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terça-feira, 11 de outubro de 2022

JESUS TERIA SIDO UM MITO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Uma das inteligências mais impregnadas do pensamento espírita no século XX, foi o professor de Filosofia, Jornalista e escritor J. Herculano Pires. Com ele, a divulgação do Espiritismo ganhou importante espaço na mídia impressa e radiofônica, neste caso em particular através de um programa que esclareceu muitas dúvidas de interessados na visão espírita sobre variadas questões: NO LIMIAR DO AMANHÃ. Valiosos conhecimentos foram ali desdobrados e alguns admiradores da época recuperaram as opiniões do Professor e os enfeixaram em livro pouco conhecido. Dentre as dúvidas levantadas e ali preservadas destacamos uma tão interessante quanto curiosa: JESUS FOI UM MITO APENAS? Com a palavra Herculano Pires: -“A ideia de que Jesus é um “mito” levou alguns pensadores europeus a publicarem livros a respeito. Mas todo o esforço nesse sentido foi mal dado, diante daquilo que Deus negou a esses pensadores, isto é, diante das provas históricas irrefutáveis da existência de Jesus. Pois Jesus não está na História. Ele fez a História. O mundo em que vivemos é o mundo cristão e o mundo cristão nasceu de que? Dos ensinamentos de Jesus. Alguns naturalmente se apegam a certas exposições de pensadores materialistas, que querem negar a existência de Jesus. Mas a mesma é tão mais firmada na História do que qualquer outra. Além disso, os fatos comprovados e investigados atualmente, nas pesquisas universitárias, não apenas nas pesquisas dos religiosos, mostram que realmente Jesus existiu, foi um homem, agiu intensamente na Palestina, criou uma nova concepção do mundo, que foi registrada pelos seus discípulos, aparecendo mais tarde nas formulações dos Evangelhos. Poderão dizer, por exemplo: Os Evangelhos foram escritos muito depois da morte de Jesus (...). Ernesto Renan, por exemplo, que foi o grande investigador histórico, famoso por suas obras de investigação da história do Cristianismo, tem livros dedicados aos Evangelhos em que explica pormenorizadamente e afirma, de maneira decisiva, que os mesmos nasceram do círculo dos mais íntimos de Jesus, dos seus familiares, dos seus discípulos, daqueles que privaram com Ele. Passados mais de cem anos depois de Renan, aparece na França Charles Lindenberg, grande pesquisador e professor de história do Cristianismo na Sorbonne, que afirma, depois de profundos estudos a respeito, a mesma coisa que Renan. Os Evangelhos nasceram nos círculos mais íntimos, ligados a Jesus, portanto procedem da fonte dos Seus ensinos orais. Se isso não bastasse para provar a existência de Jesus, existem todos os testemunhos, dados pelos apóstolos. Alguém pode dizer: não há na História um registro assim, por um historiador qualquer, da passagem de Jesus na Terra. Realmente, essa passagem foi obscura. Jesus viveu na época do mundo clássico greco-romano. O que era importante, no tempo, era a história de Roma e não a história da Palestina. O que se passava na Palestina tinha pouca importância. Quando o historiador judeu Josefo trata da história da Palestina, ele não dá atenção a Jesus, porque Jesus era um rabino popular. Ele era uma figura exponencial do mundo judaico; não era nem sequer um sacerdote do templo. Ele era um daqueles tipos de rabinos populares, mestres do povo, que andavam pela Palestina, ensinando. A grandeza de Jesus não era material, exterior. Não era dada pelos nomes, nem pelos títulos. Era a grandeza moral e espiritual de Jesus que transparecia nos Seus ensinos. E a melhor grandeza desses ensinos se confirma pelos resultados que eles produziram no mundo. Qual foi o homem que, humildemente andando de sandálias, pelas praias de um lago humilde, como o lago de Genesaré, pregando nas estradas, nos povoados, nas ruas das cidades judaicas daquele tempo, numa província obscura do império romano, que era a Judéia, qual foi o homem, repito, que dessa humildade e nessa humildade conseguiu produzir, através simplesmente de palavras, ensinos orais, uma revolução total, que transformou a civilização greco-romana na Civilização Cristã? Quem conseguiu isso? Ninguém. Só Jesus. Esta é a maior prova, a mais decisiva prova de sua existência, do seu trabalho, da sua grandeza.


Muita gente vai às igrejas ou aos centros buscar cura, qualquer doença que tem, até mesmo quem não tem doenças graves e que podem ser facilmente tratadas. Poucos dizem que foram curados espiritualmente. Acredito que muito poucos. Então eu pergunto: essas poucas pessoas que conseguem cura espiritual é porque elas têm merecimento diante de Deus? Ninguém busca uma cura espiritual se não acreditar que vai ser curado; então não pode ser apenas uma questão de fé. Deve ser de merecimento também. O que vocês acham?

Toda doença, por mais material nos pareça, tem sempre alguma raiz espiritual, pois corpo e espírito estão em sintonia e o que acontece com um tem reflexo no outro. Evidentemente há doenças que decorrem mais do espírito do que do corpo, e que, em síntese, seriam: as que remanescem de suas encarnações passadas e as que surgem do vícios de pensamentos e maus hábitos da pessoa.

Tanto o corpo quanto o espírito são dotados de meios de combater as doenças, conhecidos como mecanismos de auto cura. A doença só vence quando esses recursos não são suficientes para combate-la. Então é preciso a ajuda da medicina ou mesmo alguma intervenção espiritual externa. As chamadas curas espirituais estão entre aquelas que muitas vezes acontecem de modo surpreendente.

Todavia, qualquer que seja a enfermidade, corpo e espírito atuam conjuntamente para eliminá-la, pois a lei natural de conservação está sempre acionando meios de combate-la. Importante, no entanto, é a fé do paciente ou a certeza de que ele vai se curar; em certos casos essa fé é decisiva. O que chamamos merecimento decorre de suas condições íntimas e da sua trajetória espiritual.

Se, por exemplo, um determinado fator espiritual, responsável pela doença chegou ao fim, corpo e espírito se restabelecem. Muitas vezes, tal vez a maioria, o próprio esforço por debelar a doença já é um fator determinante da cura. Assim, a simples intervenção do médico ou do médium, num caso desses, podem desencadear o processo de cura que (por vezes) fica parecendo um verdadeiro milagre.

De fato, o milagre existe e está acontecendo todos os dias, na maioria das vezes despercebido, porque milagre seria todo fenômeno natural surpreendente e inexplicável. Porém, apenas em circunstâncias muito especiais é que os processos de cura podem ocorrer de forma mais acelerada, tendo em vista a condição psíquica do paciente e o envolvimento da espiritualidade.

É mais ou menos por ai, prezado ouvinte. As doenças, na verdade, decorrem de desarmonias no corpo e fazem parte de nossas experiências na Terra. Nós costumamos dar uma dimensão muito grande às doenças, porque, no fundo, não aceitamos ficar doentes. Achamos que devemos ter saúde a vida inteira. Mas isso não é possível. A natureza nos dotou de um corpo suscetível de adoecer e, além disso, as enfermidades não existem por acaso: elas concorrem para o nosso aprendizado e para a nossa evolução espiritual.

Em todas as épocas, o homem recorreu a algum meio de cura. Primeiramente na área religiosa e depois na medicina. Não resta dúvida de que são esses os instrumentos que ajudam a nos curar, porque nosso corpo é dotado de mecanismos próprios para se curar. Basta que esses mecanismos sejam acionados. A fé ajuda certamente, mas não basta. Há doenças curáveis e doenças não-curáveis, mas mesmo as não-curáveis muitas vezes são tratáveis.

Mas, no fundo, como dissemos, não nos conformamos com as doenças e partimos, se possível, para um método mais rápido, até mesmo para o milagre. Do ponto de vista espírita, contudo, a doença têm suas causas, que podem estar nesta ou em vidas anteriores ou, ainda, nas duas. Quando a doença vem de encarnação passada, a pessoa já nasce programada para adquiri-la e desenvolvê-la. Geralmente é consequência dos erros, dos excessos, dos abusos.

Buscar a cura, de alguma forma, é uma necessidade e um dever de todos nós. Acreditar na cura é um fator importante, mas não é o único, para que a cura aconteça. Não conseguir a cura faz parte de nossa jornada na Terra, até porque, do ponto de vista espiritual, muitas vezes a doença é a própria cura - ou seja, é o desconforto da doença que acaba nos ensinando a viver melhor e a buscar Deus em nosso coração.

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