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terça-feira, 30 de setembro de 2025

COINCIDENCIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Faltavam alguns minutos para o meio-dia da quarta-feira, 30 de janeiro, a primeira depois da tragédia de Santa Maria, quando o telefone tocou. Do outro lado da linha, o senhor Newton, amigo a quem nos ligamos pela admiração mútua, músico aposentado que ajudou a escrever  belas páginas na história da música popular brasileira. Frequentador eventual do Grupo Espírita em que proferimos regularmente palestras, informou estar nos procurando para saber da possibilidade de um fenômeno ocorrido na madrugada de segunda-feira passada (28/1), em sua casa. O que o fez se encorajar a fazer a ligação foi uma notícia veiculada pelo caderno COTIDIANO do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, daquele dia em que nos telefonava. Ante minha resposta sobre não haver lido o matutino, disse que matéria incluía o parecer do pesquisador Anthony Wong, diretor médico do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, afirmando que junto com a fuligem e o monóxido de carbono resultante da combustão dos materiais usados no revestimento acústico de baixa qualidade da Kiss, apareceu o cianeto, um gás inodoro e incolor, capaz de matar em prazo curtíssimo, de quatro a cinco minutos. Segundo o médico, o mesmo gás usado pelo nazistas nas câmaras de extermínio da Segunda Guerra. Nosso interlocutor ficara impressionado com a notícia porque, ainda na noite de domingo, juntamente com sua esposa fizeram uma prece em favor dos vitimados do acidente, bem como, dos seus familiares, perguntando-se, reencarnacionistas que são, onde a origem daquela triste ocorrência. Dormiram e, em meio ao repouso, ele sonhou que se encontrava numa reunião onde um expositor explicava que os atingidos pela provação, eram pessoas comprometidas com a utilização das câmaras de gás usadas para eliminar judeus, ciganos, negros, homossexuais, deficientes mentais no cruel processo de purificação criado e alimentado pela, segundo entendiam, raça superior. Ao acordar no dia seguinte, impressionado com o sonho, comentando com a esposa sua experiência, ela, mais espantada ainda, disse que sonhara algo parecido, cuja essência era a mesma no que concerne à origem da tragédia atual. Pergunta o Sr. Newton: “-É possível?”. Respondemos que, embora raro, sim. O Espiritismo, das questões 400 a 412 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, informa que durante o sono, geralmente nosso Espírito vivencia experiências no Plano Invisível, e, em condições especiais conserva fragmentos ou a essência das mesmas. Foi o que se deu com eles, já que adormeceram mentalmente se perguntando sobre o “por quê?”. Lembramo-nos então do filme AMEM (2002), do diretor Costa Gravas, que denuncia a razão da omissão da religião predominante no continente europeu ante as atrocidades cometidas sob o comando de Hitler. Uma das cenas mais impressionantes recriava a visita de um oficial da SS, personagem principal da película, a um galpão onde eram executados pelo mórbido processo da inalação do cianeto, homens, mulheres, crianças, velhos e jovens, correndo desorientados, no ambiente fechado à procura de ar. Questão de poucos minutos, tal o poder letal da substância química. Muitas coincidências foram relacionadas pelo senhor Newton. Mas uma das que mais impressionam, chegou-nos ao conhecimento na segunda-feira, quatro de fevereiro. Durante visita a um amigo, ele assistia pelo YouTube, pronunciamento do ex-Secretário Geral da ONU, Ban kin Moon,  falando sobre a data escolhida para lembrar o Dia Internacional do Holocausto, a qual coincide com aniversário da libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O dia? 27 de janeiro. O mesmo da ocorrência de Santa Maria.


Um Espírito, que cometeu desatinos no passado e nasce com um grave defeito nesta vida; por exemplo. Sem uma perna. Mas, devido ao progresso científico, ele obtém uma perna mecânica, produto hoje muito avançado, e então via pode ter uma vida quase perfeita. Pergunto: o que foi feito da expiação? Ele não teria que sofrer essa deficiência a vida toda?

Não, de modo nenhum.  É onde entra a misericórdia de Deus. Tudo que podemos fazer pelos que sofrem faz parte da lei divina, que permite ao sofredor ser socorrido, diminuindo o peso suas dívidas morais.

Na lei de Deus, a intervenção humana é necessária e muito importante, porque podemos nos ajudar na caminhada evolutiva.

No caso, que você cita, trata-se de um recurso que a tecnologia nos propiciou – a perna mecânica - e, através da qual, podemos servir, auxiliando o beneficiado a entender que a caridade é lei da vida.

Quem hoje recebe está mais preparado para entender que ele também pode ajudar e que a nossa carga de sofrimento moral neste mundo será mais leve e suportável se soubermos nos ajudar uns aos outros.

Não é difícil compreender esse processo. Todos temos visto casos de pessoas que, enfrentando limitações físicas ou enfermidades, após serem atendidas, despertarem para a importância da solidariedade.

 

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