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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

EGOCENTRISMO; ALERTA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 




Se todas as religiões são boas, como vocês falam e o Espiritismo proclama, por que Deus teria mandando o Espiritismo para a humanidade? Não seria a mesma coisa com ele ou sem ele?

  De fato, a Doutrina Espírita entende que as religiões são diferentes caminhos que o homem pode tomar para atingir um mesmo objetivo, até porque as pessoas não são iguais em forma de pensar e de crer. Querer reduzir todas as religiões a uma única é forçar a natureza e violentar a liberdade que cada um tem de escolher o seu próprio caminho, ou seja: aquele que mais atende às suas necessidades e suas aspirações do momento.

 A natureza, como todos podemos perceber, é muito rica em diversidade. Minerais, plantas e animais – apenas para darmos alguns exemplos – são diferentes entre si, e isso tudo é obra de Deus. Se tudo fosse igual, não haveria beleza no mundo. É a diversidade das coisas que faz a harmonia da natureza. O mesmo acontece com o ser humano, que conquistou a inteligência e a autoconsciência, e pode optar por milhares de caminhos, cada um dando-lhe uma lição de vida.

 O importante não é o nome que a religião ostenta, mas a conduta e o caráter de cada um. Quanto ao Espiritismo, ele não veio para disputar lugar com as religiões, mas justamente para que possamos entender essa diversidade e abordar as leis de Deus de forma racional e pacífica. Eis porque não pode admitir preconceito contra quem não o aceita, porque é um direito de cada um tem: o de pensar pela própria cabeça e tomar sua própria decisão.

 Todavia, o Espiritismo não é uma religião no sentido comum da palavra, mas só no sentido filosófico, como disse Kardec, porque não tem culto, nem templo, nem sacerdotes, nem liturgias e nem estabelece diferença entre o sagrado e o profano. O Espiritismo é uma doutrina filosófica assentada sobre bases científicas, cujo papel é de aproximar e nunca de separar as pessoas dos mais diferentes credos, mostrando que a finalidade da vida é uma só, que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, e que o bem e a verdade estão acima de nossas diferenças e de nossas crenças.

 O papel do Espiritismo é de explicar porque ocorrem essas diferenças e de mostrar que, por meio dessa explicação, podermos aceitar todos como irmãos, viver e conviver dentro dos princípios de fraternidade que Jesus ensinou há dois mil anos. Desse modo, o Espiritismo amplia nossa visão sobre o significado da vida, mostra uma realidade mais ampla e profunda que merece ser compreendida pelo homem que pensa e crê. No entanto, sabe perfeitamente que nem todos estão em condições de aceitá-lo.

 As religiões são como escolas em diferentes níveis de ensino. Cada uma tem seu papel e consegue atender a determinado tipo de alunos, conforme as necessidades de cada um. Quem já compreendeu isso e quer aceitar com naturalidade as diferenças de credo, vendo-as com o mais extraordinário aspecto da lei da natureza, pode abraçar a Doutrina Espírita com tranquilidade e trabalhar pelos seus ideais.

 Foi o que Jesus, no seu tempo. Ele, como filho de judeus, poderia se acomodar aos ensinamentos da época, que vinham perdurando há séculos e séculos.  No entanto, percebeu a necessidade de dar um novo impulso à religião de seus pais e proporcionar uma nova visão de mundo ao homem de seu tempo, apontando para uma realidade mais ampla do que aquela que era ensinada e vivida. Foi um reformador de idéias, mas não condenou nenhuma religião, ensinando o amor ao próximo e a convivência fraterna.

 Do mesmo modo, o Espiritismo, como afirma Allan Kardec, não veio para combater as religiões e tampouco disputar adeptos, mas para valorizar o pensamento religioso, defender a liberdade de crença e mostrar que Deus está acima de nossas diferenças, para tanto demonstrando que que a vida continua e que os ensinamentos de Jesus nos oferecem a chave para estabelecermos na Terra a verdadeira fraternidade


















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