a intuição das coisas futuras ou ausentes; que se exercem a fascinação, a ação magnética inconsciente e involuntária, a penetração do pensamento, etc. 3- O sexto sentido ou sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual, como a visão física tem por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do fluido espiritual traz à alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido, como tantos outros, tem seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. 4- Como os outros sentidos, é mais ou menos desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme os indivíduos, mas todo mundo o possui. Longe de ser a regra, sua inatividade é a exceção, e pode ser considerada como uma enfermidade, assim como a ausência da vista e da audição. (RE, 6/1867) 5- Amortecido pela predominância da matéria, o sentido espiritual não deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de feitos reputados maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio. (RE; 10/1864) Já no século XX, o Espírito conhecido como André Luiz, através do médium Chico Xavier, repassaria em seus livros mais alguns elementos importantes: 1- O pensamento em si é a base de todas as mensagens silenciosas da ideia, nos maravilhosos planos da intuição, entre os seres de toda espécie. (NL; 37) 2- A intuição é o disco milagroso da consciência, funcionando livremente, retransmitindo sugestões (Li; 13) 3- A mediunidade mais estável e mais bela começa entre os homens, no império da intuição pura. (NMM;9)


Gostaria de saber se, quando o médium recebe um Espírito, o espírito do médium se afasta e onde ele fica. (Benedito Pereira de Araújo)


N’O LIVRO DOS MÉDIUNS – a terceira obra espírita, publicada em 1861 - Allan Kardec já esclarece esta questão. Para isso, primeiro ele explica que o espírito – ao contrário do que comumente se pensa – não está preso dentro do corpo, como um passarinho numa gaiola. Seria mais adequado dizer que é justamente o contrário: é o corpo que está no espírito e não o espírito no corpo. O corpo tem limites materiais e ocupa um lugar no espaço. O Espírito, não. Ele é uma irradiação, que vai além dos limites do corpo e, em determinadas circunstâncias, pode atingir outros lugares, até a grandes distâncias.


No fato mediúnico, o que acontece é que o Espírito comunicante fala pela boca do médium, mas ele não entra no corpo no médium para falar. O médium apenas lhe serve de intérprete, de intermediário ou de auxiliar para transmitir a mensagem. Ou seja, o médium por alguns momentos encarna o Espírito, como um ator o seu personagem, mas essa comunicação entre um e outro se dá por via mental: de mente para mente, como afirma André Luiz. Na verdade, é a mente do Espírito ligando-se diretamente com a mente do médium, que fala aquilo que o Espírito deseja transmitir.


Dessa forma, não é necessário que o Espírito do médium se afaste, até porque cada médium reage de maneira própria. Os médiuns, que ficam em estado inconsciente ou semi-consciente durante a comunicação, desarmam – por assim dizer – a sua consciência, desligando-se do ambiente em volta, mas eles permanecem ali. Eles podem, em algumas situações, se deslocar parcialmente, porque se encontram em estado de transe. Mas isso não quer dizer que o espírito se desliga do corpo. O Espírito só se desliga do corpo, depois que o corpo morreu.


Na mediunidade consciente – isto é, naquela em que o médium acompanha tudo o que Espírito está falando – não há nenhum deslocamento, apenas uma intermediação. É como se uma pessoa passasse para outra o que quer transmitir, esperando que ela dê conta do recado. É por isso que o médium sempre tem influencia na comunicação que recebe, e esta influência é tanto maior quanto menos treinado e despreparado ele estiver.



 

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