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domingo, 19 de julho de 2020

O MUNDO ESPIRITUAL; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





  Esta questão, que vamos discutir agora, foi apresentada num debate sobre violência e religião. Ela foi apresentada como uma crítica ao Espiritismo. A questão é a seguinte. Preste atenção “Um homem pratica um crime hediondo, assassinando covardemente uma criança. O que é mais importante para o Espiritismo: que haja justiça e o criminoso seja punido ou o fato de a criança está expiando erro do passado?”
 A filosofia espírita concorre para que a sociedade proporcione segurança e bem estar a todos os cidadãos. Isso quer dizer que, segundo o Espiritismo, o aparato da justiça humana é um dos instrumentos aos quais o homem deve recorrer para que todos estejam bem protegidos, de modo que seus agentes (magistrados, promotores e advogados) têm grande responsabilidade  para que a justiça  seja a mais perfeita possível.
Mas o Espiritismo reconhece também que a justiça humana, por mais que faça para ser imparcial, não é perfeita. Acima dela existe o que chamamos de Justiça Divina, que é a aplicação das leis naturais em relação a cada indivíduo. Na lei de Deus, cada um tem a liberdade de semear boas ou más sementes, mas, desde que semeou, não terá liberdade para escolher o que deve colher, porque isso é por conta da justiça perfeita de Deus. Más sementes produzirão maus frutos, boas sementes bons frutos.
Os que praticam violência contra os indivíduos e contra a ordem social responderão, cedo ou tarde, nesta ou em outra vida, pelo mal que fizeram, não tanto perante suas vítimas diretas ou perante a sociedade, mas muito mais diante de si mesmos, pois não existe tribunal mais implacável que a consciência moral de cada um. O sentimento de culpa será sempre nosso pior castigo, Por isso, sabemos que aqueles que sofrem por um mal que não fizeram, pelo menos nesta existência, devem estar  respondendo pelo mal que fizeram em outra.
Mesmo assim, só devemos utilizar os instrumentos da justiça humana para condenar ou absolver. Ninguém tem o direito que fazer justiça pelas próprias mãos, porque nesse caso não será justiça, será vingança. Por isso, a sociedade toma para si a responsabilidade de regular o comportamento das pessoas. Desse modo, a Doutrina Espírita reconhece a necessidade da sociedade estar preparada para manter esse controle e  para que a sua justiça, quando aplicada, seja a mais justa possível.
 A vítima de hoje pode ter sido o algoz do passado e geralmente é. Mas não somos nós que vamos fazer esse julgamento, pois para a justiça humana o que se conta é apenas o desempenho de cada um na presente existência; a justiça humana não cogita de outra vida.  Logo, diante de um crime hediondo, como esse  contra a criança, não nos cabe julgar essa criança ( que agora é vítima), pois isso não é de nossa alçada, mas apenas e tão somente contribuir com a justiça humana, encaminhando o atual criminoso para responder diante dos tribunais terrenos.

















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