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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

PAULO DE TARSO - PRECURSOR DO ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Recebendo solenemente o título de Arcebispo sete dias depois do lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, morto cinco anos depois, Francois-Nicolas Madeleine, mais conhecido como Cardeal Morlot,, rapidamente integrou-se à equipe do Espírito da Verdade cooperando com textos psicografados em varias localidades, alguns dos quais aproveitados n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (capitulos 5 E 17). Dez meses após sua desencarnação em 9 de outubro de 1863, manifestou-se na sessão da Sociedade Espírita de Paris através de mensagem em que apresenta o Apóstolo Paulo de Tarso como precursor do Espiritismo, página que Allan Kardec incluiria na edição de dezembro de 1863 da REVISTA ESPÍRITA. Diz Francois: - “Quantos dias se passaram, meus filhos, desde que tive a felicidade de entreter-me convosco! assim, é com grata satisfação que me encontro no seio da minha cara Sociedade de Paris. “Com que vos entreterei hoje? A maior parte das questões morais foi tratada por penas hábeis; todavia, elas são de tal modo do meu domínio e o seu campo é tão vasto que ainda encontrarei alguns fragmentos de verdade para respigar. Quanto ao mais, mesmo que eu apenas repetisse o que outros já disseram, talvez apareçam alguns novos ensinamentos, porque as boas palavras, como as boas sementes, produzem sempre bons frutos. “Para nós, os livros santos são celeiros inesgotáveis, e o grande apóstolo Paulo, que por sua prédica poderosa tanto contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo no passado, vos deixou monumentos escritos que servirão, não menos energicamente, à expansão do Espiritismo. Não ignoro que os vossos adversários religiosos invocam seu testemunho contra vós; mas, ficai certos, isto não impede que o ilustre iluminado de Damasco seja por vós e convosco. O sopro que corre em suas epístolas, a santa inspiração que anima os seus ensinos, longe de ser hostil à vossa doutrina, está, ao contrário, cheia de singulares previsões em vista do que acontece hoje. É assim que, na sua primeira epístola aos Coríntios, ele ensina que, sem a caridade, não existe nenhum homem, ainda que fosse santo, profeta e transportasse montanhas, que se possa gabar de ser um verdadeiro discípulo de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Como os espíritas, e antes dos espíritas, foi ele o primeiro a proclamar esta máxima que faz vossa glória: Fora da caridade não há salvação! Mas não é apenas por este único lado que ele se liga à doutrina que nós vos ensinamos e que hoje propagais. Com aquela sublime inteligência que lhe era própria, tinha previsto o que Deus reservava para o futuro e, notadamente, esta transformação, esta regeneração da fé cristã, que sois chamados a assentar profundamente no espírito moderno, já que descreve, na citada epístola, e de maneira indiscutível, as principais faculdades mediúnicas, por ele chamadas de dons abençoados do Espírito Santo. “Ah! meus filhos, aquele santo doutor contempla, com uma amargura que não pode dissimular, o grau de aviltamento em que caiu a maior parte dos que falam em seu nome, e que proclamam, urbi et orbi, que outrora Deus deu à Terra toda a soma de verdades que esta era capaz de receber. Não obstante, o Apóstolo tinha exclamado em seu tempo que só havia uma ciência e profecias imperfeitas. Ora, aquele que se lastimava de tal situação sabia, por isto mesmo, que essa ciência e essas profecias um dia se aperfeiçoariam. Não está aí a condenação absoluta de todos os que incriminam o progresso”?



Se a pessoa morre e ela não acredita no Espiritismo, qual vai ser a sua reação depois da morte? ( Milton)


Pergunta semelhante à formulada pela ouvinte Eva C., mas também complementar àquela. A condição espiritual do homem depois da morte, em regra, depende do bem que ele soube construir enquanto encarnado. Allan Kardec, n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, proclamou o lema “Fora da Caridade não há salvação”. Ele poderia ter dito “fora do Espiritismo não há salvação”. Mas não disse. Por quê? Porque o Espiritismo não é uma doutrina exclusivista, tampouco salvacionista. Ele nos ensina que o nosso futuro espiritual não depende da religião que professamos, mas do bem que fizemos.


Por isso, admitir-se espírita não basta, assim como se proclamar membro ou seguidor de qualquer doutrina religiosa. O que importa, na Lei da Vida, é o nosso procedimento, é o bem que semeamos nos campos de nossa existência. Aliás, quem disse isso foi Jesus: ele não se dirigiu a qualquer religião ou a qualquer segmento religioso em particular, mas a todos os homens, à humanidade inteira. Esse caráter de sua doutrina está muito claro nos evangelhos, principalmente no Sermão da Montanha, onde vamos encontrar Jesus proclamando os princípios morais mais elevados que já se viu na História.


Portanto, o que vai prevalecer no mundo espiritual é a condição moral de cada um, não a sua religião ou o seu discurso. Assim, uma pessoa, que conheceu o Espiritismo, tem mais responsabilidade sobre si mesma, quando penetrou no espírito dessa doutrina, pois compreende mais a fundo os ensinamentos de Jesus e seu compromisso com as leis da vida.


Não são apenas nossos conhecimentos que definem o rumo de nossa vida – nem aqui, nem no mundo espiritual. O que realmente pesa sobre o caminho que vamos trilhar são os nossos sentimentos, e eles estão calcados no bem desinteressado que fizemos e no mal que conseguimos evitar. Desse modo deve termais mérito o não-espírita que vai para o mundo espiritual nessas condições do que o espírita que não soube colocar em prática o que a doutrina lhe ensina.


Ademais, devemos considerar que um Espírito responsável e generoso, que semeou em sua vida atos de verdadeira caridade, mesmo quando estava encarnado, já conviva em harmonia com seus amigos e orientadores espirituais.




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