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segunda-feira, 22 de março de 2021

CEITIL POR CEITIL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A manhã daquele domingo, sete de julho de 1975, surgia como excitante perspectiva de dias de refazimento e lazer para o professor Oswaldo Peixoto Martins que partia da sua querida Campos (RJ), juntamente com a esposa Ruth Maria, os três filhos (Analice, Luciana e André Luiz) e a ama deles, na direção das férias escolares do meio de ano. Quilômetros após, contudo, um acidente no trecho recém-inaugurado da BR 101, entre Campos-Rio, nas imediações de Casimiro de Abreu (RJ), alteraria, para ele e a pajem Eliceia de Souza Batista, o destino anteriormente estabelecido, poupando a esposa e suas crianças. No capotamento ocorrido numa perambeira fora da estrada, o Professor Oswaldo foi projetado fora do veículo, sendo encontrado pela esposa caído numa região de brejo, com água que teria sido suficiente para mata-lo por afogamento, caso não houvesse sido retirado por ela para um lugar mais seco. Profissional do magistério que prestava serviços em três estabelecimentos de ensino da cidade em que vivia, o professor Oswaldo viveria ainda por quatro horas, desencarnando no Hospital da cidade de Macaé (RJ), para onde foi removido do local do acidente. Sua desencarnação repercutiu em toda Campos, pela sua reconhecida contribuição na formação de tantos talentos ao longo dos anos.  Sua esposa, tanto quanto ele, atuante no movimento espírita, particularmente na Escola Jesus Cristo, de Campos (RJ), recebeu notícias do marido através de uma mensagem psicografada na noite de 5 de agosto de 1974, pelo médium Chico Xavier, em reunião na cidade de Peirópolis  (MG), endereçada à Dona Hilda Mussa Tavares, dirigente da instituição a que serviam , presente no local da comunicação espiritual. Assinava-a Lenora, filha do casal, desencarnada sete anos antes. Na esclarecedora e confortadora carta, a menina pede à mãe não chorar mais à noite chamando o papai, porque isso vai até ele “sem que nós possamos saber como evitar-lhe a dor de querer dar resposta sem as forças precisas”. Afirma: -“Papai não está morto. Ele e a nossa companheira estão hospitalizados. Muitos amigos estão velando por nós”. O médium Chico Xavier, no tocante à linha da carta – estávamos com o papai Oswaldo no dia 7 -, revelou à dona Hilda, a destinatária da carta, que seu filho Carlinhos (Carlos Vítor Mussa Tavares), também desencarnado, contou que “na véspera do desastre que vitimara o Prof. Oswaldo, ele, em companhia de outros Amigos Espirituais, conduzira o Espírito das meninas Analaura( desencarnada com apenas dois meses onze anos antes) e Lenora até junto de seu pai Oswaldo, que se encontrava em uma reunião de professores na Escola Técnica Federal, ficando as duas meninas, desde aquele momento, em companhia do papai, a fim de ajuda-lo espiritualmente para a dolorosa provação da manhã do dia 7. Outro detalhe – aqui foi sono aplicado – confirmado por sua esposa, era a sonolência dizia estar sentindo momentos antes do acidente, comentando com a  esposa estar se sentindo muito cansado, desejando interromper por isso a viagem, o que acabou não fazendo. Na verdade, eram providências da Espiritualidade para que não sentisse dores motivadas pelos impactos que seu corpo sofreria ao ser arremessado violentamente à distância. Oito anos depois, no dia 4 de setembro de 1982, o Professor Oswaldo, psicografaria através de Chico uma extensa e emocionada carta à esposa onde, a certa altura, relata que “após despertar na vida nova, começou a perguntar a si mesmo qual a motivação daquela prova, incomodando a tantos amigos, recorreu a tantos mentores para conhecer a causa do acidente que, parecia vir até nós, através do nada, que um orientador, embora conhecendo a sua incapacidade para suportar mergulhos prolongados nos domínios das recordações mais recônditas, relativamente a mim mesmo, conduziu- me a certo instituo em que a hipnose é examinada e praticada nos alicerces de profunda veneração pelos valores humanos e, em minutos, mostrou-me um quadro que ele mesmo desarquivara de passado recente, no qual me vi tutelado por ama generosa, na qual reconheci nossa estimada Elicéia. Em exposição rápida vi-me, ao lado dela combinando a precipitação de um adversário num pântano, desalojando-o da carruagem na qual processaria viagem longa. Não posso dizer o que se passou em mim. Pedi o adiamento para qualquer nova revelação, que me pudesse advir, ante a qual, se surgisse, não me sentiria preparado e continuo a esperar por mim mesmo, no sentido de retomar a experiência”.




Marta Nassif, retorna ao programa e nos deixa uma questão muito importante. Ela pergunta como os espíritas devem fazer ou devem se comportar diante de uma mídia bombardeadora.

  Veja, Marta, que esta questão não envolve somente os espíritas, mas todas as pessoas de todas as denominações religiosas e mesmo aquelas que não estão ligadas a nenhuma religião. Não resta dúvida de que vivemos um momento muito difícil, O avanço científico e tecnológico nos colocou às mãos um arsenal de instrumentos de comunicação, através dos quais podemos saber o que está acontecendo no mundo todo. Para quem viveu 100 anos atrás, uma verdadeira história de ficção, mas que para nós, hoje – cidadãos do século XXI – é a pura realidade. Do ponto de vista do progresso material, sem dúvida, um milagre da Inteligência humana. Mas, do ponto de vista moral, uma situação de muita apreensão por causa da nossa imaturidade espiritual e o perigo de um retrocesso no campo da moralidade.

   O que a Marta está colocando aqui é o efeito dessa apreensão, desse medo que nos assalta (principalmente os pais, os professores, os educadores) quanto ao conteúdo que os meios de comunicação de massa ( como a televisão e a internet) nos mostra todos os dias a todo momento. É, de fato, um bombardeio impiedoso: primeiro, por despejar-nos tanta coisa ao mesmo tempo e, segundo, por nos trazer informações de todos os gêneros; ao lado da boa informação (aquela que nos ajuda a viver melhor, também aquelas que podem contribuir para degradação moral do homem; ao lado da verdade, também a mentira, a falsidade.

  Na verdade, na era em que nos encontramos, não há tanto interesse na qualidade moral da informação. Como a meta principal é o lucro e a sociedade, de uma maneira geral, não está atenta às manipulações dos grupos econômicos ( as grandes empresas) para obtenção de suas metas, o aspecto da moralidade ou da vida digna, honesta e solidária fica em plano secundário, e a população é sacrificada pela ganância ou ambição desenfreada dos que têm forme de riqueza e de poder. Por isso, ficamos à mercê dessa enxurrada de informações, que a maioria da população não percebe.

  No entanto, Marta, procurando seguir o pensamento espírita, do qual Allan Kardec foi o grande revelador, podemos tentar compreender o que se passa, analisando a situação sob o ponto de vista da lei de causa e efeito. Revendo a História da Humanidade, vamos perceber que o progresso material sempre veio muito à frente do progresso moral e que, por isso mesmo, a cada século que se sucedeu, a exposição do homem às más influências sempre veio aumentando, como veio aumentando esse estado de apreensão no transcorrer do tempo.

 Com isso, chegamos a um momento crítico, bom de um lado e ruim do outro. Bom, porque ao longo do tempo houve um significativo progresso moral e agora é o momento de reação do Bem às investidas audaciosas do Mal. Ruim, porque estamos começando a assistir as primeiras manifestações da Grande Batalha entre o Bem e o Mal, que se caracteriza por um período aparentemente caótico de grande apreensão que nos amedronta com o andar dos acontecimentos. Precisamos reagir, sim, todos nós que já temos consciência disso:  homens e mulheres, pais e professores, educadores e homens de ciência, religiosos ou não, que nos achamos nas fileiras do Bem.

N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 932, os instrutores espirituais afirmam que os maus prevalecem por causa da omissão dos bons, mas quando os bons quiserem eles se imporão. Isso deve acontecer nesta era de grandes transformações, em que nós todos precisamos nos manifestar a partir da vida familiar, na escola, nos templos religiosos, nas agremiações, nas associações ou grupos de trabalho, até que esse movimento se faça sentir em âmbito de toda a sociedade  e possa criar frentes específicas de resistência a todas as investidas do mal.



 


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