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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

REMORSO; PERSONALISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





Um casal, que tem filhos, se separa e, cada um  parte para nova união, assumindo filhos de seu novo companheiro. Eu pergunto o seguinte: como se explicar essa situação diante da espiritualidade: mãe e pai, separados, que inclusive criam filhos dos outros? São espíritos, que se encontram, porque deviam se encontrar? (Roberto)

 Quando falamos que nada acontece por acaso, não estamos dizendo que os fatos da vida estão todos determinados. Estamos dizendo apenas que tudo que nos acontece tem causa anterior e que essa causa pode ser o ato que acabamos de praticar um minuto atrás. Não é preciso buscar as causas do problemas sempre em outra encarnação. Na maioria das vezes, elas estão aqui e agora. Se atiramos uma pedra para o alto, ela pode cair em nossa cabeça. Isso é lei de causa e efeito.

 Desse modo, não podemos saber se as separações dos casais e as novas uniões que se seguem a essas separações, envolvendo duas famílias – que há pouco nem se conheciam – provém do passado ou é situação que está sendo criada agora. Na Lei de Deus, isso não importa, Roberto. O importante, fundamental e indispensável  é que assumamos a responsabilidade pelos nossos atos. Quando Jesus falou em amar o próximo, ele contou a parábola do bom samaritano, onde o próximo é apenas um homem desconhecido.

 As relações familiares não poderiam se restringir a simples obrigações. O casal deveria se amar e não apenas se tolerar. Se ainda não se amam, deveria se esforçar para isso. Do mesmo modo, os pais deveriam amar os filhos e não trata-los apenas como a lei humana exige. Há pais, que até cumprem com a obrigação de dar pensão aos filhos, mas fazem isso apenas para não sofrer as penas da lei. Do ponto de vista espiritual, as relações entre pessoas são medidas não pelos bens materiais que damos um ao outro, mas pelo sentimento que cultivamos entre nós

  Assim, de duas famílias anteriores podem surgir duas novas famílias, numa situação nova em que os problemas já não serão os mesmos, mas serão outros. Evidentemente, uma situação mais complexa, com desdobramentos maiores, que precisará ser muito bem administrada. Quando não medimos as consequências de nossos atos, costumamos pagar caro pelos nossos equívocos. No entanto, mesmo que seja um equívoco é possível tirar lições dessa situação, aprender com elas e, muitas vezes, fazer agora o que antes não foi feito. E, como dissemos, em se tratando de relações famílias, iniciar a nova etapa para aprender a viver com mais amor.
















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