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domingo, 28 de setembro de 2025

A JUSTIÇA PERFEITA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os 33 artigos do Código Penal da Vida Futura apresentados no capítulo 7 do livro O CÉU E O INFERNO dão uma ideia dos mecanismos da Justiça Divina Segundo o Espiritismo. A vasta literatura produzida através de milhares de médiuns notadamente no Brasil exemplificam baseados em casos reais como nossa vida está inexoravelmente presa aos efeitos de nossas ações intencionalmente praticadas na relação da Individualidade consigo mesma, com a família e com a sociedade. Nos estudos levados a efeito pelo Espírito Emmanuel e transmitidos à nossa Dimensão pela psicografia de Chico Xavier em 1965 no livro JUSTIÇA DIVINA (feb, 1965) para comemorar o primeiro centenário da obra de Allan Kardec, recolhemos inúmeros elementos para refletir sobre o assunto. Um dos capítulos intitulado DESLIGAMENTO DO MAL, o Instrutor oferece revelações que atendem ao interesse daqueles que se perguntam como ficam os que infringiram os dispositivos do Código citado há pouco. Considerando o princípio segundo o qual “ninguém foge de si mesmo”, percebemos ser a única forma de oferecer a Ser em evolução a oportunidade de se redimir perante os delitos arquivados na sua indelével memória. Escreve Emmanuel: Antes da reencarnação, no balanço das responsabilidades que lhe competem, a mente, acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada pelos resultados das próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de libertar-se dos compromissos assumidos com os sindicatos das trevas. Para isso partilha estudos e planos referentes à estrutura do novo corpo físico que lhe servirá por degrau decisivo no reajuste, e coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à feição de câmara corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das sugestões infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos. 1- Patronos da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança do povo, escolhem o próprio encarceramento da idiotia, em que se façam despercebidos pelos antigos comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles mesmos transformados em lobos inteligentes; 2- Tribunos ardilosos da opressão e caluniadores empeçonhados pela malícia pedem o martírio silencioso dos surdos-mudos, em que se desliguem, pouco a pouco, dos especuladores do crime, a cujo magnetismo degradante se rendiam, inconscientes;  3- Cantores e bailarinos de prol, imanizados a organizações corrompidas, suplicam empeços na garganta ou pernas cambaias, a fim de não mais caírem sob o fascínio dos empreiteiros da delinquência; 4- Espiões que teceram intrigas de morte e artistas que envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza de raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que um dia elegeram por associados e irmãos de luta mais íntima; 5- Criaturas insensatas, que não vacilavam em fazer a infelicidade dos outros, solicitam nervos paralíticos ou troncos mutilados, que os afastem dos quadrilheiros da sombra, com os quais cultivavam rebeldia e ingratidão;6- Homens e mulheres, que se brutalizaram no vício, rogam a frustração genésica e, ainda, o suplício da epiderme deformada ou purulenta, que provoquem repugnância e consequente desinteresse dos vampiros, em cujos fluidos aviltados e vômitos repelentes se compraziam nos prazeres inferiores. Se alguma enfermidade irreversível te assinala a veste física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes alguém contigo, portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar semelhante dificuldade, como sendo a luz de uma bênção. Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões.




 É verdade que Espíritos maldosos que viveram séculos atrás ainda se comunicam no centro espírita? Se, depois de tanto tempo, eles até agora não melhoraram, como se pode explicar que na sessão espírita eles vão se arrepender do que fizeram?

No livro NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, André Luiz relata o caso de José Maria, um espírito dementado que foi trazido por amigos espirituais para ser recebido pela médium Celina numa sessão espírita.

Ele fora um fazendeiro cruel e desumano que vivera no século XVIII, mas ainda trazia a mente estagnada no seu próprio egoísmo.

Estava tão centrado em si mesmo que só percebia os quadros terríveis de tirania e perversidade contra seus escravos, contra os quais instalou um ambiente de sofrimento e terror.

Quando faleceu, no final daquele século, encontrou muitos de suas vítimas que se converteram em terríveis vingadores, passando a torturar sua mente.

No entanto, nem assim, percebia que já não pertencia mais a este mundo, julgando-se prisioneiro martirizado aqui mesmo na Terra por escravos a quem impingira os maiores sofrimentos.

Depois de mais de um século de martírio, chegou o momento em que alguém intercedeu em seu favor e ele foi trazido ao centro espírita para retomar o contato com os encarnados.

Celina foi escolhida para sua médium pelas suas altas qualidades morais e capacidade de doação, pois não seria nada fácil intermediar a comunicação de um Espírito que ainda trazia na alma a marca da maldade.

  De fato, não foi fácil para Celina desempenhar seu papel, pois a diferença de qualidade vibratória era muito grande.

Médium educada e extremamente zelosa de seu papel, Celina se pôs em vigilância, amparada por Espíritos amigos, e não deixou que José Maria extravasasse sua agitação e seu conformismo, fazendo com que ele se contivesse durante o contato mediúnico.

Aliás, a presença do ex-fazendeiro nos trabalhos espíritas era justamente para estabelecer esse primeiro contato com os encarnados, que se tornava necessário para ajudá-lo a compreender sua situação e a conter seus impulsos. 

Após essa manifestação, controlada por Celina e dirigida pelo coordenador dos trabalhos mediúnicos, José Maria pôde ser removido para ser internado numa instituição educativa no plano espiritual.

Semelhante providência ainda não resolveria de todo a situação, pois, para completar o curso ele teria de reencarnar algumas vezes em condição sofrida, certamente entre vítimas do passado, para valorizar o próximo e compreender melhor as leis da vida.

Desse modo, a sessão mediúnica não traz, como muitos podem pensar, a solução definitiva dos problemas dos Espíritos que ser comunicam.

Trata-se de um instrumento que vai ajudar os Espíritos a encontrarem o caminho de se equilíbrio ou de sua regeneração, que contará com a intervenção de mentores espirituais, mas só se completará de fato em novas experiências reencarnatórias.

 

 

 

 

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