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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A HIPÓTESE/CERTEZA DE HERMÍNIO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Lançado no ano de 1975, o livro VIDA DEPOIS DA VIDA (edibolso), apresenta o resultado de cinco anos de pesquisa conduzida pelo médico Raymond A. Moody Jr, a respeito do que se popularizou como EQM – Experiência de Quase Morte, ou seja, daquelas pessoas que por fatores diversos, foram trazidas de volta à vida por processos naturais ou induzidos. O trabalho prefaciado, antes de ser publicado, por outra médica especialista no assunto, Elizabeth Kubler-Ross, revela informações muito interessantes, como a do paciente moribundo continuar a ter informação consciente do seu ambiente depois de ter sido declarado clinicamente morto; um flutuar para fora de seus corpos físicos;  grande sensação de paz e totalidade; estarem cônscios do auxílio de outra pessoa em sua transição para outro plano de existência; a presença de pessoas amadas que tinham morrido antes, e, uma das mais instigantes é a chamada recapitulação extremamente rápida da própria vida, para alguns em ordem cronológica, enquanto para outros não. Segundo os relatos, instantânea, de uma vez, abrangendo todas as coisas só com um relance, vívida e real, cada imagem sendo percebida e reconhecida, apesar da rapidez. Surpreendentemente, Allan Kardec, nos depoimentos sobre percepções e sensações no instante da morte, selecionados para compor a segunda parte d’ O CÉU E O INFERNO, incluiu dois em que contam que “toda a minha vida se desenrolou diante de minha lembrança” (J. Sanson,) e, “senti um abalo e lembrei-me, de repente, meu nascimento, juventude, minha idade madura, toda a minha vida se retratou nitidamente em minha lembrança” (M. Jobard). Já no início do século 20, o incansável pesquisador Ernesto Bozzano, apresenta na obra A CRISE DA MORTE (feb), casos como o do juiz Peckam, “no momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda minha existência, todas as cenas, ações que praticara, passaram ante meu olhar”; do Dr. Horace Abraham Ackley, “logo que voltei a mim, todos os acontecimentos de minha vida desfilaram sob as vistas, como num panorama, visões vivas, muito reais, em dimensões naturais, como se meu passado se houvera tornado presente”, ou,  Jim Nolam, “um pouco antes da crise fatal, minha mente se tornara muito ativa; lembrei-me subitamente de todos os acontecimentos da minha vida; vi e ouvi tudo que fizera, dissera, pensara, todas as coisas a a que estivera associado”. Em outro dos seus extraordinários trabalhos, A MORTE E SEUS MISTÉRIOS (eco), Bozzano reúne relatos de pessoas que passando por traumatizantes situações de perigo de vida, também vivenciaram experiências da visão panorâmica. Um grupo de alpinistas e turistas que sofreram quedas das montanhas, vendo a morte de perto, relataram que além de um sentimento de beatitude; ausência do tato e da dor, com a visão e audição conservando acuidade normal; extrema rapidez do pensamento e imaginação; em inúmeros casos, reviram todo o curso de sua vida passada (“vislumbrei todos os fatos de minha vida terrena que se desenrolaram diante de meus olhos em imagens inumeráveis, com extraordinária rapidez e clareza”); Alphonse Bué, vitima de queda que o fez perder a consciência durante dois ou três segundos, conta que “desenrolaram-se, clara e lentamente, no seu Espírito, cenas, brinquedos infantis, vida escolar, curso na escola militar, a vida de soldado na guerra da Itália, etc.”. Bozzano agrupa ainda  casos de pessoas que passaram por asfixia por submersão (1- “vi, num vasto panorama, toda minha existência terrena, desde as recordações infantis até o momento em que nadei para o mar alto”; 2- “diante de minha visão, se sucedia, com a maior rapidez, todo o painel de minha vida, em projeção panorâmica”, 3- “no instante em que desapareci na água, se produziu em minha mente verdadeira revolução, graças à qual as menores particularidades de minha vida terrena se imprimiram em caracteres profundos em minha memória, de acordo com as épocas em que as vivi”). O riquíssimo documentário produzido através do médium Chico Xavier, através das cartas de entes queridos,inclui inúmeras demonstrações dessa recapitulação no instante imediato à morte. O erudito e respeitado Hermínio Correia de Miranda, na obra AS DUAS FACES DA VIDA (lachâtre, 2005), no capítulo Psiquismo Biológico, recordando hipótese formulada no extraordinário A MEMÓRIA E O TEMPO (edicel,1981), de que “ao finalizar-se a existência na carne, ou mesmo ante ameaça mais vigorosa e eminente de que ela está para terminar, dispara um dispositivo de transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta aquele belo e curioso espetáculo de replay da vida, para o qual estamos propondo o nome de recapitulação. Uma vez transcrita a gravação dos tapes espirituais, o corpo físico é liberado para a desintegração celular inevitável”. Quatro décadas depois dessa suposição, conclui: “As pesquisas posteriores(...), me asseguram de que não há, ainda razões para rejeitar a hipótese, havendo, ao contrário, suportes confiáveis para ela, não apenas em textos doutrinários básicos, como em informes trazidos por André Luiz, bem como, no convincente depoimento de um confrade experimentado como Romeu do Amaral Camargo”, acrescentando: “- Assim, o Espírito pode proceder a uma reavaliação das suas vivências, ao mesmo tempo em que se prepara para novas tarefas no Mundo Espiritual e para a eventual retomada da experiência física, em outra etapa reencarnatória”..



Dizem que o casamento é um compromisso muito sério, que foi firmado na espiritualidade antes desta vida. Se isso é verdade, para o Espiritismo, as separações não têm sentido, porque mais cedo ou mais tarde, mulher e marido voltarão a se encontrar, mesmo que seja depois desta vida. Então, pergunto, não vale mais aquele juramento que diz “até que a morte os separe”?

  O casamento ou a união realizada aqui na Terra pode ser um compromisso do passado. Mas esse compromisso nem sempre significa que marido e mulher tiveram boa convivência em existência anterior.

Às vezes, a união do casal em forma de casamento é para resolver problemas que ainda não foram resolvidos. Nesse caso, sempre um dos parceiros está mais preparado para buscar entendimento.

Mas, essa experiência pode ser apenas uma tentativa, que nem sempre dá certo. Já viveram juntos e não se entenderam. Voltam para numa nova experiências juntos e não conseguem se conciliar, separando de novo.

Um caso de tentativa frustrada encontramos no livro AÇÃO E REAÇÃO de André Luiz, onde o autor conta o caso do casal MARCELA e ILDEU. Apesar do sacrifício de Marcela, retornando à vida terrena para ajudar o marido, todos os esforços foram em vão.

Por outro lado, existem aqueles casos em que o casal vem para realizar uma tarefa importante, uma verdadeira missão, seja junto aos filhos, ao restante da família e até mesmo no seio da comunidade onde vão viver.

Não é difícil perceber quando isso acontece, até porque as relações entre eles são boas e geralmente eles estão dispostos a renunciar pela causa que abraçam.

  Porém, a reaproximação daqueles que não se entenderam, como marido e mulher, não precisa vir necessariamente por meio do casamento. Muitos Espíritos retornam para reconciliarem em outras circunstâncias, como pais e filhos ou mesmo como irmãos.

Desse modo não é sempre verdadeira aquela afirmação de que, separando nesta encarnação, deverão voltar na outra como marido e mulher para completar a jornada.

Os casamentos, hoje, tendem a durar muito pouco, em face do reconhecimento dos direitos da mulher. No passado, a mulher suportava o marido, porque tinha medo de se separar, por causa da pressão das famílias e da sociedade.

Hoje, mais dona de seus direitos, a mulher reage melhor a imposições descabidas de seu marido. Essas mudanças fazem parte do processo de evolução que não vai se resolver em uma ou duas gerações.

Por conta da evolução, a condição atual da sociedade é outra, e isto só foi descoberto há pouco tempo, gerando essa crise de separações que envolve os casamentos. Vamos precisar de várias gerações para reestabilizar o casamento, tornando-o uma instituição mais segura.

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