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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

NÃO É PERDA DE TEMPO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Conhecido apresentador e humorista da televisão brasileira, em recente programa de entrevistas dedicado a ele, questionado sobre o que pensa sobre a morte, respondeu “que nada, considerando ser uma perda de tempo este tipo de preocupação visto ela representar o fim”. Reconhecido por sua inteligência e cultura, a personalidade tipifica a maior porcentagem da intelectualidade do nosso mundo, focado exclusivamente na realidade material. Na verdade, o interesse pela morte não deve se transformar em prioridade nas cogitações dos seres humanos, mas, sim, o seu significado no contexto da vida, cuja finalidade, por sinal, deveria merecer reflexões mais amplas e profundas em face da multiplicidade de informações a respeito disponíveis na atualidade. Lamentavelmente tal assunto só é pensado quando o afastamento da “zona de conforto” leva as pessoas a tentar entender os “porquês”. O grande educador oculto no pseudônimo Allan Kardec, escreveu interessante texto adequado para dissipar a ignorância dominante sobre o sentido da vida, a razão de vivermos.. Diz ele: -“A vida corpórea é necessária ao Espírito, ou à alma, o que é a mesma coisa, para que possa realizar neste mundo material as funções que lhe são designadas pela Providência: é uma das engrenagens da harmonia Universal. A atividade que é forçado a desenvolver nas funções que exerce sem o suspeitar, crendo agir por si mesmo, ajuda o desenvolvimento de sua inteligência e lhe facilita o adiantamento. A felicidade do Espírito na Vida Espiritual é proporcional ao seu progresso e ao bem que pôde fazer como homem, do que resulta que, quanto maior importância adquire a Vida Espiritual aos olhos do homem, mais sente este a necessidade de fazer o que é necessário para se garantir o melhor possível. A experiência dos que viveram vem provar que uma vida terrena inútil ou mal empregada não tem proveito para o futuro, e que aqueles que não buscam aqui senão as satisfações materiais as pagam muito caro, que por sofrimentos no Mundo dos Espíritos, que pela obrigação em que se acham de recomeçar sua tarefa em condições mais penosas que as do passado, e tal é o caso dos que sofrem na Terra. Assim, considerando as coisas deste mundo do ponto de vista extracorpóreo, longe de ser estimulado à despreocupação e à ociosidade, o homem compreende melhor a necessidade do trabalho(...). É muito natural, e ninguém o proíbe de procurar o bem-estar e a sua existência terrena ser o mais agradável possível. Mas, sabendo que aqui está apenas momentaneamente, que um futuro melhor o aguarda, pouco se atormenta com as decepções que experimenta; e, vendo as coisas do alto, recebe os revezes com menor amargor; fica indiferente às embrulhadas de que é vítima, por parte dos ciumentos e invejosos; reduz a seu justo valor os objetos de sua ambição e coloca-se acima das pequenas suscetibilidades do amor-próprio. Liberto das preocupações criadas pelo homem que não sai da esfera estreita, pela perspectiva grandiosa que se desdobra aos seus olhos, é, ao contrário, mais livre para se entregar a um trabalho proveitoso para si próprio, e para os outros. Os vexames, as críticas severas, as maldades de seus inimigos não lhe são mais que nuvens imperceptíveis num imenso horizonte; não se inquieta por elas mais do que pelas moscas que zumbem aos ouvidos, pois sabe que em breve estará livre. Assim, todas as pequenas misérias que lhe suscitam deslizam por ele como água pelo mármore.




Tenho duas perguntas a fazer. A primeira: “Li uma reportagem que dizia que os cientistas descobriram que os chimpanzés têm espírito de cooperação. Eles podem ser solidários e amigos uns dos outros na hora da necessidade. Isso quer dizer que os macacos, que estão tão próximos do homem, também têm espírito? Eles chegarão a ser homens um dia?”


Para a Doutrina Espírita todos os animais têm um princípio espiritual que, evidentemente, não é tão desenvolvido quanto o espírito humano. Nos animais inferiores ao homem o instinto de conservação fala mais alto e existe tanto o instinto de conservação individual quanto o coletivo; isto é, os animais, em determinados momentos, agem em favor do bem de seu grupo, ajudando uns aos outros. Não somente os macacos, mas também outras espécies animais, até mesmo os insetos. Esse mecanismo da natureza visa à preservação de cada espécie.


A diferença entre o homem e o animal é que o homem atingiu um nível de evolução tal que lhe permite pensar sobre si mesmo, ter autoconsciência, inventar, tomar decisões, questionar sobre o significado da vida e agir inteiramente pela sua vontade. Isso só o ser humano é capaz de fazer. Embora, tenhamos ainda os instintos – como a fome, a necessidade sexual, a busca do bem-estar - não agimos apenas em função dessas necessidades básicas, mas de nossa vontade que, nem sempre, nos ajuda, mas pode também nos prejudicar.


André Luiz explica que, dos animais da Terra, somente um alcançou um estágio evolutivo capaz de desenvolver essa capacidade de autoconsciência: o ser humano. Mas isso veio acontecendo ao longo de 3,5 bilhões de anos, que é o tempo que a ciência afirma que surgiu a vida em nosso planeta. Os ancestrais, que deram origem ao homem, no entanto, datam de cerca de 7 milhões de anos apenas, o que significa que o homem é o habitante mais novo da Terra. O “homo sapiens”, linhagem que resultou na humanidade atual, só tem cerca de 200 mil anos.


Essa questão evolutiva é muito difícil de ser tratada, pois temos muito a descobrir. Aos poucos, as pesquisas científicas vão desvendando o passado da humanidade e a ligação do ser humano com outras espécies animais. A grosso modo, seria errado afirmar que o macaco será homem no futuro ou, então, que o homem no passado já foi macaco. Na verdade, as duas espécies, no caminhar evolutivo da vida na Terra, apareceram em determinado momento e seguiram rumos diferentes, transformando no homem e no macaco atuais.


O fato de o chimpanzé apresentar características de comportamento muito próximas dos humanos quer dizer apenas que a evolução dos macacos foi a que mais de aproximou da do homem, mas não quer dizer que um será o outro ou que um foi o outro Se você quiser mais informações a respeito deste intrincado assunto, consulte mais demoradamente O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec, no capítulo que se refere aos TRÊS REINOS – mineral, vegetal e animal.

A segunda pergunta: “Também li no jornal que os jogadores do Fluminense estavam rezando e apelando pra tudo quanto é santo, cada um na sua religião, para o time não ser rebaixado para a segunda divisão. Eu pergunto: isso funciona? Deus pode ajudá-los, se eles realmente tiverem fé? “(ouvinte anônimo)


A maioria das pessoas, quando ora, espera que Deus lhe venha atender ao pedido de uma forma milagrosa ou através de um procedimento mágico. Não imagina que tudo, na natureza – tudo, absolutamente tudo - funciona de acordo com suas leis perfeitas e é, por isso, que tudo na natureza é trabalho constante e incessante, buscando aperfeiçoamento. A prece também é um trabalho porque, acima de tudo, ela é uma ação mental.


Assim, quando a pessoa ora – não importa o culto ou a religião – através do pensamento ( e, mais especificamente, da força de sua fé em Deus), ela mobiliza recursos, que podem favorecê-la de imediato ou não. Geralmente, os recursos são os próprios espíritos protetores e amigos. Da mesma forma que podemos recorrer a uma autoridade ou a um amigo para nos ajudar, recorremos também a Deus. E Deus nos ajuda através dos meios disponíveis, como essas pessoas amigas ou Espíritos benfeitores que se esforçam para atendê-la na medida de suas necessidades.


É fundamental que entendamos que Deus não nos dá exatamente aquilo que lhe pedimos; ele nos dá, sim, aquilo de que necessitamos. Aí está a diferença. Assim como um pai, responsável e consciencioso, não vai dar ao filho tudo o que o filho lhe pede, mas somente o que realmente ele precisa. Deus também nos dá na medida de nossas necessidades e possibilidades. O problema é que, muitas vezes, aquilo de que necessitamos não é precisamente o que queremos; e é, por isso, que frequentemente concluímos que Deus não nos ajudou.


É por tal razão que quase sempre não obtemos o que pedimos, mas sempre obtemos alguma coisa, por via indireta. Mais tarde, refletindo sobre o episódio, vamos perceber que Deus nos deu realmente o que precisávamos. Assim, uma torcida ou mesmos os jogadores podem pedir a Deus lhes conceda a vitória numa partida, mas essa vitória só virá mesmo com o empenho dessa equipe, com o seu trabalho e sua dedicação, a fim de que todos aprendam que nada se consegue de graça, que tudo tem o seu preço, que não há efeito sem causa.


Muitos desencarnados, que se interessam pelo futebol, com certeza participam desse anseio na defesa de seu time preferido, e até podem influir de alguma forma no desempenho dos jogadores, se encontrarem receptividade por parte dos mesmos, mas não poderão fazer o que eles mesmos e somente eles (os jogadores) têm de fazer. Não poderão jogar em seu lugar, nem provocar algum fenômeno extraordinário (um milagre, por exemplo) que lhes garanta a vitória. Afinal, estamos neste mundo para aprender e crescer; e, com certeza, sem esforço e dedicação, sem amor por uma causa e disposição até de sacrifício, não conseguiremos grandes coisas

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