faça sua pesquisa

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O LIVRE ARBÍTRIO E A FATALIDADE ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Vivemos subordinados aos efeitos daquilo que causamos nas diferentes ações adotadas nas próprias relações com a vida. Ocorrências pessoais ou coletivas que nos atingem, consistem pelo que concluímos refletindo com base no Espiritismo nada mais são que a execução de sentenças lavradas por nós mesmos nas infrações às Leis de Deus. A prerrogativa do Livre Arbítrio determina a Fatalidade que na verdade funciona como oportunidade de reabilitação perante as transgressões perpetradas pelo indivíduo. Em comentário de Allan Kardec incluído na REVISTA ESPÍRITA, edição de julho de 1868, alguns elementos para nossas reflexões Se, em virtude dessa liberdade, ele perturba a harmonia pelo mal que faz, se interpõe um obstáculo à marcha providencial das coisas, é o primeiro a sofrer por isto, e como as leis da Natureza são mais fortes que ele, acaba sendo arrastado na corrente; então sente necessidade de voltar para o bem e tudo retoma o seu equilíbrio. Assim, a volta ao bem é ainda um ato livre, embora provocado, mas não imposto, pela fatalidade. A resistência a essas leis é um ato de liberdade e essa resistência sempre desencadeia o mal. Sendo o homem livre para observar ou infringir essas leis, no que toca a sua pessoa, é, pois, livre de fazer o bem ou o mal. Se pudesse ser fatalmente levado a fazer o mal, e não podendo essa facilidade vir senão de um poder superior a ele, Deus seria o primeiro a transgredir suas leis. Quem é aquele a quem muitas vezes aconteceu dizer: “Se eu não tivesse agido como agi em tal circunstância, não estaria na posição em que estou; se tivesse que recomeçar, agiria de outra maneira?” Não era reconhecer que era livre para fazer ou não fazer? que estava livre para fazer melhor outra vez, se se apresentasse ocasião? Ora, Deus, que é mais sábio que ele, prevendo os erros nos quais pode cair, o mal uso que pode fazer de sua liberdade, dá-lhe indefinidamente a possibilidade de recomeçar pela sucessão de suas existências corporais, e ele recomeçará até que, instruído pela experiência, não mais se engane de caminho. O homem pode, pois, conforme a sua vontade, apressar o termo de suas provas, e é nisto que consiste a liberdade.


Quando a gente é atormentada por um pensamento mau e não quer se entregar a esse pensamento, o que deve fazer? ( M.F.M.S)


Na oração do Pai Nosso, que Jesus ensinou, ele se refere aos maus pensamentos, quando diz: “ Não nos deixeis cair em tentação”. Essa prece, em que buscamos força moral para não cair, quando feita com o coração, serve para nos proteger contra maus pendores que ainda trazemos no espírito. De fato, a tentação sempre existe para todos nós e basta um cochilo de nossa parte, e somos facilmente envolvidos por ela.


Por isso, devemos estar sempre alertas, vigiando e orando, como Jesus recomendou. Portanto, é claro que devemos lutar sempre contra tais perigos, pois são propostas tentadoras, que fatalmente nos levará à queda moral. Cair em tentação é fácil: basta não fazer nada. Resistir é difícil; exige de nós constante vigilância. Numa obra do Espírito Valérium, recebida pelo médium Waldo Vieira, há uma ilustração a respeito. Ele fala sobre um homem que nadava contra a correnteza de um rio, enfrentando o ímpeto furioso das águas.


Nadar contra a correnteza é sempre difícil. Nadar a favor é fácil; é aceitar plenamente a tentação e deixar-se levar por ela. Mas, quem se deixa levar pelas águas do rio, não calcula o perigo que corre em despencar cachoeira a baixo. Assim são as tentações que nada mais são do que pensamentos que revivem nossas antigas tendências, prometendo problemas futuros.


Kardec, n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, diz o seguinte. A pessoa, que tem um mau pensamento, e se entrega a ele, está num nível inferior de progresso moral. Aquela, que tem o mau pensamento, e resiste a ele, está num nível intermediário de progresso. Mas, aquela, que nem sequer tem um mau pensamento, já conquistou esse progresso. Isso é para entender que estamos em diferentes níveis de desenvolvimento espiritual, mas cada de nós deve empregar o máximo esforço para se melhorar, em busca de sua paz interior, em busca de sua felicidade.


Logo, o fato de você está procurando resistir ao um mau pensamento, por si só, já demonstra um grau de progresso espiritual e significa que você tem o apoio de seus protetores espirituais. Faça a sua parte. Se o problema continua lhe atormentando, deve procurar se envolver com bons pensamentos. A primeira providência é sempre a prece. Mas, quando a prece parece não ser suficiente, é necessário somar outros meios, procurando ajuda de pessoas que você possa confiar, freqüência a palestras espíritas, passes, leitura de livros ou mensagens edificantes. Quando nos apegamos ao bem, encontramos força suficiente para superar qualquer tentação.




Nenhum comentário:

Postar um comentário