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terça-feira, 21 de julho de 2020

INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS; REGIÕES SOMBRIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Por que Deus permite que Espíritos maldosos venham nos perturbar? Se nós temos protetores, como é que eles não conseguem expulsar aqueles Espíritos?  (Isaura  Regina Berro)
 Em primeiro lugar, Isaura – apenas para esclarecer melhor os conceitos -  precisamos tomar cuidado ao nos referir a Espíritos Inferiores ou maldosos, como se eles fossem uma categoria de Espíritos destinados eternamente ao mal. Nada disso. Segundo a Doutrina Espírita, todos os Espíritos são filhos de Deus e, de uma forma ou de outra, eles chegarão ao Pai. Inferior é todo Espírito que ainda cultiva más tendências e, neste particular, todos nós, habitantes deste planeta, ainda somos Espíritos Inferiores.
 O que chamamos de obsessão não é senão uma maneira de perseguir, de agredir ou de se vingar, e essa condição ( de quem persegue, de quem agride e de quem se viga) é própria da nossa condição humana. Desse modo, em nosso atual estágio de desenvolvimento espiritual, podemos invariavelmente nos encontrar em tal situação: quando desejamos o mal ao próximo, quando o perseguimos ou quando o agredimos.
 Logo, quem é o obsessor? É todo aquele que age contra seu próximo. Qualquer um de nós pode fazer isso.  Se estiver encarnado passa a ser um inimigo encarnado; se estiver desencarnado passa a ser um Espírito obsessor. É claro que tais comportamentos contrariam a lei de Deus, porque ferem o princípio de amor, mas inegavelmente têm a resposta da própria lei – que é o que chamamos de lei da ação e da reação. Deus não impede que o agricultor plante uma má semente, mas se ele plantar, só poderá colher maus frutos.
 Por outro lado – e isto aqui é o mais importante – temos os protetores, os amigos, os Espíritos simpáticos. E os temos não só na Espiritualidade, mas também encarnados. O que eles podem fazer? Podem nos ajudar e frequentemente nos ajudam. Mas essa ajuda tem limites, porque os bons respeitam o nosso livre-arbítrio, não interferem em nossa vontade, apenas nos inspiram e nos aconselham.
 Sendo assim, Isaura, para que um Espírito consiga prejudicar um encarnado ele precisa encontrar caminho aberto e quem abre esse caminho é o próprio encarnado. Eis porque fica difícil ao protetor impedir que o obsessor entre por uma porta aberta. O máximo que o protetor pode fazer é inspirar o encarnado para não se expor ao perigo e isso custaria convencê-lo de que deve praticar o bem e evitar o mal. Mas isso ele nem sempre consegue.
  Imagine, Isaura, um médico recomendando ao seu paciente que não fume mais, pois o cigarro está comprometendo seriamente seus pulmões. Além de lhe prescrever algum medicamento, isso é o máximo que o médico pode fazer, pois abandonar o cigarro é da competência exclusiva do paciente; só ele pode tomar Se ele não fizer isso, o que o médico poderá fazer mais? O médico não tem capacidade para expulsar a doença sozinho.
 É assim que funciona o processo obsessivo, Isaura. Por maior o empenho do protetor, sua ação fica reduzida à atuação de seu protegido, que precisa fazer a sua parte. Por isso é que podemos concluir que o nosso maior inimigo somos nós mesmos, quando não fazemos o que devemos, quando negligenciamos nossos deveres, quando nos entregamos ao abuso, pois, contra a nossa conduta interna, ninguém pode, a não ser nós mesmos.















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