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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

VITIMA DE 'SAIDINHA' DE BANCO 21-12-21; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Modalidade de delito que vitima centenas de pessoas diariamente, algumas fatais, é praticada tanto em grandes centros como em pequenas localidades. O fato seguinte deu-se em 16 de novembro de 1992, em São Caetano do Sul, São Paulo. Naquele dia, após sacar dinheiro em agência bancária para saldar compromissos empresariais, o advogado Cláudio Giannelli, foi perseguido por assaltantes, abordado a poucos metros de sua residência e atingido por um disparo efetuado por um dos bandidos. Socorrido, chegou vivo ao hospital para onde foi levado, falecendo antes de medidas mais efetivas para salvá-lo. Cláudio, 45 anos, casado, pai de cinco filhos, dias antes de desencarnar, deixava transparecer em vários comentários a familiares uma insistente preocupação de que a sua partida deste Plano Terreno estaria prestes a se cumprir. Cláudio rapidamente se refez na Espiritualidade. Alguns meses após o ocorrido, seus irmãos Odília e Gilberto, estavam em Uberaba, na esperança de alguma informação de Chico Xavier. Da emocionante e emocionada carta por ele psicografada destacamos: -“Estou bem, no entanto, ver a esposa tão atribulada não me permite um passo a mais na renovação de que necessito. A morte do corpo é mudança de vestimenta, sem alterar-nos naquilo que realmente somos. (...) Para esclarecimento, especialmente à nossa Zilda­, comuniquem a ela que estive consciente, embora plenamente anulado, até o Hospital São Caetano. Quando me vi cercado por médicos e enfermeiros, um homem chegou, de leve, até onde me achava estirado e se aproximou de meus ouvidos, dizendo-­me: “Filho, não tenha medo! Jesus não nos abandona. Não se aflija com a agressão de que foi vítima! Descanse o seu pensamento que a dor esfacela e pense na Bondade de Deus! Entregue a esposa e os filhos à Misericórdia Divina e repouse...” Quem me falava assim no tom que não posso esquecer? Ele respondeu-me: “Estamos juntos. Sou o seu pai Mario que volta a você para transportá-lo comigo!” Ao ouvir aquelas palavras as lágrimas me brotaram dos olhos e procurei a tranquilidade na oração última. Então, senti que, enquanto ali se preocupavam com o meu corpo ensanguentado pelo tiro que me alcançara, meu pai ali estava comigo auxiliando-me a confiar em Deus. Uma bênção de paz me desceu ao coração, e, entreguei-me aos braços de meu pai, que se fazia acompanhar de outros amigos. Retiraram-me do corpo devagarzinho, como se para ele houvesse, voltado a ser criança. Colocou-me de pé e abraçou-me como se eu estivesse nos dias da primeira infância e, tão pacificado me vi, que entrei num sono calmante para mim naquela hora incompreensível. Em seguida, carregando-me nos próprios braços, notei que deixávamos o Hospital e nos puséramos a caminho. Chegamos, seguidos pelos amigos que lhe partilhavam aquele maravilhoso transporte e fui internado numa clínica de grande tamanho, numa paisagem que não era mais a nossa. Ali, com a passagem de algumas horas, meu pai informou-me quanto a minha nova situação. Fiquei ciente de que alguém projetara sobre mim uma bala mortífera. Mas quando tive o primeiro impulso de revolta, meu pai asserenou-me, pedindo que eu entregasse tudo a Deus e de nada me queixasse. Segui aqueles conselhos que me tocavam a alma e pude esperar que passassem alguns dias até o momento de rever Zilda e os filhos. Chegou esse momento, em dezembro, (...) Cheguei emocionado em nossa casa da Rua Thomé de Souza e achei a querida Esposa tão ferida no íntimo que não suportei o pranto que se represava dentro de mim. Chorei ou choramos juntos e, até agora, estou trabalhando para asserenar-lhe o pensamento de mãe que enfrenta as provações da viuvez. (...)Cláudio Giannelli”.


Como que o Espiritismo encara as curas milagrosas das igrejas? Elas realmente existem ou são apenas truques? Se existem, elas se devem à fé das pessoas? (Milena Santos)


Esta é uma questão que se sempre é trazida ao programa, uma vez que existe uma propaganda muito ostensiva em relação a determinados cultos que prometem curas milagrosas. Não devemos, é claro, atirar pedra em ninguém, mas não devemos também silenciar diante de muitos chamados apelativos em nome de Deus. Aliás, em nome de Deus, o povo sempre foi explorado e prejudicado. Contudo, respeitamos a fé das pessoas sinceras e honestas, e consideramos que a cura espiritual é uma possibilidade. Só não acreditamos que tais curas se repitam com tanta facilidade, como se propala.


Há 2 mil anos, quando o homem não conhecia os recursos médicos, de que hoje podemos dispor, Jesus usou desse expediente, mas, assim mesmo, de maneira moderada e sem ostentação. Não era seu objetivo a cura do corpo ( isso ele deixou bem claro) , mas a cura da alma, até porque ele próprio nunca afirmou que estaríamos isentos de sofrimentos e enfermidades, apenas e tão somente pelo fato de seguir seus ensinamentos. Ele não prometeu facilidades a ninguém. As doenças fazem parte do cenário humano. Somos seres biológicos, sujeitos a agentes deletérios e à lei de evolução. As doenças, embora pareça contraditório, funcionam muitas vezes como agentes de evolução, tanto do corpo como do Espírito.


Temos uma vida relativamente curta na Terra ( alguns, bem curta mesmo!) e, mais cedo ou mais tarde, com ou sem doença, temos de voltar ao plano espiritual. A morte, assim, é a única certeza absoluta de todos. Não há milagres: milagre seria a pessoa jamais morrer, porque, então, contrairia uma lei da natureza – mas esse milagre não existe. No entanto, todos chegamos a um termo final nesta vida. Aqueles que foram curados por Jesus morreram todos, pois Jesus curava momentaneamente o corpo, mas não fazia milagres. É só uma questão de tempo. Isso, porém, não quer dizer que duvidemos das chamadas curas espirituais, que realmente podem ocorrer, porque se trata de uma terapia ainda desconhecida utilizada pela Espiritualidade e que, certamente, estará integrada na medicina do futuro.


Há duas condições para a cura espiritual : o merecimento e a fé. A fé tem um valor extraordinário, mas ela não basta por si só. Diríamos que é ela quem desencadeia o processo de cura em determinados casos. No entanto, o merecimento vem antes da fé. Se não houver merecimento, não haverá cura. E esse merecimento nada mais é do que as condições íntimas de cada espírito ou até mesmo o fato de a doença ter chegado ao fim, conforme a programação de cada um para a presente existência.


Assim, é possível que haja curas sob o ardor da fé. A certeza na obtenção do resultado – como assinala Kardec n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, é capaz de mobilizar forças internas e forças da natureza que intervêm favor do doente. Porém, de nossa parte, temos nossas dúvidas se todas as pessoas, que utilizam esse expediente nos dias de hoje, fazendo grande alarde para arrastar adeptos, fazem isso realmente de coração sincero ou se muitas delas não estariam tirando proveito dessas situações, explorando a boa fé daqueles que se acham fragilizados ante a dor da enfermidade e seus sofrimento morais


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