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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

KARDEC CEGO? O LIVRO DOS ESPÍRITOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




 (Laura Beatriz Bancchieri)  Macumba existe? Isso, de fato, atinge a pessoa para quem é direcionada?

 A palavra “macumba’, na sua origem, é o nome de uma árvore africana e também o nome de um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afro-brasileiras. A palavra “macumba”, com o tempo, pelo fato desse instrumento ser utilizado em rituais, passou a designar os chamados “despachos” de magia negra – ou seja, encomendas espirituais com o objetivo de prejudicar pessoas -  feitos por alguns seguidores dessas práticas.

  Evidentemente, tais rituais macabros foram muito usadas nas tribos mais primitivas, através das quais seus membros pretendiam contar com o apoio e a colaboração de Espíritos maléficos para atingir seus inimigos. Quando os negros africanos foram trazidos para o Brasil, durante o período do tráfico negreiro, vindos de uma cultura muito diferente da dos europeus, trouxeram tais práticas, com o que, muitas vezes, procuravam se defender da exploração e da violência com que eram tratados pelo povo que se dizia cristão.

Quem buscar tais informações na História, vai compreender o significado dessas práticas e a razão pela qual chegaram até nós. Contudo, por causa do racismo e do forte preconceito que nasceu desse terrível período de opressão contra os descendentes afro, o que prevaleceu  na memória preconceituosa da nação brasileira foram os poucos aspectos negativos e não os muitos positivos que esse povo trouxe para o Brasil.

 É claro que existem pessoas, cheias de ódio, que querem atingir aquelas com quem têm alguma divergência; mas isso não acontece com gente de toda origem e de todas as religiões. Allan Kardec referiu-se a isso, afirmando que realmente existe quem deseja fazer o mal a outrem utilizando-se de Espíritos. Mas isso não quer dizer que essa pessoa, que está sendo alvo de um ato de maldade, não conte com sua própria defesa – ou não esteja fora do alcance do inimigo, conforme lemos nas questões 549. 551 e 552  de O LIVRO DOIS ESPÍRITOS.

  Autores como Emmanuel e André Luiz -  os mais consagrados no meio espírita brasileiro, depois de Kardec – não tratam diretamente desses casos. Mas eles deixam claro, porém, que só nos atingem as forças espirituais que se identificam com a nossa maneira de ser, sobretudo com os nossos sentimentos. O amor repele o ódio, mas duas pessoas que se odeiam exercem uma atração negativa uma sobre a outra. Desse modo, cada um de nós conta com sua própria defesa espiritual, pelo seu modo de ser, de viver, de conviver, de encarnar a vida e, sobretudo, pela sua crença no Bem e pela sua fé em Deus.

 Quando nos colocamos num nível muito baixo de vivência espiritual – alimentando e cultivando sentimentos de destruição e maldade  – não é preciso que ninguém nos mande nada, porque nós mesmos atraímos o mal. Mas quando, ao contrário,  cultivamos valores elevados de vida, quando confiamos em nós mesmos, quando procuramos conviver bem com o próximo  e não nos impressionamos com o mal, colocamo-nos, de forma natural,  a salvo da má influência, Laura.

 Allan Kardec afirma, que na ordem moral , “os semelhantes se atraem” enquanto os diferentes se repelem.  Jesus defendia o princípio pelo qual cada um colhe o que semeia. Buda asseverava que só o amor pode destruir o ódio. Gandhi estimulou a paz para combater a guerra. Desse modo, se estamos com a nossa consciência tranquila e nada temos contra ninguém, não devemos nos impressionar com o mal, pois as leis da natureza estão agindo em nosso favor.
















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