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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

A ÚNICA SAÍDA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 “Hoje, ouvimos falar de muitos crimes cometidos por meninos de 10, 14 anos. Deveríamos tratar de códigos que dessem a maioridade aos 14 anos. A criança é chamada a memorizar as suas vidas passadas muito depressa, motivada pela televisão, etc.. Precisávamos da criação de leis que ajudem a criança a não se fazer delinquente nem viciada”, afirmou Chico Xavier em comentário cujo fragmento foi inserido na obra O EVANGELHO DE CHICO XAVIER pelo autor, Carlos Antonio Baccelli. Considerando que a desencarnação do médium se deu em julho de 2012, percebe-se como é atual e, como, torna-se urgente uma definição por parte dos nossos legisladores. Os próprios autores d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS haviam respondido a Allan Kardec na Questão 796 – “- Uma sociedade decadente tem certamente necessidade de leis mais severas; infelizmente essas Leis se destinam antes a punir o mal praticado do que a cortar a raiz do mal. Somente a educação pode reformar os homens, que assim não terão mais necessidade de leis tão rigorosas”. O Codificador propusera uma reflexão na mesma obra a partir da pergunta: “- Quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?”. E, ele mesmo vaticinaria que “quando a educação moral for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso, está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Atravessamos o século 20, com mudanças substanciais na família, a estrutura básica da sociedade. Crises, conflitos, necessidades econômicas, distanciamento da fé, expansão nos países emergentes de propostas religiosas sem espiritualidade real, aquela capaz de despertar o Ser para a responsabilidade de viver. Contradições no comportamento de líderes, muito mais comprometidos com seus próprios interesses que com os da coletividade, aumentaram a insatisfação, insuflando a violência cujo fim é imprevisível e consequências devastadoras. A grande discussão continua sendo o combate aos efeitos, sem atacar-se as causas, especialmente porque os resultados somente seriam perceptíveis após várias gerações. Uma avaliação dos problemas político-sociais de áreas como a América Latina, Central, África, Oriente Médio, Ásia revela o quanto as massas estão comprometidas com o temporal, alheias ao espiritual. O que fazer? Acreditar que o trabalho em favor do esclarecimento e despertamento haverá de resultar mudanças progressivas, especialmente com a introdução em nossa Dimensão de Espíritos mais amadurecidos e o afastamento dos refratários à ideia de progresso, como explicado pelo Espírito São Luiz, na ultima das respostas da obra inicial da Revelação Espírita. Assim começaram as grandes navegações, assim materializaram-se as grandes ideias, aquelas que mudaram o panorama do Planeta nos últimos 300 anos. O desanimador quadro que se apresenta aos nossos olhos e raciocínios, é, na verdade, um teste, um desafio para que testemunhemos nossa fé no amanhã renovado.



Gostaria de saber o que o Espiritismo pensa sobre a revelação do “Código da Vinci”. Aquela ideia de que Jesus teve uma filha com Maria Madalena é verdade? E, se for, como fica a visão que temos de Jesus, como filho de Deus? O que pode acontecer com a religião?(Luiz)


Ao que nos parece, Dan Brown, o autor da obra, foi muito habilidoso ao explorar um tema, que não é novo, mas que, até então, não tinha tido muita repercussão. Trata-se, no entanto, de uma obra de ficção, em que Brown tem como alvo de suas críticas à Igreja. Na verdade, embora saibamos que, na história de novo testamento, deva ter havido muita manipulação, por causa de interesses políticos e religiosos envolvidos – a Igreja, na história, sempre teve um poder político - ninguém pode garantir que a tese de Dan Brown seja verdadeira.


A figura de Jesus, do ponto de vista histórico, está despertando muita especulação, justamente porque ela ficou por muitos séculos confinada pela religião, impedindo que os historiadores penetrassem esse terreno. Como valor sagrado, até há bem pouco tempo, Jesus só podia ser entendido do ponto de vista religioso, de modo que sua figura era considerada intocável. Bastava que os fieis aceitassem passivamente o dogma religioso e nada questionasse a respeito – uma postura que a sociedade, atualmente, não pode mais aceitar, pois vivemos uma era de busca e questionamentos.


O autor de “O Código da Vinci” aproveitou a oportunidade para jogar mais lenha na fogueira, levantando idéias, que ele sabia provocariam curiosidade e muita especulação sobre o assunto. Ele utilizou o que conhecemos por “teoria conspiratória”, ou seja, uma teoria que contraria o pensamento dominante, cristalizado através dos séculos. Ao que tudo indica, ele pretendeu combater o dogma da religião institucionalizada, chamando atenção para outras teorias.


Quando o historiador, Ernesto Renan, teve coragem de escrever “A Vida de Jesus”, na metade do século XIX, depois de anos de pesquisa a respeito, ele rompeu com uma barreira até então instransponível, porque passou a tratar Jesus do ponto de vista histórico. A ousadia lhe custou caro: foi até excomungado. Até então, Jesus era uma figura sagrada, intocável, exclusivo da religião de só podia ser entendido do ponto de vista religioso. Hoje, essa barreira está definitivamente rompida, embora existam estudiosos que até neguem a existência de Jesus. O fato é que a religião vai, aos poucos, perdendo terreno nesse campo, à medida que as novas gerações, cada vez mais, têm acesso aos estudos e às indagações.


Contudo, a tese do casamento de Jesus e a existência de uma filha com Maria Madalena é pura especulação. Ninguém provou nada. E, mesmo que provasse, para a Doutrina Espírita, em nada mudaria a visão de Jesus, que se notabilizou pelos seus ensinamentos, pelos princípios filosóficos e morais que ensinou. O Espiritismo não tem dogmas – ou seja, verdades que não possam ser discutidas. Para ele, Jesus é o Espírito mais elevado que reencarnou na Terra. O fato de ter casado ou não, de ter constituído uma família ou não, é condição humana, que em nada altera o valor de sua missão.


Kardec deixou claro em sua obra que a ciência, ao lado da religião, nos levaria à verdade, de modo que, mais cedo ou mais tarde, as coisas vão se colocando no seu devido lugar, principalmente porque adentramos uma época em que o conhecimento vai se tornando em artigo de primeira necessidade e o homem, cada vez mais esclarecido e cada vez com mais ânsia de saber, vai compreendendo aos poucos que não pode continuar se baseando somente na verdade dos outros, mas deve aprender a pensar pela própria cabeça.


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